Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 54
Ao Som de The Beatles


Notas iniciais do capítulo

OIe pessoas!!!!
Se não gostaram do titulo, podem falar e dar suas opinioes, não estou muito criativa hoje...
Depois de inúmeras ameaças de morte, tortura, mutilação e enforcamento que recebi, eu finalmente postei esse capitulo.
E não quero ver ninguém reclamando aqui!
Esse capitulo temos direito a.... Frase de efeito no começo.
Foto no final.
E capa nova da fic!!!!!
Quem gostou comenta, okay?
Queria agradecer DEMAIS a RoseMarauder14002 que recomendou.
Eu fiquei muito feliz, esse capitulo é pra ti.
Gente... Estou precisando ver filmes... De novo.
Algumas sugestões de filmes BONS nos comentários?
Eu tenho uma sugestão para quem está precisando. Assisti Guardiões da Galáxia e AMEI. Eu adorei mesmo!
Espero que aproveitem.
Beijinhos!!!



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“ Eles brigam o dia todo, a noite toda. Vivem se provocando de inúmeras maneiras. Ele odeia ela, ela odeia ele. Mas no fundo, os dois sabem que são loucos um pelo outro, e que não durariam uma semana se ficarem separados.”

POV Marlene:

Todos saíram de perto da piscina e entraram na casa. Ninguém se atreveu a ficar perto. E dou motivos para elas.

Ele se levantou e ficou olhando para a piscina.

Queria saber o que estava se passando em sua cabeça, apesar de eu ter uma ideia do que seja.

– Você não ia me contar, ia? – Ele perguntou sério.

Marlene Mckinnon, você precisa de um troféu! Você conseguiu deixar o Black bravo! Parabéns!

– Ia. – Eu respondi.

– Quando?

– Não sei. Mas eu ia. Sirius... – Eu me levantei e fui caminhando em sua direção. – Fiquei com medo de te contar.

– Medo? Medo de que, Marlene!? – Ele me encarou.

– Eu, e o resto da Inglaterra vemos como você trata as garotas que passam a noite com você bêbado, não queria que fosse assim comigo! Isso foi egoísta, foi! Foi uma criancice da minha parte, foi! – Eu fui me aproximando dele com raiva. – Foi inútil fazer isso, foi! E me desculpe por isso! Mas eu não queria que as coisas fossem desse jeito com a gente, tá legal!

– Devia ter me contado.

– Eu sei! – Eu disse com meus olhos enchendo d’agua. – Mas eu não sabia como! Nem quando!

– Então você esperou que eu tivesse a ideia desse jogo, e esperou até o ultimo segundo pra me falar! Isso não é um assunto só seu, Lene... – Ele disse nervoso.

– Oras, você fica com aquelas vadias e depois as descarta como lixo, então não venha me dizer o que é um assunto meu, e o que é um assunto seu! Porque quando você vai fazer isso com elas, eu sei muito bem em que você está pensando! E a ultima coisa que está pensando é se o que aconteceu com vocês foi um assunto dos dois! – Eu disse nervosa.

Eu tenho esse mal, quando eu vejo que as pessoas estão bravas comigo, mesmo ela tendo razão, eu fico brava também.

– Você fugiu de mim, não me contou, e ainda fingiu que nada aconteceu. Pelo menos essas vadias que você chama são menos sem vergonha que você, porque elas falam pra mim tudo o que aconteceu! – Ele disse bravo. – Como posso confiar em você agora?

Isso pode parecer meio meloso ou depressivo, mas eu senti meu coração parou de bater por alguns segundos depois que ele falou isso.

– Não precisa confiar mais. – Eu disse já com a voz embargada pelo choro. – Aliás... – Eu peguei meus sapatos e minha bolsa que estavam no chão. – Nem precisa olhar na minha cara mais, pois sei que é isso o que você vai fazer.

Eu sai correndo da mansão.

Eu sei que fui errada, sei que ele não merecia, e também sei que eu merecia uma bronca vinda da parte dele... Mas será que eu merecia tanto assim?

Eu merecia... O pior que eu merecia.

