As Powerful's: rixa com os Marotos escrita por Ellie Black


Capítulo 42
Tudo pode piorar ou melhorar...


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEEI RÁPIDO NÉ?
GENTE EU REALMENTE PRECISO DE UMA CO-AUTORA SENÃO VOU TER QUE FICAR UM MÊS SEM POSTAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



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"Assim como se testa o ouro com uma prova de fogo, também o amigo fiel se conhece nos momentos difíceis da vida."

LEIAM AS NOTAS INICIAIS!!!

LEIAM AS NOTAS INICIAIS!!!

LEIAM AS NOTAS INICIAIS!!!

POV LÍLIAN

Fiz um coque, ignorando os fios molhados.

Aconchego-me na cama depois de um demorado e merecido banho, embaixo do amontoado de cobertas. Olho para meu relógio de cabeceira e vejo a hora “21h” da noite do dia 25 de dezembro.

Descanso a cabeça no travesseiro e lembro-me do que aconteceu em menos de vinte e quatro horas atrás na virada do dia 24 para 25 de dezembro.

Tanta coisa. Nathan e alguns convidados feridos por tiros tinham sido levados para o hospital enquanto todos tinham ido para a delegacia prestar depoimento. A família de James foi convidada a passar a noite na casa dos pais de Frank. Tipo, a casa do meu namorado foi um palco de guerra! Tiros trocados lá, no lar deles! Foi muita coisa para lidar.

E tinha Sev...

Sev. Meu ex-melhor amigo Sev. Com os anos parei de pensar nele, mas ver onde ele está hoje, como ele está me fez ficar culpada. Eu devia ter feito algo a mais. O que James diria se eu lhe dissesse o que me afligia? “Lily, pare. Não foi sua culpa. Ele fez as próprias escolhas. E eu nunca gostei dele mesmo...” Ri com o pensamento. Queria tanto que o James tivesse aqui.

Tomei um susto ao ouvir o som do meu celular. Estendi a mão e o peguei ao lado do relógio. Marie.

–Oi Mariele- falei me sentando na cama- Notícias do estado de Nathan?

Depois que fomos liberadas da delegacia ela correu para lá, queria saber como Nathan estava. Pedi para ir também, mas mamãe me impediu.

–Ele está na cirurgia para tirar a bala. Parece que... eh... ela atingiu o estomago- Pude sentir que ela fazia força para continuar a falar.

–Calma Marie, vai ficar tudo bem. Amanhã de manhã driblo minha mãe e lhe faço companhia.

–Tá tudo bem Lily, Dorcas veio aqui- Marie suspirou- Mas eu agradeceria se viesse de manhã.

–Eu vou- jurei.

–Vou indo Lily, o médico está chegando- disse desligando em seguida.

Olhei um momento para o celular e depois o larguei no lugar.

Me levantei num pulo e fui coloquei minhas pantufas, depois meu robe de seda. Sai do meu quarto sem fazer barulho e fui pegar a suco de laranja na geladeira. Coloquei a jarra em cima da bancada da pia e fui pegar um copo no armário de cima, mas estava muito alto.

–Mas que merda...- praguejei esticando o braço.

–Deixa que pego para você- Vinicius disse grudando em mim e estendendo o braço.

Levei um susto e sai de perto dele.

–Obrigada- agradeci.

–Que natal, hein?- ele perguntou rindo, indo sentar na cadeira da mesa.

–Meio que isso- disse bebendo o suco todo.

–Sede, hein?- ele perguntou se aproximando.

–Mais para saciar minha desconcentração- falei notando que ele se aproximava mais ainda- Vou dormir. Mais de 24 horas sem dormir é muito.

–Claro- ele assentiu- Também vou para o quarto.

Andamos sem conversar pela extensão da casa até o segundo andar. Estava tudo muito estranho. Ele me acompanhava muito de perto, estava constrangida. Cheguei a frente à porta do meu quarto e ele ficou parado ao meu lado.

–Eu vou entrar- falei apontando para minha porta.

Ele se aproxima de mim, indo em direção a minha boca e me beija, o empurro.

–O que você acha que está fazendo?- pergunto com raiva.

–Entendi seu jogo- ele riu- e adoro as difíceis. Mas não fique convencida por eu estar na sua, até o inicio do ano você estará na minha também.

