P.O.V. Samantha.

Hoje segui-o até um bloco de apartamentos e dei um jeito de passar pela portaria. Qual a minha surpresa quando uma moça abre a porta.

Ela tinha mais ou menos a idade da senhora Esme.

—Oi querido, bem vindo. Entre por favor.

Como estou usando a minha capa da invisibilidade passei sem ser notada porta a dentro.

—Como ela está?

—Na mesma. É difícil pra ela ter que viver aqui trancada, mas infelizmente tem que ser assim.

—Oi irmãzinha. Senti saudades.

—Eu também Jake.

A menina tinha um respiradouro e tanques de oxigênio.

—Quando vai trazer sua namorada pra me conhecer? Samantha não é?

—Isso mesmo. Olha Mel, você sabe que tem que ter o mínimo de pessoas perto de você não é?

—Mas, eu quero muito conhecer ela e a sua amiga Renesmee.

Decidi me revelar.

—Olá Mel, eu sou Samantha.

—Uau! Como você fez isso?

—Sou uma bruxa.

—Irado.

—Qual o seu nome completo?

—Melissa McCartney Black.

—Sou Samantha Bennett Salvatore. Eu não sou herege, meu pai foi curado.

—Sam, vai se lavar. Até os cotovelos e o rosto.

—Porque?

—Eu não tenho imunidade daí a minha mãe me mantém presa aqui.

—Não fala assim, a sua mãe só quer te manter segura.

—Mas, eu quero viver! Ter amigas, ir a escola, ter um namorado e ser normal!

—Ela é como você Jacob?

—Não.

—Como assim eu sou como ele?

—Oh! Ela não sabe.

—O que eu não sei? Jake! Nós prometemos que não teríamos segredos.

—Que droga Mel!

—Desculpe. Pensei que ela soubesse.

—Tá, foi mal.

—Me conta.

—Porque não mostra pra ela Jake?

—Não posso me transformar aqui. Ela tem alergia de tudo.

—Oh! Então teria alergia ao pelo.

—Pelo?

—Seu irmão é um transformo. Pode assumir a forma de um lobo.

—Uau!

—Porque não me contou que tinha uma irmã?

—Porque você iria querer conhece-la e com o problema da imunidade ela tem que ficar com o mínimo de pessoas ao redor dela e tem todos os procedimentos de segurança.

—Tudo bem, vou me lavar e volto em um instante.

Vesti a capa e fui me lavar.

Quando voltei eles me contaram tudo e como a Mel era fruto de um relacionamento extraconjugal morava com a mãe e só o Jake vinha visitá-la.

Além de tudo isso, ajudei o Jake a divertir a Mel fazendo algumas magias simples. Sabe, acender velas, brincar com a eletricidade essas coisas.

—Como aprendeu a fazer isso?

—Minha mãe me ensinou o que a mãe dela ensinou pra ela.

—Como é capaz de fazer isso?

—É um dom. Somos servas da natureza e é nosso dever proteger o equilíbrio custe o que custar, podemos literalmente sentir a vida que emana de uma planta ou de um animal. Até mesmo de uma pessoa.

—Você pode me curar?

—Eu não sei, talvez. Posso perguntar pra minha mãe.

—Por favor faça isso.

—Eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance pra tentar ajudar você, prometo.

—Obrigado.

—Mas, saiba que eu não posso violar as leis da natureza.

—Eu entendo. Obrigado Sam, por tentar.

—Disponha.

Meses de pesquisas e finalmente encontrei uma forma de ajudar a Melissa.

Hoje vamos fazer o feitiço. Trouxe a Renesmee e a minha mãe pra me ajudarem.

—Prontas garotas?

—Sim!

Demorou um pouco, mas o feitiço surtiu efeito.

—Funcionou?

—Sim. Funcionou.

—Como sabe?

—Eu sinto. Pronta pra testar?

—Pronta.

P.O.V. Melissa.

Fiquei um pouco apreensiva de tirar o meu respiradouro, mas eu não senti diferença em ficar sem ele. Antes se eu tirasse morreria de insuficiência respiratória.

—Funciona! O feitiço funciona!

—Melissa! Minha filha, o seu respiradouro!

—Eu não preciso mais dele mamãe. A namorada do Jake e a mãe dela me curaram.

—Quer tentar sair do quarto?

—Sim! Quero ir lá fora.

—Não, ainda não. Vamos ver se você aguenta sair pela casa primeiro.

—Tá.

Eu caminhei normalmente pela casa, bebi água do bebedouro em um copo comum coisa que eu nunca fiz antes.

—Eu bebi água no copo! No copo comum!

—Que bom. Vamos ver como seu corpo vai reagir a isso, mas tenho plena certeza que o feitiço funcionou.

Aos poucos minha mãe foi percebendo que eu não ficava mais doente com facilidade e me deixou ir a escola. Mas, tinha uma condição:

—Se sentir alguma coisa errada, qualquer coisa, por menor que seja me ligue.

—Eu prometo.