Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 67
Uma Viagem Um Tanto Conturbada


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal!!!
Queria agradecer á todos que comentaram no capitulo passado, e todo mundo quer uma segunda temporada, então eu acho que vou acabar fazendo, se tudo correr bem, claro.
Bem, então... Esse capitulo é um pouco mais longo, e devido a pequenos imprevistos eu vou demorar um pouquinho para postar o próximo, mas juro que não irei demorar.
Bem, quem viu minha foto nova? Alguem? Só passando aqui pra perguntar se vocês gostam de Como Treinar Seu Dragão? Eu AMO esse filme.
E sim, eu sou apaixonada por desenhos animados tanto quanto outros filmes.
Falando em filmes, alguém aí já viu Lucy? Eu adorei esse filme, e sim, eu estou assistindo só agora kkkk
Bem, espero que gostem desse capitulo. Ele é blackinnon, mais ou menos... Eu acho... kkkk
Aproveitem!



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POV Marlene:

– Já estamos chegando, certo? – Eu repetia.

– Lene, já deve ser a décima vez que você me pergunta isso em menos de cinco minutos! – Lilian reclamava do meu lado.

– Mas tá chegando, né?

– Morena, morena... Acabamos de sair de Londres. Daqui a umas duas horas, mais ou menos. – Sirius dizia enquanto dirigia.

– Então, se eu fosse você, não ficava perguntando isso toda hora. – James completou a frase de Sirius.

No Camaro dele estava eu e Lilian no banco de trás, e James e Sirius na frente.

Não tenho culpa se só de ficar naquele carro já pareceu uma eternidade! E não, eu não gosto de viagens longas. Pra mim, Londres, Paris, Nova York e o restante das cidades deveriam estar, no máximo, dez minutos de distância.

Cinco, se for contar a velocidade que o Sirius tá dirigindo esse carro.

– Temos que esperar, então... – Eu disse me encostando no vidro do carro e olhando a paisagem (que era muito bonita, diga-se de passagem) enquanto Lilian colocava seus fones de ouvido. E percebi que James já estava roncando do lado do cachorro, vulgo, Sirius.

Vocês devem estar se perguntando: Se você está odiando ele, porque está no carro que ele?

A resposta é: Lilian.

Ela implorou para que eu ficasse no mesmo carro junto com os dois energúmenos aí.

E eu, como uma boa amiga (ela me ofereceu sorvete) resolvi aceitar.

– Marlene? – Sirius me chamou no banco da frente.

– Que foi, traste? – Eu resmunguei.

– Ainda está brava comigo? – Ele perguntou me olhando pelo retrovisor.

– Eu sempre estou brava com você. – Eu disse encarando a nuca dele.

– Eu lá ia saber que você estava vendo? – Ele resmunou, se referindo ao ultimo “episódio” da grande Odisseia da “vida amorosa” dele.

– Então se eu simplesmente não tivesse visto você iria continuar com aquela palhaçada? Achei que tinha mudado. – Eu disse triste. Olhei para Lilian, para ver se ela estava ouvindo a conversa, mas a musica dela estava tão alta que até eu estava conseguindo ouvir.

E o James roncando mais que o Filtch em dia de detenção. É, isso mesmo. Mas essa história fica pra depois.

– O que te fez pensar que eu mudei? – Ele perguntou com os olhos na estrada, mas mesmo assim percebi que ele estava tenso.

– No dia que eu achei que estava grávida. Achei que você tinha, pelo menos, amadurecido um pouco. O jeito que você me tratou depois disso. Mas como acontece quase sempre, eu estava errada sobre você. – Eu disse procurando meu celular dentro da bolsa.

E nisso começou a chover lá fora, e fazer um pouco de frio, então o Black ligou o ar condicionado.

Olhei pra ele pelo espelho retrovisor. Os cabelos estavam meio molhados, os olhos concentrados na estrada, mas mesmo assim parecia estar em outro mundo. Ele estava muito bonito nesse dia.

E eu definitivamente preciso distrair minha cabeça com outras coisas. Do tipo... Joguinhos do celular.

Candy Crush é muito bom!

Tem doces, e jogos... Tudo ao mesmo tempo... Que lindo.

