As Powerful's: rixa com os Marotos escrita por Ellie Black


Capítulo 46
De três uma


Notas iniciais do capítulo

Bom, demorei bem muuuito para postar, mas tenho um bom motivo dessa vez, juro!! FIZ MINHA PRIMEIRA ONE-SHORT!! E É BLACKINNON. Sou nova nisso, por isso não julguem, mas acho que ficou bom. Vou postar dia 28/11, por isso fiquem atentos!! quem comentar ganha um pequeno vislumbre dela.

Sem mais demoras, o capítulo. A fic terminará lá para o capítulo 50.



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"oh, querida, não tenha medo. Abrace a morte quando ela chegar"

POV REMUS

–Olha, eu só queria expor que amo todos vocês, já que estamos entrando numa sede terrorista e PODEMOS MORRER- Dorcas começa sentimental, mas acaba se irritando no fim.

–Dorcas, você não tá ajudando- Lílian responde, fazendo esforço para não pisar com força no chão.

–Desculpa, tendo a ser racional em situações de vida ou morte! Ainda acho que deveríamos ter avisado alguém aonde vínhamos, sabe, no caso de SUMIRMOS!

–Tenho certeza que Alice avisará caso não apareçamos por dias- Frank garante quando chegamos a frente à porta.

–Tá, podemos falar disso só por um instante?- Dorcas pede- Nenhum de vocês está pirando de tanto medo? Porque todos estão me parecendo muito calmos com o que vamos fazer!

–Claro que estamos com medo, mas não tem mais volta- falo- É sem dúvidas nenhuma a coisa mais estúpida que já fizemos? É. A mais perigosa? É. Mas é por Marie, que pode estar sofrendo sabe-se Deus que tipos de tortura, então, ficar reclamando não acrescentará nada produtivo a busca, Dô, muito menos surtarmos de medo.

–Tá, não, tudo bem- ela inspira- Vou me acalmar, prometo- entrelaço minha mão a dela, que tremia- Eu te amo- ela sussurra e eu respondo com outro sussurro.

–Então... Não sei se ninguém percebeu, mas estamos em FRENTE à porta da sede, não é o melhor lugar para um bate-papo cordial- Lene chama a atenção, com uma frase cheia de sarcasmo. Percebo que ela jogava constantemente o cabelo longo por trás da orelha, mesmo que ele não lhe cobrisse o rosto. Sim, ela estava nervosa à beça, mas não mostraria a ninguém. Essa era uma das inúmeras diferenças entre ela e Dorcas- Devemos só... Bater?- ninguém responde, e suspeitei que foi por não termos uma resposta a essa pergunta, eu sei que eu não tinha. Havíamos nos ligado tanto a achar Marie que não pensamos no que faríamos quando a encontrássemos- Certo, é isso que eu vou fazer.

–NÃO!- gritamos juntos, mas ela já tocara a campainha.

MERDA! Que ser humano toca a campainha de um terrorista e sobrevive para contar história? E se abrissem a porta? Diríamos o que? “Ah seu porteiro do mal, desculpa incomodar, mas estamos aqui para levar nossa amiga que seu mestre sequestrou tudo bem?”

–Você é louca?- Petúnia a agarra pelos ombros e sacude-a.

–Não é como se alguém tivesse uma ideia melhor!- ela se defende, e se solta do aperto da irmã de Lílian.

–Claro, anunciar que estamos aqui é uma ideia tão boa!- Petúnia dá um passo para trás. Devo falar que ela parecia irradiar raiva.

–Tenho que admitir que essa foi a coisa mais idiota que você já fez, McKinnon- James massageia as têmporas.

Lene iria devolver, ela já havia aberto a boca para tal, mas uma voz a impediu de falar:

–Código?- era de um timbre tão gélido que tive certeza que não era humano, devia ser um robô. Ai deus! Eu queria muito ver isso!

–Como disse?- Lílian pergunta, olhando para uma caixa de som implantada na parede, ao lado da campainha.

–Código errado- a voz fala.

Lílian passa os olhos por cada um de nós: mas que droga é essa? Posso não ser muito bom em leitura de olhos, mas não tinha como não ser isso que eles diziam, porque era o mesmo que eu pensava.