Tudo acabou antes mesmo de começar... Ironia, não?

Eu estava andando em uma rua totalmente vazia, não tinha noção de onde eu estava, ou para onde ia...

Só tinha um propósito... Ir para bem longe dali.

Londres pode ser uma cidade bem movimentada, no centro, claro... Mas ela não consegue ser movimentada em um subúrbio distante, ás três e meia da manhã.

Tentava ligar para o Josh vir me pegar, mas ele não atendia, aliás... Depois de um tempo, percebi que o sinal ia enfraquecendo à medida que eu andava.

Até que eu percebi que não estava totalmente sozinha. Uns caras, talvez cinco rapazes, mais ou menos da minha idade estavam parados em uma esquina, conversando e bebendo... Bebendo muito.

– Cara... Aquela menina... Que gostosa que ela era... – Um dos carinhas tentava falar para outro.

Mas, infelizmente, eles me viram e começaram a me chamar. E eu, os ignorei completamente.

Percebi que eles não estavam querendo conversar... Então fui para o outro lado da rua, onde era menos iluminado que a calçada que eles estavam.

– Vem aqui, belezinha! – Um cara me chamou.

– Não sabia que anjos voavam tão baixo assim... – Um outro disse. Essa cantada é da época da minha vó! Credo!

– Ei! – Um atravessou a rua e eu comecei a correr. – Espera... Ninguém aqui vai te machucar... – Ele agarrou meu braço.

A coisa mais sensata que veio na minha cabeça? Me virar e dar um soco na cara dele.

Sim, eu sou forte o suficiente para dar socos em pessoas, ainda mais quando estou nervosa.

E foi essa burrada que eu fiz, que eu me ferrei mais ainda.

– Me solta! – Eu gritei. Mas alguém o puxou pela gola da camisa e desferiu um soco no cara que me segurava antes que eu pudesse falar mais alguma coisa. Como a calçada estava menos iluminada que o restante da rua, só quando ele chegou bem perto de mim que eu consegui ver quem era...

– Black.

– Mckinnon... – Régulo disse sorrindo de canto, e agora eu já sei que esse sorriso dos deuses e esses olhos azuis são de família.

– O que está fazendo aqui?

– Aqueles são os idiotas da Sonserina, se você não notou. Eles queriam... Bem... Você já sabe, não? – Ele sorriu sem graça. – Me desculpe por isso. E de nada. – Ele disse se distanciando, mas não antes de me dar um beijo na bochecha. – Posso te chamar de Marlene, não posso?

– Claro... Até outro dia, Régulo. – Eu disse saindo apressada daquela rua.

Ok, acho que já chega de sustos por essa noite.

Eu ouço meu celular tocar... Lilian.

– Oi, Lily. – Eu vi que a ligação estava ruim, então não dava para conversarmos muito.

Onde... Você... ESTÁ!? – Ela parece brava.

– Eu... Sabe que eu não sei. A ligação tá fraca. Tenho que desligar.

Se desligar esse telefone, Mckinnon... – Ela me ameaçou. – Lene... Por favor, volta pra casa do James e do Sirius... Seu irmão não tá atendendo, nem seu pai... Nem sua mãe...

– Ligou pra minha mãe? – Eu perguntei, e percebi que ela se arrependeu de falar isso.

– Como eu disse, eu estou preocupada. Volta pra cá.

– Não quero voltar. – Eu disse olhando o caminho que eu já fiz. – Não agora, tá?

– Onde você está, Mckinnon? – Ela perguntou mais estressada do eu já estava.

– Eu não sei... Só sei que peguei uma rua atrás da casa do James, e andei em linha reta... Só isso. A ligação tá péssima mesmo, Lily... Eu vou desligar. A gente se vê depois.

Assim que eu desliguei o telefone, eu vi um carro parado na minha frente.

– O que está fazendo aqui?

POV Sirius:

Eu não deveria ter falado isso pra ela! Não desse jeito!

Mas ela também não deveria ter mentido pra mim! Ela é a errada aqui!

Mas, tecnicamente, eu deixei de ser o certinho da conversa depois que eu disse aquelas coisas.

