Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 26
Women Are So Complicated


Notas iniciais do capítulo

Ola a todos vocês! Queri agradecer muitississississimo a Blonde porque eu ganhei uma recomendação maravilhosa dela. Muito obrigado amore! Agora eu espero que gostem do capitulo. beijos!



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POV Sirius:

– O que aconteceu com a Marlene? – Eu cochichei para James durante a aula de História.

– Não sei... Você já conversou com ela? – Ele perguntou.

– Já. Eu já pedi desculpa, e olha que isso a gente não se vê todo dia... Mas ela nem olhou na minha cara! – Eu disse, só que depois calei a boca quando o professor Binns chegou.

– Senhor Black, pode me dizer o que é anacronismo? – Ele perguntou com aquela voz maçante e eu engoli seco.

(...)

– O professor quase pegou vocês... – Remo se aproximou de mim e do James enquanto pegávamos nosso material para a próxima aula.

– Pois é... Estava perguntando o que a Mckinnon tem. Você sabe? – Perguntei para Remo.

– Cara... Só o que sei é que ela não tá legal... A Dorcas me contou uma coisa... Ela soube que os pais dela estão brigando feio. – Ele fez uma careta.

– Eu entendo, vai por mim. – Eu falei antes de me virar para entrar na sala de Geografia.

Então os pais dela estão brigando... Ok. Até ai tudo bem, mas, por que raios ela tem de descontar a mágoa dela em MIM?!?

– Caramba... – Eu resmunguei para mim mesmo.

– Quer fazer algum comentário, Sr. Black? – A professora perguntou e eu neguei na hora.

– Sirius! – Alguém cochichou atrás de mim, e quando me virei vi que era a Susan.

– O que foi? – Cochichei para ela.

– Posso conversar com você depois da aula?

– Susan... – Eu já disse que quando ela fala em “conversar” sempre dá merda?

– Não é isso que está pensando, bobinho. Eu quero conversar mesmo, e o assunto te interessa, eu tenho certeza! – Ela cochichou antes da professora pedir para ela ler um trecho sobre... Sobre qualquer coisa.

(...)

– O que você quer? – Perguntei para ela, me encostando no armário vizinho.

– Não posso falar aqui. Vamos para uma sala vazia. – Ela me puxou, mas eu recuei.

– Susan, você me disse que era para conversar!

– Mas é! – Ela falou e eu virei de costas. Ela acha que vai me enganar. – É sobre a Mckinnon.

Ela falou isso e eu me virei e a encarei curioso.

– Olha, Kristine... Todo mundo sabe que os pais dela estão brigando, e isso não é lá uma novidade! Pais de todo mundo brigam todo dia! – Eu comecei a andar para o lado oposto de onde ela estava, mas ela falou e eu tive que me virar novamente.

– Mas você sabe o porquê de eles estarem brigando? – Ela arqueou uma sobrancelha.

– Não...

– Eu sei. E se você também quiser saber, vem comigo. – Ela estendeu a mão, mas eu sai andando para o lado da sala vazia.

Eu entrei na frente e pude a ouvir fechando a porta.

– Por que tanto mistério assim? – Perguntei divertido.

– A Marlene é a culpada pela briga dos pais. Por isso ela está assim. – Ela foi direta e eu arqueei uma sobrancelha.

– E o que ela fez de tão horroroso assim? – Perguntei divertido. Marlene amava o pai dela, a mãe eu já nem sei mais, mas eu tenho certeza de que ela nunca faria nada de propósito para separar os pais.

– Ah, você sabe... – Ela começou a falar rápido. – Ela tava ficando muito rebelde, estava brigando com a mãe. O pai não sabia de que lado ficar, e agora tem a anorexia e... – Como assim anorexia? – Oh, você não sabia? – Ela fez um olhar maldoso. Um olhar que eu odiei.

– Está mentindo. – Falei de cabeça baixa.

– Tire suas provas. Por que ultimamente ela só está de casaco? Está agressiva com certas pessoas... Está fraca, calada, e fala sério! Até o rosto dela está ficando magro! Tire o casaco dela e você vai ver o que a sua “morena” está se transformando. – Ela se aproximou da porta, mas depois voltou. – Só não conte a ninguém o que vai descobrir, ok? Não é bom as pessoas ficarem sabendo por ai que ela está virando uma vadia esquelética. – Ela piscou para mim.

– Mas você me contou, não foi? – Perguntei fechando as mãos.

– Achei que precisasse saber para quem você queria voltar a ser amigo... Eu sei que tentou pedir desculpas para ela, e ela nem olhou na sua cara... Ela é muito sem coração, não?

– Pode deixar, não vou contar, se isso for verdade, claro. – Levantei o rosto e tentei parecer indiferente.

