Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 71
A Viagem - Parte 4: A Biblioteca


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!!!
Bem, eu estou muito feliz com os comentários, sério mesmo. Isso tá me motivando a escrever mais. O que eu não tenho é tempo para postar todo o dia...
Queria agradecer á Jú Evans Potter por fazer uma linda recomendação, e queria dedicar esse capitulo á ela.
Também queria dar boas vindas aos leitores novos.
Bem, esse capitulo ficou meio curto, porém é melhor que nada, não é mesmo?
Mas os fãs de Jily (que tem muito por ai) vão amar.
Espero que gostem, e até lá embaixo.



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“De repente, eu me sinto corajoso, não sei o que deu em mim. Por que me sinto assim? Podemos dançar devagar? Posso te segurar? Posso te segurar pertinho de mim?”

– All About Us – He Is We

POV Lilian:

(Sábado)

Ótimo! Todo mundo resolve sumir de uma vez, e a Marlene, que eu achava que era uma grande amiga, resolve sumir também.

Que lindo... Maravilha...

– Então... – James começou um assunto qualquer. – Fico muito feliz que tenha gostado da festa, Evans.

– Sabe, James... Vocês são especialistas em festas. É óbvio eu vocês não iriam fazer qualquer porcaria. – Eu comentei sorrindo de canto e o encarei.

Ele estava usando uma camisa polo vermelha, uma calça jeans cinza, sapatos sociais pretos e uma jaqueta de couro. Ele me encarava esperançoso, só não sei por que, ou pelo que.

Ele riu fracamente.

– Ainda bem que você me conhece. – Ele comentou pegando um drinque de alguma mesa. – Aceita?

– Não, obrigada. – Eu comentei e ele me encarou, depois encarou a bebida, e colocou em um canto. – O que foi?

– Digamos que eu acho melhor não tomarmos isso por enquanto. – Ele comentou sorrindo amigavelmente. – Então... Vamos andar por aí?

– Claro. – Eu comentei. Ele ofereceu seu braço, e eu entrelacei o meu com o dele.

O hotel era realmente bonito, não vamos negar. Tinha muitas árvores, dava pra você ver as colinas ao longe, muitas flores... E fora o prédio, que era grande, porém não era uma coisa exagerada... Era uma perfeita casa do campo... Para umas trezentas pessoas.

– Sabe, Lilian... Até ano passado, se alguém me falasse que eu estaria andando com você, eu não vou mentir, eu riria na sua cara. – James comentou sorrindo sem graça e eu engoli seco, então era isso que ele pensava de mim? – Mas... – Ele parou e me encarou. – Se hoje, eu tivesse a oportunidade de estar com você ano passado, eu não iria recusar.

Ele me encarava sério, e percebi que não estava brincando.

– James... Por que está falando disso justo agora? – Eu perguntei sorrindo. Eu entendo o que ele falou, mas não entendo o porquê de ele estar falando isso justo agora.

– O que eu quero dizer, Lilian... É que perto de você, eu sou inútil. Perto de você, eu não consigo ser James Potter, o capitão do time da Grifinória. Eu sou só o James. Um babaca que gosta de uma garota fantástica. – Ele se aproximou de mim e eu me arrepiei.

E nisso meu coração começou a bater mais forte...

– James... Eu...

– Não, Evans. Deixa eu terminar agora. – Ele me interrompeu. – Não sou bom com palavras, muito menos com sentimentos... E menos ainda em falar sobre eles. Mas eu preciso falar tudo pra você, Lilian. Por que isso tá tirando o meu sono. Você está tirando o meu sono, Evans. Sabe... Eu penso frequentemente em todas as burradas que eu já fiz, todas as coisas erradas... Mas aí eu me lembro de você e já não me sinto tão imbecil. Porque no meio de tantas coisas erradas, você foi a única coisa boa que eu realmente quero pra mim. E querendo ou não, sendo coisa de marica ou não, eu estou apaixonado por você. Eu sei que não é fácil acreditar em mim, mas eu não posso ficar parado e esperando um milagre acontecer para nós, pelo menos, termos uma chance. Então eu preciso saber, se você me dá uma chance para eu, pelo menos, tentar te conquistar. – Ele falou calmamente, mas eu percebi que ele estava falando sério.

Meu coração e minha cabeça estavam a mil.

O que ele havia acabado de falar... Eu ainda não acredito que ele realmente falou isso. E pra mim.

– James... Eu nem sei o que falar agora. – Eu falei baixinho. Minha voz quase não saia.

James Potter se declarou... Pra mim?

Por que eu daria uma chance para ele? Iria estragar a amizade.