Argh! Agora eu não sei mais o que fazer.

Eu entrei em casa como sempre faço quando estou nervoso, entro batendo porta com força, xingando até o dedo mindinho quando esbarra no pé da cadeira... Básico.

– Sirius, cadê a Marlene? – Dorcas perguntou e percebi que a cambada lá estavam sentados nos sofás.

– Ela saiu pelos fundos.

– Pra onde?

– É isso que eu queria saber. – Eu disse estressado. Mas ai eu olhei pra cara da Dorcas. A cara dela já é fofa, ou seja, ninguém consegue falar grosso com ela. – Desculpa... É que... Ah, ela foi embora, é só isso que eu sei. – Eu falei e subi as escadas em seguida.

E como todo adolescente quando fica aborrecido, eu me tranquei no quarto.

– Eu sou um idiota! – Eu disse para a Gaia, que me encarava rosnando baixo. – O que, não preciso de uma bronca sua, tá?

Ok, eu estou discutindo com um filhotinho de cachorro com menos de cinco meses, e o pior é que ela está ganhando.

Resolvi tocar violão... Isso me acalma, não sei o porquê.

Estava tocando algumas musicas, já faz uns quinze minutos, quando eu ouço meu celular tocando. Eu olhei para ver quem era e... Nossa minha noite está melhorando cada vez mais!

– O que foi, irmão? – Eu respondi colocando no viva voz.

– Eu só estava preocupado.

– Comigo... É muita gentileza sua. Mas vai bajular a Walburga e me deixa em paz! – Eu parei de tocar violão para ouvi-lo melhor.

– Não é com você, imbecil. É a Mckinnon. Sabia que ela quase foi estuprada aqui?

– O que? – Eu me levantei, não acreditando no que eu estava ouvindo.

– Um dos caras da Sonserina atacou ela. Modéstia parte, se não fosse por mim, ela estaria mais triste do que já estava.

– Como assim mais triste do que já estava? – Eu peguei o telefone, e nisso começou a me dar aquela sensação que o meu coração estava na garganta... E isso não é legal.

Se eu não tivesse falado aquilo... E se ela não tivesse saído chorando daqui... Talvez isso não estivesse acontecendo...

Mas agora não é hora para lamentações.

– Ela estava com uma cara de choro... Não parecia ela mesma, sabe? Sabe o que aconteceu? – Ele perguntou e percebi que ele também estava preocupado com ela.

– Sei... O pior é que eu sei. – Eu disse preocupado. – Onde achou ela?

– Aqui no bairro onde você mora, na rua de trás da sua casa. – Ele disse e eu tive uma ideia.

– Tchau, Régulo. – Eu desliguei o telefone e desci as escadas o mais rápido possível. Só que com essa correria eu quase passei por cima da Mary, que subia as escadas.

– Credo, Sirius! – Ela disse brava. – Até parece que vai tirar alguém da forca!

– Tirar alguém da forca eu ainda não sei, mas que vou tirar alguém de uma confusão, isso eu vou. – Eu falei pegando as chaves do meu carro. Antes de sair me virei para todos, que me olhavam curiosos (por que será? Será porque eu sai correndo igual o Rony quando vê uma aranha? Talvez sim) – Não me esperem, nem a Marlene.

Liguei o carro e sai o mais rápido que eu pude.

Passei na rua em que Régulo me falara e não vi ninguém, apenas um grupo de pessoas conversando em uma esquina. Ai eu comecei a pensar na possibilidade de ele ter me enganado.

Mas eu achei meu irmão no meio daquela gente toda, e apenas nos encaramos enquanto eu passava com o carro. Essa é a minha forma de falar obrigado pra ele.

Achei a figura maravilhosa dois quarteirões na frente.

Maravilhosa mesmo! Olha que pernas!

Essa é a minha consciência não colaborando comigo.

Parei meu carro do lado dela.

– O que está fazendo aqui? – Antes ela estivesse com a voz embargada pelo choro, agora a voz dela está parecendo que quer me matar.

