Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 62
Idiot


Notas iniciais do capítulo

Oie gente
Eu atrasei mais que o previsto não é mesmo? Bem, aconteceram algumas coisas não muito legais aqui em casa, e eu fiquei sem inspiração para terminar esse capitulo. Me desculpe por isso.
Esse capitulo é Blackinnon, como um pedido de desculpas.
Acho que postarei um antes do Natal, mas não tenho certeza se vai dar tempo... Mas mesmo assim, um bom Natal pra todos vocês, que ganhem muitos presentes, e que sejam felizes.
Eu acho que essa frase no começo tem muito a ver com o Sirius e com a Marlene. Acho que descreve os dois muito bem, pelo menos nessa fanfic.
E a Mary, não e mesmo? Bem, vou deixar a grande descoberta para o próximo capitulo, fazer um suspense de vez em quando é bom kkkkk
Beijos e aproveitem



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“Ela era do tipo que se machucava por qualquer besteira. Ele era do tipo que fazia muitas besteiras.”

POV Lilian:

– Dorcas… Eu já disse, não estou interessada no papel de Julieta. Eu tenho medo de palco, se esqueceu? - Eu disse enquanto tentávamos achar um bom lugar no pátio da Grifinória para nos sentar.

– Lily… - Dorcas começou. - Você é perfeita para o papel. E, sinceramente, de tanto assistir os filmes você já deve saber as falas de cor e salteado.

Ela está querendo que eu faça o teste desde ontem à noite. Não sei por que, afinal, eu sou péssima atuando.

– Tem muita, mas muita gente melhor do que eu nisso, Dorcas. Sinto muito, mas eu não vou conseguir ser uma boa Julieta. Não agora. - Eu falei me sentando embaixo de uma arvore e abrindo meu livro.

– Olá, meninas. - Molly veio até nós. - Já ficaram sabendo que os testes vão ser semana que vem? Já estão distribuindo os papeis.

– Que legal. - Eu disse.

Queria participar da peça. Mas… Eu queria fazer um papel não muito chamativo, tipo alguma figurante que só fica andando pelo cenário ou alguma coisa do tipo.

– Precisamos ir pegar algum papel, antes que não sobre mais nenhum. - Dorcas se levantou alegre. Mas alguém a empurrou e ela acabou caindo de novo no chão.

– Você está bem? - Eu perguntei para ela, e ela disse que sim. - Ficou maluca?!

– Eu? - Maggie fingiu desentendimento. - Imagina. Meadowes deve estar acostumada a cair. Espero que não queiram pegar o papel principal da peça, queridas, porque ela já tem dono. - Ela saiu rebolando, e atraindo olhares de vários garotos.

– Garota estúpida. - Dorcas resmungou. - Acho que torci meu pé. - Ela disse resmungando, mas mesmo assim se levantou.

– Eu te ajudo. Vamos pra enfermaria?

– Nem pensar! Não aguento mais ir pra lá. Quase depois de todo treino que o Remo tem, ele sempre vai lá por causa de algum machucado. Já estou enjoada daquele lugar.

Isso me fez rir. Não sei porque, mas fez.

– Já percebeu que depois que começamos a conhecer os Marotos melhor, esse tipo de coisa só acontece com a gente? - Eu perguntei andando lentamente do lado dela, e a amparando de vez em quando.

– Nem me fale. Mas quer saber de uma coisa, não me arrependo da escolha que fiz. - Ela falou sorrindo. Assim que entramos no prédio, encontramos Sirius, James e Remo conversando em um dos corredores. E eu peguei um pouco da conversa.

– Você recusou o convite de duas líderes de torcida só hoje. O que aconteceu com o famoso Sirius? - James brincava, mas Sirius parecia não achar graça.

– Eu não estou com ânimo hoje, pessoal. Só isso. - Ele desviara o olhar, ou seja, assunto encerrado.

– Dorcas, o que aconteceu? - Remo perguntou ao ver sua namorada mancando.

– Uma idiota me empurrou. - Ela disse sorrindo sem graça. - Mas eu estou bem.

– Oi, Lily. - Os três me cumprimentaram depois da explicação de Dorcas.

– Olá, meninos. - Eu disse sorridente.

– Ahn, eu tenho que... Resolver algumas coisas. - Sirius inventou uma desculpa e saiu correndo.