Por falar em doce... Eu tô com fome.

E não tem nenhuma comida aqui no carro porque “a madame” do Sirius não quer sujar os bancos de couro novos com comida...

Só podia ser o energúmeno aí, mesmo.

Credo, tô falando igual a Lilian.

– Tô com fome. – Eu disse alto o suficiente para a Lily ouvir e o James acordar.

– Por que será que não estou surpresa? – Lily resmungou.

– Você comeu alguma coisa antes de a gente ir viajar? – James perguntou pegando alguma coisa do porta-luvas. – Toma.

Ele me deu uma barra de cereal de chocolate.

– Obrigada, Potter. – Eu disse já abrindo o pacote.

– Ei! Não quero que suje o banco! – O cachorro na minha frente reclamou.

– Eu não vou sujar! – Retruquei.

Existe aquelas pessoas que conseguem te irritar em uma frase só, e essa pessoa é o Sirius.

– Bom mesmo... – Eu o ouvi reclamando, e dei um tapa na cabeça dele. – Doeu!

– Bom mesmo. – Eu disse o provocando.

POV James:

Como esses dois podem ser a alma gêmea um do outro?!

Estão a ponto de se matarem aqui dentro desse carro! E isso tudo por causa de uma barrinha de cereal...

– Você que vai limpar depois! – Ele dizia bravo.

– Eu não vou limpar porque eu não vou sujar, seu imbecil! – Ela retrucava.

– E quem garante?

– A mesma pessoa que garante que eu vou te dar um chute no seu...

– OK, PESSOAL! – Lilian falou mais alto. – Vamos parar em um restaurante, e lá compramos comida, e assim não vamos sujar o precioso banco do Sirius. – Ela disse pegando sua bolsa.

Não é por nada não, mas ela fica linda botando ordem nessa coisa aqui.

– Tudo bem... – Os dois resmungaram.

E essa foi a primeira coisa em que eles concordaram no dia. O que já é um ENORME avanço.

Paramos em uma lanchonete na beira da estrada, e eu vi as meninas descendo do carro e indo para o banheiro.

Nisso eu e Sirius entramos na loja para ver o que iriamos comprar. Pegamos quatro lanches de bacon e quatro latinhas de Coca-Cola. Fomos ao caixa e... Que moça, vou te contar...

Sabe aquelas mulheres que, ao invés de terem seios, tem dois airbags na frente?

– Mais alguma coisa? – Ela perguntou sorrindo para nós dois.

– Nada, docinho... – Sirius respondeu entregando o dinheiro para ela.

O Sirius recusando uma mulher daquelas? E sim, ela estava dando mole pra algum de nos dois. Nenhuma mulher fala “mais alguma coisa”, com aquela cara pra nada.

– Que eficiência, já compraram comida pra nós. – Eu ouvi a voz da Lily atrás de mim. Nos viramos e demos de cara com as duas, uma ruiva sorrindo, e uma amorena nem tão amigável.

– Que bom. – Lene falou. – Passa pra cá! – Ela esticou os braços, mas Sirius não entregou nada pra ela.

Ele não sabe, mas tá brincando com fogo... Recusar dar comida para a Mckinnon quando ela está com fome, e já querendo te matar?

É pedir pra morrer...

– Me dá! Por favor! – Marlene grunhiu.

– E o que eu ganho em troca? – Sirius perguntou com aquela cara de safado.

– Um dia a mais de vida? – Marlene sugeriu.

– Acho que posso arriscar. – Ele disse guardando o salgadinho na mochila.

Pensa em uma cara que faria o Voldemort sair correndo chorando e pedindo colo da mamãe.

Essa foi a cara que a Marlene fez para o Sirius. E ele não fez nada, continuou lá, sorrindo.

Deve ser por isso que um gosta do outro, um consegue aturar o outro.

Ela se aproximou do Sirius e deu um soco no ombro dele, e ele fez uma careta.

– Eu te odeio, Sirius! – Ela disse brava e foi em direção ao carro. E eu tenho certeza que ela não está assim só por causa do lanche.

– Por que fez isso? – Lilian perguntou para Sirius. – Ela quer te matar.

– Queria saber o quanto ela estava brava comigo. – Ele disse abrindo sua latinha de refrigerante.

