A Garota Dos Defeitos escrita por Tamires Rodrigues


Capítulo 38
Ben


Notas iniciais do capítulo

Gente eu tenho uma pequena novidade estou postando a A garota dos defeitos no Wattpad lá ela está editada e melhorada então se puderem dar uma olhada :) Algumas coisas que eu fui mudando na fanfic eu não posso editar aqui.
Voltando a postar depois de um infinito de tempo, gente senti falta do capítulo de vocês então por favor comenteeeeeeeeeeeem muito e façam de mim uma autora feliz ♥
Boa leitura! ♥



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LEIAM AS NOTAS

Ás vezes a percepção que temos do tempo pode ser estranha, eu tinha percebido isso quando minha avó tinha sido internada e estava percebendo isso novamente. Um dia pode parecer durar poucas horas e ás vezes pode parecer uma eternidade. Os dias pareceram se arrastar lentamente, como se relutantes em se deixar ir. Uma semana de repente pareceu meses.

Tudo estava estranho na verdade.

Estranho e incompleto.

Eu assisti uma mudança continua em Katherina e em meus pais nesse período de tempo.

Minha mãe limpou cada centímetro da casa. A cozinha está cheirando a desinfetante de limão, a sala está aspirada e sem nenhuma única sujeira visível, cada superfície da casa está brilhando. Meu pai trocou a porta do banheiro, não tenho certeza se depois de Gabriel quebra-la ela tinha conserto, mas depois dele ter quebrado-a por completo martelando-a para fora das dobradiças com uma força desnecessária as chances se tornaram completamente nulas, depois de ter trocado a porta, ele passou a mexer no carro, pelas minhas contas ontem foi à quinta vez que ele tirou o motor para limpar. Kat cozinhou comida suficiente para um batalhão. Além de uma nova porta temos sobras de comida para o mês inteiro.

Sete dias.

Foi uma semana enlouquecedora. Eu passei a maior parte dela na cama, um caderno de rascunho no colo. As folhas continuam em branco. Nada saiu.

Não falei com Beca, Caique ou Gabriel.

Meu celular continua desligado desde... Desde o enterro da vovó embora eu não saiba ao certo o porquê.

Eu nem sei se ainda tenho um emprego, e só de pensar na quantidade de trabalhos e aula que eu perdi nas últimas semanas eu sentia vontade de gritar e rastejar para as cobertas.

Eu sabia que o dia estava bonito e ensolarado, mesmo estando com as janelas do meu quarto estando fechadas. O sol iluminava tudo pelas suas frestas de madeira.

Fez sol a semana inteira. Não choveu uma única vez. Era quase loucura ficar triste com um dia tão bonito aguardando do lado de fora, mas eu coseguia executar essa tarefa com louvor.

– Posso entrar? – Kat disse abrindo a porta do quarto e enfiando a cabeça para dentro.

– Aham.

Ela abriu a porta o suficiente para passar fechando-a atrás de si.

Lembrei-me de quando dividíamos este mesmo quarto. Das nossas conversas no meio da madrugada.

Dei um tapinha ao meu lado na cama sentando-me e convidando –a para fazer o mesmo.

_ Oi- disse estabelecendo-se ao meu lado olhando ao redor do quarto. - Eu sinto saudade de dividir o quarto com você, ás vezes, sabe?

Sorri.

_ Eu estava pensando a mesma coisa.

_ Tudo está bagunçado, não é?- kat murmurou prendendo seu cabelo em um coque. Alguns poucos fios ficaram soltos sobre seu rosto, deixando-o mais suave.

Balancei a cabeça. Bagunçado era uma boa definição.

_ Realmente bagunçado- concordei baixinho.

Sua cama improvisada estava impecavelmente arrumada, sua mala feita às pressas quando recebeu a ligação dos meus pais no meio da madrugada dizendo que vovó tinha sido internada. Ela estava indo embora daqui a três dias.

_ Você tem que ir mesmo?- indaguei. Eu queria que ela pudesse ficar mais. Ou que pelo menos que tivesse vindo em circunstâncias diferentes.