–Olha, eu não sei se você se esqueceu, mas minha IRMÃ é sua namorada. Se me dá licença eu tenho que ir dormir, e se você me seguir, ou tentar algo, vou gritar a plenos pulmões e acordar meus pais e os funcionários da residência seu babaca.

Ele me encarou com diversão.

–Gosto de você- falou e saiu para o breu do corredor.

Entrei no quarto não acreditando no que acontecera. Que menino babaca! E minha irmã...? Tinha que contar para ela! Mas talvez ele tivesse feito isso só por estar muito traumatizado com os acontecimentos de ontem...

Me deitei na cama e tentei relaxar. Estava quase dormindo quando sinto alguém se deitar na minha cama. Abro os olhos e grito.

*************

POV Dorcas

–Obrigada senhorita Lupin- agradeço saltando do carro.

Meus pais não tinham ido ao baile da família Potter como os pais das meninas, então depois da delegacia peguei carona com a família de Remus e eles me trouxeram ao hospital.

–Mande notícias querida!- escuto ela gritar pela janela.

Me viro e dou um tchau para os Lupin. Pobre Remus. Ele queria tanto ficar comigo, mas de maneira sutil sua mãe negou. Acho que ela queria se certificar que ele estaria seguro depois da noite.

Corri até a recepção para obter informações.

–Nathan Riddle- pergunto por ele para a moça.

–Dorcas?- Marie pergunta, me fazendo virar em direção sua voz. Sou esmagada por um abraço- Ah Dô.

–Hey- aliso seus cabelos.

A acompanho até uma das cadeiras na imensa sala da recepção.

–Como ele está?- pergunto segurando sua mão.

Eu realmente não era a melhor amiga de Nathan Riddle, mas não estava feliz pelo acidente dele. E estava triste por Marie, mesmo sem saber por que ela se abalou tanto assim...

–Sabe como são os médicos- ela riu- não disseram nada.

–E os pais dele?- pergunto não reconhecendo ninguém na recepção.

–O pai dele está em uma sala, parece que ele tem problema do coração e depois que saiu da polícia teve um ataque. E a mãe dele está no quarto com o pai.

–Já falou com Lily?- perguntei.

–Não. Eu... er, acho melhor ligar para ela- Marie pega o celular.

Escuto detalhadamente a conversa. Pelo que Marie diz eu ficaria ali até de manhã, mas não reclamava. Queria que ela soubesse que eu estava ali para ela.

–O médico- a cutuco vendo um médico caminhar em nossa direção.

Ela desliga o telefone assim que ele para em frente a nós. Ficamos em pé.

–A cirurgia acabou e ocorreu tudo normalmente. Ele está em observação, às próximas horas são importantíssimas- O médico falou uma daquelas falas ensaiadas e decoradas pelos anos de prática. E saiu de perto.

–Vem, vamos esperar- Puxei ela pelo braço e nos sentamos de novo.

************

POV. Lily

Minha boca é tapada por lábios.

Meu primeiro pensamento foi “Vinicius”. Mas quando os lábios tocaram o meu... Aqueles lábios, relaxei.

Ele se afastou examinando depois.

–Lírio- ele sorriu.

–Jay...- ri me sentando na cama- O que está fazendo aqui?

Eu tinha desejado tanto ele ali e agora ele estava ali! Ao menos isso.

–Quer que eu vá embora?- ele brincou, fazendo menção de se levantar.

–Não idiota!- ri segurando seus braços- Mas como você chegou aqui?

–Ah, isso- ele se deitou em um dos meus travesseiros, me encarando- Eu entrei pela janela.

–Como se fosse totalmente normal escalar dois andares!- falei impressionada.

–Eu sou corajoso e um bom maroto?- perguntou me derrubando de costas na cama, ficando em cima de mim.

–Você é- ri.

Ele selou nossos lábios de novo. E esse beijo foi mais demorado e mais urgente. Gemi entre o beijo. Mas algo me veio a mente.

–Jay...- interrompi.

–Que?- ele sussurrou.

–Eu não quero que nosso relacionamento seja baseado em mentiras mas você tem que me prometer que não vai sair daqui e ir atrás dele e nem tantar mata-lo – me apoiei no cotovelo para ver seu rosto, ele prometeu- Vinicius, o namorado da minha irmã, ele me beijou- A cara dele fechou- Mas eu dei um fora nele! Não sei se ele sabia que tinha namorado, ou se agiu por causa do estresse do dia, mas eu dei um fora!