– Dorcas, vamos procurar alguma coisa pra você apoiar esse pé. - Remo falou levando Dorcas com ele.

Um silêncio tomou conta daquele corredor. E quando eu vi, estava apenas eu e James lá.

É, o futuro está conspirando contra mim.

Depois daquela “discussão” com o Snape, James ficou mais distante de mim. Não que eu me importe muito, mas, eu estou preocupada com ele.

– James, podemos conversar? - Eu perguntei sorrindo para ele.

Por onde eu iria começar? E, afinal de contas, o que eu tinha de tão importante pra falar com ele?

Essa minha boca que não sabe ficar quieta um dia vai me ferrar…

Ele me encarou, como se ainda estivesse pensando no assunto, depois sorriu... Com aquele sorriso.

– Claro, Lil’s. – Ele me ofereceu o seu braço e eu o segurei.

Andamos até o jardim da escola.

– Então... – Eu comecei, e senti que a minha voz começava a falhar.

– Queria me falar alguma coisa? – Ele perguntou olhando para o nada.

– Sim. Na verdade... – Anda Lilian! Inventa um assunto. – Eu queria saber se você não quer ir comigo comprar livros? – Eu sorri sem graça.

Nossa, eu sou muito criativa.

Só que nunca!

– Está bem. Te vejo aqui no final da aula então, pode ser? – Ele perguntou me encarando, e por um momento minhas pernas bambearam.

O que está acontecendo aqui?

Por que eu estou assim?

Credo. Isso é estranho, não recomendo a ninguém.

Quando eu vi, James já estava entrando de volta na escola, e eu estava olhando para o nada, feito uma boba.

Bem, eu preciso contar isso pra alguém. E agora. E eu já sei quem vai ser minha psicóloga por um dia.

Saí procurando por Marlene, e como sempre, todo lugar que eu vou, a morena não está lá.

Ô vida...

Fui encontrar ela no final do corredor da Corvinal, ela estava olhando dentro de uma sala, e parece que ela não estava gostando muito do que estava vendo.

– Marlene! Finalmente eu te achei! – Eu falei sorrindo e fui para ela, um pouquinho mais nervosa do que o normal.

Mas antes que eu chegasse mais perto dela, e falasse mais alguma coisa, ela colocou seu dedo na frente da boca, pedindo silêncio. E quando ela me olhou, eu percebi que estava com os olhos cheios de água.

– Mas o q...? – Eu comecei a perguntar e fui caminhando até ela, mas ela foi se afastando lentamente, até que percebeu que já andou longe o bastante e começou a correr.

Eu olhei curiosa para ver o que ela tinha visto, e isso realmente me deixou espantada.

E eu que pensava que ele tinha mudado alguma coisa...

Sirius Black.

Emmeline Vance.

Em cima de uma mesa.

Fazendo certas coisas, que em uma escola de respeito como Hogwarts, não se deveria fazer.

– Black... – Emmeline gemeu, e eu percebi que ela viu minha presença.

–Ahn...? – Sirius se virou. Sorte minha que eles ainda não tinham começado a tirar toda a roupa.

Emmeline estava só de sutiã e saia, e duvido que ela esteja de calcinha.

Sirius estava sem camisa e com a calça desabotoada.

– Lilian? – Ele parecia não estar vendo o que realmente estava.

Como ele pode fazer isso com a Marlene?

– Eu não acredito que você foi capaz de fazer isso. – Eu falei séria.

– Fui capaz, de que? Eu estou solteiro. Livre. – Ele falou, mas parece que ele estava tentando mais se convencer do que convencer a mim.

– Pois é. Mas você é tão idiota, mas tão idiota, que consegue fazer a Marlene chorar, por um cara que não dá a mínima pra ela. – Eu falei e fui embora.

Precisava achar a Marlene, nesse momento, eu acho que ela está precisando mais de mim do que eu dela.

Assim que cheguei ao corredor da Grifinória, eu senti uma mão puxando meu braço.

– Como assim a fazer chorar? – Era Sirius. Ele ainda estava desarrumado, como se tivesse colocado a camiseta o mais rápido que pode.

– Eu não deveria ter falado isso. – Eu falei. Marlene vai me matar...

Digamos que ela é durona, e odeia que os outros fiquem sabendo dos sentimentos dela. E muito menos que os outros falem dos sentimentos dela para outras pessoas.

– Lilian... – Sirius pareceu impaciente.