– É verdade... Então a gente se vê por ai. – Ela foi saindo, mas eu a chamei e me encostei-me à parede.

– Não ganho um beijo, não? – Perguntei dando aquele sorriso, ela sorriu de volta e veio até mim.

Eu cheguei perto dela e comecei a acariciar seu rosto. Dei um selinho nela e beijei sua bochecha, logo depois cochichei no ouvido dela:

– Susan... Se você chamar a Marlene de novo de vadia, eu vou fazer você engolir cada letra do que você falou, e pode ter certeza que você não vai gostar nada, nada disso, ouviu? – Eu falei no tom mais frio que consegui falar e ela se arrepiou. Consegui o que queria. Logo depois eu sai de perto dela e fui lavar minha boca.

Fui para o banheiro me lavar, quando terminei me olhei no espelho. Não, não porque eu era bonito, irresistível, sedutor e bacana. Era porque não acreditava nas palavras da Susan.

A Marlene, Marlene Mckinnon com anorexia? Isso não é possível.

Mas se bem que... Nos últimos dias ela não estava comendo no recreio, e nem em outro lugar. Um dia ouvi de Frank que ela estava fazendo uma dieta que a mãe a obrigou a fazer... Mas não é possível que alguém tão sem coração vá deixar uma pessoa passar fome.

Precisava falar com ela.

Mas onde ela estava?

Não importa. Tenho que acha-la.

Mas não agora, ainda tem mais duas aulas antes do recreio.

(...)

(...)

– Sirius! Aonde você vai cara? – Pedro me perguntou assim que sai correndo da ultima aula.

– Tenho que... Resolver umas coisas. – Eu enrolei e sai correndo de novo.

Tirando o fato de que eu atropelei um povinho muito estranho que começou a me xingar de todos os nomes possíveis, e de que gastei apenas trinta segundos para descer do quinto andar até o térreo, eu consegui acha-la.

Ela estava conversando com a Lilian e com a Dorcas, ou melhor, estava ouvindo a conversa das duas.

– Marlene, podemos conversar? – Eu perguntei cauteloso, vai que ela tem uma arma escondida dentro do bolso do casaco vermelho que estava usando.

– Não tenho nada para conversar. – Ele nem sequer olhou para mim, de novo. As meninas ficaram encarando ela por um momento sem entender, até que a ficha caiu e elas se despediram da gente.

Eu me sentei no lugar da Lilian, ou seja, na frente dela. E ela fitava o chão.

– Marlene, o que está acontecendo? – Eu perguntei chegando mais perto, mas não muito.

– Não é da sua conta.

– Marlene... – Ela se levantou bruscamente e foi para dentro do prédio, e eu fui atrás dela.

Eu pensava que ela iria se trancar no banheiro, ou entrar para a sala da Grifinória, mas não, ela foi para o andar das salas de aula, que no momento estava vazio.

– Marlene! – Eu gritei o nome dela, mas ela entrou em uma sala vazia e se trancou. Eu me encostei-me à porta e falei. – A Susan me contou uma coisa, e queria saber se é verdade.

Quando falei isso, pude a ouvir destrancar a porta. Eu abri e a encontrei sentada em cima da carteira, fitando o chão.

– Eu prometo que não contarei a ninguém. Você sabe que eu não conto. Tira o casaco. – Eu falei, e por um momento eu pensei que ela não iria fazer isso e iria embora. Mas ela se levantou e começou a desabotoar o casaco, mas não trocando nenhum olhar comigo.

Quando ela tirou o casaco, não puder deixar de escapar um suspiro de susto. Ela estava realmente muito magra.

Não é como aquelas anoréxicas que vemos na televisão, mas ela estava muito mais magra do que antes.

– Quem está fazendo isso com você? – Eu perguntei com certa pena.

– Não fala mais comigo, por favor... – Ela falou com os olhos cheios d’agua.

– O que? – Perguntei me aproximando, mas cada passo que eu dava para perto dela, ela dava para longe de mim.

– Você quer meu bem? – Ela perguntou.

– É claro que eu quero, e você sabe disso! – Eu exclamei alto demais e ele, pela primeira vez, me olhou no fundo dos olhos.

– Então não fale mais comigo. Eu te perdoo Sirius. Mas, não fala mais comigo, ok? – Ela se virou e saiu da sala e eu fiquei lá, sem entender absolutamente nada.

POV Lilian:

– Como será que a Lene está se saindo com o Sirius, hein? – Perguntei me encostando-se ao meu armário. Estávamos esperando a próxima aula.

– Tomara que eles voltem. Ele faz um bem para ela... – Dorcas suspirou.

– Eu não teria tanta certeza se fosse você. – Ashley Courtney e Maggie Falcon se aproximaram.

– Cala a boca! – Dorcas falou brava.

