Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 70
A Viagem - Parte 3: O Quarto Verde Da Dor


Notas iniciais do capítulo

Oieee!
Eu não morri! Ainda bem...
Enfim, eu sei que demorei para postar esse capitulo, pois tive alguns problemas pessoais aqui, o que me deu um bloqueio. Mas consegui terminar esse capitulo e já vou posta-lo. Vocês devem estar se perguntando que tanto de problemas são esses que eu tenho... Enfim, eu não costumo ter vários problemas de uma vez só, ok? kkk É que parece que todas as coisas possíveis começaram a acontecer comigo, o que me deixou sem tempo e com a cabeça cheia de coisas.
Mas ainda bem que está dando tudo certo, meu bloqueio já está sumindo. E eu queria falar algumas coisinhas antes de você lerem:
1°: Eu quero agradecer imensamente á Mah Nott que fez uma linda de uma recomendação, o que me deu mais inspiração para escrever. Obrigada!! E esse capítulo é para você, sua linda.
Aliás, esse capitulo é para todos os fãs de Blackinnon, e vocês vão saber o por que.
2°: Sobre o título... Eu realmente estava sem inspiração. E definitivamente essa foi a parte mais engraçada pra mim nesse capitulo. Mas não sei se ficou bom...
3°: Esse capitulo foi inspirado em um dos episódios de The Vampire Diaries. É uma cena Delena, se não me engano. E eu achei linda, uma das melhores que eu ja vi, e resolvi me inspirar.
4°: No começo do capitulo tem um pedaço da letra da música Halo, da Beyoncé. Eu acho ela uma das melhores músicas românticas que eu já ouvi. Mas se vocês, por acaso, estiverem ouvindo alguma outra e acharem que combinou com o capitulo, comentem o nome dela. No capitulo passado, eu adorei todas as musicas que me mandaram, e achei que elas também tinham a ver.
5°: Eu estou terminando de montar os primeiros capitulos de uma nova fic dos Marotos, mas ainda sem data para eu publicar. Mas assim que eu acabar eu aviso á vocês aqui. ;)
5°: Mais de 200 acompanhamentos? É isso mesmo? Não tô acreditando, é sério, obrigada á todos vocês. Eu nem sei o que falar aqui... Quando eu vi, eu quase chorei. Nunca pensei que a fic iria chegar aqui, tudo graças á vocês, obrigada novamente.

Bem, sem mais delongas... Bom capítulo.



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“Atingiu-me como um raio de Sol, queimando na minha noite escura. Você é o único que eu quero, e estou viciada em sua luz. Eu jurei que não cairia de novo, mas nem sequer sinto que estou caindo. Gravidade não pode se esquecer, de me puxar de volta para o chão.”

– Halo – Beyonce.

POV Marlene:

(Sábado)

– Ai… - Foi a primeira coisa que eu consegui falar ao acordar. - Mas que porcaria é essa…?

Sabe quando você acorda, não com uma simples dor de cabeça, mas com um elefante sambando em cima dela?

Era mais ou menos isso que eu estava sentindo.

Mas como se isso já não bastasse, eu senti alguma coisa pregada no lado direito da minha testa. E estava coçando pra caramba.

Eu me levantei e fui para o banheiro. Foi lá que eu vi o estrago. Era uma gaze cobrindo metade da minha testa, com alguns esparadrapos. E fora que meus cotovelos e minhas mãos estavam um pouquinho esfolados.

– Sirius… - Eu lembrei de tudo o que aconteceu.

Por mais que eu esteja morta de raiva dele. Puta da vida. Querendo trucidar o que ele chama de cabeça… Eu ainda quero ir conversar com ele.

Claro, depois de uns belos tapas que eu quero dar. Porque cá entre nós, ele merece. E talvez eu também mereça uma bronca...

Nesse tempo, eu ouço alguém bater na porta do meu quarto. Fui atender.

– Leneeee!- Alice me abraçou forte demais pro me gosto. – Fiquei sabendo do que aconteceu! Você está bem? – Ela perguntou preocupada.

– Estou sim, Lice. Calma... – Eu a respondi rindo.

– Oi, Marlene. – Frank me cumprimentou com um beijo na bochecha.

– Tudo bem? – Eu perguntei para ele sorrindo. Pelo jeito ele só estava olhando a Alice dar piti. Ainda bem que ele sabe que é meio impossível para-la quando ela está com raiva.

