I fell in love with my best friend! escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 1
How i fell in love with my best friend...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem da fic e do casal!Dominique♥James



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Do you remember when I said I'd always be there
Ever since we were ten, baby
When we were out on the playground playing pretend
Didn't know it back then

A família Weasley sempre foi conhecida por ser grande, no entanto, agora, como a quantidade de netos que corriam pelos jardins, Molly e Arthur não podiam acreditar no quão preenchida a sua casa estava.

Desde os seus filhos, às noras e genro, até aos netos, a Toca era uma confusão. No entanto, todos se entendiam e amavam. Era engraçado como todos os seus netos brincavam uns com os outros. Uma confusão de cabeças ruivas e morenas a correr pelos jardins. Havia poucas loiras na família.

E, uma dessa loiras, não brincava naquele dia.

Dominique Weasley encontrava-se sentada no baloiço que o avô tinha construído para os netos, há uns anos atrás. A menina não tinha mais de 10 anos e, por isso, era a mais velha, depois de James, Victorie e Teddy.

Domi baloiçava com as pernas finas e mantinha a cabeça baixa. Não que ela não gostasse dos seus primos, apenas queria ficar sozinha naquele momento. O que era impossível numa família tão grande.

– O que estás a fazer? – Perguntou um menino sentando-se no outro baloiço.

A loira analisou-o. Era moreno com alguns reflexos ruivos, tinha algumas sardas nas bochechas e um sorriso enorme. Possuía uns olhos brilhantes azuis que quem puxou á mãe. O menino chamava-se James Sirius Potter, filho mais velho de Harry e Ginny Potter.

Dominique encolheu os ombros percebendo que o primo ainda esperava uma resposta.

– Já sei – disse ele convicto. – Estás ansiosa por amanha. – A loira olhou-o com os olhos arregalados. – Acertei! Eu sabia. Não é todos os dias que se faz 11 anos. – Dominique voltou a baixar a cabeça. – Não fiques assim, Domi! Amanha, vais receber a carta para Hogwarts e depois podemos ir os dois para a escola, juntos.

– Eu não quero ir para a escola, James – sussurrou a loira.

James ficou confuso. Pelo que os pais lhe contaram, Hogwarts iria ser um máximo! Os melhores anos da sua vida! Porque a prima não queria ir para lá?

– Porquê? - Perguntou, sem entender. – Eu estou ansioso para ir.

A Weasley olhou para ele, e James pode ver os seus olhos brilhantes pelas lágrimas. Imediatamente, o sorriso do moreno morreu.

– Tu és um Potter – disse a menina. – Todos vão gostar de ti – anunciou baixinho baixando a cabeça. – Eu vou ser só mais uma aluna. – De repente, Dominique endireitou-se e olhou para o primo. – E se eles não gostarem de mim?

James observou-a. Na sua opinião, era impossível não gostarem de Dominique. Com os cabelos loiros até a cintura, os olhos azuis e a pele branca, a prima parecia uma princesa. Para não falar, na genética Veela que possuía.

O Potter saiu do baloiço e aproximou-se da loira, pegou-lhe na mão.

– Eles vão gostar de ti – assegurou. – E eu vou estar sempre contigo – prometeu e viu um pequeno sorriso aparecer nos lábios da loira.

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Hogwarts sempre teve um grande impacto na vida de todos os estudantes que por ele passaram. Cada aluno ficava maravilhado com o castelo a primeira vez que o via, e Dominique Weasley não era diferente.

A loira atravessava o grande salão com o primo ao lado, que tal como ela estava de boca aberta a olhar para todos os lados.

Dominique achava engraçado o teto do Salão e as velas suspensas no ar. Gostava das luzes e dos fantasmas a voar. O que Domi não gostava era dos olhares que caiam sobre ela.

Sentia que todos os alunos de Hogwarts a olhavam. Apertou a mão de James com força e encolheu-se contra o seu braço.

– Shiu, está tudo bem – garantiu o rapaz. – Eu disse-te que eles iriam gostar de ti – disse a sorrir.

Dominique continuou a andar, de cabeça baixa, até chegar á frente de um banco de madeira com um chapéu sujo em cima. Olhou-o curiosa.

– É o Chapéu Seleccionador – informou James vendo a sua cara confusa. – O pai disse-me que ele selecciona os alunos para as casas, mas que se tu pedires com muita força podes escolher a que casa queres pertencer.

