Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 34
Bob Esponja, Médico Bonitão e A Visita


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem :3



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“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.”

– Oscar Wilde.

POV Marlene:

– Lene. – Meu irmão me chamou batendo na porta.

Ah, e eu olhei no relógio e eram... Sete e meia!

– O QUÊ FOI, TRASTE DOS INFERNOS!?! – Como eu amo meu irmãozinho, né?

– Seu médico, sabe... – Ele falou e tinha certeza de que ele estava rindo.

Mas eu não tenho culpa se toda vez que eu acordo eu estou parecendo um trasgo montanhês, brincadeira porque eu sou diva, mas vocês entenderam, e sim, eu sou muito modesta. Fui ao banheiro para lavar meu rosto, arrumar meu cabelo e tals.

Vesti uma roupa bem básica: Blusa branca com uma jaqueta de couro preta e uma calça jeans, hoje optei por usar um tênis vermelho.

E sim, eu amo minha jaqueta.

Desci as escadas e encontrei Vivian e Josh tomando café.

Comi panquecas e uma xícara de leite, pois não estava com tanta fome.

– Não vai comer mais? – Josh me perguntou assim que empurrei meu prato para longe de mim.

– Não estou com fome. – Eu falei e me sentei no sofá da sala, onde estava passando Bob Esponja. E eu gosto do Bob Esponja. Apesar de ele ser gay... Como o Ben.

Gays são legais, e fofos...

(...)

– Vamos, Lene. – Vivian me chamou e percebi que ela e meu irmão já estavam prontos para me levar ao... Argh... Médico.

(...)

Nós chegamos ao consultório, eu fiz minha ficha, e depois sentamos para esperar eu ser atendida.

Meia hora depois a secretária do médico me chamou.

Sabe aqueles médicos velhos, com o rosto todo enrugado?

Esse era o oposto deles, graças á Zeus.

Ele era moreno, alto, os olhos dele (que não me eram estranhos) eram azuis.

– Como vai Srta. Mckinnon? – Ele perguntou para mim, me tirando de pensamentos nada santos.

– Eu estou bem, eu acho... – Eu respondi meio insegura. Você não pode falar que está bem quando se vai ao médico, por que se você está bem, você não precisa estar lá.

– Olha, doutor. – Meu irmão começou. – Ela estava perdendo muito peso por causa da megera da minha mãe que ela queria ser modelo. Ai, ela desmaiou na escola e foi só ai que descobrimos que ela estava muito abaixo do peso ideal. E viemos aqui pra ver o que podemos fazer com ela.

Eu não saberia explicar melhor que ele...

– Ok. Bem, vamos fazer uns exames primeiro, ok? Tire a roupa, por favor, Srta. Mckinnon.

– Tirar a roupa, tipo... Tudo? – Eu perguntei ficando vermelha.

–Sim. Preciso te examinar.

– Josh... Vaza! – Eu avisei pro meu irmão, que falou que iria esperar na sala de espera. Vivian ficou comigo porque afinal ela é mulher e... A que se dane esse negócio de mulher! Eu fiquei com vergonha dela também!

Depois de tirar toda a minha roupa, ele me mandou deitar em uma cama e começou a me examinar com aqueles instrumentos gelados que médicos tem.

E sim, foi muito estranho.

AI MEU DEUS ele vai me estuprar!!

Depois de alguns minutos assim ele me falou que eu poderia vestir a roupa.

É pra glorificar de pé!!

Josh entrou de novo na sala, quando eu acabei de me vestir, claro, e o médico começaram a dar várias explicações.

– Bem... A Srta. Mckinnon está com sintomas de uma anorexia. Mas não é exatamente uma, é como um distúrbio alimentar... Apesar de todas serem preocupantes. Mas a dela, como vocês souberam com a doença ainda no começo, vai ser mais rápido de ela se recuperar. Vou passar uma dieta especial que ela tem que seguir a risca, e alguns remédios. Os remédios podem ter alguns efeitos colaterais no começo, como tonturas, mas depois passa. – Ele começou a escrever igual a um doido no caderno dele e depois me passou a dieta e os nomes da série de remédios que tinha que tomar.

– Também vou anotar o numero de telefone de uma psicóloga boa para ela. – Ele completou e eu ainda não consigo entender o porque de eu ir para a psicóloga.

– Você não vai me internar? – Eu perguntei.

– Não... A senhorita não está com problemas de peso por livre e espontânea vontade, pelo que sei você foi induzida a “não” comer. Mas você quer parar com isso, não quer?

– Sim.

– E como seu transtorno foi descoberto bem no começo, eu posso passar uns remédios para você tomar por conta própria.

– E quais são esses efeitos colaterais? – Josh perguntou.

– Depende do paciente. Mas normalmente são tonturas leves, dores de cabeça, essas coisas... Nada muito grave.

(...)

Chegamos em casa e eu fui me trocar. Estava muito calor então continuei com minha blusa branca e coloquei um short jeans preto.

– Marlene! Vamos sair para comprar as coisas que tem nessa dieta aqui e os seus remédios e já voltamos, ok? – Vivian falou pegando sua bolsa e Josh, sua carteira e as chaves do carro.

– Ok. Voltem logo! – Eu gritei do andar de cima.

