Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 63
Um Sábado Quase Normal


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente!
Bem, é esse o capitulo que fala se a Mary está realmente grávida ou não. E um pouquinho de Blackinnon no final.
Pra quem gosta de ler ouvindo música, na parte do Sirius e da Marlene eu recomendo ouvirem Take a Bow, da Rihanna. Que inclusive, tem um trecho do refrão no começo. Eu achei que essa musica meio que "representou" esse capitulo, se é que posso falar assim.
Quem aqui já assistiu A Teoria De Tudo?
É simplesmente perfeito, e eu recomendo.
Eu também assisti Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet. E gostei. Só achei o final meio... uau. Mas os filmes do Tim Burton tem isso não é mesmo?
Bem, se quiserem me recomendar filmes, eu fico feliz, já que nessas férias eu estou com um tédio de dar dó em qualquer um.
Me falaram sobre Jily. E o próximo é TOTALMENTE Jily. Com dois POV's da Lily e do James. E não, eles não vão brigar. Não diretamente.
É o de sempre, dependendo do número de comentários neste capitulo, o próximo pode sair mais rápido que o esperado.
Espero que gostem deste.



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"Mas você dá mesmo um show. Você realmente me teve. Mas agora é hora de ir. A cortina está finalmente fechando. Aquilo foi um belo show. Muito divertido. Mas acabou agora. Continue e curve-se em agradecimento."

– Take a Bow (Rihanna)

POV Mary:

Se você pensa que a sua vida está uma bagunça, isso porque eu ainda não te contei da minha.

Eu estou grávida.

Minha mãe sabe, e eu estou prestes a contar isso para o meu pai. Com o Pedro.

E sem contar que meu pai guarda um rifle embaixo da cama… Ele meio que é um oficial do Exército Britânico.

Não vamos apelar para a violência, não é mesmo?

– Filha… - Meu pai já estava impaciente. Lá estávamos nós três, sentados no sofá do nosso apartamento. - Eu tenho que viajar para a Rússia ainda hoje. Pode falar o que tem para me falar mais rápido, querida? - Ele perguntou para mim.

– Ahn… Pai… - Uma perguntinha…

Como você conta para o seu pai que está gravida, sem que ele tenha um ataque do coração, ou que não tente matar o pai do meu filho?

– Eu… - Ele me incentivou sorrindo de canto.

– Aconteceu umas coisas… Pai, eu estou grávida. - Finalmente eu criei coragem e disse.

Ele me encarou, como se ainda estivesse processando a ideia. E depois olhou para Pedro, como se estivesse escolhendo qual seria a forma mais dolorosa de mata-lo agora.

– E-Eu vou ser avô? - Ele perguntou mais sério e me encarando, com as bochechas ficando levemente vermelhas.

Eu estava literalmente com o coração na boca. Eu estava prestes a vomitar ali no carpete da sala mesmo.

Ele ainda me analisava, mas agora com certo espanto… E eu sentia meu almoço de sábado se revirando na minha barriga.

– Pai…? - Eu o chamei, mas ele encarava Pedro. E o dito cujo estava mais branco que tudo.

– Eu não acredito nisso! - Ele se levantou bruscamente.

POV Pedro:

Ai meu Senhor amado!

Dai-me sorte agora.

Receba minha alma, Senhor!

Tudo isso passava na minha mente enquanto o pai da Mary se aproximava de nós dois.

Já comentei que ele tem uns dois metros de altura, e tem o peso de todos Os Marotos juntos e mais um pouco?

Digamos que se fosse para comparar, o Hulk perderia feio uma queda de braço com ele.

O BRAÇO DELE É MAIOR QUE A MINHA CABEÇA!

Ok, eu exagerei. Um pouquinho só.

Era uma vez um garoto chamado Pedro…

Primeiro eu descubro que vou ser pai. Agora descubro que a Mary vai ficar viúva antes da hora.

– Espero que entenda que é VOCÊ que vai cuidar desse bebê. - Ele disse praticamente enfiando o dedo dele na minha cara. – Aliás, dos dois.

– Pai! – Mary protestou.

– Claro, senhor. - Eu disse numa formalidade que só faltava eu bater continência para ele.

– Mary, sua mãe sabe disso? - Ele se virou para ela, que concordou com um leve aceno de cabeça. Digamos que eu acho que ela não estava se sentindo muito bem. - Eu… - Antes de ele terminar de falar, o telefone dele tocou, e ele só viu o número no visor. - Vamos conversar sobre isso mais tarde. Tenho que trabalhar agora. - Ele deu um beijo na testa da Mary e me encarou. – E você... Vamos ter uma conversa mais tarde, de homem pra homem.

Depois que ele foi embora, Mary se virou pra mim e suspirou aliviada.

– Pelo menos ele já sabe. - Ela disse me abraçando.

– Você está bem? - Eu perguntei para ela, que estava mais branca que o normal.

– Eu… - Ela não terminou de responder e correu para o banheiro.

– Você já foi ao médico ver o que é essa ânsia de vomito toda hora? - Eu perguntei me escorando na porta do banheiro.

