Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 21
Valentine's Day - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Oioi!!!
Queria agradecer os comentários que tive até agora. Vocês me inspiram.



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POV Marlene:

– Meu Deus! – Pulei da cama ao acordar de meu pesadelo. Dei um longo suspiro e tentei relaxar indo tomar uma ducha. Enquanto me despia, pude ouvir meus pais brigando pela milésima vez essa semana:

– Você não deixa ela comer direito, Edith! – Meu pai berrava, coisa que era difícil de acontecer.

– Não vê como ela está gorda?! – Eles estavam falando de mim?

– Nossa filha está no peso ideal! E ela está linda! Não pode fazer isso com ela, vai deixa-la doente!

– EU sou a mãe dela! Eu sei o que faz bem para ela ou não! E não vê? Ela está ficando gorda, as roupas dela estão ficando apertadas demais! – Isso não é verdade! Ela olha as roupas que eu tinha a dez anos atrás, então é lógico que não vão servir mais!

Espera... Eu estava... Chorando? Não, eu não podia estar chorando! Minha mãe está fora de si lá embaixo e eu não poderia estar...

– Gorda. – Falei entre soluços. Tentando me acalmar e fingir que meus pais não estavam se matando por minha causa lá embaixo, tentei tomar meu banho em paz.

Desci para tomar café e encontrei meu pai sozinho sentado a mesa lendo um jornal.

– Bom dia, pai. – Me sentei a sua frente.

– Bom dia, filha. – Ele deixou o jornal de lado e me deu um beijo na testa. Preferi não tocar no assunto da briga, não seria muito bom brigar com ele no dia do Valentine’s Day.

– Onde está a mamãe? – perguntei depois de cinco longos minutos de silêncio.

– Ela preferiu tomar café no quarto. – Ele ficou quieto por alguns instantes e depois continuou. – Precisamos conversar sobre ela.

– E sobre o que seria?

– Eu quero divórcio. – Ele disse prendendo a respiração e rezando mentalmente para eu não fazer um escândalo.

– COMO ASSIM DIVÓRCIO?!? – Eu berrei.

– Estamos brigando muito, filha... Será melhor para todos nós, você precisa entender...

– É por causa de mim, não é? – Perguntei de repente.

– Não! Que absurdo! Claro eu não é por sua causa filha! Por que pensou nisso? – Ele se aprumos na cadeira.

– Eu ouvi sua “conversa” com a mamãe agora a pouco. – Disse olhando para baixo.

– Filha... Não é por sua causa, é por causa da sua mãe. Ela está ficando paranoica. Por favor, me prometa que vai parar de se culpar. – Ele levantou meu queixo e eu disse que sim.

– Mas você já falou com ela sobre isso?

– Ainda não... Mas eu vou tocar no assunto logo, logo.

– Então conversa com ela primeiro, e depois nós três conversamos. Vou dar uma volta, tchau. – Dei um beijo em sua bochecha e sai.

Resolvi dar uma volta a pé, as pessoas dizem que é bom para espairecer a mente, então vamos ver se resolve.

Para onde eu iria? Não sei.

Só sei que não era um bom momento para ficar juntos com os meus pais...

(...)

Já estava perto do Big Ben quando fui me tocar que estava a mais de duas horas andando mais sem rumo do que cego em tiroteio.

– Será que vão me deixar entrar na praça assim? – perguntei pra mim mesma me olhando em uma vitrine, e me lembrando de que haveria uma comemoração na praça principal da cidade hoje.

– Você está maravilhosa! – Alguém falou atrás de mim.

– Hey, eu te conheço! – Falei divertida e o cumprimentei. – Benjamin Wood, certo?

– Certíssimo, minha cara! Eu me lembro que você estava bem mal quando nos conhecemos. – Engoli seco. Por que eu tinha que me lembrar do Sirius em um dia tão bonito como esse?

– Pois é, mas já estou melhor. – Menti na maior cara de pau que uma pessoa pode ter.

– Você vai à praça? Por que, para mim, você parece bem triste ainda, só não sei se é pelo mesmo motivo...

– Não sei se estou vestida para ir á praça. – Olhei para mim mesma. Estava vestindo um short jeans preto, com uma blusa branca com detalhes em roxo e prata, mais um colete preto por cima e meus inseparáveis coturnos.

– Você está fantábulosa! Agora vamos? – Ele abriu a porta do carro dele para mim e eu pensei: Por que não? Eu não tinha nada para fazer, e ele era educado, divertido, legal, e fora que era um gato.

– O que é fantábulosa? – Perguntei me sentando no banco do passageiro.