–Voldemort toca o terror?- James tenta.

–Código errado. Vocês possuem mais uma chance ou tocarei o alarme que trará vinte comensais que estão livres na casa para virem incinerarem vocês.

–Calma, devemos pensar com cuidado- Petúnia sussurra.

–Senhor da Morte- Sirius fala, se aproximando da caixa.

Sabe, quando alguém diz: “calma, devemos pensar com cuidado”, ela não quer dizer para você ir correndo lá e falar a primeira coisa que lhe vier à mente! Todos ficamos alarmados por um segundo interminável, aonde esperávamos ouvir a proclamação de nossas mortes.

–Código certo- e com um clique a porta abre.

–É isso? Tão fácil assim?- Frank pergunta, suspirando.

–Acabamos de chegar perto de sermos, abre aspas: “ incinerados” e você acha isso pouco?- Petúnia dá-lhe uma tapa na cabeça.

POV MARIE

Não sei por mais quanto tempo fiquei fora do mundo real com meu último desmaio, mas senti que minhas roupas não grudavam mais em mim aonde o sangue escorria. Isso foi à primeira coisa que notei ao acordar.

Minha cabeça havia parado de girar, o que esperava ser um bom sinal. Levantando-me, percebi que estava em uma cama gigante, quase cinco metros de largura. Não usava uma roupa minha, mas sim um vestido longo e branco. Não havia sangue. Como fizeram-no parar? Meu bebê estava a salvo?

Levantando-me da cama, ando até um espelho de corpo todo. Mesmo na penumbra do quarto, consegui enxergar meu reflexo. Eu parecia uma princesa recém saída de um conto de fadas, com a roupa delicada e os cabelos recém penteados, exceto que era longe de ser verdade. Eu estava na casa de um terrorista, O terrorista. O choque dessa realidade me fez recuar de volta até a cama, e sentar-me sem ar.

Escuto passos e olho quando Severus...? Era esse seu nome? Não importava... Ele aparece e diz sem expressar sentimentos:
–Mandaram-me buscar-te, terá uma reunião com o mestre.

POV JAMES

–Tá, eu to com medo- Lílian sussurra quando entramos no hall da casa. Ela se agarrava ao meu braço, com os olhos verdes percorrendo sem descanso o espaço que nos encontrávamos.

Não havia muitos móveis, e sim muitos quadros e tapetes. Mesmo assim, o ar possuía um certo tipo de luxuria. Não parecia haver luz elétrica uma vez que tudo estava escuro, exceto por algumas tochas penduradas nas paredes aqui e ali.

–Obrigada por partilhar comigo esse sentimento- Dô sussurra também, de mãos dadas a Remus.

–Precisamos de um plano- Marlene comenta, fazendo um coque. Estava preocupada com ela, conhecendo-a como a conheço, tinha certeza que estava prestes a explodir.

–Ficamos unidos- falo ao mesmo tempo que Petúnia diz:
–Separamo-nos.

–Quê? Essa ideia é estupida!- argumento- Em um desafio idiota da bandeira, ok, pode dar certo, mas dentro de uma casa do vilão do ano? Não, vai dá merda!

–Pense comigo- Petúnia argumenta- Não tem como não chamarmos atenção sendo nove pessoas! Mas, quatro, cinco? É muito mais fácil de se esconder James.

–Ainda não acho uma boa ideia- repito. Não gostava nada de ter que me separar de Lílian ou Lene.

– Mas é a melhor que temos desde a campainha soando- Petúnia olha de soslaio para Lene, que não me pareceu arrependida, no máximo levemente arrogante já que deu certo seu plano- Melhor dois meninos para cada grupo, assim se um Comensal chegar, nós, meninas, podemos dá-los como iscas e corrermos- ela soou brincando, mas tinha minhas dúvidas se não havia ao menos um pouco de verdade em sua frase- Bem, James e Sirius em um e Frank e Remus em outro. Quanto as menin...

–Lílian vem comigo, sem argumentos contra isso- falo firme, e Petúnia assente.