Mas... Ele tem sido tão bom pra mim nesses últimos meses... Talvez... Se pelo menos tentarmos...

E se ele estiver mentindo?

Não, ele não está. Ele não sabe mentir direito. E eu conheço ele quando está tentando esconder alguma coisa.

O que eu faço?

Não quero parar de ser amiga dele... Mas eu quero ele pra mim.

Quero tentar.

Quem não tentaria depois disso?

Mas tem alguma coisa me impedindo... Mas quem disse que eu consigo pensar em alguma coisa olhando para esse par de olhos castanhos, suplicando por uma resposta?

– Eu sei que não é fácil, eu sei que não é uma decisão que se toma rapidamente... Mas eu te amo. Eu simplesmente te amo, Evans! – Ele falou sorrindo.

– Potter... – Eu falei caminhando lentamente até ele. – Eu nunca, nunca, iria imaginar que eu iria falar isso, mas... Eu te dou uma chance. Uma. – Eu falei baixinho, porém sorrindo.

É isso mesmo... Foda-se a amizade... Por enquanto.

Nunca pensei que eu iria viver parar falar, sequer pensar nisso.

Ele sorriu de um jeito que eu nunca o vi sorrir. Ele veio se aproximando... Aproximando... Até que eu percebi que minhas mãos estavam sobre seu peitoral, e ele me abraçava, de forma que pudesse ver meu rosto e eu, o dele.

De começo eu estranhei. Raramente ficamos tão próximos assim. Mas quando ficamos não foi nessa... Intensidade. Nesse clima.

Mas depois que eu dei uma chance á ele, meio que ficou na cara que eu gosto dele. Então... Digamos que eu só estava esperando a oportunidade certa.

– Então, Evans... Está meio frio aqui... Não queria entrar e conversar um pouco? – James perguntou com um sorriso de canto. E eu sorri docemente.

– Conversar, sim. Vamos. – Eu falei me soltando dele, mas ele pegou minha mão e me levou para dentro do hotel.

E onde a festa estava acontecendo. Mas de longe eu pude ver Alice e Frank, e Dorcas e Remo dançando abraçados, uma, provável, musica lenta.

Eu pude ver Dorcas olhando para cá, e dando um sorriso maroto, e depois voltando sua atenção para um beijo que Remo deu nela de surpresa. Eles são fofos juntos, não há como negar.

Frank e Alice estavam tão concentrados na dança, que nem me viu passando com James. Até que estava fofo. Ele a ensinava a dançar, e desengonçada do jeito que é, sempre acabava fazendo alguma coisa de errado no final. Mas pelo que percebi Frank não se importava se ela estava fazendo certo ou não. Só se importava em estar com ela.

E é esse tipo de namoro que fica pra vida toda. Pelo menos é o que eu vejo nos filmes.

Logo depois, James me levara para um cômodo escuro, do outro lado do hotel, e eu comecei a ficar preocupada.

– James? – Eu o chamei, e minha voz ecoou por todo lugar, e percebi que era o cômodo era bem grande e o teto era alto. – James? É sério... Eu vou embora... – Eu falei dando dois passos para trás. Já tive experiência com pessoas me levando a lugares totalmente desconhecidos e escuros, e não foi nada legal (Cedrico mandou lembranças).

– Evans... – Eu ouvi a voz dele. – Calma... Eu só preciso achar... Ah, achei. – Uma luz apareceu na minha frente, e eu pude ver que James estava segurando uma vela. – Agora preciso achar o disjuntor. E ele está pra lá. – Ele falou feliz da vida. Como uma criança que ganhara um sorvete.

Ele foi a um canto da parede, onde tinha uma chave de energia conectada a vários cabos. Ele a ligou, e várias luzes se acenderam.

– Espero que goste. – Ele falou apagando a vela.

Eu olhei para trás, e até a minha respiração falhou. Um galpão de uns dois andares imensos só contendo livros.

Livros de qualquer tamanho ou cor. Ensinando a falar português, desde mandarim. A história do mundo contada por vários cientistas. Histórias de drama, romance, ação, fantasia, aventura... Tudo o que puder imaginar.

– James! É lindo! – Eu falei olhando cada detalhe com meus olhos brilhantes. Ele definitivamente tocou na minha ferida.

– Fico feliz que gostou. – Ele falou bagunçando os cabelos, ou seja, nervoso. Ou até feliz, por ver o sorriso dele.

– Gostei? Eu AMEI! – Eu me virei para ele, e estava com as costas na parede, com a mão nos bolsos e me encarando sorrindo de lado. E seus olhos pareciam achar graça da minha felicidade. E nisso minhas pernas bambearam.