James me encarou. Estava sem os óculos, tinha optado pelas lentes. E seus olhos com cor única ficaram brilhando no silencio da noite.

–Eu amo você, e eu confio em você- ele disse finalmente, segurando minhas duas mãos- E eu quero ferir esse canalha.

Ri dele.

–Também te amo- concordei.

–Sabe o que eu estava pensando?- perguntou e negeui- Que não lhe dei seu presente ontem- Comecei a protestar, mas ele me mandou ficar quieta- E pensei... O que dar para a namorada mais perfeita do mundo?

–Não precisa me dar nada Jay, o fato de você respirar já faz meu dia- sorri.

–Quieta- ele pediu. Tirou do bolso um papel- Se lembra quando éramos crianças e fomos acampar com a escola, os Marotos e as Powerful’s?

–E como- concordei.

“Lene e eu dividiríamos uma barraca. Dorcas e Alice dividiriam outra de acordo com nossa divisão. Morena e eu estávamos paradas em frente aos materiais da barraca soltos no chão.

Lene tinha 13 anos, seu cabelo na época era encaracolado nas pontas, e batia abaixo dos ombros. Ela já tinha as curvas dadas pela puberdade. Estava com a mão na cintura analisando os objetos.

Eu tinha 12 anos, cabelo sempre cumprido como Rapunzel. Também já começava a ganhar curvas.

O Sol estava baixando, e todos tinham que montar suas barracas para ganhar ponto na matéria, uma babaquice se me perguntassem hoje.

–Eu não to com vontade alguma montar essa barraca- Lene comentou.

–Você acha que eu estou com vontade de sujar minhas unhas?- perguntei. Digamos que na época éramos um pouco mais frescas que hoje.

–Não querem ou não sabem?- escutamos uma voz e nos viramos.

Sirius Black era o dono do comentário. Ele estava a alguns metros de nós duas, ajeitando sua barraca com Jay. Nesse período eu e James ainda estávamos de bem, ficávamos aqui e ali.

–Como é a história ô mistura de demônio com humano?- Lene perguntou irritada.

Sirius sorriu fingindo-se de afetado.

–A historia, ô rainha do reino dos arco-íris é: vocês estão enrolando. Todo mundo está montando as barracas e vocês duas não- ele se aproximou com James.

–Como é que é?- exclamei.

–Lil’s- James colocou o braço ao redor do meu ombro- Está tudo bem, só você admitir que não sabe e eu ajudo.

–Como é que é?- perguntei.

Sirius riu.

–Aposto que vocês não sabem montar a barraca- Six comentou.

–Aposto que conseguimos- Lene aceitou. Algo mais importante que nossas unhas era nosso orgulho, concordei com ela.

–ótimo. Se vocês não conseguirem ganhamos uma animação estilo líderes de torcidas da parte das duas na hora do jantar. Com direito a “Black e Potter são os maiorais” no hino. E dançinha.

–Se ganharmos vocês nos dão o celular que confiscaram da barraca dos professores, se eu ficar mais um minuto sem modernização endoido- Lene disse dramática.

–Quem disse que pegamos isso?- Jay perguntou ainda com o braço ao redor de mim.

–Por favor Jamie, mentindo agora?- perguntei rindo.

–Fechado- Sirius concordou.

Lene já tinha acampado com o pai e o irmão, ela ERA boa. Em menos de cinco minutos acabou, e ganhamos a aposta.

Já era noite, e tinha que vigiar a porta da barraca para que Lene usasse o celular mesmo que só para ligar para alguém ( descobrimos que tinha sinal no local). Foi nesse momento que Jay se aproximou de mim.

–Hey- disse sentando-se ao meu lado.

–Oi- cumprimentei.

–Está com frio?- perguntou e assenti, a noite era realmente negativa- Trouxe esse cobertor, vem.

Ele cobriu nós dois, e ficamos juntinhos na calada da noite. Olhei para o céu e vi as estrelas.

–São lindas, não?- perguntei.

–São- ele concordou.

–É bobagem, mas... Minha tia May disse antes de morrer que iria para o céu, e seria uma estrela. Assim poderíamos sempre nos ver. E eu pensei, será que serei uma estrela também? Se vou ser boa o bastante como tia May? Eu quero ser uma estrela, mas do que qualquer coisa... Quero que olhem para o céu e vejam Lílian Evans lá. Não pelo motivo que a maioria das meninas da nossa série ia pensar agora “ a Evans querendo aparecer de novo”, não, mas porque assim sinto que quem me amar vai saber que estou lá mesmo depois do fim, e que estou bem. E que saibam que tudo ficará bem.