–E Dorcas comigo- Remus completa.

–Tudo bem, sobrando apenas eu e Marlene- Petúnia avisa.

Sirius olha para Lene, que olha para ele. Se eles ainda estivessem no tempo “amigos com benefícios, ou inimigos... sei lá” não iriam hesitar em ficarem juntos, mas as coisas estavam estranhas, principalmente entre Sirius e ele mesmo, depois que ele quase matou Bella. Problemas amorosos não ajudariam em nada a missão.

–Petúnia, você vem conosco- falo e a puxo.

Pude sentir o olhar magoado de Lene. Ela pensara que eu iria escolhê-la, protegê-la, como sempre fiz. Mas se tivesse o feito, a missão não correria tão bem como com Petúnia, e era a vida de Marie e do meu filho que corriam risco.

–Bom, acho que...- Petúnia começa a falar, mas uma porta ao final do corredor em frente aonde estávamos se abriu.

Como que por instinto, todos corremos para nos esconder. Puxei Lilían e Lene para detrás de um dos únicos móveis ali: o sofá de forro velho. Escutamos alguns passos, depois alguém subindo as escadas e logo os passos ficaram tão fracos que foram impossíveis de se ouvir.

–Por que não me deixou lá?- Marlene puxa o braço que eu havia segurado para puxá-la comigo.

–Lene...- peço, mas ela já havia se levantado e puxava seu grupo consigo, para procurarem Marie, não dando sequer tempo de nos despedir.

–Segundo andar?- Sirius pergunta, vendo que os outros haviam seguido para um corredor no primeiro andar.

–Claro- sorrio de lado.

POV MARLENE MCKINNON

Tudo bem, posso dizer que ficar de birra no meio de uma missão impossível como essa não era normal ou agradável, e peço desculpas por isso. James sabia o que fazia, não me quis lá por alguma razão, e devo respeitar, não gostar, mas respeitar. Acho que foi por causa de todo o estresse desses dias, acabou saindo em forma de raiva pela pessoa errada e pelo motivo errado.

Remus e Frank andavam em frente a mim e a Dorcas, e caminhávamos lentamente, com medo de alguém aparecer do nada. Fazia quase vinte minutos que havíamos nos separado do restante. E, para uma sede do mal supremo, a segurança era meio ruinzinha. Esperava mais, como caveiras, Comensais, armadilhas... Até agora fora uma grande decepção, o que foi bom, já que o medo ia sumindo.

–Vamos ver esse corredor primeiro, as tochas estão apagadas- Frank avisa.

–Fiquem aqui- Remus aconselha, e antes de ir, dá um selinho em Dorcas- Já volto.

–Tudo bem- ela confirma.

A situação toda estava tão terrivelmente entediante que eu resolvi me apoiar na parede para descansar.

–Acho muito fofo voc...- minha voz morreu quando a parede começou a girar, e sem perder tempo puxei Dorcas comigo. Nem morta que ia ser sugada por uma passagem secreta sozinha.

–Ahh- ela emitiu um grito, só que em baixo tom.

POV REMUS

–Tudo limpo meninas- falo, voltando até onde havíamos deixado-as. Uma dor, quase como a perda de um membro do corpo, se abateu sobre mim: não vi Dorcas- Onde elas... Elas estão?

–Perai- Frank anda até um vaso e o levanta- Não, não estão aqui. Elas estão brincando com a gente?

–Não, eu acho que elas foram pegas- falo em um fiapo de voz- Temos que achá-las, vamos, não devem ter as levado tão longe.

POV SIRIUS BLACK

–Eu vou conferir essa sala- aviso mostrando uma porta- E se não for nessa, de novo, eu me candidato a ficar de vigia nas portas enquanto vocês entram, porque me cansei.

Forço a maçaneta, que se abre. Entro calmamente, seguido por Lílian e Petúnia. O lugar era a maior sala que havíamos entrado até então. E com mais coisas também. Vários objetos de arte ocupavam todos os cantos do quarto, exceto... O meio da sala, onde um caixão de vidro ficava.

–O que é isso? Ele agora coleciona corpos?- Lílian pergunta, enojada, se aproximando.