A loira olhou para o primo que lhe sorria. Ela estava assustada com tudo o que estava a acontecer. O medo de ninguém gostar dela. O facto de todos a olharem devido aos seus poderes Veela. O medo de ir para outra casa que não Gryffindor. E pior, ela sabia que não podia ir para Gryffindor se sentia assim tanto medo.

– Obrigada por estares comigo – agradeceu a James.

Este sorriu e deu um pequeno aperto na mão dela, que ainda segurava.

– Sempre – garantiu, simplesmente.

Minerva começou a chamar os alunos pelos nomes, por ordem alfabética. Demorou algum tempo até que James fosse chamado. O moreno soltou-se da mão da prima e dirigiu-se para o banco. Depois de algum tempo, um grito foi ouvido por todo o salão. GRYFFINDOR!

A mesa vermelha e dourada bateu palmas pelo novo aluno. Depois do silêncio, Minerva continuou a chamar os alunos.

Dominique mantinha a cabeça baixa, não queria encarar alguns dos olhares que ainda se mantinham nela.

– Weasley, Dominique – ouviu o seu nome ser chamado.

A loira tremeu e deu um passo em frente ainda de cabeça baixa.

Suspirou e olhou em frente. Ela era uma Weasley. E os Weasley não têm medo de nada.

Com uma determinação renovada, Dominique sentou-se no banco, sabendo que todos olhavam para ela. Sentiu o sangue chegar-lhe á cara e deu um pequeno sorriso envergonhado.

“Ora, outra Weasley - ouviu a voz na sua cabeça. – Devo dizer-te que és um pouco diferente do que eu esperava – continuou a voz. – O que vamos fazer contigo? Vejo ambição, sim. E inteligência também, lealdade… mas também vejo teimosia e coragem – a voz calou-se durante algum tempo, enquanto a loira tentava manter-se direita e não deixar o medo vencer. – GRYFFINDOR”

Dominique sorriu e foi até ao primo que a abraçou. A mesa vermelha batia palmas.

– Eu disse-te que iria correr tudo bem – afirmou James. – Eu nunca te vou deixar!

*****************************************************************************

Com o tempo, James e Dominique foram se habituando á vida em Hogwarts. James encontrou um grupo de amigos e, cedo, todos viram que iriam seguir o caminho dos Marotos. Dominique, por outro lado, tinha todo o tipo de amigos. O medo inicial de não gostarem dela passou depressa. Todos em Hogwarts adoravam a loira e ela era tratada como uma princesa.

No entanto, eles continuaram amigos. Passavam algumas noites, sentados no Salão de Gryffindor a estudar, ou apenas a conversar. Passeavam pelos jardins nas tardes mais quentes. Dominique ficava contente por ter James como melhor amigo. Muito não entendiam como James, o garoto que causava problemas, e Dominique, a princesa de Hogwarts, podiam ser tão amigos. No entanto, ninguém nunca foi contra a loira.

Era a James que a loira recorria quando precisava de desabafar, pois era apenas nele que ela confiava. Naquele dia, não foi excepção.

– Mas ele disse que gostava de mim – disse ela tristemente.

James manteve o braço em redor dos ombros da loira. Estavam sentados no chão, em frente á lareira acesa que os aquecia na noite de Inverno, do seu quarto ano.

– Ele é um idiota – garantiu James. – Não fiques assim por ele – pediu.

A loira olhou para ele com os olhos em lágrimas.

– É fácil falar – ironizou. – Eu gosto mesmo dele, Jay – disse. – E ele disse-me que me amava!

– Hey – James chamou-a, colocando um dedo no seu queixo obrigando-a a olhá-lo. – O Todd é um idiota, ok? Ele não sabe o que está a perder… eu só lamento que ele tenha sido o teu primeiro amor e tu tenhas sofrido – afirmou, sinceramente. – Agora, limpa as lágrimas, Nick pediu. – Ele não as merece!

Dominique aconchegou-se no peito de James, tentando acalmar-se.

Aquela foi a primeira vez que Dominique chorou por um coração partido.

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SPLASH!

O som foi ouvido por todo o corredor.

– És um idiota, Potter – disse a morena, depois virou-se e saiu a correr. Deixando James a esfregar a cara onde a rapariga lhe tinha dado o tapa.