– Entra no carro. – Eu disse sério e ela me encarou, e depois saiu andando, me ignorando completamente.

Sabe aquela vontade de dar um tiro em uma pessoa e depois se jogar na frente pra bala não pegar nela? É isso o que eu estou sentindo.

QUE GAY!

– Você está perdida, se conforme! Sou sua ultima esperança. – Eu falei a acompanhando com o carro.

– Sirius, me deixa em paz. – Ela nem se deu o trabalho de olhar na minha cara.

– Eu não vou pedir desculpa, porque eu sei que se eu pedisse você não aceitaria, então não farei isso. Mas te digo uma coisa... – Eu, de propósito, parei as duas rodas direitas na calçada, o que a fez parar assustada, e eu desci do carro. – Daqui eu não saio sem você.

Ela me encarou, e por um momento eu pensei que ela ia pular na minha garganta e fazer picadinho de Sirius Black, mas ela só bufou e entrou no Camaro.

– Você me estressa. – Ela resmungou e eu dei o melhor sorriso que um Black podia dar.

– Você precisa descansar, - Eu a encarei. – E também precisa devolver minha camiseta.

Ela se tocou do que eu havia dito e ficou vermelha.

– Eu sai assim na rua! Que vergonha...

(...)

– Olha, ou você dorme na sala, ou dorme no meu quarto. – Eu disse trancando a porta da sala de estar, só por precaução, caso ela queira sair correndo de novo.

– Por quê? – Ela perguntou.

– Alguns quartos de hóspedes estão sendo reformados, e os quartos disponíveis o pessoal já está usando.

– Então prefiro a sala. – Ela disse decidida.

– Nossa, eu te traumatizei tanto assim? – Eu perguntei divertido, e pelo olhar dela eu deveria ter ficado calado. – Tá, parei.

Foi ai que eu percebi que essa era a primeira vez que estávamos conversando sobre isso e não estávamos brigando.

– Onde estão os pais do James? – Ela perguntou mudando claramente de assunto.

– O tio Charlus está viajando para Amsterdã, e a tia Dorea está de plantão hoje.

– Ah. – Ela fingiu desinteresse. Mas ela já está falando comigo sem me estrangular, o que já é um avanço.

– Vem, vamos subir. – Eu disse para ela.

– Disse que queria dormir aqui na sala.

– Marlene... Quando eu te falei aquilo, eu não estava esperando uma resposta. – Eu disse divertido e ela bufou.

– Eu não vou sair daqui. – Ela disse se sentando no sofá e cruzando os braços.

Ah, ela não deveria ter feito isso.

Caminhei tranquilamente até ela e parei em sua frente sorrindo. E ela ficou me encarando com um olhar assassino.

E quando eu achava que ele não estava esperando, eu a peguei no colo e a joguei no meu ombro e fiquei segurando suas pernas. Porque ou ela ia cair se eu não segurasse, ou ela ia chutar minha cara.

– Me solta! – Ela se debatia e dava tapas nas minhas costas. – Me solta! – Ela agora estava fazendo manha, igual á uma criança quando o pai a tira a força do parquinho. – Seu idiota! – Ela começou a gritar.

– Chegamos. – Eu disse a colocando no chão assim que parei na frente da porta do meu quarto.

– Seu cachorro. – Ela falou emburrada, mas mesmo assim entrou no meu quarto.

É muito amor...

POV Marlene:

– Pode colocar suas coisas ali, se não se importar. – Ele disse apontando para uma escrivaninha no fundo do seu quarto.

Eu coloquei minha bolsa e meus sapatos e fui para o banheiro.

Lá eu tirei o resto de maquiagem em meu rosto e penteei meus cabelos, que, como a noite já estava uma beleza, eu ainda inventei de cair em um monte de folhas que juntaram na rua, e elas grudaram no meu cabelo.

Depois disso eu sai do banheiro, e sim, eu ainda estava brincando de estar brava com o Sirius. Isso mesmo. Na verdade, estou feliz porque ele está tentando falar comigo.

Mas eu não gostei nenhum pouco de ele ter me pegado no colo.