–Não, é a mãe dele- falo, lendo um cartão no buquê de flores em cima do vidro.

–Ele tem um coração?- Lílian pergunta.

–Está mais para doentio- James diz.

– Como ele a achou?-Petúnia pergunta.

–Não importa, está apodrecido já- Lílian acusa- O vestido é lindo...- Lily se aproxima mais do vidro, para ver o vestido branco, é quando um alarme soa e luzes vermelhas começam a piscar. Olhando para onde Lílian pisou, vejo raios infravermelhos de segurança. Estávamos fudidos.

–O QUE É ISSO?- Lílian cai no chão, pressionando os ouvidos com as mãos. O som realmente era insuportável.

As portas são arrombadas, e seis Comensais entram armados. Estávamos mesmo fudidos.

POV MARIE

Eu não tentei resistir, de que adiantaria? Ele era muito mais forte que eu, e poderia muito bem chamar reforços para me obrigar a ir. Em vez disso eu apenas segui a seu lado, e deixei que me guiasse aonde quer que fosse o lugar que me queriam.

Esse lugar acabou por ser uma sala parecida com um parlamento. Vários Comensais sentavam-se nas cadeiras, enquanto apenas Voldemort ficava na cadeira principal. Severus me colocou em uma cadeira no meio da assembleia, de costas para os Comensais, o que em parte foi bom, pois não sentiria tanto medo já que não teria que encará-los, mas ruim também, porque me deixava cara-a-cara com Voldemort.

Bellatrix se pôs a meu lado assim que sentei, e clicando um botão, algemas de ferro saíram dos braços da cadeira e me ligaram a ela. Bella sorriu para mim, com seu sorriso doentio. Não desviei o olhar, estava cansada de ser fraca.

–O que aconteceu com meu bebê?- pergunto quando ela se postou um pouco longe de mim, perto de Josh, Emme e Mini Sirius.

–Ele ainda não morreu- Voldemort sorri, mas de alguma maneira era melhor de se encarar que o de Bella, era cheio de promessas e má intenções, mas menos doentio- Está em seu útero, mas você perdeu muito sangue, e se quer que ele continue vivo deve ir a um hospital.

–Bom, estou meio que impossibilitada- com minha cabeça indico minhas mãos.

–Se responder minhas perguntas com rapidez, será deixada perto de um hospital como se nada tivesse ocorrido, e seu bebê sobrevive. Caso se faça de desentendida, haverá punições e seu bebê correrá mais riscos.

–O que você quer saber? Por que me trouxe até aqui? E por que eu sou importante para você como espiã?- pergunto.

–Quem pergunta as coisas aqui sou eu, criança. Como é a família Evans?

–Hã?- exclamo surpresa- Por quê?


–Responda. Eles se encontram muito com os Potter?

–Sim, eu acho que sim. Eles são bem amigos, sabe? E Lily tá namorando com James...

–O filho deles.

–Isso. E ele é o pai do meu filho- informo. Por que eu estava falando tanto?

–Já ouviu alguma conversa do pai dessa Lily com o Senhor Potter?

–Não. Se você não percebeu, eu estudo em uma escola interna, não dá para sair muito. Papai normalmente, ao menos quando eu estava presente, falava coisas fúteis e da alta sociedade com a família de Jay.

–Seu pai?- Voldemort ri- Ninguém lhe informou? Nagini...- havia um tom de censura, mas também diversão quando Voldemort se voltou para Josh- Deveria ter avisado a pobre menina que fomos nós quem implantamos a dúvida na cabeça da senhora Evans e falsificamos o teste de DNA, assim ela poderia se infiltrar na casa.

–O que? Eu não sou fil.. Nem irmã?!-meus olhos ardem de raiva, tristeza e decepção.

–Surpresinha- Bella ri histérica.

Começo a sentir falta de ar.

–Já ouviu falarem da Ordem?- Voldemort pergunta em um segundo plano.

Tudo estava longe, eu só possuía minha mente como barulho. Eu não era irmã de Lílian, não tinha uma família, nem ninguém. Era tudo uma mentira, me manipularam.