_ A essa altura uma montanha de contas deve estar me esperando. Eu estava planejando vir para o seu aniversário, mas...

_ Meu aniversário é daqui duas semanas - eu interrompi. - Você não pode ficar até lá?

_ Suzanne, não é que eu não queira, eu preciso voltar. Eu não posso. Tenho as aulas na faculdade, e eu preciso provar constantemente no estagio que sou boa o bastante para ficar quando ele acabar. Eu sinto tanto porque eu queria poder ficar até lá, mas eu não posso.

Puxei minhas pernas para cima da cama e empurrei uma mexa de cabelo pra trás da orelha. Estava oleoso e enredado, eu honestamente nem lembro quando eu o penteie pela última vez.

_ Eu entendo- apoiei meu queixo no meu joelho e suspirei. - Entendo o que está dizendo.

As coisas tinham que continuar como antes.

Pensar nisso doeu, como se acido tivesse sido derramado sobre mim. Ficar escondida no quarto com as janelas fechadas não era saudável, mas ao mesmo tempo continuar como antes não parecia certo.

Tanta coisa voltou a minha mente que eu fechei os olhos para não chorar.

_ Ei – kat cutucou meu ombro com o seu.

_ Eu entendo o que está dizendo- repeti abrindo os olhos, mas olhando para o chão ao invés dos olhos dela. - As coisas não podem parar só porque eu quero.

Suspirei, e assim fez Katherina antes de ficarmos em um silencio.

_ Você sabe- ela começou com tanto cuidado que eu olhei para ela – que mesmo distante eu vou estar acessível á um simples telefonema.

_ Ou por uma chamada de vídeo via skype - interrompi quietamente.

Kat riu. Ela tinha o tipo de riso musical e agradável.

_ Sim por uma chamada via skype e também por emails- concordou antes de voltar ao tom sério de antes. - E que pode me chamar a qualquer hora e em qualquer lugar.

Balancei a cabeça. Eu sabia disso. Sabia que mesmo longe ela me ajudava quando eu precisava que me apoiava, mas droga eu sentia falta da minha irmã perto fisicamente.

_ Não há porque voltar ao ritmo normal agora, Sukes. As coisas tendem a se ajeitar sozinhas eventualmente. Aos poucos- acrescentou quando eu abri a boca para argumentar. - Passos divagares também alcança o final da corrida.

Eu não sabia que queria ouvir isso, até Katherina dizer. Não sabia que precisava ouvir. Se ela continuasse em breve eu estaria me acabando em lágrimas, e ela não precisava disso, não indo embora em tão pouco tempo.

Esbugalhei meus olhos espalhando meus lábios em um meio sorriso meio forçado meio verdadeiro.

_ Passos divagares também alcança o final da corrida?- mordi minha bochecha afastando as lágrimas e ergui minhas sobrancelhas o mais alto que consegui. - Bem profundo hein?

Ela rolou os olhos, mas quando falou seu tom estava mais leve.

_ Você entendeu o que eu quis dizer.

_Sim eu entendi. Obrigada.

Afundei meus dentes no meu lábio inferior pensando em algum assunto para desviar o tema da conversa.

_ Já que estamos tendo esse papo coração para coração quer me dizer por que estava gritando com seu celular ontem à noite?

Kat corou tão forte, que o rubor se espalhou para suas orelhas.

Ergui minha sobrancelha e a cutuquei no ombro.

_ Algo a dizer?- eu ri.

_ Você ouviu? Eu achei que estava dormindo.

Eu estava, mas os gritos dela me acordaram.

_ Eu acordei no meio da noite com você mandando Ben para o inferno- respondi rindo. Ela me acotovelou no estomago.

_ Eu achei que você estava dormindo- kat esbugalhou os olhos dando-me um tapa no braço. Porque não deu um sinal de que estava acordada sua cretina?

Cretina?

Afastei-me um pouco dela para lançar um olhar debochado, enquanto um sorriso espalhava meus lábios.