James pareceu pensar por um momento.

–É, parece mesmo bobagem- ele comentou e me fez rir, mas fiquei magoada por dentro.

Bom, na época Jay tinha 13 anos e era realmente um babaca. Um babaca lindo, engraçado, popular, e meu babaca, mas ainda assim... Um babaca.”

–Por quê?- perguntei.

–Sua tia May tinha morrido a pouco tempo na época e você me falou sobre a história das estrelas, lembra?-assenti- E lembra o que eu falei?

–Que era uma bobagem- respondi.

–Isso. Mas eu na achei uma bobagem. Não, eu ouvi cada palavra que você falou, e me toquei por cada palavra que você falou, mas não lhe disse isso. Eu era um idiota na época e não me admira que você tenha passado anos brigada comigo, eu era um idiota MESMO.

–Que bom que você mudou- ri- Mas o que isso tem haver com meu presente?

–Você queria ser uma estrela, que as pessoas que te amassem olhassem para “você” e soubessem que tudo ia ficar bem. Bom...- ele me entregou um papel- Agora você sabe.

Li o papel por mil vezes.

–Como assim?- sussurrei com lágrimas nos olhos- V-você está me dando uma estrela? Você deu o nome de Lílian Evans para ela?

–Não- James corrigiu- Dei o nome de Lílian Evans Potter, assim também fica escrito nas estrelas que você será minha e eu serei seu, para toda a eternidade.

O que eu poderia dizer? O beijei.

O beijo era feroz, e comecei a tirar sua camisa. Logo eu também estava sem meu vestido de seda.

James segura meu pescoço e me puxa para ele. Levo minha mão a seu tórax, sentindo o abdômen.

–Lily...- ele interrompe- Não sei se seria bom fazermos isso agora.

–Eu quero- o beijei.

–Sei que você já fez antes, mas não sei se está na hora de fazermos- ele interrompeu, ainda com tom de tristeza ao dizer o que descobrira na verdade ou conseqüência do ônibus.

–Não tive outra relação James, Ali mentiu- disse tirando seu cinto.

–Como?- ele parou minhas mãos- Lílian! Então você tem que pensar melhor, Deus. Essa é uma escolha para vida.

–Eu amo você- disse como se fosse a resposta. E no momento era.

Trocamos um olhar e ele me deixou continuar.

Talvez não tenha sido o pior Natal de todos.

**************

Algumas horas depois eu saia do quarto depois da maior e melhor noite da minha vida. Tinha que concordar que estava toda dolorida, quase como se estivesse assada, mas valera a pena. James Potter fazia tudo valer a pena.

Falando nele, ele saiu assim que nos acordamos com os raios entrando no quarto, com o relógio marcando “5h” da manhã. Combinamos que ele me encontraria no hospital mais tarde, com os meninos.

Estava arrumada com uma bota, calça de couro preta, blusa preta e branca, e um casaco que batia na minha perna, da cor da bota, bege.

Desci as escadas sem fazer barulho, queria ter certeza que não acordaria minha mãe, para assim poder sair da casa e ir até Marie.

Cheguei ao último degrau e já ia saindo quando minha barriga roncou. Voltei até a cozinha e gelei ao ver Petúnia lá.

–Oi anormal- cumprimentou sem tirar os olhos do jornal.

–Petúnia...- falei para não dizer palavras piores- Agradeceria se você não dissesse a mamãe que me viu aqui- pedi indo até a geladeira, pegando uma maça para comer no caminho.

Quando ia saindo da cozinha Petúnia entra na minha frente.

–Agradeceria também se você tivesse sido sincera e dito que deu uma de puta e beijou meu namorado em baixo do meu nariz!- ela grunhiu.

AGORA SIM EU GELEI. Engoli em seco.

–Como?- perguntei.

–“como?” Como a linda Lílian é inocente- Falou com nojo- Não seja hipócrita de mentir na minha cara, mesmo tendo sido descoberta.

–Petúnia eu realmente não o beijei- tentei explicar.

–Não beijou? Me diga como alguém beija alguém sem que essa pessoa esteja presente? Se um não quer dois não beijam!