– Eu acho que vou lá dar um “oi” pro Padfoot. – Ele comentou saindo.

– Acho que eu também preciso conversar com ele. – Eu falei saindo do meu quarto e dando de cara com um rapaz do tipo “deus-grego”.

Olhos verdes, loiro, alto, que sorria do tipo “tenho 32 dentes e não tenho vergonha de mostrar”... Não preciso falar muita coisa, preciso?

– Ahn... – Eu falei meio constrangida. – Oi.

– Oi. – Ele respondeu sorrindo. – Sou Mike.

– Marlene.

– Por que você está só de camisola? – Ele perguntou e...

O que?

Eu olhei para baixo, e me esqueci que não havia trocado de roupa, e ainda estava usando uma camisola bem curta, roxa, e de alcinha.

– Ah, droga... – Eu resmunguei. – Nos vemos mais tarde, Mike. – Eu sorri para ele.

– Pernas lindas, aliás. – Ele comentou, mas eu já havia me virado e entrado no meu quarto. Graças a Deus, não é? Senão eu teria ficado da cor do cabelo da Lily.

Depois de ficar devidamente trocada, com uma calça rasgada, um tênis vermelho e uma camiseta azul clara que eu tinha, e mais minha jaqueta de couro, eu desci com Alice.

– Vamos comer alguma coisa primeiro? – Ela perguntou e eu assenti. Talvez o encontrasse no refeitório, quem sabe.

Fomos ao restaurante, e pedi uma salada de frutas, já que não estava me sentindo muito bem. Deve ser algum efeito colateral de algum remédio que eu tomo...

– Me conta... – Eu comentei com a Alice. – Como você está? E a Mary e o Pedro?

– Ah, eu estou bem. Frank anda um fofo comigo ultimamente. De uns dias para cá ele vem me dando flores, e me levando para shows que eu gosto, essas coisas, sabe? – Ela suspirava a cada palavra.

O casal aí são simplesmente fofos. Mas eu acho que eu não conseguiria aguentar muito tempo, se fosse comigo.

Esse negócio de dar flores todo o dia... Dá alergia, sabe?

– A Mary... – Lice continuou. – Ela está lá, mais carente do que nunca. Como o pai e a mãe dela vivem viajando, Pedro está dormindo quase todas as noites com ela, com medo de que algo aconteça. – Ela comentou mordendo uma maça.

– Quem diria... Pedro Pettigrew, um dos Marotos, sendo realmente um pai. – Eu comentei cruzando os braços.

– Eles estão se revelando. – Ela falou e eu ri. Essa frase tem sim um duplo sentido.

– Mas eles estão bem, certo? – Eu perguntei.

– Estão sim. Pedro que é inseguro mesmo. – Ela falou sorridente. – E o final de semana de vocês?

– Lily e James estão virando quase melhores amigos. Eu até ficaria enciumada, se não fosse por um detalhe... – Eu comentei fingindo indignação.

– Que detalhe?

Uma pessoa lerda: Alice Jackson.

– Que eles se gostam! – Eu falei em tom de surpresa.

– Ah, tá. – Ela comentou sorrindo em graça. – Mas e o seu?

– Ah, o meu está perfeito. – Eu falei. – Eu cheguei aqui no hotel discutindo com o idiota do Black. Depois eu conheci um cara chamado Caleb, que me mostrou que existe um outro jeito de eu me vingar daquele estrupício. E depois o Sirius dá uma crise de TPM e me faz ficar com um corte na testa. Que coça demais. – Eu falei levando a mão para a minha testa, mas aí eu lembrei que não posso.

– Você gosta dele, não gosta?

– Daquele despacho de encruzilhada? – Eu perguntei nervosa, mas depois suspirei. – Sim.

– E você sabe que isso pode não dar certo, não sabe? – Ela perguntou.

– Eu sei... Ele é um safado, galinha, que pega todas, mas não fica com nenhuma... É eu sei. E eu ainda não sei como eu fui gostar dele, pra dizer a verdade. – Eu suspirei triste.

– Porque ele é engraçado, lindo, carismático, legal, um pouco metido, aliás, muito metido... Eu acho que não estou ajudando falando isso, não é mesmo? – Alice falou sem graça.

– Que bom que desconfiou. – Eu sorri falsamente.

