Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 14
Clube de Livros


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo... Vão se cansar de mim kkkk
Espero que gostem.



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POV Remo:

Assim que sai da sala, fui procurar Dorcas. Precisava explicar pra ela que tudo o que aconteceu não passou de um mal entendido. Será que ela iria acreditar?

Bem, não dava tempo para fazer perguntas envolvendo a palavra “será”. Fui á biblioteca, fui a todas as salas de aula existentes em Hogwarts, fui ás estufas de jardinagem, fui até no laboratório, mas nada dela.

– Onde você está? – Eu me perguntei enquanto estava andando pelos corredores, prestando atenção no rosto das pessoas que passavam por lá, para ver se encontrava minha loira de olhos claros.

– Remo! – Alice chegou brava. – O que você fez com a Dorcas?! – Ela colocou as mãos na cintura.

– Ela me viu beijando a Courtney... Mas foi ela que me forçou, eu estava tentando tirar ela do meu pescoço e a Dorcas chegou. Eu preciso me explicar pra ela! Você a viu?

– Ela estava do corredor da sala de Química, e estava chorando... – Ela disse triste. – Eu tentei falar, ou perguntar alguma coisa, mas ela não deixou.

Passei as mãos nos cabelos, nervoso, eu não suportava a ideia de ver Dorcas chorando, ainda mais se fosse por minha causa.

– Obrigado Alice! – gritei para ela enquanto estava correndo para o corredor de Química.

(...)

– DORCAS! – Gritei assim que entrei no corredor, mas o mesmo estava vazio. Não tinha uma alma viva lá dentro.

Onde ela está?

– Remo! – Eu ouço alguém me chamando, mas acho que esse alguém não era a Dorcas.

– O que você quer?! – Eu perguntei cheio de raiva para Ashley Courtney, que se aproximava com seu sorriso falso e sua trupe de líderes de torcida.

–Nossa! Quanta grosseria! – Ela colocou a mão no peito, parecendo ofendida. Cinismo nada...

– Por sua causa a Dorcas tá sabe-se lá onde, e eu estou desesperado procurando ela, e você acha que eu fico como?! – Perguntei incrédulo.

– Pode ficar comigo... – Ela disse se aproximando perigosamente de mim, mas eu desviei antes que ela pudesse fazer alguma coisa.

– Prefiro continuar procurando. – Disse áspero, me virei e nem vi qual foi sua reação, só sei e não foi boa, pois ouvi um “Calma” da Falcon.

(...)

Depois de procurar até dentro das privadas de Hogwarts, desisti. Isso mesmo! Desisti! Mas só desisti, porque sei que um dia ela tem que aparecer.

Estava pensando em absolutamente nada quando Pedro vem e tromba comigo e quase me faz cair no chão.

– Ah... Oi Remo! – Ele disse pegando um caderno no chão. – Achou a Dorcas?

– Ainda não... Você a viu? – Perguntei como não queria nada, mas na verdade, estava torcendo para ele falar que sim.

– Vi sim! – Ai eu fiquei mais interessado. – Ela disse que não estava se sentindo muito bem e depois inventou uma desculpa para ir para o caminho da biblioteca, ela deve estar lá. Agora, tenho que falar com a Mary, ela disse que queria saber de notícias da Dorcas também. – E saiu.

Biblioteca, lá vou eu!

(...)

Não achei ninguém, mas também, aquela luz não colaborava em nada mesmo! Acho que fiquei uns vinte minutos rodando aquela biblioteca, procurando em todas as prateleiras existentes naquele lugar, e nem um fio de cabelo dela.

Quando estava saindo, vi, bem distante, uma garota de cabelos bem claros, sentada, parecendo ler o livro, mas seus olhos indiciaram que ela estava pra lá de Bagdá.

– Dorcas? – Perguntei atrás da jovem, que ficou estática.

– O q-que você quer? – Ela perguntou soluçando.

–Me desculpar. Por favor! Me ouve. – Eu disse ficando de frente para ela, que se recusava em olhar nos meus olhos.

– Eu já ouvi e vi tudo o que tinha que ver, Lupin. Agora se me dá licença, eu tenho coisas mais importantes do que ficar aqui perdendo meu tempo com você. – Ela disse friamente e saiu da biblioteca. Fiquei estático, pois ela nunca havia falado assim com ninguém.

