As Powerful's: rixa com os Marotos escrita por Ellie Black


Capítulo 45
Os por quês de Régulos


Notas iniciais do capítulo

o próximo capítulo terá mortes, só isso que eu digo... E de alguém que todos nós amamos. Eu principalmente.



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"Não existe caminho certo ou errado, apenas existe o caminho."

POV NARRADOR

–Ok, então, todos entenderam?- Petúnia pergunta com os braços cruzados. Ela não conseguia parar de pensar, mesmo num momento crítico como esse, que ficar cercada por esses moleques iria requerer um grande gasto de energia, e liderança.

–Yep- Black afirma- Dorcas, McKinnon e eu vamos buscar roupas pretas por ai. Depois trazemos tudo para cá e separamos.

–É o tempo de James e Lene chegarem- Doe completa. Potter e Lílian já haviam deixado a casa.

–Eu vou com Frank atrás dos equipamentos que você vai precisar para hackear o celular de Marie.

–O que estão esperando? VÃO!- a mais velha grita e eles correm feito barata tonta do quarto.

–Vamos primeiro na minha casa então na sua Sirius- Lene avisa ao chegarem a calçada e se despedirem de Remus e Frank.

–Na minha? Desculpa Morena, mas não me lembro de ter te convidado para uma visita intima.

–Para achar roupa masculina seu idiota!- ela revira os olhos, atravessando a rua com Dorcas. Entrando em sua casa, vai direto para o quarto, ignorando Sirius e seus flertes a empregada que abriu a porta.

–Temos que ser rápidos, cada minuto perdido é pior- Doe aconselha, entrando no closet da amiga.

–Será que dá para se levantar?- Marlene pergunta depois de alguns minutos, quando vê Sirius deitado em sua cama, brincando com um ursinho de pelúcia.

–Por quê? Não é como se você quisesse que eu mexesse nas suas gavetas de calcinha.

–Argh!

–Tem de admitir que é um bom argumento Len- Doe sussurra rindo.

–Quieta, Meadowes.

As meninas jogaram as roupas femininas que acharam em cima da cama, cobrindo partes de Sirius, que reclamou um pouco, como esperado. Depois Lene pegou uma mala de viagem no closet e a abriu no chão, fazendo Sirius colocar as roupas dentro.

–Vou pegar um dos carros reservares na garagem, nem morta que eu vou dar a volta no quarteirão nesse calorzão até chegar a sua casa, Black- Marlene comenta, seguindo para a porta que levaria a garagem.

Lá haviam quatro carros de luxo.

–Qual é mais rápido para uma fuga?- Doe pergunta a Sirius.

–O Porche- ele responde.

–Pensa rápido- Lene joga a chave para Sirius, que com os reflexos rápidos consegue pegá-la e ainda continuar segurando a mala.

–Entrando meninas.

[...]

–Olhe, eu vou aconselhar vocês a ficarem quietas, nem um barulhinho sequer- Sirius diz em frente à porta dos fundos de sua casa- Meu irmão, como vocês sabem, está se aliando a Voldemort e meus pais apoiam a decisão. Por isso, ontem tivemos uma pequena discussão, eu e eles, eu não acho que reagiriam bem se vissem vocês. Então... Só calem a boca, mas se eles surtarem fiquem atrás de mim. Eu realmente não os conheço mais, mas não vou deixar que lhes machuquem- elas confirmam com a cabeça, sem pronunciar uma palavra sequer- Só... Fiquem atrás de mim.

Ele gira a chave na fechadura, e abre a porta pouco a pouco. Coloca a cabeça para dentro e depois entra, esperando por elas para fechar a porta.

–Onde estão os funcionários? Lembro-me que aqui era lotado deles- Doe sussurra. Mesmo de manhã a casa tinha uma escuridão peculiar. Ela segura o braço de Sirius.

–Mamãe dispensou todos quando chegamos do depoimento. É isso que estou dizendo, algo está estranho, eles estão aprontando algo.

–É seguro estarmos aqui?- A voz de Dorcas treme.

