Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 42
Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas. Esse capitulo é só uma... passagem. Para vocês não ficarem muito confusos em relação a Dorcas e o irmão dela. Espero que gostem. Beijos!



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POV Dorcas:

Eu acordei, mas não quis abrir o olho. Já estava bom demais eu acordar em cima da cama mais macia em que já dormi, e sentindo um cheiro amadeirado, mas com um leve toque de hortelã.

O perfume do meu namorado.

Depois de uns bons cinco minutos que eu acordei, senti que dois braços fortes estavam envoltos na minha cintura. Me virei lentamente para ver, e lá estava ele.

Se ele já é fofo acordado, imagina dormindo. Ele parecia estar sonhando, pois suas feições estavam calmas, o que o deixavam com o ar mais angelical ainda. Ele percebeu que estava sendo observado, e acordou.

– Bom dia. – Remo falou rouco.

– Bom dia. - Falei sonolenta, depois percebi que passei a noite no quarto dele. – Oh, Remo, me desculpe.

– Não se desculpe você estava muito cansada ontem. – Ele falou se sentando. E não, não aconteceu nada demais nessa noite.

Ai eu me lembrei da briga, do tapa, da minha e do Andrew...

– Remo, cadê meu irmão? – Perguntei tentando me lembrar se foi realmente a ultima vez que o vi nos braços da Sra. Lupin.

– Está ali. – Ele apontou para uma porta no mesmo corredor do quarto dele.

– Ele dormiu bem? – Eu perguntei e ele fez que sim.

– Vai à escola hoje? – Remo perguntou se levantando, e percebi que ele usava uma bermuda de malha e uma regata bem folgada.

– Não sei. – Eu disse me sentando e tentando arrumar o que eu chamo de cabelo. Ele percebeu minha dificuldade e riu. – Do quê está rindo?

– Você fica engraçada com o cabelo desse jeito. – Ele disse se sentando do meu lado.

– Ah, eu fico? Você não se olhou no espelho hoje, né, meu amor? – Eu falei e ele olhou no espelho do seu criado. Só para constar, o cabelo dele estava pior que o meu.

Ele foi para o banheiro e depois de algum tempo ele voltou com o cabelo arrumado.

– Está bom assim? – Ele perguntou.

– Melhorou. Tem um pente para me emprestar? – Eu perguntei me levantando e arrumando minha roupa.

Ele foi ao banheiro de novo e voltou, trazendo consigo um pente preto. Depois de pentear meu cabelo, eu disse:

– Remo, pode me levar até em casa? – Ele me olhou com a sobrancelha arqueada.

– Seu pai ainda está lá. E você não precisa me falar nada, sei que foi ele que te bateu ontem, e está a marca até agora. – Ele falou sério.

– Preciso ver minha mãe.

Ele pensou um pouco, mas depois concordou com a ideia. A mãe dele, Elisabeth, me fez deixar Andrew lá para ela cuidar. Por fim acabei concordando, afinal, não queria que ele visse o pai.

Depois de quinze minutos de completo silencio dentro do carro, Remo estacionou na frente da garagem de casa, onde deveria ter um carro, mas meu pai o vendeu para comprar bebidas há dois anos.

– Quer que eu entre com você? – Ele perguntou e eu assenti.

Bati na porta, e quem veio atender foi a minha mãe. Ela estava com uma aparência cansada e triste.

– Mãe... – Falei antes de abraçar. – Você está bem?

– Estou, onde está o Andrew? Onde passaram a noite? –Ela perguntou olhando meu rosto e pousando o olhar sobre a marca do tapa do meu pai.

– Dormi na casa do Remo, vim aqui saber como você está.

– Eu estou bem... Mas seu pai... Ele está aqui perto, se vir você... – Ela disse preocupada. – Vá lá em cima, eu acho que você esqueceu alguma coisa lá, aproveita e pega um casaco. – Ela me empurrou escada à cima, mas ficou me esperando no andar debaixo.

