Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 78
Mais Que Uma Festa


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Pessoas... Primeiramente... Não me matem.
Esse capitulo é meio sinistro... Mas tudo fica bem no final (?)
Ele é um pouco diferente do que eu já escrevi, porque eu quis variar um pouco. Mas fiquem tranquilos, que não vai ser tão sinistro assim ok? haha
Espero mesmo que gostem.



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POV James:

Finalmente sábado.

Finalmente um descanso.

Finalmente um pouco de paz.

Claro que pra quem não conhece o Sirius, ou o restante dos Marotos... Ou a Marlene. O que no caso, eu estou sem paz pro resto da vida.

Depois que acordei e escovei os dentes, saí do corredor e bati na porta do Sirius, mas não obtive resposta.

– Almofadinhas! Acorda, preguiçoso! – Eu falei esmurrando a porta.

Não ouvi nada além da Gaia fungando embaixo da porta.

Voltei no meu quarto e peguei meu celular, discando o número do idiota em seguida. E um segundo depois eu ouvi o estrupício acordando. O barulho que ele faz quando acorda lembra um zumbi de The Walking Dead.

Tem vezes que eu penso que eles se basearam no Pads pra fazer essa série...

Depois de uns segundos ele atendeu.

– Vai se catar, Pontas! – Ele resmungou com aquela voz de sono.

– Bom dia pra você também, meu querido amigo canino. – Eu falei sorridente. – Posso saber o porquê desse mal humor?

– Primeiro: É sábado, e você me acorda de madrugada!

– São dez horas da manhã.

– Olha só! O dia mal clareou! E segundo: Eu estou carregando minhas energias para hoje á noite, ok? – Ele falou saindo do quarto, e percebendo que não era mais necessário o uso do celular, eu desliguei.

– Remo me avisou ontem que vai passar aqui antes do almoço para pegar um livro que a minha mãe emprestou para ele. – Eu falei descendo as escadas com Sirius atrás de mim com a cara amassada.

– Nerds... – Ele suspirou e fomos tomar café.

Depois de três panquecas com bastante calda, eu percebi que ele estava meio estranho.

– O que foi? – Eu perguntei enquanto ele fitava a panqueca.

– Acha que a Lene pode estar mentindo pra mim? – Ele perguntou me encarando.

– Mentindo em quê? – Eu perguntei e ele deu de ombros.

– Sobre tudo o que está acontecendo... Sabe, desse negócio de ela gostar de mim e tal... Acha que ela pode ter inventado tudo por simplesmente me fazer de bobo?

– Acho que não... Tira isso da sua cabeça. Se a Lene quisesse te fazer de bobo, nós dois sabemos que ela faria uma coisa muito pior do que só te iludir. – Eu falei pegando a ultima panqueca e a mordendo em seguida.

– Você está certo... Eu vou resolver umas coisas da festa hoje á noite, e nos vemos mais tarde. – Ele falou se levantando e indo para o quarto.

POV Dorcas:

– Que droga! – Eu resmunguei olhando no meu guarda-roupa. – Não tenho nada...

– Aconteceu alguma coisa? – Eu ouvi uma voz feminina na porta do quarto e me assustei.

De vez em quando esqueço que tem mais gente morando aqui, e eu começo a falar sozinha.

– Ah, bom dia, Sra. Elisabeth. É só... – Eu falei um pouco constrangida. Ela deve achar que eu sou uma maluca que fala com o guarda roupa.

Ótimo... Fui pega dando piti pela minha própria sogra.

– Deixe-me ver... – Ela falou se caminhando até onde eu estava, e eu abri espaço para ela olhar no meu guarda-roupa. – É, você não tem nenhum vestido para a festa em que vocês vão hoje...

– Eu dou um jeito... – Eu falei sorrindo para ela.

– Nada disso. – Ela falou e eu a encarei. – Vamos sair. Só mulheres. – Ela falou sorrindo e eu a olhei com um misto de felicidade e gratidão.

– Se não for incomodar... – Eu falei. Eu estava desesperada por um vestido novo.

– Você nunca me incomoda querida... Agora, troque de roupa, que estou te esperando lá embaixo. – Ela falou fechando a porta.

Ainda existem sogras assim?

Por essa eu não esperava...

