"A melhor forma de lidar com a culpa é reconhece-lá ... Mas nem sempre lidar com ela é algo bom"

POV Lily

Pulei da pedra, deixando a bandeira para lá. Cai tremendo ao lado dela.

–Ali, ali... Fala comigo!- a balancei.

–Lily, calma- James falou sentando-se ao meu lado.

–CALMA O CARALHO! Ela... Ela- comecei a chorar- Ela ta desacordada... E se ela mor...

–Ela não morreu, ela ainda está com pulso. Vou mandar o sinalizador, ok?

–Vamos perder a prova, não é?- perguntei tentando me acalmar, me concentrei em algo que não fosse minha melhor amiga caída aos meus braços.

–Não importa, a vida da Alice é mais importante, tenho certeza que os outros vão concordar.

Vi o sinalizador ser acionado.

–Agora é só esperar- James alisou meu braço.

Confirmei com a cabeça.

Agüenta firme Ali, por favor. Pensei.

POV Marie

–Isso... Quem sabe se eu fizer isso às meninas não me perdoam?- perguntei animada-E o Josh falou que se eu dissesse sim saberia algo sobre minha família.

–Marie, desencana, eu não vou deixar você fazer isso. É suicídio!- Lene falou.

–Lene, é a minha vida- falei calma.

–Marie, você não pode ir atrás do bandido mais procurado do mundo. Promete-me isso, promete que você não vai fazer isso.

–Eu pr... -minha voz sumiu ao ver um sinalizador- Alguém ta em perigo Lene.

–Quê?

–Um dos participantes, vem- a puxei pela mão.

POV Dorcas

–Gente, aquilo é um sinalizador!- Frank falou apontando para o céu.

Entreolhamo-nos e corremos para fora da floresta.

POV Marlene Mckinnon

Ao sairmos da floresta encontramos os professores ao redor de uma ambulância, na certa estavam esperando quem se machucara. Os alunos estavam isolados, não podendo vim muito perto. Mas mesmo assim os participantes do torneio deixavam tudo uma bagunça.

Achei Dorcas, Frank e Remus em meio à bagunça de alunos do torneio.

Dô me abraçou.

–Graças a Deus que não foi algo com você!- me largou e abraçou Marie- Ou com você.

–Ei, cadê Lily, James e Ali?-Sirius falou se aproximando carregando uma bandeira. Estava com uma expressão séria no rosto, o que não era comum, sabia que se importava com James tanto quanto consigo mesmo.

–Nada deles ainda- Frank falou.

–Não, não, não!- Marie gritou e olhei para onde ela olhava.

Alice vinha em uma maca carregada pelos paramédicos, Lily e James vinham logo atrás.

Corri em direção a Lily quando Ali foi colocada na ambulância.

–Como assim?- perguntei com um fiapo de voz.

Lily me encarou. Pensei que ela me daria um grito, mas ela estendeu os braços e me abraçou.

–Foi tudo tão rápido- James se aproximou- Tão rápido! Um momento ela subia as pedras ao lado da Lily e no outro... Ela estava jogada no chão.

–Foi culpa minha- Lily disse se afastado.

–Como poderia ser sua culpa Lil’s?-Dorcas disse se juntando a nós, acompanhada dos outros.

Dô tentou abraçar Lily, mas ela se afastou.

–Não! Eu... Eu fiz isso. A culpa é toda minha- e saiu correndo.

–LILY!- gritei.

–Deixa que eu vou- Marie correu atrás da irmã.

–Eu também vou- falei algum tempo depois.

–Não -Black segurou meu braço- Deixa as duas. Você não tem que ser a psicóloga de todo mundo, morena. Às vezes você precisa de um ombro amigo também.

Olhei para ele. Estava com tanta raiva. Raiva dele e da Emme. De a Marie ter mentido. De não ser eu a pessoa a ajudar a Lily. Do universo por ter deixado Ali cair. De todo mundo.

Comecei a estapeá-lo.

–Ai! Ei!-Sirius me segurou- Eii...