–Eu...-murmuro.

–ELE LHE PERGUNTOU SE JÁ OUVIU OU NÃO- Bella se laça para mim e depois sinto uma onda de choque percorrer meu corpo, doeu muito, muito. Ela me acertara com uma arma de choque!

–Eu não sei- minha cabeça pende de lado- Eu acho que não.

–ACHA?- ela se posiciona em minha frente de novo- ACHA?

–Eu...- outra onda de choque- AH!

–SIM OU NÃO?


–NÃO!- grito, levantando a cabeça e ela volta ao seu lugar. Percebo que Voldemort tinha decido de seu lugar, e andava em minha frente- Por quê? O que é isso?

–Uma entidade ridícula que jura que vai me derrotar- ele sorri- Patético.

–Você acha que meu... Os pais de Lílian estão envolvidos nisso? E os de James?-choro com dor.

–Ah, mas eu sei que os Potter estão envolvidos, são mão direita de Dumbledore nisso. E seus amigos mais íntimos devem ter participação também.

–Eu devia estar lá para espiar isso? Olhe, eu nunca ouvi nada a respeito, juro!

POV MARLENE MCKINNON

–O que acabou de acontecer?- Dorcas pergunta.

Estávamos paradas em um corredor estreito e curto, totalmente escuro.

–Passagem secreta?- sussurro.

–Tá, eu realmente estou com muito medo agora!

–Calma- tateio o ar até encontrá-la- Pronto, só segurarmos as mãos e tudo ficará bem. Ei- eu olho para o final do túnel- Aquilo ali não é uma luz?- começo a caminhar em direção.

–Sério? Essa noite está cheia de clichês, mas ir em direção à luz no fim do túnel? Morte certa!- Dorcas fala, mas mesmo assim anda ao meu lado, de mãos dadas.

–É uma cortina- sussurro, tocando o pano.

–Lene- Dorcas sussurra horrorizada, vejo que ela espiava pela fresta- Nós vamos morrer.

Voldemort e centenas de comensais. No meio da sala: Marie.

POV REMUS LUPIN

–Você também está ouvindo essa musiquinha macabra de plano de fundo?

–É o que? Cê tá doido?- pergunto.

–Um pouco, a adrenalina tá a mil em mim- Frank responde pulando- Ainda bem que Alice não veio, já pensou? Se algo acontecesse a ... Desculpa, nós vamos encontrá-las.

–Vamos sim- murmuro para mim- Temos que avisar aos outros sobre o sumiço delas, preciso que achemos as duas... Temos que achá-las...- viramos em um corredor e olho para Frank- Porque senão eu juro que me mato- ele engole em seco- O que foi?- ele aponta para frente e quando me viro vejo três comensais sorrindo para nós.

POV MARIE

–Você se mostrou uma tremenda incompetente, talvez devesse ter deixado seu filho morrer mais cedo- Voldemort falou, rodeando minha cadeira- Melhor ainda, posso te matar agora.

–NÃO!- gritei- Não, não, eu... Faz um mês- falei olhando para a arma que ele me apontava- Eu estava na casa do... Pai da Lílian, era fim de semana livre e ele tinha pedido que fôssemos para lá. Eu fui até o quarto dele para dar boa noite quando ouvi-o falar com uma pessoa no celular...

–Com quem?- ele gritou.

–Eu não sei! Eu não sei!- chorei- Só sei que ele repetiu algo sobre precisarem agir “Precisamos contra atacar, Weasley, não podemos deixar isso sem resposta”, depois ele disse para marcarem uma reunião com todos os outros na cede... E ele me viu e desligou. É só isso que eu sei, eu juro!

–Parece que ela não é mais tão necessária, deixe-me matá-la, chefe- Bella pediu, sorrindo.

–Senhor- um comensal entrou na sala e, depois de fazer uma reverencia, continuou:- Sinto muitíssimo interromper, mas é urgente. Achamos invasores na casa, senhor.

–Dumbledore?- ele perguntou.