Ok, pausa para um raciocínio rápido aqui...

Nós dois, em apenas um quarto, com apenas UMA cama...

Pode isso?

Bem, eu sai do banheiro, e o que eu encontro?

Um Sirius trocando de roupa!

Ele já tinha colocado uma calça de moletom preta, e estava colocando uma camiseta branca. E foi ai que eu vi o estrago que eu fiz. Tava a marca da minha mão no seu ombro direito.

– Tem outra camiseta pra me emprestar? – Eu perguntei pra ele, que eu acho que ele se assustou comigo, porque ele se virou num pulo.

– Tenho. – Ele abriu o armário gigantesco dele e pegou uma camiseta social. – Achei que ia querer uma mais comprida, mas se não quiser, juro que não ficarei incomodado. – Ele disse sorrindo maliciosamente pro meu lado, e eu mais que depressa peguei a camisa e voltei ao banheiro.

Quando eu sai, eu já vi que ele estava deitado na cama, brincando com a cachorrinha dele, a Gaia. Aquele pedaço de algodão doce ambulante!

Não sei de onde tirei isso, ok?

Eu me sentei do seu lado, e Gaia veio para meu colo, e eu comecei a brincar com ela.

– Ela cresceu. – Eu disse fazendo carinho na barriguinha dela. Mas ai lembrei que estava brava com o Sirius e fiquei séria.

– Pois é. Já não é mais aquele travesseiro ambulante. – Ele deu uma risada rouca. – O dia já vai amanhecer. Vamos dormir.

Eu me deitei o mais longe possível dele, e ele apagou a luz.

(...)

Sabe quando você está sem sono, ai você vira pro lado...

Depois vira pro outro...

Depois vira de novo...

Ai olha pro teto, e mesmo assim o sono não chega?

Isso é MUITO irritante.

Já fazendo uns vinte minutos que eu não pregava o olho, eu me levantei. Não é por nada não, sabe... Mas tá um calor aqui...

Decidi me sentar em uma cadeira perto da janela, que dá vista para o jardim dele. Olhei para meu celular, e lá tinha três chamadas perdidas. Duas do meu pai e uma do meu irmão.

E minha mãe, mesmo sabendo que eu tinha sumido, nem se preocupou.

Eu nem tinha percebido, mas meus olhos se encheram de lágrimas. Apesar de tudo o que ela fez pra mim, eu sentia falta dela.

Sentia falta de como era ter uma mãe.

– Não está conseguindo dormir? – Sirius perguntou, o que me fez assustar, porque eu achava que o acéfalo ai estava dormindo.

– Você me assustou. – Eu disse.

– Não consegui dormir com você virando de um lado pro outro da cama. Sorte que é de casal, se não você já teria me derrubado. – Ele falou se levantando e vindo em minha direção.

– Desculpe. – Eu disse enxugando o meu olho, em um tentativa falha de fazer ele não perceber que meus olhos estavam inchados.

– Estava chorando? – Ele perguntou se sentando no chão na minha frente.

– Não... É que... – Sabe quando seu cérebro trava, e não consegue achar uma resposta melhor? Isso acabou de acontecer. – Ah, Minha mãe... – Eu disse sorrindo tristemente. – Lily ligou pra minha mãe quando eu sumi, e ela nem se preocupou. – Eu disse deixando derramar uma lágrima, a mesma que ele secou com suas mãos.

– Eu sei um remédio pra isso. Vai por mim, sei do que estou falando. – Quase me esqueci que a mãe dele não quer ele. – Tenho uma vitrola, e um disco de vinil. – Ele se levantou e me deu a mão para que eu me levantasse. – Senta ai na cama.

Depois que eu me sentei ele colocou um disco para tocar.

– Beatles... – Eu disse sorrindo.

– Viu, já vi que está funcionando, você já está até sorrindo. – Ele disse se sentando do meu lado.

E nesse momento eu meio que me esqueci que estava brava com ele.

– Cadê a Gaia? – Eu perguntei assim que notei que ela não estava mais no quarto.

– Eu coloquei ela pra fora. Ela nunca que ia conseguir dormir com esse som.