Tentei me soltar, mas ele segurava firme. Joguei-me contra ele, me agarrando em seu peito.

–Psiu- ele alisou meu cabelo- Ali vai ficar bem.

–Você não é Deus para ter certeza disso- falei contra seu peito, tinha certeza que minhas lágrimas iriam deixar sua camisa ensopada.

–Mas eu penso positivo- ele me abraçou mais forte.

Espero que você esteja certo cachorro. Pensei triste.

POV Lily.

A culpa foi minha, a culpa foi minha. Olhei ao redor tonta. Se eu não tivesse subido... Ela pode morrer...Girei. Serei responsável pela morte dela...

Cai de joelhos na grama.

–AAAAAAAH!- gritei.

–Lily- Marie sentou-se ao meu lado.

–Sai! SAI!- gritei.

–Lily...

–Você não está entendendo, eu a fiz ela cair... - falei- Eu subi naquelas pedras só para irritar o James, e eu subi até Ali... E ela me olhou e eu vi, eu vi os olhos dela enquanto ela caia! É tudo minha culpa. Se algo acontecer... Eu não sei como vou sobreviver.

–Escuta. A culpa não é sua- fiz que era com a cabeça- mas se você quiser levar essa culpa, tudo bem. Só que se culpar por algo que ocorreu não vai adiantar nada, você pode ficar ai se lamentando pelo copo de leite derramado ou ir atrás de junta-lo de novo. Você tem que se focar na Alice, não no que ocorreu, sim no que está por vir. Vamos esperar para ver o que acontece, tudo bem? Mas ela vai ficar bem...

Assenti.

–Eu posso...?-apontei para o colo dela.

–Claro- Marie sorriu.

Deitei-me na grama com a cabeça apoiada nas pernas de Marie. Ela acariciou meu cabelo enquanto falava:

–Isso foi bom no fim das contas... Não que o acidente de Ali seja algo legal, mas o fato é que isso permitiu você se importar de novo.

Sorri de lado, entre lágrimas já secas.

–Eu fui uma vadia mesmo, não?- perguntei.

Senti Marie jogar o tronco para trás e rir.

–Sim, você foi.

Sentei-me.

–Não precisava concordar!

–Precisava sim- ela sorriu- Você espalhou para todo mundo que estou grávida do James, sabia que algumas meninas enviaram mensagens para meu celular me ameaçando por isso? Sem falar daquela cena bizarra no Salão Principal.

–E mesmo assim você veio aqui e me apoiou...

–Somos irmãs, mesmo em época de chuva. Certo?

–Certo- a abracei.

–Lily?- James chamou.

Soltei-me de Marie e olhei para cima.

–Eu vou indo nessa...-Marie voltou para perto da ambulância e dos outros.

–Posso me sentar ai?- ele perguntou.

Dei de ombros, e ele pareceu entender como um “sim”.

–Lily...

–Evans- corrigi.

–Lílian Evans, será que nós poderíamos deixar de lado essa discussão boba que vemos tendo? Eu gosto tanto de você...- ele segurou meu rosto com uma das mãos.

–Não- segurei sua mão- Eh... As discussões podem parar, acho melhor mesmo, mas não termina de falar o que você ia dizer, por favor.

–Mas é verdade Lily -ele disse com aqueles olhos mágicos.

–Eu sei... Na verdade não sei mais se acredito. Mas eu quero tentar ser sua amiga, eu não sei se daria certo algo a mais- engoli em seco.

–Daria certo, porque eu te amo- ele sorriu timidamente.

–C-como?

–Eu te amo Lil’s, mesmo com seus defeitos, mesmo quando você faz burradas, mete os pés pelas mãos, não confia em mim, não pensa nas conseqüências. Mesmo assim eu te amo. Amo que quando você sorri seus olhos se iluminam, que você é super meiga mas não frágil, que você me desafia, que não deixa ser tratada como inferior, seu cabelo ruivo, sua pele, seu nariz... Eu amo tudo em você, seus defeitos e suas qualidades, tudo, porque isso é quem você é e eu não consigo ficar sem te amar cada vez mais.

