Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 43
I'm Scared


Notas iniciais do capítulo

Oioi amores da minha vida. Aqui estou eu em carne, osso e olhos verdes. :3
Sinceramente, eu não esperava que a minha fic ia chegar onde está hoje. E agradeço muito a vocês, leitores e leitoras, que nem sempre comentam, mas sei que estão ai. Queria agradecer mais ainda os que comentam. É sério, estou muito feliz.



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POV Lilian:

Pessoas podem faltar em dias de aula, não podem?

Mas a Dorcas, se ela faltar, é porque ela morreu.

E eu espero que isto não tenha acontecido.

Lá estava eu, linda e maravilhosa lendo um livro nos jardins de Hogwarts. Até que um energúmeno fêmea aparece e me dá um maior susto. (Ok, eu não sei de onde eu tirei o tal de energúmeno fêmea, valeu?)

– MARLENE! – Eu gritei e ela começou a rir.

– Lilian, você tem que viver um pouco! – Ela falou apontando para o livro.

– Eu tenho minhas maneiras de viver, ok? – Eu falei colocando meu livro dentro da mochila.

– E eu tenho certeza absoluta que são diferentes das minhas. – Ela disse se sentando a minha frente. – Mas e ai? Tudo bem?

– Estaria melhor se eu soubesse do paradeiro da Dorcas. – Eu suspirei e peguei meu celular, e como sempre, nenhuma mensagem dela.

– Lilian, eu acho que você tem que se acalmar. Talvez tenha acontecido algum imprevisto, ou...

– Lene... Você, em todos esses anos que estudamos com a Dorcas, já viu ela faltar algum dia?

Ela pensou um pouco e depois suspirou.

– Não, mas tenho certeza que ela não morreu, ok? – Ela disse olhando para o nada.

– Como sabe?

– Por que ela tá ali ué. Ou é ela de verdade, ou eu preciso me tratar. – Ela falou se levantando e eu também.

Marlene tinha razão, era mesmo a Dorcas que estava ali saindo do carro do Remo.

– Dorcas Meadowes! – Eu gritei e fui abraça-la. Mas depois, a enchi de perguntas. – Por que faltou? Por que não atendeu os telefonemas? Nem respondeu minhas mensagens? Nem deu sinal de fumaça? O que aconteceu?

– Calma, Lily. – Ela disse sorrindo. – Eu simplesmente sai de casa.

Eu e Marlene paramos e ficamos meio que, processando a ideia.

– E onde você está agora? – Lene perguntou.

– Na casa do Remo.

Processamos a ideia de novo.

Certo... A Dorcas, passando a noite na casa do Remo... Hum...

Ok, não sou de pensar malicia, mas...

Gente, se eu estou pensando malícia, imagina o que se passa na cabeça da Lene?

Olhei para ela, que estava com um sorriso pervertido na boca. (Não, um sorriso pervertido na bunda!)

– Tirem essas caras de bobas, ok? – Ela disse rindo. – Bem, vou resumir... Meu pai, briga, um tapa na minha cara, sai com Andrew, encontrei Remo, ele me deu um abrigo, fim. – Ela falou sorrindo fofamente. Mas não tão fofamente quanto a Molly.

– Dorc’s... Meu amor... – Marlene começou. – Eu sei que aconteceu, ou vai acontecer alguma coisa. – Lene disse com aquele sorriso que só ela tem.

– Marlene! – Dorcas a repreendeu, e se virou para ver se Remo ouviu a inteligência da morena, mas ele estava ocupado demais conversando com Sirius e Pedro.

– O quê? – Marlene deu de ombros. – Só estou relatando uma realidade!

– Mas não precisa dizer alto! – Dorcas falou. – Não é só porque eu sei que você e o Sirius vão se beijar mais uma vez que eu saio gritando pra Europa inteira ouvir! – Esse argumento foi suficiente para calar a boca dela.

– Mas, Dorcas... E sua mãe?

– Vai morar com uns parentes meus no interior. – A loira respondeu pegando um papelzinho na mochila. – Ela me deu o endereço, caso eu quisesse visita-la, mas acho que vou esperar as coisas esfriarem um pouco antes de ir para lá.

–E o Andrew? Quero dizer...E aquela coisa fofa, que sorri para mim e diz que me ama? – Lene disse sorrindo.

Da ultima vez que visitamos a casa da Dorcas a Lene brincou demais com o Andrew, e ele disse que amava ela. Foi o primeiro “Eu te amo” que ela ouviu depois daquela transformaçãozinha básica (só que não) que fizemos.