– É a mistura de fantástica e fabulosa. – Ele falou dando partida no motor. – Mas me diga uma coisa, por que está assim?

– Meus pais estão brigando muito e meu pai falou que quer se divorciar com a minha mãe. – Desabafei T-U-D-O. Ou quase tudo.

– Eu sei que não é só isso! – Ele disse não tirando os olhos da rua. Ele é um tipo de mutante que lê mentes, ou coisa parecida? Ele deveria entrar pro X-men! Ou para Os Vingadores!

Tá, parei.

– É sobre o Sirius. Ele promete as coisas e não as cumpre! Ele é um galinha, ordinário, filho de uma...

– Ok, já entendi! Pois saiba que eu estou aqui para o que precisar. – Como assim: “Para o que precisar?” – Não pense que eu sou galinha. Não sou desse tipo. Afinal, somos apenas amigos, não é? – Finalmente um homem que não vê só bunda em uma mulher!

(...)

– Chegamos. Quer ajuda para descer? – Ben perguntou assim que desligou o carro.

– Obrigada, mas não precisa. – É um defeito meu eu sempre querer fazer tudo sozinha, sabe, não depender de ninguém.

Mas mesmo assim ele abriu a porta e me estendeu sua mão, na qual ele só soltou quando já estávamos dentro da praça.

Minha visão sobre a festa:
Os casais estavam iguaizinhos aqueles pombinhos acasalando que a gente vê na rua ou na TV. Ok... Isso foi meio estranho.

– Quer alguma bebida? Pois eu vou lá pegar uma para mim. – Ben me chamou, me fazendo me livrar de meus (estranhos) devaneios.

– Não, obrigada. Vim aqui mesmo só para relaxar. – falei me sentando perto do lago, e também vi que certo vira-lata também teve essa ideia...

POV Sirius:

– Bem, Suzan... Aqui estamos. Vou me sentar aqui e se você quiser comprar alguma coisa... – Dei algum dinheiro a ela, o que a fez sumir dali.

– Não, obrigada. Vim aqui mesmo só para relaxar. – Uma voz muito familiar veio atrás de mim e logo dei um sorriso alá Sirius Black. Mas meu sorriso murchou ao saber que a dona daquela voz brigou feio comigo ontem. Depois que a companhia dela saiu em rumo as barraquinhas de refrigerante, eu me virei para ela.

– Como vai, Lene?

– Estava melhor enquanto você não falava comigo...

– Me desculpa, é sério! – Implorei, coisa que se é difícil de ver é Sirius Black implorando alguma coisa para uma mulher.

– Sirius, não banca o inocente que isso não combina com você!

– Lene, eu não estava bancando o inocente... Eu SOU o inocente!

– Me poupa Sirius. Se lembra daquela vez que eu te perdoei por causa daquela história com o Régulo, eu disse que só te daria mais aquela chance, e você a jogou no lixo! – Ela saiu pisando duro.

– Marlene, por favor! – Eu gritei atrás dela, mas ela me ignorou completamente, até que eu a alcancei e segurei seu braço. – Marlene...

– SIRIUS BLACK! EU ESTOU PROCURANDO MEU ACOMPANHANTE, ENTÃO SERÁ QUE DÁ PARA CUIDAR DA SUA VIDA E ME DEIXAR EM PAZ! NÃO TEMOS MAIS NADA PARA FALAR UM COM O OUTRO, OU SERÁ QUE VOCÊ AINDA NÃO ENTENDEU!? – Ela se soltou de mim bruscamente e saiu correndo.

Meu Pai Eterno! Eu nunca... Nunquinha... N-U-N-C-A, vou entender o que se passa na cabeça de uma mulher como a Marlene. Será que deve ser por isso que ela é tão atraente? SIRIUS! CUIDADO COM O QUE VOCÊ PENSA HOMEM DE DEUS!

Mas é verdade, primeiro: Ela acha que não é nada na minha vida, o que não é verdade! Ela é uma ótima amiga, AMIGA!

Segundo: Ela pensa que eu chamei a Kristine para vir comigo neste dia tão amigável que está sendo hoje (sentiram a ironia?), o que também não é verdade.

Terceiro: Para foder com tudo de vez, eu briguei com ela justamente quando ela estava na TPM!

Eu sou muito sortudo...

– Sirius? – Suzan me chamou. – Eu trouxe pipoca, você quer?

– Não, obrigado... – Falei entediado.

– Então vamos dar uma volta perto do lago? – Ela disse e eu topei. Quando me levantei, por cavalheirismo, estendi a mão para que ela pudesse se levantar, a mão na qual ela não soltou enquanto não chegássemos perto do lago.

