As Powerful's: rixa com os Marotos escrita por Ellie Black


Capítulo 24
Marie, salvadora da pátria alheia


Notas iniciais do capítulo

Vocês são perfeitos! Amei a quantidade de reviews que recebi do último cap., continuem assim que eu continuo postando rápido. E quero mais reviews para o próximo cap. com um pequeno momento Jily, onde James conforta Lily!!!
Esse cap. vai deixar as pessoas um pouco surpresas, não será o que vocês estavam esperando!E podemos ver que a Marie não é tão Bitch assim, ela tem um papel importante, como mostra o título do cap.
Depois do próximo cap. vou focar a história um pouco mais na relação de Ali e Frank, Marie e Lily e em pequenos momentos cá e acolá de Jilly e Blackinnon. Esperem, que daqui a muuuito tempo eu posto algo sobre Dorcas e Remus, mas ainda não é a hora.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/518187/chapter/24

"Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção"

POV Alice

Sai correndo daquele dormitório, onde tivera a pior briga da minha vida com Lene. Corri como se tivesse participando de uma maratona, corri até ficar sem ar e cai escorregando com as costas na parede de um corredor.

As lágrimas já corriam soltas. A vontade que eu tinha era de gritar, gritar de raiva, de tristeza, de solidão. Não sei quanto tempo fiquei ali, sentada com a cabeça apoiada nos joelhos chorando baixinho feito uma criancinha.

Ouvi um som de risadas, levantei a cabeça e vi no final do corredor que eu me encontrava Frank e Tinny (uma menina da lufa-lufa, alta, pele parda, cabelos castanho escuro e liso. Ela parecia muito com a Pocahontas), cada um deles com livros em baixo dos braços.

–Droga- murmurei.

Sequei minhas lágrimas e tentei sair do corredor sem ser notada, o que foi uma tarefa em vão. Quando eu estava me levantando ouvi o Frank gritar:

–Alice!-me virei para encará-lo, antes ele estava no inicio do corredor, mas agora se encontrava a poucos metros de mim- O-o que foi?

–Nada não, eu não quero atrapalhar seu encontro com a Martina- disse abrindo um pequeno sorriso. Tomara que ele tenha entendido o recado entre as entrlinhas do que eu tinha dito “não vou falar na frente dela!”

Frank olhou para Matina, e depois para mim.

Virei-me e continuei andando pelo corredor, no lado oposto do que eles tinham acabado de vir.

–Tinny, me desculpa, mas é que...- Frank disse.

–Sem problemas, lhe vejo amanhã?- ela pergunta sorrindo.

–Claro- Frank beija a bochecha dela- ALICE! ESPERA!

Viro-me e vejo Frank correndo em minha direção.

–O que foi?- pergunto saindo do corredor, virando à direita.

–O que foi pergunto eu. Seus olhos estão vermelhos, o que indica que você claramente chorou!- ele diz olhando-me preocupado.

–Não foi...

–Nem vem me dizer que não foi nada, porque foi algo sim, você nunca chora!- ele diz me parando, com o braço no meu ombro esquerdo enquanto olhava dentro dos meus olhos.

–Você ta certo, mas eu não quero falar disso aqui dentro. Podemos ir no lago?- pergunto.

–Claro, ainda podemos passar pelas portas da frente, porque ainda não deu o toque de recolher.

Ele solta meu braço e andamos lado a lado até sairmos da escola.

Uma vez sentados em frente ao lago, permiti que meus pés tocassem a água. A noite estava fria, esfreguei meus braços para me aquecer. Que idéia de gênio essa de vir para o jardim só de pijama! Parabéns Ali, meus parabéns!

–Toma- disse Frank me fazendo olhar para ele.

Vejo o casaco do uniforme escolar masculino dele sendo estendido para mim.

–Não precisa!

–Claro que precisa! Você só está de pijamas, deve estar morrendo de frio!

–Mas se eu estou com frio sem casaco significa que você vai ficar com frio sem o seu casaco!- digo tentando convencê-lo de que ele iria passar frio,

–Não me importo com isso. O que me importa agora é você, e só você- ele diz me dando o casaco.

Coloco o casaco sobre os meus ombros e sinto o cheiro de Frank irradiar dele.

–Você vai me dizer agora porque estava chorando?- ele me pergunta como quem não quer nada.

–Eu...- olho dentro dos olhos dele, e sinto coragem para continuar- eu e a Lene brigamos, tipo, tivemos a pior briga da história das nossas brigas!

