POV Marlene:

– Não é possível, Lily! – Eu gritava para a ruiva sentada na minha frente. – Ele te dá um colar, e você acha que ele não está a fim de você?!

– Lene, ele é o cara mais cafajeste de Hogwarts, e você sabe disso! Ele já deve ter dados vários colares para várias garotas... – Ela disse.

Ruivas...

– Mas não chamou nenhuma de Lírio, chamou? – Eu perguntei e ela pareceu pensar um pouco.

– Talvez ele já tenha saído com alguma Lilian. – Ela disse mas se convencendo do que convencendo a mim.

– Talvez ele tenha saído com uma Lilian, mas não com Lilian Evans. – Eu disse e ela ficou sem nada para falar. – Lil’s... Olha um pouco... Você pode tentar enfiar isso na sua cabeça, ou deixar rolar. – Eu disse me sentando no sofá, já que alguém ai está esparramada na minha cama.

– Ah, Lene... Vamos mudar de assunto? – Ela perguntou se levantado e indo até minha estante de livros. – Não sabia que você está se interessando em literatura agora, Mckinnon. – Ela disse pegando um livro qualquer e o folheando.

Eu estava começando a ler, mas não frequentemente com a Lily ou a Dorcas. Mas eu estava tentando.

– Comecei um tempo atrás. Na verdade... Comecei a dois dias atrás. – Eu disse me sentando no meu tapete e pegando meu celular, e abraçando o Padfoot (meu cachorrinho de pelúcia).

Vi que recebi uma mensagem do Ben (o sumido).

“Tem uma nova boate no Farringdon (bairro muito mais que perfeito que tem aqui)... Todo em tema ROCK N’ ROLL... E ai... Topa?”

Respondi na hora.

“ Me diga a hora que tenho que estar lá, baby. Beijos.”

– Lily... Temos uma festinha pra ir. – Eu disse sorrindo marota e ela revirou os olhos.

– Deixa eu adivinhar... Você vai me forçar a ir nessa boate, mesmo que eu tenha que ir com uma camisa de força? – Ela disse com a sobrancelha arqueada.

– É por isso que você é minha melhor amiga. – Eu disse me levantando e abrindo meu guarda roupa. – Vou te emprestar minhas coisas para não ter o difícil trabalho de ir para sua casa aturar a Petúnia perguntar onde você vai com aquelas roupas.

– Mas olha as suas roupas! – Ela tirou uma peça, que... Acidentalmente era um top branco com uma calça de ginástica.

– Eu corro todo domingo de manha! – Eu disse tomando a peça dela.

– Até parece que tem alguma coisa pra perder ai. – Ela disse me analisando. – Você até teve problemas com isso, e ainda quer perder mais peso!

– Não quero perder peso! Eu me sinto bem fazendo isso, e isso não está me fazendo mal! Se começar a fazer, eu juro que paro. – Eu disse decidida e enfiando a cara novamente dentro do meu guarda roupa.

– O que está procurando?

– Um dia, minha mãe comprou uma roupa pra mim, mas não deu muito certo. Ficou larga demais. Estou procurando pra você.

– Vê lá, hein... – Ela disse se sentando novamente na minha cama.

– Chama o pessoal, acho que vão gostar. – Eu disse. – Achei!

Eu levantei a peça.

– Muito bonito esse vestido, Lene.

– Já disse que a festa é em tema Rock N’ Roll? – Eu disse piscando pra ela.

– O que quer dizer com isso? – A ruiva perguntou.

– Quero dizer... Use a abuse do batom vermelho essa noite. – Eu ri para ela, que revirou os olhos. Mas eu sei que ela me ama.

(...)

– Lene! – Eu ouvi a Lily me gritar no andar debaixo do apartamento do meu irmão.

– Já vou, ruiva! – Eu disse colocando meu brinco e descendo as escadas.

– Quer que eu dê carona para vocês? – Meu irmão perguntou.

– O que você fez com o Josh? – Eu perguntei assustada.

(...)

– Aqui estão. – Ele disse parando o carro na frente da balada. – Juízo! – Ele disse se despedindo.

Na porta eu pude ver a Mary e a Lice conversando.

– Oi Lene! – As duas me cumprimentaram e eu dei uma risada.

– Saudades? – Eu perguntei para elas depois de cumprimentarem a Lily depois de mim.