Será que perdi ela mesmo?

POV Dorcas:

Como ele se atreveu a fazer isso comigo?!

Era esse o pensamento que eu insistia em ficar lembrando, a cena que não saia da minha mente. Quando menos percebi, meus olhos já não aguentavam as lágrimas que insistiam em escorrer, e começaram a descer, uma por uma, em meu rosto vermelho, não de tristeza, mas de raiva... Raiva de Ashley Courtney.

– Dorcas! – Ouvi Alice chamar meu nome longe, mas eu não virei, não queria que ninguém me visse naquele estado. – Dorcas! O que está acontecendo? – Dessa vez ela foi mais rápida e me virou, ficando perplexa quando viu que eu estava chorando.

– Alice... – Pedi em tom suplicante. – Por favor... Me deixa ir...

– Mas o que aconteceu? – Ela perguntou limpando uma lágrima do meu rosto.

– Eu confiei na pessoa errada! – Eu disse com a voz mais firme e fria que consegui, logo depois saindo de perto dela e indo para o banheiro feminino. Pelo menos lá eu teria um pouco de paz.

Quando cheguei ao banheiro, ele estava vazia, ai lembrei que estávamos em horário de aula, mas não iria aparecer na sala de aula com uma cara daquelas. Acho que depois vou dar uma desculpa de que estava passando mal, ou coisa do tipo.

– Por que, Lupin? – Perguntei me olhando no espelho, vendo mais lágrimas caindo em meu rosto.

Sentia meu peito apertar de dor cada vez que me lembrava de quando me mandaram pegar um livro na sala de aula, e quando cheguei lá... Se beijando, eles estavam se beijando.

– Olha o que você fez?! – Eu disse apoiando minhas mãos nas bordas da pia e abaixando meu rosto, acho que já não estava completamente sã. Como podemos ficar assim por um menino? Como poderia ficar assim por um menino que, até ano passado, me tratava como um ninguém?

A resposta é simples: Eu fiquei assim porque eu o amo demais... E fui muito burra em não aceitar o pedido dele.

De repente, ouço alguém abrindo a porta do banheiro e me escondo em um dos boxes.

–... Precisava ver a cara dela! – Ashley Courtney = Vadia.

– Mas e agora? - Susan Kristine estava com ela também.

– Agora só falta eu ir lá para reconfortar o meu Lupinzinho! – Ela disse com aquela voz enjoativa que me deu ânsia.

– E se ele não quiser? – Susan perguntou de novo, com aquela voz que parecia que ela tava fazendo força pra ser sonsa.

– Ah, ele vai me querer... E você sabe do que eu estou falando. Eu vou ser DELE, e quero isso por completo. – Ela disse perigosamente que até me deu medo, se coubesse algum sentimento dentro de mim além de raiva, ou tristeza. (Estou depressiva hoje então, paciência.)

Quando ouvi os passos se distanciarem, sai do Box e fiquei me encarando no espelho, de novo.

– Precisamos ficar fortes, amiga. – Eu disse pra mim mesma. Eu definitivamente não estava bem.

O que eu faço agora?

Será que ele vai me procurar?

Será que eu saio daqui agora?

Será que eu conto pras meninas?

Segue em frente, mulher! Seja forte!

Mas quem consegue esquecer alguém de que se gosta muito, de um dia para o outro?

Eu preciso me consultar, não é normal uma pessoa ficar assim... Gritando dentro do banheiro da escola... Sim, eu comecei a gritar. De vez em quando faz bem. Vocês deviam experimentar um dia.

(...)

Deu o sinal do fim da penúltima aula vai fazer uns dez minutos, e eu aqui, ainda neste banheiro, me escondendo de quem tenta me procurar (Sim! As meninas perceberam meu sumiço, e com certeza a Alice devia já ter contado sobre o que aconteceu.), ou de quem simplesmente entra para arrumar a maquiagem, ou para ajeitar o cabelo, ou para terminar com o namorado pelo telefone... Mas decidi que eu devia me “mudar” dali. Cedo ou tarde as meninas iriam me achar ali e eu não queria que me visse do jeito que eu estou. É, eu chorei mais do que vocês podem imaginar.

Então decidi ir para a biblioteca, além dos banheiros, esse era o único lugar que eu me senti reconfortada, e que ninguém iria me achar com facilidade no meio de todas aquelas prateleiras.