–Por que vo... Ainda por causa do Sirius?- Frank pergunta com o maxilar travado, não entendi o porquê de esse assunto o deixar meio tenso.

–É! Ela não entende que eu não transei com o Black para atingi-la! Aconteceu... Só aconteceu! E eu não queria que isso acabasse com minha amizade com a Lene, mas também como eu iria adivinhar que ela gostava dele?- disse recomeçando a chorar.

–Hey, tudo bem, vem cá- Frank diz me abraçando.

–Que culpa eu tenho de gostar do Sirius?- pergunto no meio do abraço.

Frank me solta assim que digo isso, com uma expressão de quem levou um tapa na cara.

–Que foi...?- pergunto sem entender.

–Você gosta do Sirius?

–Sim, por isso eu transei com ele- digo como se estivesse ensinando uma criança a somar.

–Mas você está apaixonada por ele?

–Eu não sei aonde você quer chegar com essa história, Frank.

–Só me responde- ele diz se levantando e ficando de pé.

–Eu..eu...

Parando para pensar... Eu era apaixonada pelo Sirius? Eu sei que tinha uma queda por ele, mas apaixonada? Ele era engraçado, misterioso, gato (muito gato), mas no fim das contas eu acho que não estava apaixonada.

–Não, quero dizer, eu acho que não estou apaixonada pelo Black- digo também me levantando.

Frank volta ao normal, com um sorriso de lado.

–Alice eu preciso lhe dizer algo muito importante- ele diz se aproximando de mim.

–Pode falar Frank- eu digo me preocupando.

–Eu sou e sempre fui ap...- ele começa mas não consegue terminar por causa de um grito.

–ALICE! Ai meu Deus, até que enfim eu lhe achei!- diz Dorcas se aproximando.

Olho para Frank, a apenas poucos centímetros de mim e depois olho para Dô.

–Bom... Agora você me achou!- digo.

–Eu não estou atrapalhando nada, não é?- ela pergunta notando nossa aproximação.

–Não, eu só estava consolando a Ali, mas como você já chegou eu vou indo- Frank se abaixa e pega seus livros.

–Certo- murmuro.

–Boa noite Ali- Frank diz antes de beijar minha bochecha.

–Boa noite Frank.

Quando ele já tinha entrado na escola, Dorcas comenta:

–Uuuh, Frank e Ali, sentados em baixo de uma árvore...

–Não começa! Nada haver! Eu adoro o Frakie, ele é fofo, meigo e quando ele fala com você é como se só você existisse para ele. Mas eu o considero só um amigo.

–E como ele se sente em relação a você?

–Ele definitivamente não gosta de mim desse jeito!

–Se você diz...- Dorcas diz sem se convencer.

Frank gosta de mim? Será? Não... Não pode ser, somos só amigos.

POV Lene

Andava irritada pelos corredores de Hogwarts, de vez em quando eu esbarrava em um grupo de meninos que assobiavam por causa do meu mini pijama, que se dane!

Eu não acredito que a Lily tomou partido a favor da Sonanclair! Que raiva! Será que ninguém percebia o quão errado foi a Alice ter dormido com o Black? Ela merecia tudo o que eu fiz com ela! Mas pelo jeito as outras meninas não concordam comigo.

–Lene?- pergunta uma voz de menina atrás de mim.

Viro-me e encaro Marie.

–Que foi?- pergunto curta e grossa.

–Eu só vim lhe levar para o quarto.

–Eu já disse que eu não vou dormir lá hoje- resmungo.

–Lene, não é bom você andar por H.H.S. do jeito que você está, toda chateada. Você amanha pode se arrepender do que fizer hoje.

–Cuide da sua vida, Mariele, que eu cuido da minha. Já se foi o tempo em que eu precisava de baba- digo.

–Marlene...

–Eu aprecio sua preocupação, mas eu não vou fazer nada de mais, só vou encontrar o Mika- digo seguindo meu caminho.

Cheguei ao meu destino. Adentrei o corredor escuro, parando no final, onde não tinha saída alguma.

–Trouxe o que eu pedi?- perguntei ao me aproximar.

–Isso depende... Trouxe o dinheiro?- pergunta o garoto.

–Qual é Mikael, eu pago amanhã- digo tentando convencê-lo.

–Você sabe que não é assim que as coisas funcionam gatinha- ele responde- eu preciso de pagamento para entregar a encomenda a você.