Agora eu estou indiscutivelmente gostando do Sirius, e o pior é que esse sentimento não é recíproco. Por que Sirius Black não se apaixona.

Então é isso, ou eu estou gostando dele, ou comi alguma coisa estragada nesses últimos dias.

Atenção garotos: Se quiserem conquistar uma garota, tentem ser um galinha sem vergonha na cara, e depois faça ela cair de cara na beirada da piscina. Eu sou a prova viva de que isso funciona. Em alguns casos...

– A-há! – Alice brincou. – Eu sabia que vocês dois iriam dar rolo. – Ela fez uma dancinha muito tosca com os braços. – Vocês realmente precisam conversar... Onde será que ele está?

Nesse momento Frank chegou.

– Se está procurando pelo Sirius, pode esperar. – Ele comentou. – Os Marotos me avisaram que ele saiu para “espairecer a mente” em algum lugar e ainda não voltou.

– Sabe quando ele vai voltar? – Eu perguntei preocupada.

O Sirius espairecendo a mente não me parece boa coisa.

– Acho que até a hora do luau de hoje á noite ele está aqui. Ele tem que receber os convidados junto com o James.

– Que luau? – Eu perguntei.

– Luau é só uma maneira legal de se falar festa por aqui... – Ele comentou rindo. – Vai ser na piscina coberta. Vai começar assim que anoitecer.

– Bom saber disso...

(...)

Já estava de tarde quando as meninas me trancaram no Quarto Verde da Tortura. Ou simplesmente o quarto em que nós iriamos nos arrumar.

– Marlene Mckinnon! Você vai usar esse vestido nem que eu tenha que costurar ele na sua pele!

Essa foi a Lilian, sempre delicada... Como uma pedra.

(...)

– Viram meu rímel? – Dorcas perguntou andando no meio do pandemônio de roupas que virou aquele quarto.

– Acho que ele está nas coisas da Lene... – Alice falou passando batom.

– O que tá fazendo lá?

– Eu achei uma cueca no meio das suas coisas, Dorc’s. Então não reclama. – Eu falei maliciosamente para ela, que ficou vermelhinha.

(...)

– Gente! Eu quero ficar loira! – Alice me grita do nada.

– Por que você não pinta seu cabelo de roxo de uma vez? – Lilian brincou com ela.

– Não é que é uma boa ideia?

(...)

– Já acabamos? – Dorcas perguntou se olhando no espelho.

– Sim... E se me permitem dizer, ficamos lindas. – Lilian comentou se olhando no espelho.

Eu estava usando um vestido preto rodado, que ia uma mão pra cima do joelho, mais ou menos, por cima uma jaqueta verde escuro que eu dobrei até os cotovelos, uma meia calça preta meio rasgada nos joelhos e um sapato de salto preto. Que eu provavelmente iria me livrar dele logo, logo.

Lilian estava usando um vestido branco com flores azuis, que ia até o joelho. Só que nem vou comentar o decote da menina. Nunca vi ela usando um negócio assim, e estava bonito. E estava usando sapatilhas.

Dorcas estava usando uma blusa lilás, com uma saia jeans escura e uma sandália que ia trançada até o joelho. E fora que tudo era colado no corpo.

Alice estava usando uma calça de couro vinho, uma blusinha branca e uma sandália um pouco mais fechada de salto dourada. Também estava usando muitas pulseiras de ouro e prata. Como eu disse, Alice é sempre muito discreta. Só que a coisa boa, é que tudo o que ela coloca fica bom nela.

Sim, a Lily me forçou a usar vestido. Que raiva.

– Vamos? – Dorcas nos chamou assim que acabou de colocar um casaco preto em cima dela.

Descemos para a piscina coberta. O legal dela, é que a água é aquecida. Mas mesmo ela sendo aquecida, eu não pretendo entrar nela hoje.

O salão estava decorando com flores de todos os tipos. Rosas, margaridas, lírios, petúnias, violetas... E estava tudo iluminado com velas. Apenas do teto que estavam algumas lâmpadas, só que estavam bem fraquinhas.

– Uau. – Dorcas suspirou do meu lado. Ela gosta dessas coisas, então...

– Gostou, Dorcas? – Uma voz masculina atrás de nós falou. Era Remo.

– Estão de parabéns. – Ela falou sorrindo. E ele sorriu também.