Odiava quando elas reagiam assim. James não percebia qualquer era o problema delas. Não era como se ele fosse casar com elas só por as beijar.

Chateado dirigiu-se para o salão de Gryffindor, onde viu Dominique sentada, no sofá mais afastado. A loira escrevia algo no seu caderno. James viu a quando ela mordeu os lábios, sem perceber, devido á concentração. Viu também quando ela, distraidamente, colocou uma madeixa do cabelo loiro atrás da orelha. O moreno achou-a extremamente sexy a fazer aquilo.

James abanou a cabeça, rapidamente, como se quisesse afastar os pensamentos. Ele não podia pensar aquilo de Dominique, afinal eram melhores amigos.

– Hey, Nick – chamou-a, enquanto se sentada ao lado dela. – Não me digas que estás a estudar a esta hora…

– Obvio que não, Jay. Eu ainda não me chamo Rose – brincou a loira, sem tirar os olhos do caderno onde escrevia.

– Então o que fazes? – Questionou o moreno curioso.

Domi olhou para ele e começou a rir. Ela não podia acreditar que ele tinha recebido outro tapa esta semana.

James sorriu ao vê-la rir de maneira tão espontânea.

– Quem foi a miúda desta vez? – Perguntou a loira. – Eu tenho que lhe ir dar os parabéns!

O sorriso do moreno sumiu da sua cara. James cruzou os braços amuado.

– Não percebo porque ficas tão contente – disse ele.

– Ora Jay, é o terceiro esta semana – afirmou a loira. – Ou elas estão mais exigentes e tu já não serves – brincou, o que fez com que James a olhasse chocado, - ou finalmente abriram os olhos e viram o galinha que tu és – piscou o olhos. – Mas devo dizer, ficas uma gracinha quando estás amuado.

James voltou a cruzar os braços e olhou em frente. Já bastava ter a cara a arder, não precisava que Dominique ainda gozasse com ele.

– James – chamou-o a prima. Sem resposta. – Jay! – O moreno continuou a ignorá-la. – JAMES POTTER, OU OLHAS PARA MIM OU VAIS LEVAR OUTRO TAPA NESSA CARA!

James caiu do sofá com o susto. Não esperava que a Nick gritasse com ele, ela nunca o tinha feito.

– Credo, mulher – disse colocando a mão sobre o peito. Voltou a sentar-se. – O que queres?

– Não gosto de ser ignorada – defendeu-se ela. – Além disso, não querias saber o que eu estava a fazer? – Perguntou com a voz doce.

James levantou uma sobrancelha, ainda desconfiado.

– O que estás a fazer?

A loira sorriu e entregou-lhe o caderno. Nele havia uma lista de nomes que até podiam passar despercebidos a James, se não fossem apenas nomes de rapazes.

– O que é isto? – Questionou confuso. – Eu sei que tenho andado com pouca sorte com as raparigas mais ainda não jogo na tua equipa, Nick.

A loira revirou os olhos.

– Não são para ti – garantiu. – Esses são os rapazes de Hogwarts que eu considero interessantes – indicou. James preparou-se para falar. – E antes que digas algo, estes são aqueles que nunca se meteram comigo ou me magoaram.

O Potter suspirou derrotado e analisou a lista. Philip Stone? Nelson Turner? Carl… O que raio era isto? Então começou a rir!

– Estás a rir-te do quê? – Perguntou a loira confusa.

– Nick, esses rapazes nunca deram em cima de ti porque têm namoradas – garantiu o moreno.

A loira analisou a lista e franziu a testa.

– O Nelson não tem – afirmou.

– Mas esse dá em cima de mim – disse o rapaz a rir.

Dominique fechou o caderno derrotada e cruzou os braços. James podia ver as suas bochechas levemente vermelhas. Ele sabia o quanto a prima gostaria de ter um namorado que não a quisesse só por ser parte Veela.

– Nick, não fiques assim – pediu o moreno, colocando o braço nos ombros da loira. – Há, por ai algures, um rapaz ideal para ti. Só tens de procurar melhor!

– Eu começo a duvidar disso, Jay – disse a loira baixinho.