_ Oh eu devia gritar mais alto que você e o seu me deixa em paz e vá para o inferno Ben?

Cobri minha boca abafando uma gargalhada. Ela estava fula na noite passada. E falava tão rápido que eu não entendi nada.

_ Ah vamos lá Kat me conte. O que ele fez para te deixar tão brava?

Transformei meu rosto em uma expressão durona. Não sei ao certo se existe tal coisa, se existe com certeza não foi minha expressão, mas bem, eu tentei.

_ Basta dizer – eu disse erguendo os punhos. - Diga e eu dou uma surra nele.

Ela tentou manter a expressão séria, mas acabou soltando uma gargalhada junto comigo.

_ Eu vim chamar você para o almoço- me cortou desviando do assunto._ Vai comer conosco hoje certo?- Ela olhou para um prato sujo no bidê e franziu os lábios. _ Você mal tem comido e quando faz é aqui.

Abri boca para dizer não, mas que comeria no jantar ela deu o golpe de mestre.

_ Eu fiz lasanha- salientou docemente.

Kat convenceria qualquer juiz do que quisesse. Persuasão era um dom para ela.

Coloquei os pés para baixo no chão e calcei minhas pantufas levantando-me.

_ Vou ao banheiro antes. Preciso escovar os dentes e tomar banho.

Gastar um tubo de shampoo, eu acrescentei mentalmente.

Movi minhas pernas até o guarda roupa e peguei duas toalhas (cabelo e corpo), roupa intima e um conjunto de moletom.

Kat fez um careta quando equilibrei tudo em um braço só.

_ Eu não quero ser rude, mas fico feliz que vá tomar banho. Você está fedendo, Suzanne.

Não estou! Tanto pensei, quanto gritei ofendida.

Sua sobrancelha escura ergueu-se seu rosto, porém continuou sério.

_ Não está sentindo seu próprio sonho?- perguntou balançando a cabeça. – Isso é triste, irmã.

Fiquei tentada a cheirar a mim mesma para provar que estava limpa.

_ Cala a boca- eu mandei jogando a primeira coisa que alcance. Meu sutiã.

Seu rosto se contorceu em uma careta novamente quando meu sutiã rosa claro pousou no topo de sua cabeça. - Vá tomar seu banho- grunhiu pegando meu sutiã na ponta dos dedos arremessando-o de volta para mim.

Eu ri pegando-o no ar, quase derrubando tudo no chão.

_ Cheiroso o bastante para você?- provoquei.

Rolando os olhos ela se levantou indo em direção à porta.

_ Ande logo ou eu como sem você – depois de uma pausa, acrescentou: Só pelo amor de Deus fique limpa.

Mostrei meu dedo do meio, imitando sua expressão falsamente séria.

_ Sua fedorenta sem educação!

Joguei meu sutiã novamente, infelizmente ela conseguiu fechar um segundo antes dele poder acertá-la.

Droga!

***

Debaixo do chuveiro eu pontuei tudo que devia fazer amanhã.

Ligar meu celular.

Ir para a escola.

Explicar minhas faltas na secretaria

Ir para o trabalho e dar o meu melhor caso eu ainda tenha meu emprego.

Colocados assim organizadamente na minha mente tudo parecia tão fácil, tão mecânico que eu desejei que pudesse ser assim na vida real.

_ Vai demorar muito?- kat perguntou esmurrando a porta do banheiro. Dei um pulo e acabei colidindo com o Box. Fiz uma careta e esfreguei a testa.

_ Deus, qual é o seu problema? – massageei meu cabelo tirando o shampoo. - Eu estou aqui há o que, 10 minutos?

_ Meia hora! A água do planeta acabando e você desperdiçando.

Eu tinha certeza que não estava debaixo do chuveiro mais de dez minutos.

Um pouco de shampoo caiu nos meus olhos e deixei a água cair sobre o meu rosto fazendo uma nova careta.

_ Pare de ser mal humorada. Pelo amor de Deus Katherina!