Rapidamente, coloquei uma calça jeans clara, uma blusa branca, uma sapatilha vermelha, e um casaco preto por cima. Arrumei meu cabelo e passei um pouco de maquiagem. Dentro da minha bolsa havia meu celular, e o dinheiro que minha mãe mandara para mim.

Quando percebi que estava mais apresentável do que quando estava usando meu moletom velho, eu desci.

Remo estava lá embaixo com um livro na mão, ou seja, sendo ele.

Ele olhou pra mim com certa desconfiança.

– Eu deveria saber para onde você está indo? – Ele perguntou divertido, mas foi interrompido pela mãe dele, que estava do outro lado da sala, também com um livro na mão.

Acho que esse vício de livros vem de família.

– Desculpe, Rem... Mas acho que vou pega-la emprestado essa tarde. – Ela falou pegando no meu braço e me levando para fora da casa.

– E posso saber onde as duas vão? – Ele perguntou escorando-se na porta e nos observando andar pelo jardim em direção á garagem.

– Primeiro: Vamos pegar algumas amigas minhas e delas, e segundo: Vamos fazer compras. – Ela disse numa empolgação estranha e eu olhei para Remo, que sorria para nós.

Acho que ela não costuma sair muito...

– Tchau. – Eu falei para ele antes de Elisabeth voltar a me empurrar.

Quando já tínhamos entrado no carro dela, eu perguntei:

– Você falou em pegar algumas amigas minhas e suas...

– Sabe o endereço delas de cor, não sabe? – Ela perguntou enquanto o portão da garagem se abria.

– Sei sim. Mas... São mais quatro meninas, e você vai chamar as suas amigas também... Não vai caber nesse carro, vai?

– Bem, eu ouvi dizer que a sua amiga, filha dos Mckinnon, tem um carro muito bonito... – Ela falou como se estivesse pensando alto e eu ri.

Ela é das minhas.

(...)

– Marlene, sou eu, a Dorcas. Se arruma em cinco minutos que nós vamos fazer compras. – Eu falei pelo interfone e ela resmungou alguma coisa inaudível para mim.

Mas o bom é que em menos de cinco minutos ela já estava lá embaixo, na portaria do prédio, com as chaves do carro dela na mão.

Isso é que é eficiência.

– Vamos pegar o restante da corja, não acordei de madrugada pra ficar esperando muito tempo. – Lene falou entrando no seu carro.

– Lene... Já são onze da manhã. – Eu falei rindo da cara de zumbi dela.

– Essa não é a questão! – Ela gritou do carro dela e deu partida logo em seguida.

(...)

Logo depois que todas já estavam no carro da Lene, e que todas as amigas de Elisabeth estavam no carro dela, eu estava ouvindo a emocionante história sobre como uma delas duelou firmemente com uma agulha e uma linha de tricô por cinco horas. E o resultado desta emocionante batalha, foi uma meia para seu marido.

Palmas para a brava guerreira Mariah!

Elisabeth tem duas amigas: Audrey e Mariah. E tanto uma quanto a outra tem os cabelos negros, porém Audrey tem o cabelo cacheado e olhos azuis, e Mariah tem o cabelo liso e olhos castanhos.

Fomos para o centro, onde tinha várias, VÁRIAS lojas de roupas.

Paramos em uma, que eu nem consegui ler o nome, já que Alice e Mary me empurraram para dentro. E acho que nem elas sabem o nome também.

– Que vestidos lindos! – Alice falava olhando para os mil manequins que haviam na frente dela.

– São lindos mesmo... - Marlene comentou baixinho, com os olhos brilhando.

– Não sei se tenho dinheiro suficiente para comprar um desses... – Lilian comentou olhando a etiqueta de um.

– Os vestidos são por minha conta. – Elisabeth falou e todas nós encaramos ela.

– Não precisa, é sério. Obrigada. – Marlene falou meio envergonhada.

Já comentei que ela não gosta de viver á base dos outros? Ela leva isso muito á sério.

– Que fique como um presente muito adiantado dos aniversários de vocês. – Elisabeth falou sorridente. – Agora vão experimentar! Espero vocês na seção dos sapatos.

Eu achei um vestido azul escuro, que era tomara que caia, com algumas pedrarias no busto, e decidi que seria aquele.

Apesar de não ter demorado muito para escolher, percebi que eu era a ultima que todas estavam esperando.

– Vamos embora. Estou com fome... – Mary falou colocando a mão na barriga.