– Sirius! Se você se importasse tanto com a Lene, não transaria com a Vance, pelo menos não na cara dela! – Eu me soltei dele e fui para o banheiro feminino.

Eu encontrei a maioria dos boxes vazios. Apenas o último estava ocupado.

Típico dela.

– Marlene... – Eu falei parando em frente a boxe. – Sou eu a Lily, sua melhor amiga.

Silêncio total.

– Lene? – Eu a chamei. – Não se faça de durona comigo, que isso não funciona, e você sabe disso.

Se passou alguns segundos e eu ouvi a porta se destrancar. Eu pensei que a Marlene iria sair dali gritando e xingando meio mundo. Mas não, ela estava de cabeça baixa, com mechas de cabelo tampando maior parte do rosto.

Estava uma típica Samara da vida.

– Sabe aquele abraço? Eu acho que preciso dele agora. - E me abraçou tão forte que nós duas nos ajoelhamos no chão.

– Lene, não importa o q eu diga, você não vai me ouvir, não é mesmo? - Eu perguntei enquanto ela me abraçava.

– Não. - Ela disse se afastando de mim e colocando o cabelo para trás do rosto. Os olhos estavam molhados, mas não chegaram a ficar inchados. - Ele é um idiota. E eu também.

– Não é hora pra ficar se lamentando Mckinnon. - Eu falei séria e ela me encarou, e já não chorava mais.

– Vamos pra aula. - Ela falou se levantando e limpando o rosto. - Lily… Nada disso aconteceu. - Ela falou e assim que lavou o rosto colocou um batom e arrumou os cabelos.

Marlene nunca fora de se arrumar muito, mas digamos que ela está se cuidando mais de uns dias pra cá.

– Ca-ham. - Alguém atraiu nossa atenção na porta do banheiro. Eu até acharia isso normal, mas era um garoto. Um certo garoto.

– Não pode entrar aqui. - Eu falei séria, mas Marlene não tirou o foco dos seus cabelos. Como se o Sirius não estivesse lá.

– Lilian, já fiz tanta coisa, acho que entrar no banheiro feminino sem autorização não é um dos meus maiores problemas. - Ele falou se encostando na parede do banheiro.

– Sabemos muito bem o que você anda fazendo, Sirius. Agora, se você me der licença, temos uma aula pra ir. - Eu falei saindo do banheiro.

– Você vai. Mas eu e a Marlene precisamos conversar. - Ele disse serio e encarou o rosto da minha amiga através do espelho.

POV autora:

Lilian, com muito custo, saiu do banheiro sem a amiga.

– Bem… - Sirius começou, mas ele não sabia bem ao certo o que falar na frente dela.

Marlene estava triste, por sua causa. Mesmo que por uma causa sem motivo algum, mas estava.

Ele nem sabia o que estava fazendo ali, já que ela mesma garantiu de que seriam apenas amigos.

Amigos podem ficar com outras pessoas, não podem?

– Tenho que ir pra aula, se não for falar nada. - Marlene falou passando do lado dele e saindo do banheiro.

Ela estava estranha, se sentia estranha. Como se alguma alegria que estivesse dentro dela simplesmente saiu.

– Olha, não sei por que raio de motivo você está triste, mas isso não é motivo pra me ignorar. Somos só amigos, se lembra disso? - Sirius falou a acompanhando. E ele deveria ter ficado calado.

– Se eu me lembro? - Ela se virou, e já não estava mais chorando. - Eu me lembro sim, Black. E é por isso que eu estou assim! Estou com raiva! De mim mesma! Sou uma idiota que achava que você tinha mudado pelo menos um pouquinho! - Ela gritou com ele.

– Eu… - Na verdade, ele não sabia como explicar o motivo por ele ter feito isso com ela, mas não saía nada. Mas, como sempre, um Black nunca dá o braço a torcer.

– Você o quê, Sirius? - Ela pareceu mais calma, mas mesmo assim magoada. - Não precisa se explicar. - Ela se virou para a porta e saiu. - Você não me deve explicações.

Sirius se virou, e se olhou no espelho.

– É, Sirius. Agora você é um idiota completo.


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Notas finais do capítulo

Tadinha da Lene
Ou tadinho do Sirius?
Acho que ele não merece muita pena. Mas mesmo assim...
Bem, me contem o que acharam. Beijos, e até a próxima.