–A não ser que seja forçado a fazer isso! Que seja pego de surpresa! Tuney, eu sou sua irmã! Nunca faria isso contra você.

–Será que não?! Eu não duvido de nada! Seria algo idiota e errado sequer considerar pensar que você mudaria com os anos, que deixaria ao menos algo para mim, que algo poderia não ser sugado pelo seu magnetismo! Que babaca eu seria se pensasse isso!- Petúnia falava controladamente, mas com raiva. Quase desejei que ela se descontrolasse, mostrasse o que queria dizer.

–Como assim?

–Tudo se resume a você! Desde que nasceu a vida gira em torno da princesinha de olhos verdes e cabelo fogo! Eu nunca fui o centro das atenções! Eu nunca fui a primeira a ser notada, nunca ninguém preferiu a mim em vez de você. Você teve as melhores amigas, eu tive as falsas, cercada dos melhores meninos, eu lutava para pegar um dos melhores enquanto você tinha todos na sua mão. Você não sabe como é crescer ouvindo “como está a sua irmã, Petúnia? Tão linda como sempre?” Ninguém sente minha falta quando falto em algum desses eventos da sociedade, mas se você faltar todos me perguntam sobre a Perfeita Lílian Evans.

–Petúnia, eu não sabia que você se sentia assim... - tentei.

–Claro que não! Você só pensa em si mesma!- ela chorou, e foi a primeira vez que a vi mostrar emoção em longos anos- Você não sabe por que lhe chamo de anormal? Porque é impossível alguém cativar tanto os outros como você faz! E eu fico tentando me convencer de que lhe odeio, e sabe? Eu posso sentir que sim. Mas me odeio mais ainda por não ser capaz de ser superior a você. Continuo repetindo que todos são idiotas, que não vêem quem você é, mas eu queria ser você, ser aceita e amada.

–Você é amada Tuney, eu amo você!

–Não ama. Você sempre me exclui! Por acaso me chamou para ir até a área dos jovens por acaso? Não!

–Pensei que você fosse preferir se cercar dos mais velhos!

–O ponto é que você não chamou, chamou? Não viu o que eu queria, imaginou.

–Tuney- disse- Eu amo você. E eu não sabia que você se sentia desse jeito! Eu... me desculpe. Sei que não deve ter sido fácil para você. Mas também não tenho culpa por isso, não foi algo que fiz conscientemente, apenas fui eu mesma.

–Sai daqui Lílian- Petúnia grunhiu me dando passagem para a sala- E fique longe de mim. Não agüento mais você. Vai.

–Petúnia...

–Eu te odeio, vai embora!- gritou.

Não tive o que fazer. Me virei e fui embora. Movimentei-me como um robô, fui ao carro e o motorista me levou até o hospital. No caminho fiquei olhando as casas sem realmente olhar para elas, só conseguia pensar em Petúnia. Como fui tão cega de não ver o que ela sentiu por anos? Eu tinha que fazer algo para ajudá-la. Ela era minha irmã, poderia estar ressentida, mas era minha irmã.

–Pronto Senhorita Evans- O motorista falou me despertando.

–Obrigado Ralf- agradeci ao outro motorista da casa. Louis, o que me levou para Hogwarts no primeiro dia, hoje estava de folga.

Entrei no hospital e fui até a recepção, onde as menina mandaram mensagem dizendo onde estariam. Tive que deixar Petúnia de lado para lidar com Marie no momento.

–Oi- falei sentando ao lado delas.

–Lily- Mariele me abraçou.

–Dô, pode ir para casa- sugeri- Fico aqui com Marie.

–Mas quero ficar- ela disse com a cara amassada.

–Vá tomar banho, trocar de roupa e volte. Aproveite e coma algo. Vamos ficar bem por algumas horas- a abracei.

–Tudo bem- concordou abraçando Marie e saindo.

–Vem, dorme- puxei Marie e a deixei apoiada no meu ombro.

A vida não estava fácil, nem pude comemorar a primeira noite com James direito!

*********************

POV Alice

Chegava ao hospital com Dorcas, ela me trouxe no meu carro porque meu pé ainda me impedia de dirigir.

Nos aproximamos das meninas mas elas não pareciam ter nos visto, quando ia chamar-lhes a atenção escuto:

–Nem parece que a Marie um dia foi espiã de um dos comensais de Voldemort- Lily riu.

–Como é?- perguntei e todas me olharam.


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