– Não estava aguentando. – Uma voz falou atrás de mim e eu me arrepiei.

– Oi, cachorro. – Eu disse sem graça e ele deu uma risada, que mais parecia um latido, pra falar a verdade.

– Senti saudades. – Ele disse me abraçando, mas eu estava ocupada demais pesando “em outras coisas”.

Não, não é o que estão pensando.

Não sou pervertida a esse ponto.

Sempre que eu me lembro dele (o que se tornou constante nesses últimos tempos), eu me lembro que tenho uma coisa para contar para ele. Eu me sinto péssima pensando que eu estou escondendo uma coisa assim dele, mas fico com medo só de pensar em contar uma coisa desse jeito.

– Também. – Apenas respondi e fui para dentro da boate.

Foco Marlene.

– Lene! – Dorcas me chama e eu vou cumprimenta-la. – Tudo bem? – Ela perguntou um pouco mais alto que o normal, já que o som estava mais alto que tudo.

– Tudo. O Remo está aqui?

– Sim! Ele foi conversar com o Frank, e eu estou procurando a Alice. Você viu ela? – Ela perguntou pegando um copo de caipirinha.

– Sim. Ela está lá fora! – Eu disse a levando para lá.

Quando cheguei lá, Lily, James e Sirius haviam sumido. Nem quero saber para onde foram. Mas eu e Dorcas não estávamos procurando eles, e sim a Alice, que a achei conversando com um carinha.

– Olá. – O cara nos cumprimentou, e nos limitamos a dar um sorriso.

– Como vai? – Dorcas perguntou, sendo educada, como sempre.

– Eu vou bem, e você? – Ele perguntou sorrindo de canto para ela.

Ele é loiro, alto, olhos azuis mais que perfeitos... Minha nossa senhora das cuecas de Ares, o que é aquilo!

– Ahn... Desculpe, mas quem é você? – Uma voz familiar perguntou atrás de mim.

– Sou Sebastian. Prazer. – Ele disse sorrindo, só que dessa vez para mim.

– Oi, Frank! – Dorcas disse o cumprimentando com um beijinho no rosto.

– Oi. – Eu disse fazendo o mesmo.

– Oi, Alice. – Ele disse para a morena, que o ignorou completamente.

– Vou para dentro aproveitar. – Eu disse sorrindo maliciosa e o povo de lá riu. Só não sei de quê.

Até parece que quando a Dorcas e o Remo chegarem na casa dele eles vão apenas dizer boa noite e pronto.

A festa estava... Fantástica. Não só porque tinha música boa, comida boa e uma pita de dança boa. Tinha... Garotos bons. Se é que você me entende.

– Lene! – Alguém grita atrás de mim.

–Oi! – Eu me viro e vejo que é o Sirius, com uma garrafa de cerveja na mão. E já encarno a Mãe Diná, prevendo que vai dar merda se ele ficar bêbado.

– Sirius, me dá um gole? – Eu perguntei para ele, que me ofereceu na hora. Quando eu peguei a garrafa, coloquei ela na mão de qualquer Zé Ninguém que passava do meu lado.

– Ei! Paguei por essa cerveja! – Ele protestou, mas eu o ignorei.

– Aposto que sua vida vale mais. – Eu disse saindo de perto, mas ele puxou meu braço, insistindo que eu ficasse. – O que está fazendo? – Eu perguntei, mas ele olhava fixamente nos meus olhos. Porém em seguida ele meio que “acordou”.

– Eu achei que você fosse uma outra pessoa, mas... Eu acho que me enganei... Não seria você, ou...?

– Sirius? – Eu perguntei divertida, mas estava começando a ficar nervosa. – O que está falando?

– Nada. – Ele disse me soltando.

(...)

Já são quase três horas da madrugada e eu estou sem fazer absolutamente nada aqui dentro desta joça!

Quase meio mundo está bêbado, ou drogado, ou transando, ou desmaiando, ou vomitando... E eu estou aqui.

Apesar de meus pensamentos nada santos, eu sou um bom exemplo.

– Marlene! – Lilian grita. Só não sei porque, já que eu estava nos fundos da boate, onde o som não estava tão alto assim.

– Minha ruiva surdinha preferida! – Eu disse tomando um gole da minha Coca Diet.

– Vamos pra casa dos meninos? – Ela perguntou e... O que fizeram com a Lily Evans que eu conheço?