– Vou essa semana. - Ela gritou de lá de dentro. - Vou pedir pra Marlene me levar. - Ela saiu do banheiro.

– Por que eu não te levo? - Eu perguntei indignado.

O filho é meu e eu não posso ir ver como ele está?

Até que não está sendo muito difícil ter sentimentos paternais por alguma coisa eu está na barriga da minha namorada.

– Você tem treino para o jogo de semana que vem, esqueceu? - Ela falou sorrindo para mim. - Fiquei surpresa de como você aceitou bem ser pai. - Ela falou indo para a cozinha encher o estômago de novo.

Todo dia era assim. Ela comia como se não houvesse amanha, e depois colocava tudo pra fora de uma vez só.

– Digamos que eu não me assustei muito, porque eu já estava pensando nessa hipótese.

– De eu ficar gravida aos dezesseis? - Ela perguntou com a boca cheia de chantilly.

– Não, boba. De ter um filho com você. Sei que veio muito antes que o previsto… Mas não vai ser ruim.

É isso que eu tento colocar na minha cabeça todos os dias.

POV Marlene:

– Homens são os seres mais imbecis que existem! - Eu gritava para minha batata frita. E como ela não respondia nada, eu só comia ela mesmo. Sem malicia.

Lá estava eu, diva como sempre, ou quase, sentada com um pote de sorvete em uma mão, e com batatas fritas na outra, assistindo The Big Bang Theory.

Um sábado normal.

Se não fosse por um pensamento santo que eu tenho: Quero esfolar a cara do Black no asfalto.

De novo ele deu uma mancada comigo. Já estou cansada. Ninguém merece ser esculachada pela… Terceira ou quarta vez seguida.

Ele me mandara uma mensagem pelo computador como se nada tivesse acontecido. Como se ele estivesse rezando com aquela égua de cabelo seco dentro daquela sala de aula vazia.

Homens não prestam, nunca prestaram, e provavelmente nunca vão prestar iguais antigamente. E eu estou parecendo minha vó falando, mas tudo bem.

Decidi que TBBT já estava de bom tamanho e resolvi pedir uma pizza. Sim, eu como pizza às três horas da tarde de um sábado “super animado”.

Depois de pedir uma mini pizza de calabresa, eu subi para o meu quarto e fiquei vendo minha caixa de e-mails, enquanto tentava ignorar as tentativas vãs do Black conversar comigo pelo chat.

Eu nunca fui de ignorar pessoas, mas o Sirius sempre foi uma exceção para mim. E eu ainda não sei o que eu vi nele por trás daqueles olhos azuis, daquela pele morena, e daquele tanquinho.

Certo…

Umas cinco mensagens era da Lily.

Lily: Pq não responde minhas mensagens sua vaca? Beijos.

É muito amor…

E tinha mais algumas:

Sirius: Oi.

Ben: Tem uma festa perto do bairro onde eu moro, topa hoje á noite?

Sirius: Oie.

Dorcas: Responde as mensagens da Lil’s pelo amor de Deus?? Ela ta quase tendo um troço aqui do meu lado achando que você morreu.

Sirius: Vai me ignorar? É isso?

James: Fala morena!! ;)

Sirius: Posso fazer isso o dia todo, morena.

Molly: Leneee!!! Preciso de ajudar no clube de Vôlei. Help me?

Sirius: Ôôôôôô Marleneeee

Ai como se já não bastasse a encheção de saco do Sirius, ele ainda me inventa de mandar isso:

Sirius:

M

A

R

L

E

N

E

E com isso meu notebook ficou apitando toda hora.

E eu resolvi atender as preces da criatura logo.

Lene diz: N vê q não quero falar com vc?

Sirius diz: Mas EU preciso falar com você.

Lene diz: Sinto muito mas perdeu sua viagem. Aposto que têm varias meninas querendo “falar” com vc.

E depois dessa eu fechei minha caixa de e-mails. Agora o Sirius podia esgoelar o tanto que ele quisesse, que eu não tô nem aí.

Estava lá, usando minha Camisola da Depressão, que na verdade era uma camiseta velha do meu irmão, quando a campainha toca.

E eu não vou trocar de roupa para atender. Se a pessoa quer me ver, ela que me veja desse jeito. E sim, a Vivian e o meu irmão saíram com o meu sobrinho para fazer compras.

Enfim…

Mas a pessoa que estava em minha porta, era a ultima pessoa que eu esperava ver na minha vida. Ou nem tanto assim.

– Sai daqui! - Eu disse fechando a porta na cara dele, mas não deu muito certo, já que ele a segurou.

– Eu preciso falar com você! - Ele gritava.

– Eu não posso falar com você! - Eu disse tentando (em vão) fechar a porta.

– Lene… - Ele disse soltando a porta bruscamente e eu só ouvi um BLAM.

Eu estava sozinha de novo. Que bom…

Antes fosse.

O telefone do apartamento tocou, e era o cara da pizza, dizendo que em cinco minutos iria bater na minha porta.