– Por que não vamos pra minha casa? Assim fica mais fácil dos meninos pegarem a gente depois. – Mary olhou Marlene como se ela estivesse delirando. E realmente isso não fazia muito sentido. – E eu comprei Nutella.

– Vamos. – O semblante de Mary mudou completamente quando a morena terminou de falar.

– Persuadida por uma Nutella... Tsc, tsc... – Lilian falou brincando para Mary, e a mesma revirou os olhos.

(...)

POV Sirius:

Eu não entendo porque as garotas demoram tanto para se arrumar. Não é só colocar um vestido e prender o cabelo?

Qual a dificuldade nisso?

Digamos que eu e o resto dos Marotos estamos quase hibernando aqui no sofá da casa da Lene. E não, eu não exagero.

– Elas morreram lá em cima? – Frank pensou alto e nós o olhamos.

– Claro que não. Não tá ouvindo elas conversarem? – James falou se levantando. – Já estamos atrasados, eu acho... – Ele falou olhando pelo celular. – Ah, não... Eu tenho certeza. – E suspirou.

– Dizem que o resultado compensa. – Remo deu de ombros e nós o olhamos para ele.

– Acho essa demora toda um exagero. – Pedro falou se levantando também.

Logo depois todas elas desceram, e eu não preciso dizer que elas estavam lindas, preciso?

(...)

Assim que chegamos na boate, ela já estava lotada... De alunos de Hogwarts, mais precisamente.

TODA a cambada estava lá.

Sonserinos, grifinórios, lufanos, corvinais... E o Filtch.

– Aquele ali é o Filtch? – Marlene perguntou pra mim assim que descemos do carro.

– Pode ser uma miragem... – Alice comentou olhando mais atentamente á figura parada na porta.

– Você nem bebeu ainda pra ter miragem, Lice. – Marlene falou rindo da cara dela.

– Vamos? –James chegou de mãos dadas com Lily, que estava com uma cara meio estranha.

Me pergunto o que tenha acontecido.

– Ainda não sei o que estamos fazendo aqui fora no frio. – Dorcas falou abraçando Remo pela cintura, e eu percebi que ela estava tremendo.

– Vamos logo antes que a loirinha tenha uma hipotermia. – Eu falei tomando a frente e entrando na boate.

Como eu já tinha dito antes, isso daqui tá cheio de gente. Não dá nem pra andar direito!

E como consequência, eu me perdi do pessoal. Fui parar no balcão do bar, e aproveitei e pedi uma bebida. E resolvi ficar por lá até eu achar um rosto familiar.

E não demorou muito pra isso acontecer.

– Sirius! – Andrômeda gritou meu nome e veio me abraçar. – Que saudade!

– Eu também estou com saudades, prima. – Eu comentei a soltando.

– Fiquei sabendo do que aconteceu entre vocês e a Sonserina. – Ela comentou se sentando do meu lado e tomando a cerveja da minha mão e bebendo um gole. – Espero que descubra quem é.

– De vez em quando você se esquece que é da Sonserina, né? – Eu falei olhando para ela, e ela me encarou e sorriu docemente.

– Eu sou da Sonserina. O filho da mãe que fez isso com vocês é que não é. E por falar nisso, acho que não foi o Lúcio.

Ahn?

– O que? – Eu perguntei confuso.

– Seria muito óbvio, não? Colocar esses papéis importantes num armário de Educação Física... Já parou pra pensar nisso? – Ela comentou se levantando. – Tenho que ir. Ted está me procurando. Nos vemos depois. – Ela disse se levantando.

– Até mais... – Eu falei enquanto ela se distanciava.

Será?

Se pensar bem... É muito óbvio mesmo...

A não ser que...

A não ser que quem fosse que pegou os papéis queria que achássemos...

Sendo assim, ele nos conhecem bem demais, já que saberia que, se perdêssemos os ingressos, o armário da fuinha seria o primeiro lugar onde procuraríamos.

Isso tá parecendo um filme de suspense agora...

Daqui a pouco o Nicolas Cage tá dançando Macarena aqui na pista...

Resolvi sair daquele bar e andar um pouco pela festa.

No centro do salão, estava uma pista de dança, e as pessoas que não queriam dançar ficavam nos cantos, onde havia mesas e cadeiras.

Reparei que a pista de dança estava lotada. E não é pra menos... É sábado, e todos querem comemorar.