–Não senhor, adolescentes. O alarme da sala da... Senhora mãe- o comensal abaixou os olhos ao dizer isso- Soou, e entramos armados, achando quatro no local, duas meninas e dois meninos. Continuamos a procurar por mais alguém e encontramos dois meninos.

–Adolescentes?- Voldemort gargalhou- Você me interrompeu por causa de arruaceiros? Isso não é urgente- Voldemort apontou a arma para ele.

–Senhor! Um dos meninos é o Potter!- o comensal falou urgente e olhei para ele surpresa- São os filhos dos líderes da Ordem.

–Agora sim ficou interessante. Guardem-nos em segurança e irei mata-los depois que terminar com a menina. Já até sei o que farei depois: envio cada parte do corpo deles por correio, os pais ficarão tão abatidos!- Voldemort gargalhou- Saia.

–Sen...- o homem voltou a falar.

–O que você quer?

–Achamos que pode ter mais pessoas na casa.

–Achem-nos- Voldemort sorriu.

POV LÍLIAN EVANS

–Uma masmorra como prisão, sério isso?- James perguntou, dentro da cela.

–Aparentemente sim, James- respondo, andando de um lado para o outro- E aparentemente nossos amigos vão estar ferrados porque descobriram que invadimos! Fora que Marie ainda está nas mãos desse psicopata!

–Lílian!- James me segurou pelos ombros, sacudindo- Calma- soluço e ele me abraça- Calma, calma.

–Eu estou com muito medo, James, em que fomos nos meter?


Petúnia olha para Sirius e ele para ela.

–Quê? Nem vem que não vou lhe abraçar para te consolar, Black- minha irmã fala.

–Por que eu estou super querendo isso, né?- ele revira os olhos.

–Temos que sair daqui- Petúnia fala, se levantando, no momento que eu e James nos separamos.

–Querida, você já viu os cinco seguranças só do lado de fora da nossa cela? Desculpe, não acho que sejamos os vingadores para conseguirmos derrotá-los- Sirius fala sarcástico.

–Ficar parado que não dá!- Petúnia berra.

–Argh! Estou com ódio! Quero matar esse filho de um... Que está com meu filho!- James gritou esmurrando a parede.

–Calminha, garoto- um guarda aparece e saio de perto da grade no mesmo instante- Vocês vão querer saber que terão companhia- ele se afasta e joga Remus e Frank para dentro.

–Onde estão Dorcas e Lene?- pergunto.

–Elas sumiram, pensamos que tinham sido capturadas...- Remus fala.

–Se não estão aqui, nem estavam com vocês, onde elas estão?- Sirius pergunta.

POV DORCAS

–Eles pegaram os meninos- falo sentando-me no chão, ao lado da cortina. Solto minha mão da de Lene.

–Sim, e os outros. Estamos por nós mesmas Doe.

–Lene, você entende que são bem uma dezena de centena de milhares de comensais? E Voldemort?!- falo exaltada. Por que ninguém nunca entendia a complexidade da situação? Eu era a única com cérebro?

–Sim- Lene abaixa-se ao meu lado- Mas isso não quer dizer que não damos conta deles, talvez com um plano.

–SÃO CENTENAS!-gritei sem pensar direito no que fazia.

–Sim, e somos FODAS!- ela responde.

Uma luz forte bate sobre nossos rostos, quase nos cegando depois de tanto tempo nas sombras. Um comensal sorria para nós, e toda a sala nos olhava.

–Ora ora, se não são as invasoras- Voldemort sorri quando já tínhamos nossos pulsos amarrados nas costas.

–Ora ora se não é o maior bundão da atualidade- Lene responde e quero morrer por dentro. Como ela ousava irritar um super vilão?

–Admiro sua coragem, mocinha, mas não me irrite- ele passou o dedo pelo rosto dela- Eu estava só conversando com Marie, tentando saber mais sobre a organização dos seus pais.

–É mesmo? Não teria sido mais simples nos sequestrar do que colocar uma espiã dentro da escola?- Lene pergunta.

–Gosto dos meus métodos, menina.

–E eu de bacon, nem por isso como o tempo todo.

–Lene...-sussurro e ela da de ombros.