– O quê? – Eu perguntei.

– Vamos lá! Vai ser legal! – Ela disse rindo. – Não, eu não estou bêbada. É que... Temos que concordar, eles podem ser uns inúteis, mas são uma ótima opção para quem não tem nada pra fazer.

Ok, não posso levar na malicia.

– Lily, ficou maluca? E meu irmão? – Eu disse preocupada.

– Lene, invertemos os papeis aqui? – Ela perguntou divertida.

– Ahn?

– Você esta sendo a preocupada, e eu... Bem, eu estou sendo você.

Ora... A ironia do destino, que coisa, não?

– O que quer fazer lá? Sendo que aqui nós temos holandeses jogadores de futebol americano, americanos jogadores de baseball, e modelos suíços que são aquela coisa de papai do céu? – Eu disse reclamando e fazendo biquinho.

– Mas aqui só tem um problema... – A ruiva começou a falar, mas um certo alguém a interrompeu.

– Que aqui não vai ter James Potter se formos embora. – Ele disse atrás da Lily, e tive que segurar o riso da cara que a ruiva fez.

– Bem, você vem ou não? – James perguntou para mim.

– Eu estou prevendo que vou me arrepender amargamente disso.

– Vamos! – James disse alegre demais.

– James! Espera! Você tá bêbado! Não pode dirigir! – Eu avisei, mas quem disse que alguém aqui me escuta?

– Não tem problema! O Frank vai dirigir! Mas como não vai caber todo mundo no carro dele, você tem que ir com o Sirius.

– Ah! Sério! Seria como dar o facão pro Jason te matar! Dá na mesma! – Eu disse. Sirius... Em uma festa que tem bebidas e mulheres, ou melhor, modelos internacionais? Isso nunca daria certo.

– Mas eu não sei o que aconteceu com ele nesses últimos dias, mas ele não tá tão... Sirius.

– Isso é impossível! – Eu disse estupefata.

– Olhe por você mesma. – Ele me apontou para ele, que conversava com umas três mulheres que... Merlin... Aquilo era um vestido ou um pano de prato amarrado no corpo?

Enfim... Mas ele estava com uma lata de guaraná... Mas, por que?

– Sirius? – Eu o chamei, e depois de alguns minutos ele dispensou as garotas, que eu fingi que não vi o olhar assassino que elas me deram.

– Oi, morena. Ficou sabendo da ideia maluca do James? Ele quer sair daqui – Ele apontou para a festa. – Para ficar mofando lá em casa. Mas enfim... Vamos?

– Peraí! – Eu parei ele, que estava indo em direção a porta de saída do salão. – Você, Sirius Black, quer sair de uma festa, e nem amanheceu ainda? Isso é um milagre!

– Pois é. Mas... Essa festa sem os amigos, não é uma festa DE VERDADE. – Ele disse terminando de tomar sua guaraná. – E, apenas para não ficar tão preocupada comigo, eu bebi sim uma cerveja que a senhorita tomou de mim, nada mais. Ninguém é de ferro, não é mesmo? – Ele sorriu de canto e senti os pelos da minha nuca se arrepiarem.

– É... Ninguém é de ferro. – Eu disse antes de ele me arrastar. – Mas você já fez novas amiguinhas, não? – Eu disse só pra atazanar mesmo, senão, eu não seria Marlene Mckinnon.

– Aquelas... Bem... Você sabe... – Ele disse sorrindo, e tirando as chaves do carro.

(...)

– Bem vinda à casa dos Potter... E do Black. – Ele disse estacionando o Camaro dele na enorme garagem que eles têm. Logo atrás vi o novo carro do Frank, que era um Jipe azul Royal. E lá de dentro saiu a cambada...

Dorcas e Remo... O casal fofura do ano, ou melhor, do século.

Molly e Arthur... Eles ficam dando uma de ruivinhos de família, mas sei que eles sumiram na boate...

Frank e Alice... Ah... Eu sei que ela beijou ele, não me pergunte como, mas sei que já.

Pedro e Mary vieram com a gente se amassando lá atrás.

E Lilian e James... Eles se amam, apenas são cegos demais pra perceber.

– Certo... O que viemos fazer aqui? – Dorcas perguntou.