Nem um segundo e meio depois ela devolveu: _ Não é mau humor é minha fome falando. Se apresse ou eu arrombo a porta e te tiro daí à força.

Embora eu não duvidasse, eu ri e apliquei um pouco de condicionador a partir da metade do meu cabelo.

_ Vá embora!- gritei sobre o barulho da água caindo.

***

Sai do banheiro com uma toalha enrolada no cabelo com medo de que a qualquer momento Katherina viesse me buscar com uma das facas da cozinha. Ela seria capaz disso, se sua fome alcançasse o ponto alto.

_ Estou aqui!-exclamei entrando na cozinha.

Kat farejou o ar e levantou os dois polegares para cima.

_ Seu cheiro está muito melhor.

Mostrei-lhe a língua como a pessoa matura que sou. - Cala a boca.

Mamãe estava pegando alguma coisa de dentro da geladeira, instantes depois fechou a porta com uma jarra de suco de laranja na mão.

_ Porque estão brigando?

_ Suzanne fede.

Mamãe estreitou os olhos em pequenas fendas.

– Eu quero saber? – perguntou colocando a jarra de suco em cima da mesa.

– Provavelmente não - balancei minha cabeça, dando um beliscão em Kat. - Papai não vai vir comer com a gente?-

_ Na casa de Phil. Eu posso ter feito-o correr para porta quando disse que planejava ter um dia de garota com minhas filhas - minha mãe arrastou uma cadeira sentando-se na cabeceira da mesa e então balançou a cabeça rindo. _ Homens. Não conseguem suportar um pouco de fofoca e sentimentalismo.

_ Sentimentalismo e fofoca? Isso soa bem, mãe- kat disse com um sorriso doce. Eu sorri também. Acho que essa era a primeira vez que tínhamos uma conversa real em dias

_ Soa muito bem - concordei sentando-me também.

Minha mãe sorriu para nós duas, e eu a avaliei. Ela parecia cansada, mas o seu sorriso estava verdadeiro. Isso derreteu um pouco do gelo formado no meu peito.

– Qual de vocês duas estava gritando ontem à noite? Estavam brigando?

Olhei para kat, esperando que ela fizesse um movimento.

Eu estava ficando curiosa sobre o porquê o assunto Ben ser proibido. Eles tinham brigado tão serio assim? Que tipo de coisa podia ter acontecido com ela aqui e ele lá?

– Eu estava no telefone com Ben – kat falou, a contra gosto.

_ Hum – mamãe mexeu com o brinco em sua orelha avaliando terreno. – O que aconteceu?

– Por que vocês duas querem falar quando temos algo melhor para fazer?

– Que seria?- indaguei.

_ Comer!- respondeu sorrindo. Colocando luvas de cozinha ela tirou a lasanha do forno.

Alheia aos olhares que estava recebendo kat colocou a lasanha diante de nós. O aroma vindo dela encheu meu nariz. Suspirei, parecia boa e cheia de calorias. Meu tipo favorito.

Servimos-nos em silencio. O tipo desconfortável de silêncio.

_ Quando pretende voltar à escola?- minha mãe perguntou tomando um gole de suco.

_ Amanhã- respondi dando uma garfada na comida.

Um pouco mais de silêncio depois ela disse:

_ Quer que eu vá até á escola explicar suas faltas? – Minha mãe não fazia isso a nos, tantos que eu nem lembrava quando foi a ultima vez que fez tal coisa, por isso me surpreendeu a ponto de eu demorar a responder e ficar apenas olhando-a.

_ Não- tomei um gole de suco querendo mudar de assunto.

Escola dificilmente seria um assunto que eu queria falar. Agora mais ainda.

Kat serviu para si um pedaço gigante de lasanha, mas justo quando ia dar a primeira garfada seu telefone tocou.

_ Você vai ignorar?- perguntei com a boca cheia. Meu pai ficaria orgulhoso já que sempre faz isso.

_ Sim- respondeu acabando com a distância entre sua boca e o garfo. - Eu já sei quem está ligando.