Marlene estava dançando no meio da pista com Lily, Alice e Dorcas estavam conversando e bebendo em uma mesa junto com Remo, e James estavam conversando com Frank, Mary e Pedro.

Digamos que era o sozinho da festa.

Pois é... Podem ficar com dó de mim... (POV James: Larga de ser idiota.)

Do lugar onde eu estava, eu estava vendo a porta, onde várias pessoas entravam e saíam daquele lugar, e eu percebi que certas pessoas um tanto quanto indesejáveis chegaram...

Lúcio Malfoy, acompanhado da minha queridíssima prima Narcisa, e Bellatrix com mais um daqueles namoradinhos dela... Pelo jeito o namoro com o Lestrange não está indo tão bem quanto aparentavam.

Bellatrix examinou a festa, como se procurasse alguém em especial, e parou os olhos em mim. Ela me encorou por alguns segundos, e depois sorriu com escárnio.

Eu não esperei para ver o que ela iria fazer depois, e já desviei meu olhar e saí dali.

Só me faltava essa...

– Prongs... – Eu o chamei enquanto me aproximava dele, de Pedro, de Mary, e de Frank.

– Oi, Pads. Para uma festa, você tá bem desanimado... – Ele comentou me entregando uma garrafa de cerveja.

– Não vou beber muito hoje. – Eu falei, mas mesmo assim tomei um gole.

– E isso tem haver com alguma coisa? – Pedro perguntou.

– Ou alguma pessoa? – Mary perguntou também com um sorriso malicioso na cara.

– Que por acaso pode estar na pista de dança? – James falou indicando com a cabeça o lugar onde Marlene e Lily dançavam.

– Calem a boca... – Eu falei puxando uma cadeira e me sentando. – O assunto é importante, veado. – Eu e minha incrível capacidade de mudar de assunto rapidamente. – As cobras estão aqui. – Eu falei bebendo mais um gole.

Pude ver James e Pedro se remexerem inquietos na cadeira.

– Eu não quero apartar brigas hoje... – Pedro falou tenso para nós dois.

– Calma, Rabicho... Nós ainda temos o Frank e o Remo. – James comentou e eu e Frank rimos da cara dele.

– Deixa só a Lilian ouvir isso... – Mary comentou abraçando Pedro e James revirou os olhos.

– Ela sabe que eu não me dou bem com eles. – Ele resmungou bebendo um pouco da sua caipirinha.

– Mas não é motivo pra briga, certo? – Mary falou. – E a Lene, o que ela diria? – Ela se virou pra mim.

– O que a Lene tem a ver com isso? – Eu perguntei sério.

– Você é importante pra ela. – Mary me olhou tão intensamente, que a cerveja amargou no meu estômago.

Silêncio mortal.

Pedro, que me conhecia bem, sabia que eu não dou o braço a torcer, logo tratou de tirar a Mary dali e leva-la pra pista de dança, e eu resolvi sair de fininho depois que os dois saíram.

Olhei para a pista de dança e não vi Marlene lá.

– Só espero que ela não esteja bebendo... –Eu comentei alto, mas acho que ninguém me ouviu.

Sabe quando você sente alguém te encarando, mas não sabe quem?

Foi isso que eu senti.

Tinha alguém me olhando, eu tenho certeza.

Olhei para os lados, e não vi ninguém que realmente esteja prestando atenção em mim.

Mas eu acabei tirando isso da cabeça quando vi que havia um pequeno tumulto na porta dos fundos. E nisso, James veio até mim com Lilian.

– O que está acontecendo? – Ela perguntou para mim assim que se aproximou. James falou alguma coisa, mas eu não consegui ouvir devido a musica alta.

– Devemos ir lá? – Eu perguntei, ou melhor, gritei.

– Não é importante assim, é? – James disse.

– Estou curiosa. – Lily falou.

– Vamos lá então... – Eu falei, e logo em seguida ouvi um grito. Me virei e Lily estava olhando para um cara com vontade de esfaquear ele.

– Meu vestido... – Ela resmungou baixinho.

– Me d-desculpe... – Ele falou gaguejando.

– Tudo bem... – Ela falou sorrindo sem graça. – Eu não deveria ter gritado desse jeito...

Ele saiu tropeçando e direção a saída, mas antes se virou e me encarou.

– Quem é aquele? – Lilian perguntou. – Ele parece conhecer vocês...

– Não faço a mínima ideia... – Eu falei ainda olhando para a porta.