Depois de uns minutos que eu fiquei lá pensando em absolutamente nada, eu resolvi descer e mexer um pouco no note do meu irmão enquanto ele ainda não chega.

Eu estava assistindo TWD (The Walking Dead) pela internet, quando a campainha toca.

Eu fui atender ela, e dei de cara com um moreno, que sorria discretamente para mim.

– Sirius... – Isso saiu mais como um suspiro de saudade. Eu o abracei com todas as minhas forças.

– Que saudade, morena! – Ele me levantou do chão.

– Entra. – Eu dei espaço para ele entrar e ele se sentou no sofá. – Como descobriu meu endereço?

– Lilian. – Ele apenas respondeu e eu entendi tudo.

– Mas e ai? Tudo bem? – Eu perguntei me sentando do lado dele.

– Tudo... Tirando o fato de você não dar sinal de vida por bastante tempo. – Ele me olhou repreensivo e eu fiz aquela carinha de cachorro abandonado.

– Me dá um desconto... Eu achei que o médico iria me estuprar hoje... – Ele ficou sério e eu ri. – Tô brincando.

– Eu vim aqui pra te falar uma coisa... – Ele começou e estava um pouco nervoso. – A professora Joanne pediu um trabalho em casais e... Bem, e você quiser eu posso fazer o trabalho com você... Mas eu vou entender se você quiser fazer com outra pessoa... – Ele abaixou a cabeça e eu repreendi um sorriso.

– Sirius. Posso fazer o trabalho com você sim.

– Bem... Então tá. – Ele tava tentando disfarçar a animação que eu vi.

– Sobre o que é esse trabalho? – Eu perguntei olhando nos olhos dele.

– Temos que ler um livro e depois fazer um resumo sobre ele. Aqui está a lista. – Ele me entregou um papel que tirou do bolso.

– Hum... Harry Potter? – Eu perguntei e ele concordou.

– Pode ser. – Ele falou.

– E você veio até aqui só pra me falar de um trabalho? – Eu perguntei entregando a lista de volta para ele.

– Na verdade, não. Estreou um filme no cinema, e eu queria assistir, e por acaso, tem uma seção que começa daqui á uma hora. Topa? – Ele perguntou sorrindo “daquele jeito”.

– Pode ser. Só vou colocar uma calça. Espera ai. – Eu subi as escadas e coloquei minha calça jeans o mais rápido possível, peguei minha bolsa vermelha e nós dois fomos para o cinema.

(...)

– Você viu a cara dela quando ela viu que ele era um monstro? – Eu perguntei rindo para Sirius quando saímos da sala.

– Haha. Foi muito engraçado. Ela era muito otária! Fala sério! O cara queria carne humana de café da manhã e ela achando a coisa mais normal do mundo! – Ele riu junto. Logo que paramos com as risadas, eu olhei pra ele.

– Tô com fome.

– Eu também. – Ele pegou minha mão e fomos para o McDonald’s. Eu não falei nada, pois estava com muita fome para protestar qualquer coisa.

Depois que ele pediu seu lanche com refrigerante e batata frita, ele perguntou o que eu queria.

– Vai querer uma salada? – Ele perguntou e eu revirei os olhos.

– Eu tenho uma dieta pra fazer. E tudo o que eu preciso é engordar, e você quer que eu coma salada? Pode deixar que eu peço o meu. – Ele me deu espaço e eu pedi o mesmo que ele, só que com uma porção de batatas fritas a mais.

Depois que pegamos nossos pedidos ele achou um lugar para sentarmos e começamos a comer.

– Tem um pouco de molho aqui. – Ele esticou se braço e eu senti sua mão passando pelo canto da minha boca, o que me causou sensações estranhas.

– Obrigada. – Falei envergonhada depois que ele se afastou de mim.

Acabamos de comer em silêncio e depois ele me deixou no apartamento do meu irmão. Mas ele resolveu não entrar.

– Então... Tchau. – Eu falei pegando as chaves do apartamento na minha bolsa. – E obrigada pelo filme. Estava precisando mesmo me distrair.

– Estava com saudade, sabe... De nós. – Ele falou e eu gelei. Como assim, nós?

– O que quer dizer com isso? – Eu perguntei, mas no fundo eu acho que já sabia de resposta.

– Nada, esquece. – Ele falou de cabeça baixa.

“Pessoas não esquecem essas coisas tão fáceis, Black.”

Pensei comigo mesma.

– Então, até mais. Você volta aqui depois para fazer o trabalho? – Eu perguntei destrancando a porta, ele fez que sim com a cabeça.

– Isso se você não voltar para a escola antes. Você tem o livro?

– Tenho. Vou começar a ler ele de novo.

– Eu também. Tchau, morena.

– Tchau, Sirius.

Eu o beijei na bochecha e entrei em casa.

Logo que entrei, Josh veio me atolando de perguntas, como: Onde eu estava, com quem eu estava, o que eu estava fazendo...

– Eu fui ver um filme. – Falei direta e me tranquei no meu quarto.

Eu fiquei sim meio mexida com o que o Sirius falou. Eu devia ficar, não devia?

Bem, eu só sei que esse “nós” não pode acontecer.

É apenas “eu” e “ele”.


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Notas finais do capítulo

Me aguardem! Beijos e obrigada por... por tudo até agora.