Certo, é impressão minha ou o mundo resolveu esfregar na minha cara que eu provavelmente vou ficar pra titia?

– Vamos, meninas? – James apareceu do nada.

– Vamos... – Alice falou pegando na mão de Frank.

– James, está tudo muito bonito. – Lilian o elogiou. – Gostei dos lírios.

– Pedi para colocarem pensando em você. – Ele comentou e ela ficou vermelhinha.

– Não meche com fogo, James. – Ela comentou brincando.

– Literalmente. – Eu comentei e todos riram.

– Dorcas, já viu o bar daqui? – Remo perguntou.

– Não, qual é a novidade?

– Eles fazem batida de amora silvestre. – Ele falou empolgado. Pelo visto temos um fã de amoras aqui...

– Eu quero experimentar... – Dorcas falou lambendo os lábios.

E lá se foi mais um casal.

E foi aí que eu comecei a segurar uma tocha olímpica para a Lily e para o James.

É sério.

– Vou pegar uma bebida. – Eu falei saindo de lá.

Tinha algumas pessoas, da alta sociedade pelo visto, já todos estavam vestindo roupas de marca. Mas também tinha alguns adolescentes vestindo qualquer coisa, como eu.

Me sentei em uma mesa vazia, e fiquei lá mexendo no celular. Vendo minhas mensagens, que eram poucas... Minhas redes sociais... Nada de interessante.

Bem, só me resta uma opção. Candy Crush.

Eu devo ter ficado umas duas horas só lá, jogando. É, é isso mesmo. E nesse meio tempo, eu já tinha tirado meus sapatos.

Apenas cumprimentei algumas pessoas conhecidas, nada mais.

– Quem diria... Marlene Mckinnon é fã de Candy Crush... – Alguém comentou atrás de mim.

– Sou sim, qual é o proble... Régulo? – Eu perguntei assustada. – O que está fazendo aqui?

– Estou aproveitando o que a festa tem, ué. Meus pais me deram uns dias de folga. – Ele falou se sentando na minha frente. – O que você tem?

– Dor de cabeça. – Eu comentei seca. O que ele quer, afinal de contas?

– É, acho que isso já é meio óbvio. Agora a coincidência maior é que o Sirius também está com dor de cabeça. Isso é o que me surpreende. – Ele comentou sorrindo displicentemente.

– O que você quer aqui? – Eu perguntei tomando um gole de uma bebida. Sim, eu estou tomando uma bebida alcoólica, porque ninguém é de ferro.

– Não deveria estar tomando esse tipo de drinque. – Ele falou praticamente tomando o copo da minha mão. E aquela anta desgramada ainda me faz o favor de cuspir no copo para eu não beber.

– Você é tão chato quanto seu irmão, sabia? – Eu resmunguei guardando meu celular no bolso da jaqueta.

– Acho que não. Pra você somos chatos diferentes. – Ele comentou.

– Como assim?

– Você gosta dele, lerda. – Ele comentou. Ele me chamou de quê?

– Primeiro: Se você me chamar de lerda de novo, eu juro que você não vai viver até o final da noite, e tudo será um acidente. Segundo: Como sabe? – Eu falei calmamente. Só por fora, porque dentro eu senti a bebida revirando meu estômago.

– Ok. Nunca mais te chamo de lerda. Quer mesmo essa resposta? O jeito que vocês se olham, o jeito que ele fala de você pra todos. O jeito que você xinga e amaldiçoa ele... Acho que todo mundo aqui já percebeu. – Ele falou se levantando.

– Se ele gosta de mim, como você falou, por que ele foi um grosso comigo ontem? – Eu perguntei.

– Digamos que nossa mãe não foi uma das pessoas mais atenciosas do mundo com ele ultimamente, nem chegou perto de ser, acho que isso afeta um pouco o jeito dele. E o Sirius sabe ser bem explosivo quando quer, por isso faz luta, pra controlar. Mas parece que as coisas saíram um pouco do controle. – Ele comentou rindo tristemente. Será que ele está mesmo preocupado com o irmão?

– Um pouco? – Eu comentei sarcasticamente.

– Vai por mim, você ainda não viu ele realmente bravo. – Ele falou sério e saiu.

Ui, que saída impactante.

Certo... Agora eu já sei por que ele estava de TPM ontem, e porque ele me bateu, que é a mesma resposta.