–Muito bem, quem sabe eu não consiga arrancar algo de você- Voldemort sorri- Régulus, erga a mocinha.

Reg passa por mim e levanta Marlene. Vejo trocarem um olhar e depois ele desviar.

–Se acha muito engraçada, não é? Vamos ver o que você acha disso- ele atira no ombro de Marie.

–AAAAHHH!- grito, mas Lene encara Voldemort sem medo, lágrimas nos olhos.

Marie gritou tão dolorosamente que não achei que conseguiria continuar a ouvir. Era tanto sangue, e devia doer tanto.

–A cada resposta que você não me der eu atiro nela- ele sorri- O que você sabe sobre a ordem?

–Que são melhores e mais habilidosos que você, se eles sabem tanto sobre você e você tão pouco sobre eles- ela sorri.

–O QUE VOCÊ SABE SOBRE A ORDEM?!- ele aponta a arma de novo para Marie.

–Alguns pais dos meus amigos fazem parte...

–EU QUERO NOMES!

–Blackinnon, Meadowes, Lupin, Evans, Potter, McDonald, Jones... Weasley, são os únicos que eu sei.

–Quais os planos deles?- Voldemort se aproxima dela.

–Sei lá, eu disse que fazia parte? Meus pais que sabem, e já é muita coisa eu saber que eles existem.

–QUAIS OS PLANOS?

–Te derrotar.

–Onde é a sede?- ele pergunta e ela sorri- ONDE?

Lene continua sorrindo. Voldemort aponta a arma para Marie – Marie, esqueci dela! Ela tinha a cabeça pendendo para o lado-, Lene ergueu a cabeça. Voldemort atirou na perna dela.

Marie se agitou, mas não gritou dessa vez. Não achava que ela tinha forças para isso.

–Onde?- ele se aproximou de Lene.

–Vai para o inferno- Lene sorriu e cuspiu no rosto dele.

Voldemort tirou uma faca do bolso e enfiou no peito de Lene.

–AAAAAHHHH!- gritei. Não. Não. Não. Lene...Não.

Voldemort sorriu para mim e se ajoelhou ao meu lado, segurando meu queixo, o sangue de Lene nas mãos. Seu sangue agora em meu rosto.

–Onde é a sede?

–Eu não tenho ideia- jurei e uma sirene começou a soar.

POV SIRIUS BLACK

–Que barulho é esse?- perguntei escutando algo.

–Eles estão saindo- Petúnia apontou para os guardas que corria da masmorra- Detenha um, Remus!

Remus puxou o último guarda que sobrava no recinto, o colado com nossa grade e que só agora ouvia a sirene. Segurou-o pela blusa e puxou para trás, passando o braço pelo pescoço dele.

–Peguem a chave- Petúnia berra.

James enfia a mão no bolso dele e pega a chave, indo destrancar a fechadura.

–Espere ele desmaiar Remus- Lílian aconselha e Remus obedece.

Não demorou muito para o homem se contorcer e desmaiar. Saímos da prisão depois disso, e Frank e eu colocamos o guarda por trás das grades, travando.

–Vamos, da última vez que uma sirene tocou não foi por um bom motivo. As meninas podem estar em perigo- falei.

–Vamos fazer o que? São vários comensais! Podemos fugir e procurar ajuda- Petúnia aconselhou.

–Não deixamos um dos nossos para trás- Lílian respondeu como se estivesse abismada.

POV DORCAS

–Senhor, estão invadindo!- um comensal entrou na sala de reunião.

–Já percebi. Comensais- falou para os ali presentes- Recebam nossos amigos- voltou-se para mim, ainda sorrindo ameaçadoramente- O que sabe sobre a ordem?

–Nem sabia que existia, juro!- grunhi quando ele acariciou meu braço.

–Ah, eu sei que não, meu bem. Sei que não. Mas eu preciso te matar, você sabe demais.

–Por favor- implorei no exato momento que ele atirava contra minha barriga e saia da sala pela passagem secreta.

Senti meu corpo arder, fora de mim. A dor era tão ruim.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?? quero muuuito saber quem voces acham que morre.
Comente e ganhe um vislumbre da fic de blackinnon.