– Hey, ouve – pediu o moreno. Domi levantou a cabeça ao nível dele, de modo a olhá-lo nos olhos. – Eu alguma vez te menti? – Ela negou. – Então acredita em mim, eu sei que tu ainda vais ser feliz com alguém que goste de ti pelo que és e não pela tua carga genética – disse e sorriu.

– É por isto que tu és o meu melhor amigo – disse ela a sorrir. – És o único que me consegue por bem. Obrigada Jay.

– De nada, Nick – disse o moreno.

Dominique voltou a abraçá-lo, ficando deitada no seu peito.

– Tenho uma pergunta.

– Diz, J.

– Porque é que o meu nome não estava na tua lista?

James esperava uma resposta, mas tudo o que conseguiu foi ouvir a gargalhada de Dominique.

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Ele era novo na escola. Moreno. Olhos verdes. Alto e forte. Francês. Habituado a Veelas. E o motivo de raiva de James Potter.

Pela primeira vez na vida, James e Dominique discutiram sobre algo.

– Ele é um idiota, não vês isso? – Gritou James no salão de Gryffindor.

– Porquê? Porque não anda atrás de todas as raparigas como tu? – Rebateu a loira. – Fica sabendo, James, nem todos os homens são como tu, e nem todas as mulheres são como as vadias com quem andas!

– Então agora o problema sou eu? – Perguntou James, sem acreditar. – Tu nunca tiveste problemas comigo até ele chegar.

– Tu nunca tinhas agido desta maneira até ele chegar – argumentou Domi. – Qual é mesmo o teu problema, James?

– Ele! Ele é o meu problema – admitiu James a gritar. – Não vês? Ele está a mudar-te! Tu antes estavas comigo, não com ele!

– Ele é meu namorado – gritou Dominique, dizendo as palavras devagar como se falasse com uma criança. – É normal passar tempo com ele. Todos estes anos, tu andaste com várias e eu nunca tive problemas com isso!

– Mas nunca te esqueci – acusou James.

– E eu esqueci-te? Eu, por acaso, esqueci-me de ti? – Dominique não conseguia acreditar no que estava a ouvir. – Na semana passada, eu fiquei á tua espera aqui, á noite. Tudo para tu te esqueceres e estares com uma das vadias.

– Eu já pedi desculpas por isso – disse o moreno. – Além disso, ele chama-te Nick! Eu sempre te chamei assim!

– Oh, então isto é por causa de um nome estúpido? – Gritou a loira. – Óptimo! Eu também te chamo Jay e quantas vadias já não te chamaram isso? E pior, gemeram isso?

– A minha vida sexual não é para aqui chamada – concluiu James.

– Nem a minha! – Indicou Dominique. – E, nem por isso, tu a deixas em paz!

– A tua vida sexual? Oh meu Merlin, Dominique, diz-me que tu não foste para a cama com ele – pediu James, ainda exaltado. A loira não respondeu. – Óptimo, agora foste baixo!

– Diz o rapaz que já rodou metade de Hogwarts – acusou ela.

– Sabes que mais? – Perguntou ele. – Eu já não aguento mais. Queres ficar com o teu namoradinho, fica. Espero que seja muito feliz, só não venhas depois a chorar ter comigo, como sempre!

James virou costas e foi-se embora, mas ainda teve tempo de ouvir Dominique gritar.

– Já vais tarde, Potter!

**********************************************************************

Desde aquele dia, James e Dominique nunca mais se falaram. O resto do sexto ano se passou, sem que eles se desculpassem. As férias na Toca foram horríveis. O que era, antes, uma animação era agora um campo de batalha entre os dois primos.

Dominique continuava a namorar com Oliver, enquanto James tinha uma diferente todos os dias. O sétimo ano começou, e a situação não saia do mesmo ponto. Domi e James viravam as caras sempre que se cruzavam.

Tudo isto só mudou meses mais tarde.

James tinha acabado de vir do treino de Quiddicth, ele era capitão e não podia deixar que nada falhasse este ano. Andava em direcção á torre de Gryffindor quando viu Oliver passar. Pela primeira vez, James não sentiu a vontade tão habitual de lhe dar um soco, em vez disso, James pensou em Dominique.

Perguntava-se o que a prima tinha visto no francês. E como, depois de tantos anos de amizade, tinham-se chateado justamente por ele. James ainda não acreditava que já se tinha passado quase um ano desde a última vez que tinha falado com Dominique.