E nesse meio tempo, mais pessoas se aglomeraram na porta. E nisso o segurança chegou, botando todo mundo pra fora. E quando eu digo todo mundo, é até uma pessoa inocente como eu.

Injustiça...

(...)

– CALMA CARA! NÃO TOCA AÍ, NÃO! – Eu gritava pro guarda-roupas que estava me empurrando como se eu fosse um delinquente pra fora da boate.

– Pra que esse escândalo, Sirius? – Marlene, que estava na calçada, disse assim que o segurança praticamente me jogou na rua.

– Eu não estava fazendo absolutamente nada, e esse armário ambulante me expulsa daí!

– E eu não sei disso? Pelo jeito, por causa daquele tumulto, a boate vai fechar mais cedo, ou seja, acabou a festa. – Ela falou cruzando os braços.

E nisso Remo se aproximou de nós.

– Viu a Dorcas por aí? – Ele perguntou tentando ignorar a minha carranca.

– Ué, ela não estava com você? – Eu perguntei confuso. – Não a vi desde que aquele tumulto começou.

– Ela literalmente sumiu.

Todos nos reunimos na esquina da rua da boate.

– Tem certeza de que ninguém a viu? – James perguntou dando uma de Sherlock.

– Absoluta. Já perguntei pra todo mundo! – Remo falou bagunçando o cabelo. Ele estava realmente nervoso.

– Vamos nos dividir e procura-la. – Marlene sugeriu. – Eu vou procurar nos fundos da boate. Quem vem comigo?

– Eu e Remo vamos com você. – Eu me prontifiquei.

Depois que todos se separaram e foram procurar. Remo saiu na frente, quase correndo em direção aos fundos. Eu iria segui-lo, se alguém não tivesse me parado.

Me virei e vi que era...

– O que está fazendo aqui, Susan?

– Por favor, não vai atrás da Dorcas... Não você... – Ela estava... Chorando?

Agora eu não tô entendendo nada.

– O que você está dizendo? Você sabe onde está ela? – Eu falei me afastando um pouco.

– Só não vai lá... Eu não quero você nisso... – Ela falou entre soluços.

Confesso que comecei a ficar com pena dela.

– Sirius? – Marlene chegou. – O que está acontecendo aqui?

– Nada... – Eu disse me afastando de Susan. – Vamos, morena.

Ela foi na frente, e eu atrás.

Assim que chegamos no fundo, Marlene ligou a lanterna do celular dela, e eu e Remo fizemos o mesmo.

– Quem ficaria aqui nesse lugar? – Marlene falou fazendo uma careta. – Eu tenho uma teoria...

– Estou com medo de perguntar, mas qual seria essa teoria? – Eu perguntei.

– Ela deve estar com dor de barriga. – Ela disse como se tivesse descoberto a cura do câncer.

Eu e Remo nos entreolhamos, e depois saímos na frente, andando em direção á um corredor escuro e cheio de portas, como se não tivéssemos ouvido nada.

– A minha ideia não pode ser das mais inteligentes, mas vocês poderiam me...

– Você o que, Marlene? – Remo perguntou e eu me virei, mas não vi ninguém.

– Marlene? – Eu perguntei.

– Se isso for uma brincadeira... – Remo disse ficando nervoso. E ouvimos passos, e uma porta se fechando. – Marlene!

Saímos correndo em direção á porta que entramos nos fundos da casa, e fomos parar no salão principal, onde estavam todos reunidos.

– Cadê a Marlene? – Lilian perguntou curiosa.

– Eu não sei... – Eu falei sério. – Ela sumiu... Também.

– Certo, agora eu quero sair daqui. – May falou pegando na mão de Pedro, que estava mais branco que o normal. – Vamos embora...

– Sem a Marlene/Dorcas?!? – Eu e Remo gritamos ao mesmo tempo.

– Temos que acha-las! – Frank falou segurando a mão de Alice, como se ela fosse a próxima a sumir.

– Eu não vou sair daqui enquanto eu não achar a vaca da Lene! – Lilian gritou brava. Se eu fosse a Marlene, eu continuava escondido... Não vai ser legal ver uma ruiva brava e com o vestido sujo.

De repente, eu ouço um grito.

– É a Dorcas! – Mary falou assustada.

– Está lá em cima! – Remo falou já saindo correndo, e nós fomos atrás dele.