Meu palpite era Ben, mas eu apenas dei de ombros e disse ok, apesar de querer arrancar tanto possível dela. Kat estava parecendo indiferente, ou tentando parecer, mas algo nos olhos dela me dizia que ela queria correr para atender.

Mais ou menos dois minutos depois o celular tocou novamente de cima do microondas fazendo-a suspirar.

_ Pode ser importante- minha mãe murmurou como se pensasse o mesmo que eu. - Não vai mesmo atender?

Minha irmã balançou a cabeça, cortando furiosamente um pedaço de lasanha com o garfo.

_ Não. Vamos comer. Deixe tocar mais um pouco.

Mas que diabos havia de errado?

A campainha tocou e eu estava tão ocupado tentando desvendar a minha irmã que saltei.

_ Eu atendo- falei quando nenhuma das duas fez menção de se levantar. - Não se preocupem- continuei sinicamente baixinho.

Abri a porta e dei de cara com alguém vindo direto da terra dos homens maravilhoso. Queixo forte, bochechas altas, mandíbula quadrada, pele escura.

_ Olá- disse com um sorriso, baixando o celular grudado na orelha.

Voz grossa, sorriso bonito.

Hum.

– Oi.

Tive a impressão de conhecer ele de algum lugar.

Ergui a sobrancelha, esperando a explicação do porque ele estava parado a minha porta.

_ Sim?- incentivei.

– Katherina está? – ele perguntou ao invés de me responder. Esticou seu já grande pescoço como se procurando por minha irmã na sala de estar.

_ Posso ajudar? – tentei novamente.

Ele não era do tipo que dava medo, não tinha cara de psicopata. Se eu não tivesse segurando a porta entreaberta teria batido na minha própria testa.

Desde quando os loucos tem cara de loucos, Suzanne?

_ Posso entrar?

_ Feche a droga dessa porta- Kat ordenou histericamente vindo até a mim. Nossa mãe logo atrás.

Arregalei os olhos por um segundo, o homem diante de mim não parecia nem meramente assustador, mas Kat estava soando um pouco descontrolada então eu fiz o que ela mandou. Ou tentei. Infelizmente o possível invasor louco sem cara de psicopata foi mais fácil e colocou a perna para dentro impossibilitando que eu fechasse a porta.

_ O que diabos está acontecendo?- minha mãe exigiu saber. Olhei para trás. Por algum motivo que eu não sei nem mesmo explicar Kat e ela tinham parado de andar e apenas observavam minha luta para fechar a porta.

_ Ah vamos lá Suzanne, ande com isso minha lasanha está esfriando – Katherina rosnou. - Feche a porta com ele mesmo se tiver que fazer.

Uma risada venho do lado de fora da porta. Embora o ‘’ sem cara de psicopata’’ obviamente tivesse força para abrir a porta, ele não estava fazendo, mas ironicamente não estava saindo do meu caminho.

_ Faça seu caminho de volta seu filho da mãe. Eu mandei você ir para o inferno, não aparecer na minha porta no dia seguinte. - Pelo modo que Kat gritou eu podia apostar que ela estava com o rosto corado mesmo sem vê-la.

Fixei meus olhos em... Ben?

Ben?

Parando de rir o objeto de ódio de kat suspirou. - Chega disso – ele disse. – Eu só quero conversar ok? Você não me deixou explicar ontem à noite.

Definitivamente Ben!

Alarmes finalmente soaram, eu não sabia o que Ben tinha feito, mas se Kat não queria falar com ele ainda, eu estava com ela nisso. Eu literalmente joguei cada grama da minha força nos meus braços tentando fecha-la, ao mesmo tempo em que ele forçou sua entrada me atingindo bem na testa.

Doeu.

Doeu pra caramba.

_ AI- grunhi estupidamente caindo de bunda no chão, mesmo que eu tenha certeza que me debati no ar vergonhosamente em busca de apoio. O homem estava dentro e estava indo em direção a Kat me ignorando no chão.

Senti meu corpo pendendo para o lado e então apaguei batendo contra o chão.


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