Chego mais perto dele, olhando em seus olhos.

–Eu não poderia lhe pagar só um adiantamento e amanhã sem falta lhe entregar o dinheiro?

Ele sorri de lado, considerando minha proposta.

–Depende de quão generoso for o adiantamento, ai, quem sabe?

Sorrio e me aproximo ainda mais dele, colando corpo a corpo e beijando-o nos lábios. Eu precisava disso, droga, como eu precisava extravasar toda a minha raiva!

O beijo de Mikael tinha gosto de cigarro, bebida alcoólica e drogas variadas, mas não me incomodei. Só o fato de que me concentra nesse beijo apagava o ocorrido da última semana era perfeito.

Mikael começou a apalpar minha bunda, apertando fortemente e periodicamente dando tapas fortes. Ele interrompeu o beijo e tirou a camisa da farda sem nem me perguntar se eu queria ir mais a fundo.

Olhei seu abdômen, que nem se comparava ao abdômen definido e gostoso de Sirius, o de Mikael era magrelo e cheio de tatuagens. Droga! Repreendi-me mentalmente pela comparação.

–E ai gatinha, vai ficar só olhando? Tire a roupa para que eu possa aproveitar a vista de uma beldade nua- ele disse colocando a mão por debaixo da minha blusa, tateando até encontrar meu seio direito.

O que eu estava fazendo? Eu não podia dormir com aquele garoto só porque eu estava com raiva de Sirius. Eu não podia fazer essa burrada!

–Me de minha encomenda Mika- disse sorrindo confiante- Isso foi o adiantamento, agora, a encomenda.

Ele me encarou por um segundo.

–Tome- disse me passando as pedras de craque.

–Obrigada- disse me virando para sair do corredor.

–Aonde você pensa que vai?- ele me pergunta segurando forte meu braço.

–Sair daqui...?- digo em tom de pergunta, baixando o olhar para sua mão em meu braço.

–Você tá maluca?

–Como assim?

–Você me deu seu adiantamento, mas eu não disse que isso era o suficiente- diz se aproximando mais- você só vai embora quando eu disser que está bom, e acredite, nós nem começamos.

Ele me imprensa na parede, pressionando seu lábio contra o meu. Tentei a todo custo empurra-lo para longe, mas ele era mais forte que eu.

–Me larga!- gritei enquanto ele descia os beijos para meu pescoço, ao mesmo tempo em que passava a mão por meu corpo, por cima da roupa.

–Você a ouviu! Largue-a!- disse uma voz grave no inicio do corredor.

Mika vira-se surpreso, para olhar a pessoa que o atrapalhara. Olhei na direção da voz, agradecida por seja lá quem fosse.

Mesmo com a pouca luminosidade poderia reconhecer aqueles olhos azuis em qualquer lugar. Sirius. Ele não estava sozinho, pude perceber silhuetas masculinas atrás dele, mas com toda certeza quem tinha falado fora ele.

–Você por acaso é surdo? Eu disse para você larga-la!- repetiu Sirius.

–Ora ora ora... Black, Black, Black- disse Mikael, que pelo jeito também reconhecera Sirius- Pelo jeito a garota é importante para você.

Mikael então me agarra, com um braço em minhas costas, fazendo com que eu ficasse presa a seu corpo.

–Eu já disse para soltar a Marlene!- Sirius diz avançando.

–Me obrigue- diz Mikael me jogando no chão.

Tamanha a força do empurrão fez com que eu caísse no chão, batendo a cabeça na parede. Isso pareceu ter acendido uma chama em Sirius.

O garoto avançou em cima de Mikael, seguido pelas outras silhuetas que eu não conseguira descobrir a identidade.

Minha cabeça doía, e estava difícil manter os olhos abertos.

Sinto alguém levantar minha cabeça e coloca-la deitada em suas pernas.

–Ai meu Deus, Marlene!- diz Marie- você está sangrando!

–Ma-Marie?

–Sim, Lene, sou eu. Mas fique quieta, você não deve fazer muito esforço não, relaxe que logo logo vamos para a enfermaria dar um jeito nesse machucado. Mas não feche os olhos!

Fiz um pequeno aceno com a cabeça, o que foi uma péssima ideia. Aos poucos meus olhos, contra a minha vontade, foram se fechando. Mas antes de perder a consciência ainda consegui escutar Marie berrar:

–JAMES! ELA TÁ DESMAIANDO!

E isso foi à última coisa que eu me lembro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

REVIEWS???