P.O.V. Hannah.

Hoje o Embry me convidou pra uma fogueira na floresta com os amigos dele.

Mas, quando eu cheguei no lugar marcado não tinha ninguém lá ou era o que eu achava.

–Olha só, que moça bonita.

Aqueles homens asquerosos começaram a me cercar.

–Onde está o Embry?

–Ninguém vai vir. Somos só nós agora docinho.

Eles rasgaram o meu vestido e me violaram. Eu fiquei aqui jogada até me lembrar do celular.

Liguei pra única pessoa que poderia me ajudar.

–Alô?

–Embry, sou eu. Preciso que me ajude.

–O que aconteceu? Onde você está?

–Eu não sei. Estou na floresta, perto de uma cabana.

–Hannah!

–Me leva pra casa.

P.O.V. Embry.

Eram umas quatro da manhã quando o meu celular tocou e eu atendi.

–Alô?

Então ouvi a voz dela, estava chorando e parecia desesperada.

–Embry, sou eu. Preciso que me ajude.

–O que aconteceu? Onde você está?

–Eu não sei. Estou na floresta, perto de uma cabana.

Quando cheguei ela estava jogada no chão chorando.

–Hannah!

–Me leva pra casa.

Hannah não estava em condições de andar e eu a carreguei até a casa dos Cullen.

–Essa não é a minha casa. Eu quero ir pra casa.

–Vou pedir pro doutor examinar você. Está machucada e suja, as feridas podem infeccionar se não forem tratadas.

O doutor ficou horrorizado depois que a examinou.

–Meu Deus! Pobre menina.

–O que ela tem? É câncer?

–Ela foi violentada filho. E foram vários homens.

–Quem faria uma coisa dessas?

–Não sabemos, mas vou coletar amostras de DNA dela e dos estupradores. Depois mandarei para o distrito de vítimas especiais.

Depois que o doutor fez todos os testes ele a liberou e Hannah foi tomar banho. Horas, ela ficou de baixo do chuveiro por horas se esfregando e chorando.

–Hannah! Sai.

Quando ela finalmente saiu de lá estava vermelha igual a um pimentão e a pele parecia esfolada.

–Hannah?! O que você fez?

–Tirei a imundice deles de mim.

Passei-a na água fria e fiz curativos pelo corpo todo. A pele branquinha e macia estava vermelha e esfolada.

P.O.V. Hannah.

Faz um mês desde o acontecido e até hoje eu tenho pesadelos com isso. Mas, agora eu faço terapia de grupo com pessoas que também passaram por isso.

E ás vezes quando sinto que vou desmoronar vou a clínica fazer terapia ocupacional. Tenho que estar sempre fazendo alguma coisa pra não pensar nisso.

Quando meu pai descobriu o que me fizeram ele surtou e caçou os caras um por um. Ele é do FBI e tem licença pra matar, quanto a minha mãe? Ela ficou arrasada e devastada pelo que me fizeram e sempre que pode me leva á terapia.

Tudo melhorou agora. Mas, ainda tenho medo de andar sozinha, afinal os caras morreram, mas podem ter comparsas procurando vingança ou sei lá.

Meu pai até mandou uma equipe de seguranças particular pra me vigiar e ficar na minha cola.

É, eu vou conseguir. Vou fazer o que sempre faço, vou sobreviver.

Já passei pior. Já fui sequestrada e fiquei uns dois meses num cativeiro e consegui fugir usando as técnicas que o meu pai me ensinou, ele me treinou pra isso desde bebê

Passei minha vida inteira inda a aulas de auto defesa enquanto minhas amigas faziam balé. Meu pai me ensinou a atirar, a derrubar um cara e coisas assim.

Só fui aprender a ser feminina aos 12 anos e ainda assim ia ao treinamento.

Minha mãe me ensinava a me maquiar e fazer o cabelo, meu pai me ensinava a sobreviver. Fui escoteira e o coronel Marin me pré treinou em todos os quesitos, me deu uma licença pra andar armada e agora eu nunca mais saio de casa sem o revolver.

Forks costumava ser uma cidade pacata, mas de uns tempos pra cá, as coisas estão mudando e a violência se espalhando como fogo em palha seca.

Muitos de meus amigos morreram e por mais que a magia das bruxas proteja as fronteiras da cidade, existem coisas que nem elas podem barrar.