– Por que você não vai fazer o que sabe? – Ashley disse para Dorcas. – Por que você não vai latir por ai?

– O que você disse? – Dorcas disse tremendo a voz de raiva.

– Está surda, meu bem? – Ashley se aproximou e as duas ficaram cara a cara.

– Cala a boca Ashley! – Dorcas falou.

– Quer saber, Meadowes, já estou cansada de você. – Ashley colocou as mãos na cintura.

– Quer saber Ashley, a escola inteira está cansada de você. – Dorcas revidou seca e pude ver Ashley bufar de raiva, mas, ao invés de ela ir embora, como fazia, ela levantou a mão e eu só ouvi um TAP.

Ashley deu um tapa bem dado na cara da Dorcas. Que se virou calmamente.

Primeiro eu pensei que ela não iria partir pra briga, mas depois ela falou.

– Eu. Vou. Te. Depenar! – Ela agarrou os cabelos na Ashley e as duas foram parar no chão. Pude ver no final do corredor que os meninos olhavam aquilo de olhos arregalados, inclusive Remo.

Eu me aproximei deles.

– O que a Dorcas está fazendo lá no meio?!? –Ele praticamente gritou.

– Só para constar e para vocês não discutirem depois, eu estava lá e vi que a Ashley começou tudo. – Eu disse calmamente e ele pareceu se acalmar um pouco. – E você sabe que a Dorcas não é de bater por nada! – Eu falei e ele concordou.

– Gente... – Frank começou. – O papo até que tá legal, mas... A gente não devia tentar separar as duas, não? – Ele falou isso e todos nós saímos correndo em direção as duas. Onde Remo agarrou na cintura da Dorcas e um carinha da Lufa-Lufa controlava a Ashley.

Antes de o Filtch chegar, nós a levamos para uma sala vazia. Onde ela se sentou em uma cadeira onde eu tentava arrumar o cabelo dela.

– Dorcas... – Remo começou e essa foi a nossa deixa para que eu e os meninos os deixássemos sozinhos.

POV Remo:

Depois que eles saíram, voltei minha atenção para a loira na minha frente.

– O que aconteceu? – Eu perguntei sério.

– Aquela garota me tira do sério! – Ela disse brava e se levantou. – Ela me deu um tapa! Um TAPA! Acha mesmo que eu iria deixar assim? – Eu percebi que ela estava com os pulsos fechados.

– Sabe que não devia ter feito aquilo, né? – Eu perguntei e ela me olhou incrédula.

– Como?!? Ela me prega um tapa na cara, e você diz que eu devia ter falado: “Ah, que legal! Agora pode ir contando para todo mundo que você me bateu e eu não fiz nada!” Fala sério, Remo! Aquela vagabunda me arranhou! – Ela mostrou os braços, que estavam vermelhos. Eu me levantei e fui até ela. Lhe dei um abraço, que ela não correspondeu.

– Olha, só estou falando que... Ela pode ter contado ao Dumbledore.

– Remo, meu amor... Se Dumbledore expulsasse cada um que arruma briga por aqui, nesta escola só estudaria a Lilian. – Ela disse seca e se desvencilhou de mim, ela iria abrir a porta, se eu não tivesse a puxado para perto de mim e lhe dado um beijo.

– Me desculpa tá! – Eu falei depois que nos separamos.

– Ok. – Ela me beijou de volta, só que dessa vez eu fui com mais intensidade.

– Remo...

– Por quê? – Eu perguntei inocente e mordi sua bochecha.

– Quer mesmo transar dentro de uma sala de aula vazia e cheirando pó de giz? – Ela arqueou a sobrancelha e eu riu sem graça. – Fiquei sabendo que a professora de Literatura vai dar uma atividade em dupla nas próximas aulas, e vai dar uma atividade para a dupla fazer fora da escola. Quem sabe você não poderia fazer essa tarefa comigo?

– Quem sabe, hum... – Eu disse com um sorriso malicioso na boca e ela me beijou.

– Vamos, a aula já vai começar. – Ela falou depois de eu a soltar.

Quando estávamos indo para a aula, encontramos um Sirius muito estranho na porta da sala.

– Sirius, o que aconteceu? – Perguntei.

– A Lene me perdoou.

– E não era pra você estar feliz? – Eu perguntei arqueando a sobrancelha.

– Pois é... Mas ela pediu para que eu não falasse mais com ela. E ela nem me explicou o porquê. – Ele abaixou a cabeça e eu passei meus braços por trás dos ombros dele.

– Pads, achei que você já sabia.

– Do quê?

– Mulheres são complicadas, meu amigo.


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Notas finais do capítulo

U.U Big Barraco da Dorcas com a Vaca! U.U Quem gostou???
Beijo!