– E não vai acordar o pessoal?

– Não... Meu quarto é o mais afastado deles, e as paredes dessa casa são a prova de som.

– Ah... – Eu disse me encostando em um travesseiro.

(...)

Já tinha tocado o disco todo, e o Sol começava a querer aparecer no horizonte.

– Lene... Posso te fazer uma pergunta? – Sirius perguntou.

– Pode. Mas não garanto que vou responder. – Eu falei brincando. Estávamos deitados novamente, um mais sem sono que o outro.

– Você gostou?

– O que?

– Da sua primeira vez. Quero dizer... Se foi ruim, pode falar... Eu coloco a culpa na bebida depois e... – Ele estava se embraçando todo para falar. – Seja sincera.

Então vou ser sincera.

– Sirius... – Eu me virei para encara-lo. – Foi muito bom. – Ele sorriu.

– Queria poder me lembrar. – Ele disse passando a mão no meu rosto. É impressão minha ou tá rolando um clima aqui?

– Sirius... – Eu falei me sentando. A ultima coisa que eu quero é mais uma briga por causa do que vai acontecer essa noite, ou manhã... Bem... Vocês entenderam. – Foi muito bom, mas não devíamos ter feito aquilo.

– Erros estão ai para serem cometidos, não acha? – Ele perguntou com a sobrancelha arqueada.

– Não quero que isso aconteça de novo. – Eu falei me levantando. Mas antes que eu chegasse à porta, ele foi mais rápido e parou na frente dela.

– Fala na minha cara que você não sente absolutamente nada de bom por mim, e que você está totalmente arrependida de ter me beijado, e passado a noite comigo. Aí eu te deixo ir. – Ele disse sério demais.

Aqueles olhos, meu Zeus!

De repente a boca dele ficou tão atraente sabe... E o rosto dele inteiro também.

– Fala isso porque sabe que não estou arrependida de nada, Black. – Eu falei ao pé do seu ouvido e tive o prazer de ver sua pele se arrepiar.

– Não vai sair desse quarto tão cedo. – Ele disse sorrindo.

Antes que eu pudesse responder, ele me pegou no colo e me colocou deitada em sua cama, logo depois ficou em cima de mim. Não vou falar para não maliciarem, porque... Bem... Vocês entenderam, não é?

Enquanto ele me beijava, suas mãos foram parar na minha cintura. Em seguida ele começa a desabotoar os primeiros botões da camisa que eu estava usando, enquanto descia seus beijos para o meu pescoço.

Eu meio que terminei o serviço dele quando eu tirei a camisa que ele havia desabotoado. E quando eu vi ele já estava se a camiseta dele.

Ok, nem preciso comentar a visão do paraíso que eu estava tendo naquele momento.

– Apreciando a vista, Mckinnon? – Ele perguntou sorrindo de canto.

Não sei de onde eu tirei forças para empurra-lo de cima de mim e ficar em cima dele (se bem que tenho uma leve impressão de que ele queria que eu fizesse isso). Ele ficou parado, me encarando.

– Apreciando a vista, Black? – Eu repeti sua pergunta e ele deu uma risada, que mais parecia um latido.

– Mais do que você imagina, Marlene, mais do que você imagina... – Ele falou antes de eu beija-lo.

Não tenho culpa se ele beija bem!

Percebi que suas mãos procuravam desesperadamente pelo feixe do meu sutiã, e não puder contar um sorriso.

– Lene... – Ele me chamou carinhosamente. – Sabe que depois que estiver sem seu sutiã, não vai ter volta.

– Eu sei... E não quero parar. – Eu disse acariciando seu rosto, e ele fechou os olhos com esse gesto. – Não hoje.

Ele sorriu de novo, mas não foi um sorriso do tipo malicioso. Ele estava... Feliz?

Bem, quem está na chuva é pra se molhar, não é mesmo?


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Notas finais do capítulo

Eu adorie escrever esse capitulo
Adoro Blackinnon.
le~Fazendo a dancinha da alegria.
Obrigada a todos que comentaram no capitulo passado.
Até a próxima.