Eu passei pelo corredor que ligava o banheiro para as salas de aula, agora só faltava descer para o andar térreo. E lá fui eu.

Quando estava descendo as escadas do segundo para o primeiro andar, encontrei ninguém mais, ninguém menos que Pedro Pettigrew, ou seja, meu dia estava lindo, melhorando a cada hora...

– Dorcas? – Ele pareceu meio surpreso. – Por que não foi na aula anterior?

– Eu... Não estava me sentindo muito bem... Preciso ir, até mais. – Eu disse com os olhos se enchendo de água de novo. Sim! Me julguem, mas eu sou uma manteiga derretida e não tenho como negar.

Depois de ter dado uns dez passos, me virei para ver se Pedro estava me seguindo ou coisa do tipo, mas ele estava conversando com um pessoal da Sonserina... Suspeito...

Bem, como não é da minha conta o que ele faz ou deixa de fazer, continuei indo ruma á biblioteca.

(...)

– Até que enfim! – Disse me sentando em uma escrivaninha bem distante das outras pessoas, também peguei um livro para disfarçar quando eu via alguém conhecido. Mistura timidez com tristeza e dá nisso!

– Dorcas? – Alguém perguntou atrás de mim, fazendo um arrepio percorrer minha espinha.

(... Essa é a parte da conversa dela com o Remo que está lá em cima. Só para vocês não ficarem perdidos.)

Será que fui muito dura com ele? Mas ele merecia.

Alguma coisa me dizia que eu deveria tê-lo ouvido...

Decididamente, eu não poderia ir mais a biblioteca, então decidi ir ao segundo lugar de Hogwarts que continha mais livros.

O clube de Livros.

(...)

– Oi, será que posso ficar aqui um pouco? – Perguntei a uma menina que estava na porta da sala.

– Claro! Fique a vontade. – Ela disse me dando espaço para entrar e dei um sorriso dizendo “Obrigada”.

Lá não era tão grande com a biblioteca, mas era muito mais claro, e as prateleiras eram de um metal cor cinza-chumbo. Me sentei em uma carteira velha de lá e fiquei observando os livros, todos enfileirados nas prateleiras.

– Posso ajudar? – Uma garota ruiva ruiva chegou até mim com um sorriso amigável estampado no rosto.

– Não, obrigada.

– Por que está triste? Se quiser falar, é claro... – Ela disse meio envergonhada, mas senti que ela era uma pessoa muito confiável... Sabe aquelas pessoas com bochechas rechonchudas, com olhar meigo e que acha tudo muito lindo e maravilhoso? Então, ela era esse tipo de pessoa.

– Como é seu nome? – Eu perguntei.

– Molly Prewett. E o seu é?

– Dorcas Meadowes.

– Quer desabafar? – Ela perguntou e eu concordei, então pegou uma cadeira e se sentou do meu lado.

– Bem... Problemas amorosos... Eu peguei meu... Bem... Ficante, beijando outra garota... – Disse com os meus olhos cheios d’agua, eu, decididamente, não sou boa para segurar minhas emoções.

– É um cara magro, com cabelos castanho-claros e olhos chocolate, ou coisa do tipo? – Ela perguntou depois de um tempo de silêncio.

– É... Remo, Remo Lupin.

– AH! Mas eu conheço o Remo! Somos amigos desde que eu cheguei aqui em Hogwarts! Ele passou aqui desesperado procurando você. – Ela disse batendo palmas de alegria.

– Hum... – Me limitei a dizer.

– Quem ele estava beijando?

– Ashley Courtney. – Isso saiu mais como um grunhido.

– Espera... – Ela estendeu a mão para que eu parasse de falar. – Ela estava aqui hoje também! E disse alguma coisa sobre um plano que deu certo... Acho que citou seu nome também... E citou o nome do Remo... Bom, só sei que o que ela falou não era coisa boa. Acho que ela tá armando para cima do Remo.

– Será? – Perguntei preocupada.

– Perdoa ele. Mas deixe que ele que vá até você! Você é muito bonita para ficar correndo atrás de garoto! – Ela disse determinada, foi isso que ela disse que me fez rir de verdade pela primeira vez hoje.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que a Dorcas e o Remo se resolvam logo...
Molly Prewett:

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Beijo.



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