E agora? O que eu faço?

Eu resolvi sair de lá. Dorcas e Remo estavam conversando baixinho em um canto, e pelo jeito essa conversa é séria. Frank e Alice devem estar se pegando em um canto. Lily e James sumiram.

Resolvi dar uma olhada no campo de futebol que tem aqui. Tinha percebido que esse lugar e a biblioteca foram os únicos lugares que eu ainda não visitei.

Não sei porque, mas achei que estaria vazio. Mas não estava.

Como o universo conspira contra mim, eu não fiquei muito surpresa.

Havia um cara parado no meio do campo, e ele olhava para o nada. Jaqueta de couro preta, e coturnos marrons. Acho que já deu pra perceber quem é.

Assim que eu abri o portão de ferro que dava acesso ao campo, ele ouviu o barulho e se virou. Me encarou por uns dois segundos, e depois continuou olhando para o nada.

– Sirius. – Eu o chamei e caminhei lentamente em sua direção.

– O que está fazendo aqui? – Ele perguntou não olhando para a minha cara. Eu parei em frente a ele, e ele continuou me evitando.

– Você me deve explicações. – Eu falei séria. – E acho que eu te devo também.

– Minha mãe enchendo o saco. Eu esbarrei em você sem querer. Desculpa. Estou indo embora daqui essa madrugada. Até a escola. – Ele falou se virando e andando em direção ao portão.

Mais explicado que isso impossível.

Se ele acha que vai me deixar aqui sozinha, ele está muito enganado.

E saí correndo na direção dele e pulei nas suas costas.

– Mas o que é isso? – Ele perguntou assustado. Não é pra menos, não é mesmo? – Marlene!

– Você não vai embora. – Eu saí de cima dele. Sim, eu sei, isso foi ridículo. – Não antes de olhar na minha cara. – Eu respirei fundo. – Eu. Você. Arrependimento. Resumi mais rápido, viu? – Eu falei séria, e talvez um pouco desesperada.

Ele me encarou, e um arrepio subiu pela minha espinha. Por que esses malditos olhos azuis tinham que ser tão atraentes?

– Eu não posso fazer isso com você, Lene. – Ele comentou sorrindo tristemente. – Eu sou egoísta, e acho que todo mundo já viu isso. E por eu ser egoísta, eu fiz escolhas ruins, e te machuquei. Você não me merece.

– Não mereço o que? – Eu perguntei confusa.

– Você merece alguém melhor que eu. Alguém que não desconte a raiva em cima de você. Alguém que não faça uma burrada a cada três dias. – Ele sorriu tristemente e saiu. – Eu lamento.

– E quem é você pra decidir o que eu mereço? – Eu perguntei, o fazendo parar. – Eu não lamento. – Eu falei e ele me olhou assustado. – Eu não lamento ter te conhecido, mesmo que isso me tenha feito questionar sobre qualquer coisa. Você realmente tem sido um idiota, um cachorro... Uma pessoa desprezível perto de outras. Você fez todas as escolhas erradas até agora, e eu também! Mas de todas, essa deve ser a pior que eu já fiz... Eu não lamento, porque eu amo você!

Ele ficou me encarando perplexo, mas depois começou a andar em minha direção a passos largos. As de alguma forma, eu não fiquei com medo disso, nem assustada.

Ele só parou de andar, quando os lábios dele encontraram os meus. E eu tinha certeza de que apesar de tudo o que ele já fez pra mim, só com ele que eu me sinto mais... Viva.

E eu amo ele por isso, e o odeio também pelo mesmo motivo.

– Sabe, Mckinnon... Acho que deveríamos sair daqui. Sabe... Está frio... – Ele falou sorrindo de canto enquanto tentava controlar seu fôlego. É, era ele mesmo.

– E para onde? Para Londres de novo? – Eu perguntei enlaçando minhas mãos no seu pescoço.

Ele deu aquela risada latido dele e agarrou a minha cintura, me fazendo ficar á pouquíssimos centímetros de distância da boca dele.

– Pra onde você quiser, morena. – Ele falou sorrindo do jeitinho dele.


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Notas finais do capítulo

Esse, definitivamente, foi um dos melhores capitulo Blackinnon que eu já escrevi, e agora preciso saber da opinião de vocês, meus amores. O que acharam?
Um beijo e até o próximo.