A última vez que a abraçou, que sentiu o seu cheiro, que a ouviu rir, que viu as suas bochechas ficarem vermelhas. Parou de andar e abanou a cabeça.

Não podia pensar desse modo sobre a loira, no entanto, era nisso que ele pensava desde á uns tempos para cá.

Ainda tentando perceber o que se estava a passar com ele, James encaminhou-se para a torre de Gryffindor. O seu plano era ir para o dormitório, tomar um banho e dormir, no entanto ao vê-la ali, assim, ele não conseguiu.

Não importava quantas vezes tinha prometido a si mesmo nunca mais se importar com ela, Dominique ainda o afectava como antes. E vê-la chorar, como tinha visto durante anos por algum rapaz, partia-lhe o coração.

Sem fazer barulho, aproximou-se dela e abraçou-a, ficando os dois sentados no chão, em frente da lareira, como faziam antes. Dominique paralisou ao sentir braços sobre ela, mas logo descontraiu quando sentiu o cheiro tão familiar.

Ele afagava-lhe as costas e o cabelo, enquanto ela chorava contra o seu peito. Podiam ter-se passado minutos ou horas, sem que nenhum percebesse, até que a loira o olhou. James nunca a tinha visto tão quebrada. Os olhos vermelhos e inchados pelo chora, as bochechas vermelhas e os cabelos despenteados quebraram-lhe o coração. Dominique era linda e tinha um brilho próprio, mas agora tudo o que James via era uma rapariga triste sem saber o que fazer.

– Desculpa – ela sussurrou. – Tu tinhas razão… ele era um idiota!

James deu um pequeno sorriso por finalmente a loira ver a realidade.

– O que foi que ele fez? – Perguntou preocupado.

– Ele traiu-me – admitiu Domi. Os lábios tremeram-lhe como se ela lutasse contra o choro. – Ele traiu-me desde o começo!

Ouvir aquilo fez com que a raiva de James crescesse. Quem é que Oliver pensava que era para fazer aquilo com a sua loira?

Olhou para ela. Por mais raiva que tivesse de Oliver, primeiro estava os sentimentos de Dominique.

James abraçou-a novamente, sentindo o cheiro de que tanto sentira falta.

– Eu já achava que ele era um idiota, mas agora eu penso que ele deve ter algum problema mental – disse o moreno. A loira olhava-o atenta. – Quer dizer, quem é que no seu perfeito juízo, te trocaria? Ele não te merecia, Nick – garantiu. Depois parou, lembrou-se de algo. - Nick? - Chamou a medo. - Diz-me que tu não foste para a cama com aquele imbecil...

A loira sorriu.

– Não fui - garantiu.

– Então porque não desmentiste quando eu disse que tinhas ido? - Perguntou chocado.

– Estavas a irritar-me, eu quis provocar-te - a loira sorriu. E James deixou-se levar pelo sorriso dela.

– Oh meu merlin, Nick - suspirou.

– Esse nome fica bem melhor quando és tu a dizê-lo – admitiu.

Ele riu. Não esperava que ela dissesse algo assim, agora.

– Se calhar porque eu sou um máximo – brincou e piscou-lhe o olho. – Tens de admitir, eu sou mil vezes melhor que ele…

– E muito mais modesto – provocou a loira. Ambos se sentiam bem, ao saber que a amizade deles ainda estava intacta mesmo depois de tanto tempo. – Eu senti saudades tuas Jay!

– E eu tuas, loirinha – admitiu o moreno. – E da próxima vez que algum retardado tentar te tirar de mim, ele irá sofrer, estamos entendidos?

Domi gargalhou como á muito não o fazia. Realmente, sentiu saudades de James e das suas brincadeiras.

Aos poucos foi sossegando, quando percebeu algo.

– Tu estavas enganado – disse. – Não há nenhum homem ideal para mim! Todos eles só me querem por ser parte Veela.

James suspirou.