–Quieta, vamos logo- Lene reclama em um sussurro irritado.

Eles começam a subir a escada logo na saída da cozinha. Tomaram cuidado para não fazerem ruídos exagerados. Passam por uma porta entreaberta, o escritório do pai de Sirius. Dorcas e Sirius seguem pelo corredor, mas Marlene se detêm um pouco mais. A curiosidade era maior que o medo.

–Eu sei, mas vocês acham que ele me entregaria para a Ordem?- Régulos falava, olhando para os pais, com as costas na janela. O senhor Black estava sentado em uma poltrona, e sua esposa em pé ao seu lado, de costas para a porta.

–Você acha que eu sei o que se passa na mente daquele menino? Não sei como ele saiu do meu ventre. Atrevido, arrogante... Grifinório- a mulher ri, uma risada cruel, de gelar os ossos.

–Mas mesmo assim, ele é meu irmão, não faria isso não é?- Marlene sente a insegurança na voz do menino- Não é?

–Isso não importa, ele é apenas um traidor de sangue.

–O importante, querido, é que você saiba o que deve fazer. Você tem que participar da reunião com o Lord, do interrogatório com a menina grávida na cede- o coração de Lene gela. Marie- E esperar para que o Lord lhe dê sua próxima ordem. Mas não se surpreenda se ele lhe mandar terminar o que ele começou com o Riddle- o pai fala.

–Claro que ele não se surpreenderia ou hesitaria em mata-lo caso o Lord pedisse, consideraria isso uma honra, não é Régulos?

–E-eu...- é quando ele a vê. Marlene sentiu os olhos dele olhando diretamente dentro dos seus, e foi como um milésimo de pânico. A mãe dele vira-se no momento que Lene sai de perto da porta e volta a caminhar onde antes Sirius e Dorcas passaram.

–Eu sei o que tenho que fazer mãe, eu não sou Sirius, não sou um covarde. Vou ficar e assumir minhas responsabilidades nessa família- e sai da sala, fechando a porta atrás de si.

Ele olha para o lado e consegue vê-la andando apressada pelo corredor, bem afrente. Ele corre, quando ela olha por cima dos ombros por causa do barulho dos passos dele, quase dá um grito: ele a agarrou no ombro e a puxou para um corredor paralelo, pressionando-a contra a parede, com os dedos em sua boca.

–Você está doida? Eles poderiam ter te visto!

–jnjlnjinjbjbdadasea- ela balbucia com a boca tapada.

–Desculpa- ele retira a mão.

–Sai de perto de mim, eu vou gritar.

–E? Então meus pais escutam e fazem algo tão ruim com você que você se arrependerá de sequer poder falar, quanto mais de ter gritado.

–Deixe-me ir, Reg- ela pede com os olhos cheios de lágrimas, tentando se soltar.

–Não... Não...- ele murmura, saindo de perto dela, encostando na outra parede do corredor- Você...? Você tem medo de mim?

–E não é para ter? Você está virando um monstro, Régulos, o que você quer que eu sinta?- ela treme e ele se aproxima, mas ela se encolhe. Ele para.

–Lene... Não esperaria que você entendesse, que nenhum de vocês entendesse, sabe, seus amigos, afinal, vocês tem que se preocupar no máximo com que pessoa podem confiar. A minha vida não é assim. Eu faço o que eu tenho que fazer, não o que os outros acham que é certo.

–Você tem que se juntar aos Comensais? Aos terroristas?

–Sirius nunca teve que lidar com papai e mamãe, ele sempre foi esse ponto de luz nessa casa, mesmo toda a família sempre dizendo o quão diferente e errado ele nascera, ninguém esperava ou espera nada dele. Ele é o rebelde. Mas eu... Eu sou o filho perfeito, fui criado para isso. Eu não vou decepcionar meus pais, não vou ir contra o que me ensinaram. Eu tenho muita coisa a perder, Sirius nunca teve...