Cinco minutos depois, a campainha tocou e eu atendi, crente de que era o entregador de pizza.

– Ah, pizza. Adoro. - Sirius disse praticamente voando para dentro da sala com a pizza nas mãos.

Uma raiva subiu. Quem ele pensa que é? Que sou mais uma das amiguinhas dele, que vai concordar em tudo que ele fizer?

– Vai. Embora. - Eu grunhi, mas ele estava mais interessado na pizza do que o que eu estava falando.

– Disse que precisamos conversar, morena. - Ele disse se estirando no sofá com um pedaço de pizza de calabresa nas mãos.

– Não sou sua morena. E… O que temos para conversar? Nada. - Eu disse séria. Mas era muito difícil ficar com raiva daquele par de olhos azuis.

Foco, Marlene!

– Temos sim. - Ele disse imitando uma criança birrenta. - Você me deve explicações.

– Eu? Explicações? - Disse assustada.

– Sim. Somos APENAS amigos. Por que tudo entre nós mudou, de novo, só porque me viu com outra garota?

– Eu achava que você realmente havia mudado de um cachorro sem vergonha, pra um cachorro nem tão sem vergonha assim. E… Sinceramente, na escola, Sirius? Justo na escola? - Eu disse magoada.

– Marlene… Eu… Você anda com aqueles garotos da Corvinal para me provocar que eu sei. - Ele me encara e eu sinto um arrepio. Ele consegue mesmo me provocar. - E não venha me falar que não.

– Sirius… - Eu andei rapidamente até ele, que acabou se assustando e andando para trás, saindo do apartamento e ficando no corredor do prédio. - Mas eu não transo com eles, muito menos na escola! E… Se você não sente nada por ninguém, não há motivo para ficar preocupado com o que eu faço ou deixo de fazer. Ao contrário de mim, que achava que você tinha virado uma pessoa... Melhor. Pelo visto eu estava enganada. – Meu olhos começaram a arder. – Você nunca vai mudar, por nada, nem ninguém. - E fechei a porta na cara dele.

Mas continuei ali, vendo sua sombra embaixo da porta. Ele ficou parado por alguns segundos, e depois saiu andando.

– Idiota… - Murmurei. - Por que tem que ser tão idiota? - Eu falei me sentando no chão e me permitindo que algumas lágrimas caíssem.

POV Sirius:

Sabe… Quando as pessoas dizem que o amor dói, eu nunca entendi. E nunca entendo, já que eu não gosto muito de sentir esse tipo de afeto por ninguém.

Mas eu juro por Deus que senti um aperto no peito quando vi a Lene naquele estado.

Ela não está doente, nem nada. Mas… Ela está realmente mal. Os olhos dela, apesar de negros, estavam sem vida. Como se um dementador acabasse de sugar a alegria dela.

E o pior é que eu não consigo entender o porquê de ela estar tão brava assim comigo. Eu fiquei com uma menina na escola sim. Mas o que ela tem a ver com isso?

Aliás, por que ela está se importando tanto com o que eu faço?

Somos amigos, e ela deixou bem claro isso. Mas agora… Parece que tudo mudou.

Aí eu percebi que ainda estava parado em frente a porta do apartamento dela. Saí e fui até a rua, onde estava estacionado meu carro. Dei partida e fui para casa.

Não peguei nenhum tipo de atalho, pensando em distrair minha cabeça com músicas e com o trânsito.

Mas não adiantou muita coisa. Ela praticamente não saia da minha cabeça.

– O que eu faço com você? - Me perguntei enquanto esperava o sinal vermelho ficar verde.

Me lembrei dos nossos passeios, das nossas noites juntos… Tempo bom…

Sirius nostálgico não vemos sempre, não é mesmo?

– James? Dorea? Charlus? - Eu perguntei assim que cheguei em casa e nenhum respondeu.

Fui até a cozinha arrumar alguma coisa para comer e vejo um bilhete.

Sirius,

Eu e Charlus saímos para comprar móveis novos para nossa casa de praia na Califórnia. E James saiu para ajudar uma amiga nos estudos.

NEM PENSE EM TRAZER MENINAS PRA CASA. E TRATE JÁ DE LIMPAR AQUELE QUARTO!

Beijinhos, Dorea.

– Não vão voltar tão cedo. - Eu disse sorrindo desanimado para Gaia, que me olhava com a cabeça inclinada.

Me sentei no sofá da sala e tentei achar algum canal que preste… Mas por fim deixei em um canal que falava só sobre natureza e comecei a me concentrar mais na comida.

O que a Marlene me falou… Foi estranho o que eu senti depois disso. É como se ela tivesse tocado em alguma ferida, ou coisa do tipo.

– Bem... O que eu faço com você, Lene? – Eu disse sorrindo sem graça. Achando que a Gaia era a Lene. E claro que não deu certo. E eu tenho que parar de falar sozinho.

No fundo de tudo, eu sabia o que eu deveria fazer, e eu iria, pode ter certeza.


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Notas finais do capítulo

Bem, e aí, o que acharam? Quero opiniões.
Beijos e até o próximo.
;)



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