E lá adivinha quem eu encontro?? Não, não é o coelhinho da Pascoa e muito menos o Papai Noel... Marlene Mckinnon te lembra alguma coisa?

– O que ela está fazendo aqui? – Suzan perguntou.

– Me divertindo com meu amigo, afinal, este parque não é publico? – Marlene respondeu com uma calma preocupante.

– Nem sei se ISSO é diversão... – Suzan cochichou para mim, mas Marlene ouviu.

– Ah, é!? E eu nunca pensei que ficar com você fosse uma coisa legal! Esse cachorro vira-lata ai está quase dormindo de tanto tédio! – Lene explodiu. E isso doeu, viu!

– O Sirius não acha isso! Acha Sirius?! – Suzan começou a gritar também e... Pelos raios de Zeus, por que colocar meu nome nisso?!?

– Ele vai defender a amiguinha, não é? – Mckinnon falou ameaçadoramente, o que arrepia os pelos da nuca de qualquer um.

– Marlene... – Comecei a dizer, mas ela me interrompeu aos berros.

– QUER SABER SIRIUS!? EU JÁ ESTOU CANSADA! NEM SEI PORQUE EU AINDA CONVERSO COM VOCÊ, NEM SEI PORQUE EU COMECEI A CONVERSAR COM VOCÊ... SEU IDIOTA! – Ela começou a ficar com os olhos cheios d’agua, e sabe quando você começa a se sentir culpado por tudo o que você já fez na vida... Até da primeira vez que você grudou chiclete embaixo da carteira sem o professor ver...

– Lene, querida... – O acompanhante dela começou a falar. – Acho que você deveria tomar cuidado com o lag... – mas eu não pude ouvir o resto, aliás, depois disso eu não ouvi mais nada, pois eu estava preocupado demais em prender a respiração...

POV Marlene:

Eu estava lá brigando com o Sirius, todo mundo me olhando e achando que eu era uma maluca... Supernormal, isso acontece todo dia quando estamos no intervalo da escola.

Mas, como já estava acostumada a discutir com o Sirius na escola, eu acho que me esqueci de lembrar que havia um lago atrás dele naquele momento. Depois que Ben avisou, já era tarde demais... Ele caiu com tudo no lago, assustando os pobres patinhos e marrecos...

Ele se levantou, já que caiu na parte rasa, e ficou me olhando e olhando para a roupa encharcada, me olhando e olhando para a roupa encharcada, me olhando e olhando para a roupa encharcada...

Ele me lançou um olhar que me arrepiou... Mas dessa vez, de medo. Estava com medo do Sirius, mas eu preferiria mil vezes que ele tivesse gritado comigo, ou aprontado o maior barraco do século em Londres, ou tacado fogo em tudo, mas ao invés disso... Ele simplesmente me olhou com raiva e saiu sem dizer absolutamente nada, claro que acompanhado por Suzan.

Mas veja pelo lado bom... Droga! Não existe mais um lado bom nessa porra mais! Eu briguei com o Sirius, só isso que aconteceu!

– Marlene, você está bem? – Benjamin perguntou se aproximando e colocando a mão no meu ombro.

– E-estou. – Disse gaguejando, o porque, só Afrodite sabe...

– Vem, vou te levar para casa.

(...)

O caminho foi todo silencioso, e eu tinha certeza de que Sirius está com vontade de me tacar um Avada numa hora dessas.

– Ele era o Sirius, não era? – Bem perguntou, quebrando o longo silêncio.

– Sim... – Falei com os olhos marejados. – Eu sou uma tonta em brigar com ele! Ele vai me matar agora! Mas não que ele não tenha merecido!

– Hei! – Ele parou na frente da minha casa, e me abraçou. – Não fique assim, ok? Você é linda, inteligente, divertida... Ele não te merece, ele pode ser o “galã de Hogwarts”, como você fala, mas ele não chega aos seus pés! – Ele tentou me reanimar e eu o abracei de volta, mas dessa vez deixando nossos rostos mais colados um no outro.

– Nossa, que lindo o que você acabou de falar... Acho que qualquer garota daria tudo para ficar com você... – Pensei alto.

– Ah... Espero que você não seja uma dessas garotas... Não quero te decepcionar... – Ele falou brincalhão.

– O que? Gosta de garotas difíceis? – Perguntei me soltando de seu abraço caloroso.

– Não... Na verdade, bem... Eu...

– Diga. – O incentivei.

– Eu sou gay.


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Notas finais do capítulo

O mái Gódi!
kkkkkk
Isso foi uma surpresa?
Benjamin Wood: Paul Wesley

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Beijo