– Ele também está na casa do Remo. A mãe dele o adorou. Uma hora dessas a empregada da casa deles deve estar levando ele para brincar no parquinho.

– Quero ir na sua casa nova hoje! – Marlene disse.

– Para ver o Andrew? – Dorcas perguntou.

– Não! Quero dizer, sim... Mas eu preciso de ajuda em matemática... – Marlene não é nem um pouco cara de pau! É de madeira de reflorestamento!

– Ok. Eu te ajudo. Lily, por que você não vai junto? – Dorcas perguntou e eu acabei concordando.

– Gente... O papo tá ótimo, mas... A gente não tem que ir pra aula, não? – Ok, para tudo! Marlene Mckinnon pedindo para nós irmos para a aula? Isso não é normal.

Está acontecendo coisas estranhas... Primeiro a Dorcas falta pela primeira vez no século, e depois a Marlene quer estudar?

– Lily, não precisa ficar com essa cara. Eu sei muito bem porque a Lene quer ir mais rápido... O Sirius vai ter aula com ela agora e... – Dorcas começou.

– Mentira! – Marlene protestou e nós acabamos rindo da cara dela.

– Lene, não negue... Você e Sirius foram feitos um para o outro. – Eu disse sorrindo.

– Parem de encher o saco! – Ela não negou, negou?

– Lene... – Dorcas suspirou para a amiga. – Um dia você vai assumir para si mesma. Agora, bora pra aula! – A loira empurrou a gente até o corredor das salas de aula, e depois foi para a sua própria aula.

– Tenho que ir. – Marlene falou se despedindo. – Boa sorte com o James.

– O quê? – Eu perguntei. Mas ai me lembrei que o professor de Trigonometria havia falado ontem que a aula de hoje iria ser em dupla, e James me chamou para ser a dupla dele e eu acabei aceitando.

Entrei na sala e as carteiras já estavam organizadas em pares. Molly conversava animadamente com Arthur em um canto, mas ela me viu e veio conversar comigo, mas não antes de se despedir do ruivinho ai.

– Oi, Lily.

– Oi, Molly. Você e o Arthur, hum... – Eu disse maliciosamente e ela ficou mais vermelho que o meu cabelo e o dela juntos. (não sei de onde tirei isso, sério.)

– S-Somos só a-amigos, ok? – Ela disse tentando se esconder com o cabelo, mas ai ela esquece que também é ruiva.

– E essa gagueira também é sua amiga?

– Lily! – Ela me repreendeu e eu ri.

– Sabe que sou sua amiga, né? Me desculpa.

– Ok. Mas se quer saber, eu acho ele um cara legal. – Eu ia responder, mas alguém falou atrás de mim.

– Ora, eu sei que sou legal. – Me virei e dei de cara com ninguém mais, ninguém menos que Amos Diggory.

– O que está fazendo aqui? – Perguntei seca.

– Essa é a minha aula de agora, caso você não tenha notado, Lily. – Ele disse sorrindo sedutoramente para mim, ou pelo menos tentando.

– Infelizmente, Diggory. – Eu cuspi as palavras na cara dele.

– Olha. Preciso conversar com você. – Ele disse mais sério.

– Não temos nada para conversar. Aliás, nem sei por que você veio conversar comigo, e também não sei por que eu estou dando ouvidos pra você. – Eu disse colocando minhas coisas na carteira mais próxima.

– Ora, acho que todos sabemos. Você gosta de mim.

Eu não sei se choro ou se rio.

– Amos... Acha mesmo que depois de tudo o que você fez, eu ainda goste de você? – Eu falei com escárnio na voz.

– Você já me beijou, e eu sei que gostou. E... Todo mundo gosta de mim! – Ele disse sorrindo.

– Só veio aqui para me falar isso? Sinto muito te decepcionar, mas perdeu seu tempo. Agora se me der licença... – Eu o empurrei para mais longe da minha carteira.

– Lilian, o que está acontecendo aqui? – James perguntou assim que viu eu tentando afastar Amos dali.

– Nada. – Diggory falou e saiu sorrindo, mas antes ele cochichou no meu ouvido. – Quando você menos esperar, vou estar ali. E não vai ter o Potter para te ajudar, minha linda.

Ele foi embora e quando eu me virei para James, as coisas dele já estavam na mesa ao lado da minha e ele me encarava com os dois braços cruzados.