– Aquele lugar tinha gente demais pro meu gosto. – James disse tirando umas garrafas de Vodka do porta-malas do Jipe do Frank.

– E por isso nos arrastou? – Eu perguntei desconfiada.

– Marlene, querida Marlene... Se nós não estamos na festa, a festa vai estar conosco. – James falou tirando seu telefone do bolso e digitando uma mensagem. – Casa do James... Festa informalmente informal... Agora. – Ele enviou para todos os contatos.

– Eu continuo não entendendo... - Lilian disse e finalmente ela voltou a si. – Se já estávamos na festa, porque saímos? Para dar outra? Isso é ridículo!

– Isso NÃO é ridículo! – James disse meio estressado.

– Isso é sim! – Lily é a teimosia em pessoa. Já te falei isso?

– Não é não!

– É sim!

– Não!

– Sim!

– Não!

– Sim!

– QUEM... – Remo interrompeu a conversa totalmente adulta e civilizada que os dois estavam tendo. – Aqui, quer que isso aconteça?

– Eu acho que não vai dar muito certo... – Dorcas disse preocupada. – Quando isso vai acabar? Só quando o dia estiver amanhecendo?

– Provavelmente... – Sirius disse dando uma risada rouca no final.

– Eu topo. – Alice falou e nós a fitamos. – Ah, qual é, gente! Não temos nada pra fazer, e vocês querem ir pra casa pra ir dormir?

– Eu e os meninos topamos. – Frank disse logo em seguida. – Os Marotos nunca perdem uma festa, e não vai ser a primeira vez!

– Ok. – Sirius disse e eu percebi que ele continuava do meu lado.

– Então... No caso, a maioria aqui ganhou. – Pedro disse e tava mais que na cara que a Mary estava do lado do namorado dela.

– Ok, sete pessoas de acordo. Duas contra... Alguém tem alguma coisa contra, fale, ou cale-se para sempre. – James disse abrindo a garrafa de vodka.

POV Lilian:

– Você tem minhoca ao invés de cérebro, James! – Eu dizia estressada.

Fala sério! Como um ser desse tamanho, pode ter um cérebro tão pequeno! Ele sai de uma festa prontinha e toda bonitinha, com garotos bonitinhos e modelos internacionais, pra vim pra casa dele fazer uma outra festa!

Se já não basta o trabalho que deu a ultima!

– Lilian. Eu não gostei daquela festa, ok? – Ele disse sério.

– E por que não? – Eu disse estressada. Estávamos procurando alguma coisa no quarto dele.

– Porque o Diggory estava lá. Quer uma explicação melhor? – Ele se virou, e ficamos perto demais.

Que calor...

– Quero. Eu sei me cuidar, James. Não preciso de você. –Eu disse decidida, o que foi meio difícil, já que o perfume dele era... Uau.

– Não quero você perto dele. – Ele disse se aproximando.

Como se não já estamos perto o suficiente!

Eu recuperei uma sanidade minha que estava perdida, e me afastei dele, sai do quarto dele sem nem olhar para trás.

Ai que ódio mortal daquele míope descabelado!

Olha, um novo apelido.

– O pessoal já está chegando. – Mary fala assim que eu acabo de descer a escadaria da casa. – Adivinha quem ele chamou?

– Quem?

– As cinco biscates. – Mary bufou e Marlene se aproximou de nós.

– Se elas tocarem em mim, elas não vão pra cadeia... Eu vou. – A morena disse e... Até deu medo,

– VAMOS COMEÇAR A FESTA! – Pedro gritou do andar de cima, e todos os Babuínos Bobocas Balbuciando em Bando gritaram de volta.

(...)

– James! – Eu gritava enquanto ele dançava sem parar. – Onde estão seus pais?

– Nem queira saber! – Ele disse tomando um gole de sua bebida.

(...)

– Sirius! – Eu ouço Marlene gritar. – Não é possível! Seu idiota!

– Lene... Eu não fiz nada demais!

– Você jogou vodka na minha roupa! – Eu ouço um tapa... E tenho quase certeza que Sirius não só ouviu, mas como sentiu também.

(...)

– Oi, Alice. – Frank chegou perto dela enquanto eu estava conversando com a mesma.

– O que você quer? – Ela disse seca. Deu até dó do coitado...

– Me desculpar... – Ele se agachou na frente dela.