O celular de Lene começa a tremer em seu bolso. Ela o tira e vê na tela que é Sirius. Quando levanta o olhar para Régulos se surpreende ao não vê-lo mais. Ele a deixara ali, deixara-a ir.

–Oi- ela sussurra- Desculpa, eu fui ao banheiro. Ah, não venha gritar comigo. Eu espero no carro, tchau.

[...]

–Teria como você não fazer isso de novo?- Sirius pede, entrando na casa de Lílian.

–Já pedi desculpas, tá?- Lene repete, cheia de roupa masculina preta nos braços.

–Você quase nos matou de susto quando percebemos sua falta- Dorcas sobe as escadas.

–Vocês exageram muito, não morri, não é mesmo?- Lene revira os olhos- Voltamos bitches!

–Oi- Lílian cumprimenta, ela estava ao lado de Petúnia, que estava sentada em uma cadeira, olhando fixamente para a tela de um computador.

–Separem logo essas roupas- Petúnia manda por cima do ombro.

–Sim general- Sirius tira sarro.

–Aqui- James aponta para a tela e Petúnia dá zoom.

–Mais- Lílian aconselha.

–Pronto, aqui está a placa da vã- Petúnia sorri- Esperem... Estão vendo esse símbolo, aqui na janela?

–Isso... É o símbolo do Solzinho Rosa?- Lílian pergunta, sem acreditar.

–Sim, a vã do nosso canal infantil favorito voltando alguns anos- a irmã confirma- Celular.

–Oi?

–Dê-me seu celular- ela estende a mão.

–Eu não estou com crédito- Lílian sorri amarelo.

–Ai que pobreza! Nem parece herdeira de milhões! Potter, celular. Agora.

–Tome- ele dá já destravado- É de família ser mandona, não é?

–Há- Lílian estira a língua, brincando.

–Pronto- Petúnia coloca o celular de encontro à orelha, depois de pesquisar o número na internet.

–O que?- James pergunta.

–Estou ligando para a empres... Alô? É dá... Perfeito. Eu queria saber se vocês sentiram a falta de uma vã preta...? Já fizeram o BO? Ah, sim. Não, é que eu sou da delegacia, e achamos que a vã está sendo usada para crimes. Só para conferir a falta da vã mesmo, vou conferir no Boletim aqui, procurarei os papéis, obrigada. Tchau. A vã foi roubada faz quase um mês, e isso não poderia ser melhor.

–Por quê?- Lílian pergunta.

–Pelo Amor! Vocês são burros ou o quê?! Eu tenho que pensar em tudo?! Essa vã tem um satélite de transmissão, eu consigo rastreá-lo mais rápido que o celular de Marie. Cadê o lobo e o peninha?- a menina se vira e vê os dois em um canto do quarto, brigando com os cabos dos equipamentos que ela mandara-os pegar- Ah, santa paciência. Até o fim dessa missão eu vou morrer de trombose!- ela se levanta e vai até os dois- Querem parar? Preciso do cérebro de Remus de ajudante para invadir o sistema. Vem- ela o puxa pela camisa de volta a cadeira e olha para a irmã e o namorado dela- Querem dar um pouco de espaço pessoal? Temos um trabalho a fazer!

–Ela é meio ditadora não é?!- James beija o pescoço de Lily, seguindo-a até Sirius e as meninas.

–Gosta de estar no comando, assim como certa ruiva- ela brinca e se afasta dele, que vai para perto de Frank. Ela olha para Lene, que tinha uma expressão concentrada na separação das roupas, mas parecia em outro mundo- O que aconteceu com ela nos Black’s?- ela sussurra para Dorcas.

–Ela sumiu por um tempo e desde que chegamos ao carro até agora, ela mal falou.

–Ela tem uma boa audição e sabe falar sobre as experiências que viveu- Marlene responde em terceira pessoa.

–Eu sei- Lily ri e depois soluça- Desculpem. É que parece tão errado sorrir nessa situação... Com a Marie sofrendo sabe-se lá que tipos de torturas.