Minha casa estava simplesmente devastada. Parecia que o furacão Katrina passou por aqui.

Peguei um casaco e me certifiquei de que não havia esquecido nada. Quando desci, Remo e minha mãe me olhavam apreensivos.

– O que foi?

– Sua mãe pediu para que passe um tempo na minha casa, e eu concordei com ela. – Remo falou naquela calma santa dele.

– Não posso. – Eu disse de cabeça baixa. – É a sua casa... Não posso, é verdade.

– Isso não foi uma pergunta, foi uma afirmação, você vai ficar na minha casa até que a neura do seu pai passe. Sem ofensas. – Ele disse e damos de ombros.

– Pegue suas roupas. – Minha mãe me fez subir de novo as escadas, só que dessa vez ela foi junto.

Enquanto eu arrumava minhas coisas, ela arrumava a malinha do Andrew.

– Minha mãe vai adorar saber que vocês vão ficar mais um tempo lá em casa. – Remo me assustou. Olhei para ele e ele estava rindo de canto escorado no portal da porta do meu quarto.

– Remo. Sei que estou incomodando. Não se preocupe, eu vou achar um lugar pra ficar e... – Ele não deixou terminar de falar, e deu uma risada.

– Você está me fazendo um favor indo para minha casa. Gosto te ter você por perto, e minha mãe vive dizendo que precisa de “uma companhia feminina” naquela casa. E não venha me dizer do espaço, porque você viu o tamanho que ela é. – Ele falou e eu fiquei sem nada para dizer, então apenas concordei com a cabeça. – Eu te ajudo a arrumar as malas.

(...)

– Mãe... – Eu fui me despedir dela.

– Filha... Só vou te pedir uma coisa. Não me procura mais por aqui, aliás, nem adianta, você não vai me achar. – Ela falou segurando minha mão. O rosto dela parecia mais feliz quando viu que eu realmente estava indo embora daquele lugar.

– Como assim?

– Aqui está meu novo endereço. Vou vender essa casa, mas seu pai não vai saber disso. Vou sumir. Só você sabe onde vou ficar. – Ela me deu um pedacinho de papel, onde estava escrito o endereço de onde ela iria morar.

– Vou sentir saudades! – Eu a abracei.

– Eu também meu amor. E manda um beijo para o Andrew. Não estou fazendo aquele papel de mãe dramática, pois tenho certeza de que ainda vou ver os dois de novo, e não vai ser tão tarde assim. – Ela acenou enquanto eu entrava no carro do Remo e ele dava partida.

No caminho eu olhei no relógio e já eram umas nove horas.

– Remo! Você não foi pra escola! – Eu falei alto demais.

– Estou te ajudando, além disso, é a primeira vez que falto no ano. – Ele disse calmo.

Sabe... De vez em quando essa calma estressa.

(...)

– Mãe? – Remo a chamou assim que entramos de volta na mansão.

– Filho! – Ela apareceu de alguma sala. – Pensei que não voltariam tão cedo. – Ela disse sorridente.

Remo explicou tudo para Sra. Elisabeth, que, se possível, alargou seu sorriso ainda mais.

– Espero não incomodar... – Disse meio vermelha.

– Você não incomoda querida. Aliás, estou mesmo precisando de uma companhia feminina aqui. – Ela sorriu.

– Eu não disse? – Remo cochichou no meu ouvido, e eu teria respondido se não fosse a mãe dele ter pegado o meu braço e me levado para o segundo andar da casa.

– Remo! Marcus! Pegue as malas, sim? – A mãe dele gritou.

Os dois saíram porta a fora. Ela me levou para um corredor onde eu me lembro de ser o mesmo do quarto do Remo.