Fechei os olhos.

–Repete- pedi.

–EU TE AMO EVANS! Você acredita em mim? Acredita que nosso amor pode vencer todas as dificuldades? Mesmo que sejam muitas, mas muitas mesmo.

–Jay...-abri a boca mas não consegui formar uma frase.

Ele não perdeu tempo e roubou um beijo meu. Como minha boca estava aberta ele nem pediu passagem e já começou um beijo de língua de cinema. Tentei lutar, eu tinha que lutar, mas mesmo assim... Não tinha como não se derreter com o Sr. Gostosão lhe beijando depois de fazer uma senhora declaração, não me julguem!

Ele fez com que eu me deitasse de costas na grama, ficando em cima de mim enquanto o beijo ficava mais e mais quente.

Ele desceu os beijos para meu pescoço e depois mordiscou o lóbulo de minha orelha.

–James- falei com a voz controlada. ISSO QUE É SER LÍLIAN EVANS, VOZ CONTROLADA MESMO COM O CORPO INDO A MIL.

–Tudo bem- vi seus olhos apagarem e ele sai de cima de mim.

–Não- me sentei- Vamos tentar, mas essa é a última vez, eu juro.

Ele sorriu como se aquela fosse a melhor notícia do ano. O abracei e depois nos beijamos.

Passei minhas mãos por seu cabelo, amava aquele cabelo rebeldemente perfeito. James me segurou pela cintura. Nem me lembrava que estávamos no meio de uma confusão.

–EI! CASAL!- Frank gritou mais a baixo do jardim- ESTÃO LEVANDO A ALI PARA O HOSPITAL.

Ali... Hospital?

Como uma lâmpada a realidade se acendeu em minha mente e me afastei de James, saímos de mãos dadas atrás de Frank.

POV Marlene Mckinnon

–Mas isso é um absurdo! Eu sou a melhor amiga dela!

Bufei e bati o pé pela décima vez em apenas alguns minutos. Sério, eu iria meter a porrada na cara calma e natural de Minerva se ela continuasse a dizer que eu não poderia acompanhar Alice na ambulância.

–Miner... McGonagall- Marie se corrigiu, melhor ser formal- A Marlene seria uma ótima companhia para Alice, e elas são tão próximas...

–Não interessa senhorita Evans, quem irá será o diretor Dumbledore, as senhoritas ficarão aqui e esperarão notícias- Eu ia matar aquela mulher!

Dei um passo à frente, mas Sirius segurou meus cotovelos por trás de mim.

–Calma morena...- ele sussurrou com sua voz sexy.

–Calma? Mais calma que isso só se eu estivesse dormindo- falei irônica- ela é minha melhor amiga Six eu tenho que ir- sussurrei de volta.

–Quê que ta acontecendo?-Lily se aproximou com James e Frank.

(N/Marie: James e Lily estão de mãos dadas ou é impressão? Que fofos! Tenho que colocá-la contra a parede depois...)

–A nossa querida professora Minnie- lancei um olhar de raiva para a mulher- Não me permite ir com Alice, de acordo com ela temos que esperar mofando aqui até termos notícias.

Lílian abriu a boca.

–COMO ASSIM?- ela percebeu que falou um pouco alto demais, pois abaixou o tom- Somos como parte da família dela! Tenho certeza que tia Su não se incomodaria!

–Dumbledore irá acompanha-la e ponto final meninas- Minerva se retirou.

–ISSO É TÃO INJUSTO!- Lily berrou quando Minerva já tinha ido.

–E VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SEI?- gritei de volta.

–TEMOS QUE FAZER ALGO!

–EU SEI!

–ESQUEMA?

– ELES DEIXARAM OUTRA ALTERNATIVA?NÃO! DEMORO!

–DEMORO!

–DÁ PARA AS DUAS PARAREM DE GRITAR?-Black perguntou e paramos- Demoro.

Os outros riram e eu dei um tapa na nuca dele.

–Idiota- murmurei com um sorriso de canto.