Chegamos á um corredor com poucas salas, e eu percebi que Pedro, Mary, Alice e Lilian ficaram lá embaixo.

– Silêncio. – James, que estava na frente, sussurrou.

De repente, começamos a ouvir gemidos, mas não de prazer, e sim de dor.

– Mas o q... – Eu comecei a falar, mas um grito ecoou do quarto ao meu lado.

– Sirius! – Eu ouvi o grito desesperado da Marlene. Minhas pernas bambearam, minha cerveja revirou o estômago, minha voz falhou e minha garganta ficou seca, e aquela sensação. Uma sensação que eu não desejaria pro meu pior inimigo.

Eu não vi como tudo aconteceu, mas assim que tomei consciência, eu já tinha arrebentado a porta do quarto ao lado, nem me importando se estava trancada ou não. E vi uma cena, que me deu enjoo.

Marlene estava deitada em uma mesa, e tinha um homem (muito mais velho) sobre ela, ela estava chorando, e estava com o rosto sangrando um pouco.

Eu empurrei o cara, e Frank logo veio ajudar Marlene, a carregando para fora daquele lugar. O homem parece que se assustou com a minha chegada, e tentou fugir dali pela janela.

Eu o puxei para dentro do quarto, e o joguei em cima de um armário, onde o mesmo caiu em cima dele. Mas eu estava nervoso demais pra me importar com o barulho que deu.

– Você realmente acha que eu vou te deixar sair daqui sem nada? – Eu disse estalando minhas mãos e partindo para cima dele.

POV Marlene:

Gritos.

Vindo de todos os lados.

Era isso que eu ouvia o tempo todo.

– Lilian? – Eu sussurrei assim que vi um borrão de cabelos ruivos na minha frente.

– Ah, meu Deus, Marlene! – Pela sua voz ela estava chorando. Típico dela.

Eu sentia muita dor nos braços, e alguma coisa no meu rosto ardia.

– Quero sair daqui... – Eu falei entre soluços. Estava chorando, só agora que fui perceber isso. – Lilian... – Eu comecei a me sentir sufocada. – Eu... Quero... Ir embora... – E tudo ficou preto.

POV Remo:

Vamos pular a parte que eu quase deformo a cara de um merda que estava tentando estuprar a minha namorada, e vamos para a parte que eu, James, Lilian e Sirius levamos as duas para o hospital.

Elas já foram acomodadas em quartos e nós fomos esperar o médico terminar de atende-las.

Olhei para Sirius, ele estava pálido demais, mas tinha a expressão de alguém que estava sem medo. Mas percebi que ele estava tremendo.

Eu, ao contrário, estou quase passando mal aqui. Pelo menos já estou no hospital.

Essa é a primeira vez que eu realmente bato pra valer em alguém. E isso é uma das piores experiências que eu já tive na minha vida.

Lilian estava abraçada em James, e olhava para o nada, enquanto ele acariciava a cabeça dela, tentando acalma-la.

(...)

Depois de uma hora, mais ou menos, já tínhamos ligado para o irmão da Lene e para a minha mãe, e ambos estavam a caminho, o médico chegou trazendo notícias.

– Bem, as duas senhoritas estão bem. Apenas tivemos que dar um sedativo a mais para a Srta. Mckinnon.

– Por que? – James perguntou.

– Ela ameaçou meus enfermeiros, e queria sair da cama o mais rápido possível. – Ele disse segurando a risada.

– Por que será que não estou surpresa... – Lilian cochichou, e ela parecia mais aliviada. – Quando elas irão acordar?

– Não se sabe ao certo, mas aproximadamente daqui umas sete horas. – Ele falou. – Aconselharia vocês a voltarem para suas casas, e tentarem dormir, e depois irem até a polícia para registrarem queixa.

– Claro... Vamos fazer isso sim. – Sirius falou. E eu não acho que ele esteja disposto a sair dali.

– Não quer ir pra casa, Lily? – James perguntou todo cauteloso. Porque será que eles ainda não assumiram de vez?

– E deixar aquelas duas vacas que estragaram minha noite aqui sozinhas? Nunca. – Ela disse e, por mais que a situação estivesse séria, não conseguimos deixar de rir.


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Notas finais do capítulo

Pois é... Esse capitulo foi tenso.
Gente, é normal eu ficar totalmente viciada em videos do Youtube? hahaha
Beijos! E até a próxima!