– E sabe agora? – A ruiva perguntou.

– Sei. – No momento que ele abriu a latinha, a espuma do refrigerante saiu com muita e molhou um pouco a camiseta dele. – Ela tá MUITO brava.

– Vamos terminar de comer e continuar a viagem. – Eu disse me sentando na beira da estrada e dando a primeira mordida no meu lanche, ignorando que tem uma garota assassina dentro do carro, tacando todas as pragas existentes no mundo para meu melhor amigo.

POV Remo:

– Onde será que eles estão? – Dorcas perguntava para mim pela milésima vez só hoje.

– Calma, Dorc’s. Eles já estão chegando. Só está demorando mais porque eles resolveram parar para comer. – Eu disse acariciando sua cabeça, enquanto ela se encostava no meu peito.

– Estou preocupada. O clima não está ajudando muito... – Ela disse apreensiva.

E não estava mesmo. O céu estava nublado, mas para o horizonte, bem longe dali, uma nuvem gigante escura vinha pra cá, e relampeava bastante. Aliás, nem sei porque resolvemos vir pra cá justo nessa época do ano...

Estávamos na recepção pegando as chaves do nosso apartamento. Cada um ficou com um, mas Dorcas queria dormir junto comigo. E não, não é isso que estão pensando seus pervertidos. Na verdade, só em parte. Dorcas tem medo de trovões e tal, então se chover a noite, ela dorme no meu quarto.

Mas não quer dizer que eu não tente nada.

Eu já tinha vindo nessa fazenda há uns cinco anos atrás, no primeiro ano em que o Sirius foi morar com os Potter. E sim, Sirius é o mais velho de todos nós (fisicamente, claro. Porque mentalmente...). Ele fez dezessete em 18 de junho.

Mas ele, apesar de não parecer, não gosta daquelas festas de aniversário extravagantes. Ele prefere viajar, ou ficar um tempo sozinho com o seu violão. É, parece mentira, mas não é.

O James sim gosta de fazer festas.

Só esse ano que ele não fez, porque a tia Dorea estava meio doente, então ele achou melhor pular esse ano. Ou seja, ano que vem vai ser A festa, se eu o conheço bem.

Mas voltando...

Eu tinha vindo aqui há um tempo atrás para aprender a andar de cavalo. E não consegui.

E sim, eu tenho medo de cavalos.

E não, eu não sou o único, Pedro também não gosta. Aliás, o Pedro não gosta de gatos, cavalos, coelhos, fuinhas, gafanhotos, sapos, escorpiões, baleias, tubarões e elefantes. Não me pergunte o porquê de tudo isso. Ele só não gosta.

Eu posso montar em um cavalo tranquilamente, desde que ele seja MUITO manso. E mesmo assim não me sinto totalmente confortável. Quando eu vim aqui há um tempo, eu vi uma garotinha levar um coice de cavalo, deve ser aí que eu comecei a ficar meio com medo.

Dorcas não sabe disso. Então... Vai ser complicado tentar explicar pra ela que eu não quero andar de cavalo, enquanto esse hotel fazenda tem SEIS estábulos lotados de cavalo. Se bobear você acha até o Blackjack aí, de tanto cavalo que tem. (Fãs de Percy Jackson entenderam).

Quando você fala hotel, você pensa em um prédio normal, de seis andares, talvez, parecendo com um de uma cidade. Mas isso daqui não é bem assim.

Tem três andares, e a construção é muito comprida, ou seja, tem espaço pra todo mundo. E tudo é meio rústico na decoração. A maioria das coisas são feitas de madeira ou ferro, e várias decorações são com temas de florestas e animais. É bem legal pra quem gosta disso.

Eu e as meninas ficaremos no terceiro andar, mas em quartos separados. Exceto eu e a Dorcas. E James e Sirius no mesmo andar, nas suítes presidenciais. Privilégio de ser filho, e meio filho, dos donos disso daqui.

Mas se o plano da Dorcas e do James der certo, duvido que as meninas vão dormir no quarto delas a partir de amanha.

E esse é o problema, o plano tem tudo para dar errado. Mas eles estão confiantes que vai dar tudo impecavelmente certo.

