A Garota Dos Defeitos escrita por Tamires Rodrigues


Capítulo 19
Camarão , cozinha....e alguns beijos. Parte II


Notas iniciais do capítulo

Oi , como estão ? estou de volta , desculpem pela demora

Beijos , e boas vibrações.



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Eu evitei Gabriel nos 25 minutos seguintes, o que felizmente foi possível já que ele ficou ocupado terminando o almoço.

Meu pai vai trabalhar em uma construção em outra cidade, Phil voltou a trabalhar como engenheiro, depois de anos, minha mãe vai fazer um seminário em outra cidade para uma nova vaga no hotel daqui a duas semanas – e o resto da conversa se perde, já que tudo que eu conseguia pensar era no que Gabriel havia me dito. Deixei meus pensamentos de lado, quando percebi qual era o prato principal.

— Eu não como camarão – falei fazendo careta.

—Ela é alérgica – meu pai murmurou parando o garfo a meio caminho da boca.

— Eu esqueci e avisar isso, Sukes – minha mãe se desculpou.

Gabriel se levantou parecendo aliviado por se afastar da mesa, (longe dos olhares curiosos da minha mãe e Phil). Sim, eles são quase pior que a minha avó.

— Eu preparo algo rápido para você, Formiguinha.

— Formiguinha?- meu pai indagou com o maxilar tenso. Ele era protetor quando o assunto era garotos e suas filhas. Aparentemente seu sensor apitava até mesmo com um apelido.

Urgh! Por que diabos ele tinha que usar o apelido?

— É uma coisa que Gabriel criou pai, - eu disse – pelo fato de eu gostar tanto de doces. – Pelo menos, eu acho, nem eu estou certa do porque do apelido.

— Isso é meigo – mamãe opinou.

Rolei os olhos. Claro que ela achava isso.

— Vocês querem que esperemos vocês para continuar com o almoço?-Phil falou.

— Eu acho que não – retorqui olhando para Gabriel. -E você?

— Podem continuar.

— Quer que eu cozinhe algo em especial? – perguntou enquanto eu fitava a cozinha

Sacudi a cabeça.

— Não. Faça o que quiser, eu ajudo você.

Ele sorriu como se divertisse com alguma piada particular. Eu não abri a boca para perguntar qual era.

—Que tal batata fritas? – sugeri.

***

Mesmo de costas para ele, eu podia sentir os olhos dele em mim.

— Por que está me olhando desse jeito?-finalmente perguntei.

— Por nada.

— E você está sorrindo por nada?

Gabriel franziu os lábios rindo.

— Você está cantando.

— Não estava - resmunguei mesmo tendo absoluta certeza que eu estava.

— Estava. Mas eu não reconheço a música.

Era Kiss me do Ed sheeran.

Beije-me.

— Se chama Kiss me é uma das minhas favoritas, mas eu estava misturando com uma antiga canção de ninar que kat e minha mãe cantavam para mim.

— Cante um pedaço.

Eu ri. - Com essa minha voz de taquara rachada?

E isso era um jeito gentil de dizer que se me escutar cantando é bem provável que vá confundir com um animal morrendo em agonia.

— