Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 15
Etês Vão Dominar o Mundo


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!
Here i am...
Queri agradecer e todo mundo que já mandou seus reviews... Obrigadaa!
De novo
:3
Falta algum lin ou personagem que eu nao tenha mandado? Se estiver por favor me avisem, que eu colocarei.
Aproveitem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/517256/chapter/15

POV Dorcas:

SETE DIAS!!

Não, eu não sou a Samara, e muito menos sai de uma TV. É que já faz sete dias que eu e o Remo brigamos.

Será que eu o perdoo?

Será que ele vai querer o meu perdão?

Será que ele já arrumou outra?

Será que ele vai olhar na minha cara?

Será que Etês existem?

Será que eles vão dominar a Terra?

Quem será que eles matam primeiro, eu ou o Remo?

Bem, já chega de perguntas, já tô confundindo tudo.

Você deve estar se perguntando: Como vocês se viram na escola? Eu te respondo: Ele, todo o santo dia, toda sagrada hora, e todo abençoado minuto vinha até mim, ficava de joelhos e me pedia desculpa.

E o que EU fazia: Eu fingia que as meninas estavam me chamando, eu dizia não e virava a cara, eu fingia que estava mexendo no celular... E sempre deixando ele no vaco.

Hoje é uma sexta feira, graças aos deuses do Olimpo. Pelo menos vou ficar dois dias sem ver ele.

Como se isso fosse uma coisa boa...

Lá estava eu, sentada no pátio, lendo “As vantagens de ser invisível.”, bem que eu queria estar numa hora dessas. Continuando, depois de uns dez minutos a Lily chegou e se sentou ao meu lado, depois veio a Lene e a Alice, e por fim, Mary.

– O que você tá lendo? – Alice perguntou.

– As vantagens de ser invisível.

– E já descobriu quais são? – Lene perguntou.

– Bem que eu queria... – Suspirei e olhei para a mesa onde estavam sentados os Marotos, e Remo olhava pra mim. As meninas perceberam, e Lily falou:

– Por que você não o perdoa?

– Por que eu O VI beijando outra garota, e essa garota era Ashley Courtney!

– Já conversou com ele? – Mary perguntou.

– Não! Não quero falar com ele! – Disse insegura.

– Dorcas... Você conhece o Remo, sabe que ele detesta a Ashley mais do que ninguém, principalmente agora, e ele já te pediu em namoro e está bem claro aqui que ele te ama. Então o que você tá esperando!? – Lene disse colocando a mão na cintura e as outras concordaram com o pequeno discurso dela.

– Vamos falar sobre outro assunto que não o envolva, por favor? – Disse suspirando, sabia que ela estava certa, mas tinha ainda uma coisa que não me deixava ir lá nele e falar: “Remo, eu te perdoo, vamos nos beijar, nos casar, ter dois filhos e um cachorro?”

– Ok. Vamos falar sobre o quê? – Alice disse se espreguiçando.

– Os etês vão dominar a Terra? – Perguntei subitamente.

– Sei lá. Mas se dominarem torce para que matem o Sirius. Não aguento aquele cachorro! – Marlene disse um pouco alto.

– AFE! – Lily disse. – Vocês só pensam em morte, hein! Eu acho que deveríamos fazer amizades com os etês... E depois comermos torta de banana. – Ela disse lambendo os lábios.

– Por que não pode ser de chocolate? – Alice disse fazendo beiço.

– Por que não pode ser de baunilha? – Lene disse imitando a Alice.

– Por que não pode ser as três? – Mary disse, gulosa como sempre.

– Tá me dando fome sabia? – Disse colocando meu livro na mochila, já vi que não se consegue ler com essas quatro por perto.

– Vamos ver se tem alguma coisa na cantina. – Lily se levantou e Mary também, como eu disse, ela é um saco sem fundo, não sei como não engorda.

– Eu vou também. – Disse me levantando, sendo seguida por Lene.

– Vou lá com os meninos e depois encontro você, ok? – Alice disse, logo depois saiu correndo em direção a mesa dos meninos, sendo parada apenas pelos braços de Frank, a recebendo para um abraço.

Sim, eu fiquei com uma pontinha de ciúmes... ASSUMO! ESTOU COM SAUDADES DO REMO! COM SE ISSO JÁ FOSSE NOVIDADE! (Minha voz interior se desabafando comigo mesma).

– Vamos Dorcas. – Lily me puxou, e foi ai que eu percebi que eu estava olhando para a mesa dos meninos enquanto me desabafava.

(...)

(...)

(...)

Já estava na hora de ir embora. Depois do showzinho da Marlene e da Mary, dando graças aos Céus que acabou a aula, topei com os meninos na porta nos esperando.

– Olá meninas. – Sirius disse dando aquele sorriso torto, e pude ver Lene bambear um pouco as pernas, depois fala que não gosta dele...

Se passou um tempo e Alice e Frank, Mary e Pedro, foram para sabe-se lá aonde... Sirius disse alguma coisa para Marlene, que a mesma saiu correndo atrás dele... Bem, só ficamos nós quatro. Eu fiquei o mais distante possível dele, não quero eu pense que o perdoei, por que eu não perdoei MESMO.

– James, me dá uma carona hoje? – Lilian perguntou com aquela voz doce que só ela sabe fazer. James sorriu igual um bobo pra ela e depois respondeu:

– O que você não me pede chorando que eu não faço sorrindo. – E deu o braço pra ela, que saíram em direção ao estacionamento. Esses dois dariam um casal legal...

Por falar em casal, estava apenas eu e Remo na porta, me recusava a olhar para ele, mas pude sentir seu olhar queimar minha pele.

– Dorcas...

– Tenho que ir... – Disse saindo correndo em direção ao ponto de ônibus.

(...)

– Mãe? – Perguntei assim que tranquei novamente a porta de casa.

– Oi, filha, como foi a aula? – Ela perguntou saindo da cozinha, com o avental sujo de molho de tomate. Queria dizer que iríamos ter macarrão para o jantar, Eba!

– Foi bom... Cadê o papai? – Perguntei colocando minha mochila em cima de uma cadeira qualquer.

– Ainda está no bar... – Ela disse de cabeça baixa.

– O que ele está fazendo lá uma hora dessas? Já está anoitecendo! – Eu disse brava.

– Filha... Chegou mais uma dívida... – Ela disse me mostrando um pequeno envelope em cima do nosso sofá.

– E por que ele vai beber? – Eu disse com os olhos cheios de água, sabia o que iria acontecer quando ele chegasse. – Por que não vai arrumar um emprego, ou coisa do tipo? Por que gastar todo o pouco dinheiro que ele tem com pinga, cerveja e sabe-se lá o que ele toma. – Disse jogando a carta no sofá, de novo.

– O jantar está quase pronto. – Ela disse mudando de assunto, me fazendo olhar pra ela e ver um hematoma roxo em seu braço.

– O que é isso? – Eu perguntei, e logo ela escondeu com a manga de sua blusa.

– Nada filha, eu só me machuquei agora pouco e...

– Mãe, isso não é machucado de “agora á pouco”. O que aconteceu? – Perguntei já sabendo/temendo a resposta.

– Nada filha... Eu já disse... – Ela disse se olhando no espelho e arrumando seu coque de cabelo.

– Mãe... – Insisti e ela disse/desabafou.

– Foi seu pai... – Ela falou com os olhos marejados. – Em uma das crises dele... Não o culpe! Foi um acidente, ele só esbarrou em mim e eu bati com o braço na quina da mesa! Você sabe mais do que ninguém como ele fica quando bebe demais! – Minha mãe disse brava, vendo a cara de incredulidade que eu fazia. Como meu pai pode bater na minha mãe? E ela deixar? E não pense que ele “esbarrou” nela sem querer... Meu pai não faz nada sem querer.

– DORC! DORC! – Uma voz de bebê me chama para o andar de cima.

– O Andrew acordou agora? – Perguntei subindo as escadas.

– Deve ser... Ele estava com saudades. - Minha mãe disse voltando á cozinha.

Subi até lá e virei á segunda porta á direita no estrito corredor que tínhamos. Nós moramos em uma casa de um bairro popular, então beleza não tem muito a ver com a nossa casa.

– Oi meu amor! – Disse pegando o menininho que estava sentado na cama dos meus pais.

– Dorc!– Ele disse abraçando meu pescoço, me fazendo apertar ele até sufoca-lo, mas é óbvio que não fiz isso.

Para quem não sabe, o menino que está no meu colo é o Andrew, ele é meu irmão mais novo e tem dois anos. Ele não é uma gracinha?

– O que você quer meu amor? – Perguntei.

– Quelo colo. – Ele disse com aquela vozinha angelical que pessoinhas iguais ele tem.

– Mas você já está no meu colo. – Falei brincando com uma de suas mãozinhas.

– Mamãe colo! –Ele disse olhando pra mim.

– Mamãe tá fazendo papá, amor. Quer comer macarrão?

– ÊÊÊÊÊÊÊ! – Ele disse batendo palma, o que me fez beijar aquela bochecha gorducha dele.

Estava curtindo um pouco o Andrew, quando ouço alguém esmurrar a porta. Não sei como ele ainda sabe o caminho de casa. Depois ouço o mesmo estrondo, deve ser a porta se fechando.

– Vamos para o meu quarto Andrew? – Perguntei tirando a atenção dele de um cachorrinho de pelúcia.

O Fofo pode vim? – Ele perguntou.

– Claro que pode. Vamos. – Eu disse pegando ele no colo e correndo com ele para o meu quarto, antes que meu pai aparecesse e fizesse alguma coisa com ele.

Tranquei a porta e fiquei escutando a conversa dele com a minha mãe no andar debaixo.

– Essa gororoba não tá pronta ainda não? – Ele perguntou em um tom de voz arrastado e nervoso.

– Ainda não. – Minha mãe respondeu pacientemente.

– Então vai tomar no cú! – Ele gritou, e me certifiquei que Andrew não estava dando bola para a conversa, e como sempre, ele estava brincando com o cachorrinho de pelúcia dele.

– Cadê a Dorcas?! – Ele disse batendo a mão na mesa.

– Não sei. – Minha mãe respondeu, ela nunca iria falar onde eu estava para o meu pai, não com ele naquele estado.

– Mas que porra! Você não serve pra nada! Nem pra saber onde a sua filha está! – Ele berrou. – E o Andrew?

– Deve estar com a Dorcas.

– E onde está a Dorcas?!

– Já disse que não sei.

– Só não te bato porque...

– Por que eu tô aqui! – Eu gritei do andar de cima, desesperada.

Ouvi os passos dele subindo a escada e rapidamente sai do meu quarto e tranquei a porta, com Andrew dentro.

– Cadê o Andrew?! – Ele perguntou assim que acabou (não sei como) de subir as escadas.

– N-não sei. Não está com a mamãe? – Perguntei apertando a maçaneta do meu quarto, como se fosse adiantar alguma coisa.

– Nem pra isso você serve também! Vocês são um bando de tapadas mesmo! – Ele disse descendo/rolando as escadas. Logo depois ouço a porta bater, ele tinha saído.

Destranquei a porta do meu quarto e vi que Andrew dormia calmamente. O bom de ser criança é isso, não se importar com os problemas de adultos, só se importando com que brinquedo vai brincar amanha.

Mas uma hora temos que crescer, e perceber que nem tudo é um conto de fadas.

Fechei a porta de novo, só que dessa vez com mais cuidado, e desci as escadas, no momento em que a campainha tocava.

– Pode atender mãe, eu cuido para que a comida não queime. – Disse indo para a cozinha enquanto minha mãe ia atender a porta.

–Filha! É pra você! – Minha mãe disse voltando para a cozinha e dando uma piscadela para mim.

Fui lá ver quem era. Um garoto alto, olhos cor mel, cabelos castanho claro me olhava confuso, mas ao mesmo tempo, piedoso. Acho que já sabem quem é: Começa com R e termina com emo.

– O que você quer? – Grunhi entre dentes.

– Só conversar. Por favor! – Ele disse ele disse fazendo súplica com as mãos.

Ai eu pensei em tudo o que as meninas disseram para mim, e perguntei para mim mesma, por que não?

– Tem dois minutos. – Disse saindo para a calçada, sendo seguida por ele.

– Por onde eu começo... – Ele estava se perguntando.

– Pelo começo. – Sugeri ironicamente. – Não tenho todo o tempo do mundo.

– Olha... Dorcas, me desculpa! Por favor! Eu não queria! Eu juro! Ela me pegou e me segurou e... Não foi culpa minha! Eu passei mal em casa por ter beijado aquela coisa!

– Remo... – Mas ele me ignorou completamente.

– Eu estava saindo da aula, quando eu vi que alguém tinha me empurrado pra uma sala, quando vi era ela, não deixei que ela me beijasse de verdade, por que ela não é, e nunca vai ser você Dorcas! Não tem nem comparação! – Ele disse olhando nos meus olhos e pude ver que seus olhos estavam marejados. Remo Lupin estava chorando?

– Remo eu...

– Me perdoa? Eu tô desesperado! Eu te quero tanto. – Ele foi chegando mais perto e eu congelei. – Eu te amo. – Isso saiu como um sussurro.

Agora eu já sei porque não estava conseguindo perdoá-lo. Não era os meus sentimentos que eu estava em duvida, era os dele! Desde o começo eu já sabia que o amava, mas não tinha certeza se ele me amava de volta. Por mais que as meninas falavam, eu queria saber por mim mesma, e agora já sei. Agora já sei o que fazer.

– Repete, por favor. – Disse colocando a mão no ouvido.

– Eu te amo, Dorcas Meadowes! – Ele disse em alto e bom som. – Só me perdoa... Não consigo viver sem você. – Ele disse fazendo carinha de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança, que aliás caia muito bem nele.

– Você é romântico até demais, Lupin. – Disse séria, o que o fez baixar a cabeça e escorrer uma lágrima de seu rosto.

OK! Agora eu tenho certeza que ele me ama! Já posso partir pros finalmentes né?!

Não pensei duas vezes e cheguei bem perto dele e colei sua testa na minha, o fazendo assustar. Ri da cara de susto dele, e depois fui chegando mais perto dele, fazendo nossas testas se colarem de novo.

– Eu também te amo. – Sussurrei pra ele enquanto roçávamos nossos lábios, e pude senti-lo sorrir.

Ele mordeu levemente a parte inferior da minha boca e eu arfei! Que falta de ar! Meu paizinho do céu!

Depois que fiz isso, ele me beijou e eu dei graças á Merlin por ter ouvido minhas amigas! Como eu sentia falta daquilo.

Suas mãos foram direto para minha cintura e minhas mão foram para sua nuca, que, de vez em quando eu a arranhava carinhosamente, o sentindo arrepiar.

– Sentia falta disso. – Ele disse sem ar quando nos separamos.

– Também! – Me limitei a dizer. – Pode fazer aquela pergunta de novo? Sabe... De quando você me deixou pela primeira vez aqui na porta de casa...

– Se você queria namorar comigo? – Ele perguntou confuso.

– Essa mesmo. – Disse colocando minhas mão de volta para sua nuca, o fazendo entrelaçar seus braços na minha cintura.

– Quer namorar comigo? – Ele disse arqueando a sobrancelha. Limitei-me a sorrir marotamente e dizer:

– Sim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Dorcas e Remo... Muito fofos!
Repetindo... Tem alguma coisa que falta, algum link, algum visual, alguma foto, algum personagem? Se tiver, ficarei agradecida em me avisarem. Beijinho!