E eu, como um bom namorado, não questiono. Até porque seria besteira, já que a Dorcas pode fazer greve de alguma coisa comigo.

– Acha que esse tal plano vai dar certo, amor? – Eu perguntei para Dorcas.

– Têm que dar certo, Rem. Não pode falhar. Se não der, não vou conseguir consolar as duas, não do jeito que eu acho que elas vão ficar. – Ela disse preocupada. Aliás, percebi que Dorcas estava bem tensa desde que chegamos aqui.

Eu ia falar alguma coisa, mas alguém me interrompeu.

– Oi. – Lilian falou atrás de mim.

– Lily! – Dorcas a abraçou, e depois abraçou Marlene, que estava atrás da ruiva.

– Oi, Remo. – As duas disseram juntas.

– Olá, meninas. Onde estão o Pontas e o Almofadinhas?

– Desculpe, quem? – Lilian perguntou divertida.

– O James e o Sirius. – Eu expliquei para elas.

Já contamos sobre nossos apelidos, mas elas nunca decoram. Deve ser porque contamos por cima. Pra continuar sendo uma coisa só nossa.

– Eles estão pegando as malas. – Marlene disse sorrindo maliciosamente, o que me assustou um pouco.

– O que realmente aconteceu, meninas? – Dorcas perguntou segurando o riso.

– Marlene. Fome. Lanche. Briga entre ela e Sirius. Ele pedindo desculpas. Ela aceitando com uma condição: Que eles sejam nossos mordomos o resto do dia. – Lilian tentou resumir o máximo que pode.

Essa me pegou de surpresa.

– Enfim... Já pegaram as chaves do apartamento de vocês? – Lilian perguntou para mim e para Dorcas.

– Sim. As suas estão aqui. – Dorcas entregou duas chaves para cada uma das meninas.

– Obrigada. – Lily agradeceu.

Assim que as duas subiram, James e Sirius chegaram carregando as malas. E eles estavam muito suados, e com uma cara mais amarrada que o outro.

– Eu não tenho nada a ver com você e com a Mckinnon, e eu tenho que ser o “mordomo” também?! – James reclamava.

– Alguém já te pediu pra calar a boca hoje, Pontas? – Sirius retrucou.

– Vamos arrumar as malas e deixar as velhinhas discutindo. – Dorcas sussurrou no meu ouvido.

– Ok. – Eu disse pegando a minha mala e ela a dela. Ela não quis que eu a ajudasse, não me pergunte por que.

Assim que chegamos no nosso quarto, desfazemos as malas.

Até que parecia ser confortável para passar uns dias...

O legal, é que os quartos são com decorações diferentes... James e Sirius me disseram isso. Dorea e Charlus não gostam das coisas totalmente “iguais”, então decidiram fazer isso.

Bem, eu gostei do meu.

Eu e a Dorcas começamos e desfazer nossas malas, um em cada lado da cama. E eu acabei me distraindo com um quadro que tinha no canto da parede.

Era um navio em um porto, e um monte de gente desembarcando, todas felizes. E eu pensei no meu pai, ele gostava que eu ficasse esperando ele quando o navio dele voltasse de viagem.

Tenho que parar com essa nostalgia.

Fui forçado a voltar para “o mundo real”, quando sinto duas mãos acariciando meu cabelo atrás de mim.

– Eu estou te chamando faz uns quarenta segundos, Remo. Aconteceu alguma coisa? – Ela perguntou e eu a encarei.

Eu perdi meu pai, ela não. Não vou fazer o final de semana dela ruim só porque me bateu uma nostalgia básica.

– Nada. – Eu disse e a beijei. – Vamos terminar de desfazer as malas e andar por aí.

– Tudo bem. – Mas amanha vamos andar de cavalo, certo?

– Ahn... Certo. – Eu disse nervoso.

– Vai ser um bom final de semana. – Ela disse sorrindo daquele jeito que eu amo.

Eu iria falar alguma coisa, mas um grito me interrompeu:

– EU ESTOU TROCANDO DE ROUPA, POTTER! NÃO ENTRA SE NÃO QUISER MORRER!

– Correção... – Dorcas falou rindo. – Vai ser um bom e longo final de semana.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Até o próximo!
Beijos!



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