–Vem cá- Dorcas a abraça- Eu sei que brigamos de manhã, mas eu te amo e quero que você fique bem.

–Pode parecer errado, mas às vezes o errado é normal- Lene olha fixamente para a parede.

–Isso ainda é sobre mim?- Lílian enxuga as lágrimas.

–Não, é sobre mim- Lene sorri, com os olhos brilhando de lágrimas que não iriam cair- Meio egoísta falar de mim agora, mas é verdade. E eu acho que se refere ao todo. Então, é sobre mim, mas também sobre você.

–Você quer me falar o que aconteceu?- Lílian pergunta.

–Aqui- Lene ergue algumas roupas- Vá se trocar.

–Tudo bem, não vou lhe obrigar- Lílian vai para seu banheiro.

–O que você viu?- Dorcas pergunta.

–Nada Dorcas- Lene volta ao trabalho.

–Tem haver com o Régulos?- Lene olha surpresa para ela- Qual é, vocês eram amigos, eu me lembro tá?!

–Tem- Lene se senta na cama, em cima de algumas roupas- Eu... Não queria isso para ele. Você sabe como isso vai acabar.

–Morte?- Lene assente- Len, não tem haver com o que você quer, você não pode fazer nada para mudar o que é, tem haver com o que ele quer fazer com sua vida.

–Sim, mas...

–Ele é o Régulos, sempre vai ser.

–Não, ele é um Comensal, é assim que vou me lembrar dele, depois de tudo.

–Ele não se resume a isso... Você pode decidir lembrar só os bons momentos.

–Não, ele é um Comensal- o tom de voz de Lene deixava claro que a conversa chegara ao fim.

POV MARIE

–Vamos princesa, você vai ter uma cama só sua- Joshua me tira do porta-malas.

Eu não conseguia andar, a dor era muito forte, então deixei meus pés serem arrastados na areia enquanto ele me apoiava. Tudo estava girando, mas consegui ver a figura borrada do hotel beira de estrada... Ou seria uma casa? Não sei... Mas era grande, do tamanho de um hotel. E não ouvi o barulho de outros carros passando, então estávamos em um local isolado.

Queria me manter acordada, queria mesmo, porque tinha medo do que aconteceria a mim enquanto dormisse. Mas não consegui impedir de desmaiar de novo, a dor era insuportável.

POV NARRADOR

–Consegui!- Petúnia grita e todos se reúnem ao redor de sua cadeira, já trajando preto. Ela demorara duas horas, mas conseguira rastrear o carro- Aqui- apontou o ponto vermelho num mapa- É no meio do nada... Não entendo. Talvez tenham abandonado a vã.

–Não, é um dos esconderijos de Voldemort. Meus pais falaram disso um dia desses- Sirius avisa.

–Decidido, vamos para lá agora mesmo- James bate palma.

–Vamos.

[...]

–Eu não gosto nada disso- Dorcas murmura contra o ombro de Remus, no banco de trás do carro.

–O que?- ele alisa seu cabelo.

–Estamos indo para nossa morte- ela suspira- Voldemort não será derrotado por criancinhas.

–Vamos ter um pouco de fé, Doe- Frank fala, olhando para ela pelo retrovisor- Não somos apenas criancinhas, somos os Marotos e as Powerful’s, nos dê algum crédito.

–Vamos conseguir montar algum plano ao chegarmos lá- Petúnia garante, do banco do passageiro.

–Se Deus quiser- Dorcas concorda.

No outro carro... Uma hora depois

–Chegamos- Sirius avisa, parando um pouco afastado da casa. Os faróis desligados.

–É tudo ou nada- Lene segura a mãe de Lílian, que sustenta o olhar da amiga.

Saem do carro e se encontram com os outros. Todos param por um tempo e não dizem nada, só se olham.


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Notas finais do capítulo

QUEM COMENTAR PODE ME PERGUNTAR ALGO SOBRE O PRÓXIMO CAPÍTULO, MENOS QUEM É QUE MORRE, MAS PODE PERGUNTAR DE COMO MORRE E TALS SIM.



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