POV Alice:

Eu definitivamente não acredito que o Frank esta fazendo uma coisa dessas comigo!

– Alice... Me desculpa? – Ele perguntou fazendo uma carinha de cachorro abandonado.

– Frank eu... – Mas não saia nada da minha boca.

– Eu não bebi nada de álcool nessa festa. Eu juro! Pergunte a quem quiser! Eu fiz isso porque quero ter você de volta, Lice... Por favor. – Ele disse pegando a minha mão.

– Por que você faz isso comigo? – Eu perguntei com lágrimas nos olhos. Ele me olhou como se tivesse com culpa de alguma coisa, mas eu o fiz levantar e o beijei.

– Estava com saudades, Lice. – Ele disse arfando e eu sorri.

– Não vai se livrar de mim tão fácil. – Eu disse o encarando.

– Isso é a melhor coisa que eu ouvi nesse ano todo. – Ele disse voltando a me beijar.

Isso ficaria a noite toda, até mais... Se e que vocês me entendem... Mas Sirius fez questão de trancar todos os quartos da mansão.

Cachorro.

POV Autora:

A festa estava muito boa para o pessoal. Boa até demais, pra falar a verdade.

Mais ou menos umas três da manha o ultimo convidado foi embora... Aos tropeços, mas foi.

E quem disse que os Marotos deixaram as meninas irem embora?

– Por que ainda estamos aqui? – Dorcas perguntou.

– Vamos ficar mais um pouco. – Remo disse tentando convence-la.

– Repito a pergunta da Dorcas, e ainda acrescento... Vocês não dormem não? – Lilian disse bebendo um restinho de uísque que estava no copo dela.

Ninguém estava muito bêbado na festa... Nem mesmo o Sirius estava, o que não é uma coisa que a gente vê todo dia. (POV Sirius: Está claramente me avacalhando ¬¬’)

– Nós dormimos sim, querida ruiva do Potter. – Sirius falou descendo as escadas com uma garrafa na mão. Uma garrafa vazia. – Mas não existe nenhuma regra que diz que as pessoas TÊM que dormir á noite.

– Mas é o que a maioria do mundo faz, cachorro. – Marlene falou descendo as escadas atrás dele.

– O que estavam fazendo lá em cima? – Pedro perguntou se levantando do sofá.

– Nada de muito importante, Pedro. – Marlene disse sorrindo docicamente.

– Nada, nada mesmo. – Sirius falou meio emburrado, e todos perceberam.

– Sirius... Um dia você consegue, amigo... Não se preocupe. – Frank disse e em seguida levou um tapa de Alice.

– O que é a dessa garrafa ai? – Dorcas perguntou se aproximando dos dois.

– Vamos para a piscina, pequeno gafanhoto. – Sirius falou abrindo a porta da piscina. Esse era um dos poucos lugares que não estavam com cheiro de bebida... Como o vestido da Marlene.

– Esse vestido vai me fazer vomitar. – Marlene disse fazendo ânsia de vômito.

– Espera só um minuto. – James falou e voltou para dentro da casa correndo.

Dois minutos depois ele aparece, trazendo consigo uma camiseta.

– Toma. – Ele a entregou para Marlene, que olhou desconfiada.

– Não sabia que tinha uma camiseta do Pink Floyd. – Ela disse se levantando e indo para dentro dos vestiários da piscina.

– Ei... Essa camiseta ai é minha! – Ela ouviu Sirius protestar antes de fechar a porta.

Cinco minutos depois ela aparece usando a camiseta, o que deu um vestido para ela. Não ficou tão curto assim, já que a camiseta ficava larga até para o Sirius, o comprimento dela ficou dois palmos acima do joelho, mais ou menos.

– Não babe por mim, Sirius. – Marlene falou se aproximando do grupo.

– O que viemos faze aqui? – Mary perguntou.

– Viemos brincar. – Sirius disse se sentando na grama, que fica ao lado da piscina.

– O que? – Todo mundo falou para o moreno, que apenas se sentou no gramado perto da piscina e pediu para que o resto se sentasse em um circulo. E assim todos fizeram.

– Certo... E então o que vamos jogar? – Alice perguntou.

– Verdade ou Desafio. Que tal? – Sirius falou colocando a garrafa no centro.

– Isso não vai prestar... – Dorcas cochichou para Remo.