– Agora pode me dizer o que aconteceu.

– Eu já disse nada. Por que ainda pergunta.

– Isso não foi uma pergunta, eu meio que te obriguei a falar.

– Ok, e se eu não quiser falar? – Ele pareceu pensar um pouco, mas depois sorriu de canto.

Touché. – Ele disse sorrindo. – Mas é sério, o que ele estava falando com você? – Eu decidi contar, afinal, que mal faria a mim?

– Estava falando que eu gosto dele.

– Ok, e eu sou um cervo. – Ele disse tão sério que eu comecei a achar que era verdade.

– E ele é iludido. – Eu falei sorrindo e me sentando, logo depois ele se sentou do meu lado.

O professor passou algumas questões na lousa e eu comecei a fazer os meus. Passou-se uns dez minutos e olhei para James, que parecia bem concentrado na lição e estava até com a sobrancelha franzida.

– Difícil? – Perguntei.

– Um pouco. – Ele falou e depois começou a rabiscar uma conta no canto da folha. Isso foi uma deixa para eu continuar meus exercícios e deixa-lo em paz.

Logo depois, quando estava terminando o ultimo que o professor havia passado, eu percebi que James já havia acabado e estava desenhando alguma coisa.

– Não sabia que era bom em desenho. – Falei ao ver um desenho do símbolo de Hogwarts na carteira da escola.

– É um dos meus hobbies. Mas não me compare a Lene. Digamos que nossos desenhos são diferentes um do outro. – Ele falou sorrindo e eu fiz cara de curiosa. – Ela gosta de desenhar moda. Eu não.

– Entendi... – Eu disse poucos segundos antes de bater o sinal de fim da aula.

Já se passaram algumas horas e estávamos todos juntos no recreio. Mary comendo um pedaço de pizza, Marlene também, Dorcas com uma fruta e o resto dormindo. E eu claro, estava lendo um livro.

Depois de uns cinco minutos, eu ouço vozes me chamando.

Ah, é só o Amos, eu acho que posso ignorá-lo.

– Alguém está te chamando. – Lene tentou dizer isso, mas ela estava de boca cheia, então...

– Eu sei. E não, não vou conversar com ele. – Eu falei me voltando ao meu livro.

– Isso ai. – Ela disse antes de se deitar na grama junto com os outros, e percebi que Mary fez o mesmo, só que ao invés de ele se deitar na grama, ela se deitou com a cabeça em cima do braço do Pedro, que deixou.

– Já volto, ok? – Dorcas falou se levantando e indo em direção as latas de lixo, provavelmente para jogar alguma coisa no lixo (Sério??)

Enquanto ela ainda estava lá, vi que ela estava conversando com umas amigas em que ela faz aula de Artes, eu senti alguém me puxando, o que me faz levantar, olhei par trás e vi que era Amos, e estava sorrindo para mim.

– O que você quer? – Perguntei mais alto do que devia.

– Lily... – Ele colocou a mão no meu pescoço, e isso quase me sufocou. – Fala baixo, ok? Vamos dar uma volta?

– N-Não. – Eu tentei dizer, mas já estava ficando sem ar.

– Oh, que pena. Mesmo assim você vai. – Ele começou a me puxar para dentro da escola. Assim que entramos no elevador, eu percebi que estávamos indo para o porão.

– O que você quer fazer? – Eu perguntei pensando em um jeito de sair correndo dali. O que seria meio impossível, já que estávamos em uma caixa de metal com menos de três metros de comprimento.

Já comentei que comecei a ficar preocupada?

– Lilian, Lilian... Quer mesmo saber a surpresa antes da hora? – Ele disse sorrindo e se olhando no espelho.

– Me deixa ir embora. Meus amigos vão sentir minha falta. – Eu disse tentando não passar nervosismo a voz, mas não com muito sucesso.

– Está com medo, Lily? – Ele perguntou e eu me calei.

Depois de uns dois minutos de silêncio, o elevador para e ele desce me empurrando para o porão.

– Eu disse que eu ia te ver, e o Potter não iria estar aqui pra salvar sua pele. – Ele sorriu e em seguida me beijou. Eu não deixei, mas ele me segurava com tanta força que estava me machucando.

E agora?


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Notas finais do capítulo

Coitadinha da Lily! Atormentada pelo Amos novamente... E o James, onde está o Super Herói dela? Ou será mesmo que ele é um super herói? Alguém vai ajuda-la? Quero opiniões! Até o próximo. :3



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