– Esse daqui é o quarto do meu filho. – Ela apontou para a porta do lado direito do corredor. – Esse é o seu. – Ela apontou para a porta do lado esquerdo, que era o de frente para o do Remo. – Esse é o novo quarto do Andrew. – Ela apontou para a porta do lado do quarto que seria o meu. – Ele está brincando com a Valery, nossa empregada lá nos jardins. Ah, e meu quarto fica no final do corredor Logo que ela acabou de falar o padrasto de Remo e o próprio veio até nós com as malas.

– Eu vou deixar a mala do seu irmão no quarto dele, ok? – O cara falou. – A propósito, meu nome é Marcus.

– Prazer. – Falei pegando minha mala da mão dele, enquanto Remo segurava as outras duas.

Sério... Aquilo não era um quarto...

Era GIGANTE!

Tudo era branco, menos a mobília de madeira, que era um marrom bem escuro. Eu vi uma cômoda, um guarda roupa (Que provavelmente vai ser ocupado só a metade de tão grande que ele era.), e acama... De casal!

– Aquela porta ali é o seu banheiro. – Remo falou e percebi que estávamos apenas nós dois dentro do quarto. – Se quiser, mais tarde podemos redecorar do seu jeito e...

– Remo, está lindo assim.

– Quer que eu te ajude com as malas? – Ele perguntou sorrindo e eu aceitei.

Quando ele foi pegar a mala menor, eu rapidamente a afastei dele porque tinha algumas coisinhas que não queria que ele visse. Como por exemplo: Minhas calcinhas e meus sutiãs...

– Pode deixar que eu cuido dessa. – Eu disse e ele parece que entendeu o recado e pegou a maior, onde, até onde me lembrei, não havia nada de... Comprometedor lá dentro.

Depois de uns cinco minutos tirando roupas e as colocando nos cabides, e depois dentro do guarda roupa, Remo pega um vestido e fica o encarando, e depois ri pelo canto da boca.

– O que foi? – Pergunto.

– Esse foi o vestido que você usou no nosso primeiro encontro.

Mais fofo impossível.

– Você se lembra?

– Claro.

(...)

Quando acabamos, percebi que já estava anoitecendo, e que estava super hiper mega ultra cansada.

– Já vai dormir? – Remo perguntou ao perceber que eu procurava meu pijama.

– Sim. Onde você colocou meu pijama? – Eu perguntei derrotada. Percebi que ele estava com um sorriso maroto no rosto, e percebi que boa coisa não era.

– Eu achei ele muito curto, sabe. – Ele falou se levantando e se aproximando e mim.

– Mas até onde eu sei, sou a única que vai dormir aqui. Agora... Onde. Está. Meu. Pijama?

Ele não era tão curto assim. Era só uma camiseta com um ursinho e um short da mesma cor da blusa. Ok, talvez o short fosse um pouco curto.

– Ele está na ultima gaveta. – Remo falou.

Eu o peguei e fui para o banheiro, onde tomei um banho naquela ducha e coloquei meu pijama. Estava saindo do banheiro, quando me deparo com uma figura deitada na minha cama, que sorriu ao me ver saindo do banheiro.

– O que está fazendo aqui? – Eu perguntei.

– Essa é a minha casa.

– Tecnicamente, você mesmo falou que esse era o MEU quarto. – Eu retruquei.

– Mas o SEU quarto está na MINHA casa. – Ele retrucou de novo, só que dessa vez ele se levantou e foi até mim.

Olha, o Remo pode ser uma das pessoas mais calmas e pacientes que eu já vi na minha vida, mas quando ele quer provocar...

– Remo, quero dormir. – Eu disse enquanto ele me beijava.

– Isso é uma indireta para eu sair do quarto? – Ele perguntou.

– Isso é uma indireta que quer dizer boa noite. – Eu dei um selinho nele e fui me deitar.

– Dessa vez você ganhou. – Ele falou antes de fechar a porta.

O que?


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Notas finais do capítulo

Mas o quê...? kkkkkk Até a próxima gente.



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