–Eu sei que cê gosta- ele assanhou o cabelo e algumas meninas da Beauxbatons que estavam ao redor suspiraram e Black piscou para uma delas- Me liga.

A menina deu uma risadinha.

Coloquei-me entre Black e a piranha e fiz um tchauzinho para ela com a mão. Meus amigos riram enquanto a menina saia com uma cara irritada.

–Ciumentaaaaaaa... Para de ser tão ciumenta- Sirius começou a cantarolar.

–Não era ciúmes, apenas acho que é muita falta de consideração sua ficar flertando com essas raparigas enquanto a nossa amiga está sendo levada para o hospital- disse.

Ele foi se aproximando.

–Claro... Resumindo: ciúmes- ele levantou uma sobrancelha.

–Cuidado Black- sorri marota- Senão eu vou lhe castrar, isso seria desagradável.

–Quero ver você tentar...- sorriu do mesmo jeito.

Iria beijá-lo quando Remus pigarreou.

–Eu é que acho uma falta de consideração vocês ficarem flertando quando temos um problema maior em pauta.

–Você ta certo- concordei- Planos?

–Temos que conseguir informações do estado de Alice o mais rápido possível- Dô afirmou.

–Certo, como?- perguntei.

–Teria como eu tentar hackear o sistema de computadores do hospital- Marie sugeriu tímida.

–Faria isso por Ali?- Dô perguntou e a abraçou, deixando-a sem ar, mas feliz.

–Mas para isso eu teria que ter acesso ao computador de melhor porte da escola que é...

–O de Dumbledore- Frank adivinhou.

–Ok, então temos aproveitar que ele está fora e invadir a sala- ponderei.

–Temos que adivinhar a senha, ou você se esqueceu que tem código para entrar lá?- James falou.

Levei a mão à testa. Esqueci disso.

–Ótimo, como conseguimos isso?- Black perguntou.

–Eu sei a senha- Lily falou.

–Como?- James olhou incrédulo para ela.

–Uma vez eu entrei lá com ele e o vi digitando alguns números, eu anotei em um papel quando cheguei ao dormitório, sabem, vai saber quando isso seria útil. Agora temos que rezar para continuar a mesma senha.

–Menos um problema- comentei positiva- Outro problema é Minerva, eu acho que ela é a única que deve saber a senha que pode entrar lá enquanto estivermos dentro porque ela é vice-diretora e os professores não iriam entrar sem a presença de Dumbledore.

–Temos que distraí-la- Remus falou.

–Mas como faríamos isso?- Dô perguntou.

–Simples... - podia até ver as engrenagens mexendo no cérebro de Sirius- fazemos alguma confusão no segundo andar e pagamos alguém para avisar a tia Minnie sobre uma confusão, mas não podemos deixar que ela nos pegue até vocês terminarem lá.

–Não é que esse cachorro serve para alguma coisa?-perguntei.

–Além de ser bonito sou inteligente, é o meu fardo- ele jogou o cabelo para trás e riu (lê-se: latiu).

–Ok, quem fica nos corredores para nos avisar caso alguém se aproxime?- perguntei.

–Eu fico- Frank se voluntariou.

–Também- Dô falou.

–Remus, você sabe muito de computação, você vem com a linha de frente... Eu, Lily, Marie e você invadimos a sala. Black e James, confusão, uma grande confusão.

–Podemos ativar o modo desastre?- James perguntou.

Troquei um olhar com Lily, isso causaria um grande “CABUM”, mas não tínhamos muitas opções.

–Podem- Lily disse suspirando.

–Gente, ninguém nunca tentou invadir a sala de Dumbledore antes!- Dô falou, o jeito certinha sempre se mostra forte.

–Acho que se existe alguém na história desse lugar que é capaz disso... São os Marotos e as Powerful’s- Marie sorriu.

–Vamos indo, vem cachorro- James e Sirius correram para dentro da escola, eu acho que não foi boa idéia dizer “sim” ao modo desastre, eles nunca ativam esse modo, e olha que mesmo assim são uma bagunça só.