– Duvido muito disso – disse. – Eu sei que algum deles vai ver o quão especial tu és. E ele vai se apaixonar por ti – afirmou o moreno olhando-a nos olhos. – Algures ai, há um homem, que vai te ver realmente. A ti, não ao sangue Veela – James afirmou. – Ele vai apaixonar-se pela tua figura ao acordares. Cabelos despenteados, baba no canto da boca, olhos esbugalhados e, sem esquecer, o mau humor, claro – sorriu. – E se isso não chegar, ele vai ver o quão inteligente tu és, e simpática. Vai ver a maneira como reviras os olhos ou mordes o lábio quando te concentras. E acredita em mim, ficas incrivelmente sexy quando o fazes. – Piscou o olho e a loira sorriu. – Ele vai ver como o teu cabelo brilha ao sol ou como os teus olhos dizem mais do que a tua boca, e vai apaixonar-se. Quando isso acontecer, não o deixes ir, ok?

Dominique olhava James sem saber o que dizer. Ele, por outro lado, sabia exactamente o que fazer. Ele tinha de sair dali. Não devia ter dito aquilo á loira, não agora, nem nunca. Em que é que ele estava a pensar. Ela tinha acabado de sair de um relacionamento. Eles eram primos!

Mas ele amava-a! E, estupidamente, só tinha percebido isso quando ela estava nos braços de outro.

James afastou-se da loira e levantou-se.

– Bem, eu tenho de ir – disse. – Tomar banho e dormir, sabes como é – virou-se para o dormitório.

Quando começou a subir as escadas, sentiu uma mão no seu pulso segurando-o onde estava. Virou-se e deu de caras com Dominique. Mas a loira estava diferente. Não chorava mais, alias não havia vestígios de que tivesse estado a chorar. Os seus olhos azuis brilhavam como James nunca tinha visto.

– Tu estavas enganado – disse ela, simplesmente.

– Como? Quando? – Perguntou ele, confuso.

Ela sorriu.

– No quarto ano – disse ela. – Tu dizeste que lamentavas que o Todd fosse o meu primeiro amor e me tivesse magoado – afirmou ela. James ficou surpreso por ela ainda se lembrar. Ele lembrava-se porque era difícil esquecer a primeira vez que a viu chorar tanto. – Tu estavas enganado.

– Já percebi – disse ele nervoso. – Mas em quê exatamente?

Dominique deu um passo em frente, ficando muito perto do moreno.

– Ele nunca foi o meu primeiro amor – admitiu ela. – Eu gostava de uma rapaz muito antes dele, muito antes sequer de eu saber o que significava amar alguém!

– Porque me estas a dizer isto agora? – Questionou James confuso. Ele não queria saber dos amores dela.

– Quando eu era pequena, havia um rapaz que eu gostava de olhar. Vê-lo brincar – disse ela. – Ele estava sempre a rir, às vezes sem razão nenhuma, sabes? E depois nós ficamos amigos, melhores amigos – a loira sorriu, - e eu pensei que o que eu sentia era amizade, éramos tão novos, era tão inocente. Mas não mudou! Para ser sincera, o que eu sentia pelo tal rapaz só aumentou Jay – admitiu. – Ele cresceu, eu cresci. E eu nunca tive coragem para lhe dizer…

– Nick… - começou James.

– Espera – pediu ela. – Eu quero que tu saibas que todos os rapazes que se passaram, eram tentativas de te tirar da minha cabeça – disse ela. – Mas tu não querias sair de lá. E depois o Oliver chegou e tu ficaste tão incomodado que eu fiquei irritada. Quer dizer, não podia ter-te mas também não me deixavas ter outro. E foi por isso que eu discuti contigo, Jay…

Dominique não conseguiu mais falar. Não quando James Potter a beijou. Durante alguns segundos, a loira paralisou, mas depois correspondeu ao beijo com tanto amor como James. Ali estava o que ela tinha esperado 7 anos para fazer, beijar James.

Separaram-se por falta de ar.

– Nick… - começou James, mas mais uma vez não conseguiu acabar.

Dominique puxou-o para outro beijo, desta vez mais contido, mais doce.

– Não me deixes Jay – implorou a loira, com a testa colada á do moreno.

– Eu estarei sempre contigo, loirinha – prometeu James.

Dominique sorriu, sendo acompanhada por James. Ela não podia acreditar, depois de anos, tinha finalmente admitido o que sentia.

Ela tinha-se apaixonado pelo melhor amigo!

Now I realize you were the only one
It's never too late to show it
Grow old together
Have feelings we had before
When we were so innocent

But I don't wanna ruin what we have
Love is so unpredictable
But it's the risk that I'm taking
Hoping, praying
You'd fall in love with your best friend


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Notas finais do capítulo

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