Como ele consegue ser tão lindo? Caminhei lentamente até ele, e não, não era pra fazer charme, era porque o sapato estava me machucando e eu estava com medo de cair.

– Como posso te agradecer, Potter? – Eu perguntei quando fiquei frente á frente com ele. – Eu nem sei o que fazer, ou falar...

– Não precisa, Lilian... É um presente. – Ele falou sorrindo singelamente. Mas eu estou disposta a fazer uma coisa que eu estava com vontade de fazer há bastante tempo.

– Vou te agradecer. Feche os olhos. – Eu falei com a voz mais doce que podia.

– Lily... Não precis...

– Feche os olhos. – Eu insisti. James suspirou e fechou os olhos.

Eu dei um sorriso ao vê-lo assim, e fui me aproximando. Até que eu senti sua respiração tocando na minha pele, e eu pude perceber que ele também estava sentindo a minha, já que hesitou por um momento, e logo depois sorriu e foi chegando para frente bem devagar. E foi aí que eu fui me afastando... E ele foi chegando mais perto... Até que ele tropeçou em algum cabo e abriu os olhos.

E eu não pude evitar de rir daquela cara de bobo que ele fez.

– Por que fez isso? – Ele perguntou fechando a cara. E eu me aproximei dele me controlando para não rir mais.

– Ficou triste, James? – Eu perguntei bem perto dele. Estava gostando desse jogo. – Me desculpe, mas eu precisava fazer isso.

– Ah, é? – Ele perguntou me olhando marotamente. Lá vem merda. – Espera só pra ver o que te acontece, Lily. – Ele falou correndo atrás de mim.

– Ah! Potter! Eu estou de salto, e ele tá machucando! – Eu falei me desviando dele. – Não posso correr! – Eu falei rindo da cara de confusão dele.

– Podemos dar um jeito nesse seu pé então, Srta. Evans. – Ele falou todo cortês e seu aproximou de mim. E quando eu achava que ele iria fazer outra coisa...

– Potter! Me coloca no chão! – Eu falei, ou melhor, gritei enquanto ele me pegava no colo, e saia para o fundo da biblioteca comigo.

– Eu não vou te machucar. – Ele falou rindo e eu o encarei. – Agora, se eu fosse você, se apoiava em algum lugar. – Ele falou mandando uma indireta e eu coloquei uma mão apoiando em seu pescoço, e outra em seu ombro.

Ele me levou para um lugar onde tinha vários sofás, e me colocou em um deles, onde eu tirei meu sapato, e me sentei mais... Educadamente. Afinal, eu estava de vestido.

– Obrigada. – Eu falei ainda sentada, e ele se ajoelhou do meu lado, ficando da mesma altura que eu.

– É o mínimo que eu posso fazer por você, Lírio. – Ele falou rouco e eu o encarei.

E quando eu fui perceber, nossas testas estavam coladas uma na outra, e estávamos de olhos fechados, apenas aproveitando o momento.

– Eu ainda tenho que te agradecer. – Eu falei mordendo meu lábio inferior, e eu acho que ele viu.

Ele estava encarando a minha boca?

– Já disse que não precis... – Eu não deixei ele terminar, e encostei minha boca na dele, acabando com o mínimo de espaço que sobrava.

Foi um beijo delicado, de poucos segundos. Nada demais. Logo depois que nos separamos, ele me encarou e sorriu largamente.

– Eu deveria ter te mostrado essa biblioteca antes... – Ele falou passando suas mãos pelo meu pescoço e me beijando com mais intensidade que antes.

E eu me aproximei mais dele. O que foi uma péssima ideia, porque, já que eu estava sentada, e ele não estava muito bem apoiado, e eu acabo de jogar todo o meu peso nele... Nós caímos. Ou era pra gente cair.

Mas não foi isso que aconteceu, já que antes de eu meter a minha cara no chão, ele tinha me segurado pela cintura, e me colocou em seu colo.

Eu percebi uma coisa... Nós estávamos simplesmente nos beijando. É, isso soou meio idiota, mas ele não está tentando nada, além de me beijar.

– Então... Estamos juntos agora? – Ele perguntou ainda meio que me beijando. E eu sorri.

– Eu não sei... Você fala, namorando sério? – Eu perguntei preocupada.

– Eu até poderia te pedir em namoro oficialmente agora... Mas eu prefiro continuar te beijando, e eu acho que você merece um pedido de namoro mais legal do que numa biblioteca antiga. – Ele disse sorrindo. – Você não tem noção do quanto eu estou feliz, Lírio.

– Eu sei, James... Eu sei. – Eu disse sorrindo e o beijando novamente.


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Notas finais do capítulo

Romântico, sim ou claro?
Espero que tenham gostado.
Beijos ;)