–Fiquem já nos corredores- Aconselhei Frank e Dô e eles saíram.

–Agora é com a gente- falei- Remus, vai indo com Dorcas e Frank que eu e as meninas vamos indo no dormitório pegar o papel.

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POV Marie

–Cadê essa porcaria?-Lily berrava enquanto jogava suas coisas para fora do guarda-roupa- Eu tinha deixado dentro dessa caixa!

–Lily, você diz isso sempre que vê uma caixa- falei suspirando.

–É PORQUE EU GUARDEI EM UMA CAIXA!- ela berrou.

–Relaxe!- levantei as mãos.

–Estou relaxada, você está cega?- perguntou levantando meus pés para olhar nas gavetas embaixo da cama dela.

–Acho que nem cega estou, estou é louca já- murmurei.

–Lily! Não temos um século não, vamos logo!- Lene pediu.

–Se vocês ajudassem em vez de ficarem sentadas na cama seria bom- ela murmurou jogando papeis para fora da gaveta-AAAAAAAHHHH!

–Que foi? Aranha?- perguntei.

–Não, achei- sorriu levantando um papel com 11 dígitos.

–Vamos, né?- Lene nos puxou.

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–Sinal de Minerva?- Lene perguntou para Frank ao entrar no corredor.

–Nada- ele afirmou- Vão logo que eu não sei o que os meninos devem estar fazendo, mas não vai segura-la para sempre.

–Beleza, venham- Lene foi em direção a porta e tomou o papel da mão de Lily- 1...3...

Algum tempo depois ouvimos a porta ser destrancada.

–Agora não tem volta- Lily disse e entrou.

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POV Sirius

James passou no nosso contrabandista de coisas ruins enquanto eu ia ao nosso dormitório pegar o que precisaríamos.

–Pronto? Conseguiu pegar?- perguntei quando James chegou ao banheiro do segundo andar.

Ele levantou o pacote.

–Você sabe que sim.

Começamos a trabalhar, isso seria no mínimo épico.

–Vai ativando os explosivos ai que vou espalhando as bombas de fedor, os ratos, as cobras e o bode.

–Beleza-James foi até um dos vasos ativar um dos explosivos- Cara, eu amo o modo desastre.

–Eu também- sorri e sai.

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POV Remus

Os dedos de Marie voavam pelo computador, ela parecia saber o que fazer, e quando não sabia de algo eu dava alguma dica, mas eu quase não servi de nada.

Marlene e Lily estavam murmurando em um canto da sala, Lily fazia gestos irritados e Lene tentava acalmá-la, fui até elas.

–Qual o problema?- perguntei colocando o braço no ombro de Lily.

–Problema? Quê problema? Ta vendo demais hein...- Lene riu.

–Então estou vendo certo, o clima aqui ta muito tenso, o que foi?

Marlene estralou a língua e trocou um rápido olhar com Lily.

–Tudo bem, se não quiserem falar eu aceito isso. Eu, melhor do que ninguém, sei o que é não querer contar algo a todos.

Lily me olhou agradecida e passou o braço por minha cintura.

–Pronto- Marie comentou.

–Graças a...- Lene olhou para seu celular e ficou horrorizada- Dô disse que Minerva vem ai com James e Sirius, e ela ta vindo para cá. Chega em menos de minutos.

–Como a gente sai daqui sem passar pela porta?- Marie perguntou desligando os computadores.

–Venham, passagem secreta- falei e me abaixei na lareira de Dumbledore.

–Vai logo Remus-Lily apressou olhando para a porta.

Mexi meus dedos pela estrutura até ela se abrir e revelar um túnel.

–Vamos- como um cavalheiro que sou dei passagem para elas.

Marie entrou primeiro, seguida de Lene e depois por Lily. Mal deu tempo de fechar à lareira quando ouvi a porta se abrir e a voz de Minerva:

–O que eu faço com os dois?

Lily respirou aliviada.

–Temos que sair daqui- Lene sussurrou.

–Seguir direto- sussurrei- Vai dar num corredor, venham.