POV Sirius:

Qual é! É uma idéia muito legal! O que fazemos com os amigos que a gente ama? Enchemos o saco deles!

– Ok, prontos? – Eu perguntei e já rodei a garrafa, para que ninguém protestasse.

James x Pedro

– Verdade ou desafio? – James perguntou sorrindo maroto.

– Verdade.

– Já teve algum sonho erótico com algum professor?

– Sim. – Mary o encarou. – A três anos atrás, com a professora de Literatura. Mas graças aos céus isso passou! – Todos riram no final.

Credo. Só eu que estou imaginando os dois numa sala agora?

Mary x Remo

– Verdade ou desafio? – Mary perguntou um tanto entediada.

– Verdade. – Por que ninguém escolhe desafio? É o mais legal, poxa.

– Qual é um sonho que você ainda quer realizar?

– Me tornar advogado e ter uma casa no Nepal.

– Ahn? – Dorcas perguntou.

– Nepal parece ser um lugar legal... – Ele disse sonhador e Dorcas revirou os olhos.

Sirius x Alice

– Verdade ou desafio? – Eu perguntei sorrindo de canto.

– Desafio. – Alice falou decidida. Gosto dessa garota.

– Pula na piscina. Agora. – Eu disse sorrindo maldosamente.

Uma dica: Nunca escolha desafio quando quem vai fazer ele sou eu.

– Fala sério... – Ela disse se levantando e... Pulando na piscina.

– Ela fez isso mesmo... – Frank falou olhando para Alice, que agora saia da piscina tremendo de frio.

– Me paga, Black. – Ela disse pegando uma toalha e se enrolando, em seguida voltando para seu lugar.

Frank x Lilian

– Verdade ou desafio? – Ele perguntou.

– Verdade.

– Você beijaria o James agora? – Ele perguntou sorrindo maroto. Nunca é uma boa jogar Verdade ou Desafio com a gente.

– Sim... – Ela disse tranquila demais. – Estou bêbada, então... Posso colocar a culpa na bebida depois. – Ela falou sorrindo.

– Então o beije. – Frank disse e ela fez que não com a cabeça.

– Uma pergunta por vez. E eu não escolhi desafio. – Ela disse segurando o riso, e James bufou do meu lado, o que me fez rir.

POV Autora:

Depois de umas cinco partidas, era quase quatro da manha e as meninas já haviam ligado para seus pais avisando onde elas estavam. Mas não avisaram com quem estavam...

– Vamos mais uma? – James perguntou, ainda na esperança de cair um desafio para Lilian, e alguém desafia-la a beija-lo.

– A ultima? – Dorcas disse suspirando em seguida. – Já estou cansada... Tem um quarto para eu dormir aqui esse resto de noite? – Dorcas perguntou.

– Sim. Não se importam de dormir juntos, se importam? – James perguntou apontando para a loira e para Remo.

– Não... – Eles disseram, mas estavam cansados demais para ficarem envergonhados.

– Ok, vamos lá. – Sirius disse rodando a garrafa.

Pedro x Marlene

– Verdade ou desafio?

– Verdade. Não tô com animo pra desafio dessa vez. – Ela disse sorrindo marota.

– Ok... Uma pergunta meio óbvia aqui tá? Tô cansado e não tenho mais idéia. Você ainda é virgem?

– Não.

Todo mundo parou e ficou encarando ela. Ela ficou encarando o chão, pelo simples motivo... Sirius Black estava a sua frente.

– Eu já sabia. – Sirius sussurrou mais para si mesmo do que para os outros.

– Próxima.

Sirius x Marlene

– Só pode estar de sacanagem comigo, garrafa. – Marlene resmungou irritada.

– Verdade ou desafio? – Sirius perguntou sério demais.

– Verdade. Vamos acabar com isso. – Marlene disse, e ela não estava se referindo ao jogo.

– Quem? – Ele perguntou e ela já sabia o que ele estava se referindo.

Marlene ficou um tempo calada, provavelmente tomando coragem até ela levantar seu rosto e o encarar decidida.

– Você. Foi você. – Marlene falou e Sirius a encarou curioso.

– Está mentindo. – Ele disse.

– Não, eu não estou, Sirius. E você sabe que eu não estou.

Ele ficou um tempo em silêncio, até que disse:

– Pessoal, podem nos dar licença? Eu e Mckinnon precisamos conversar.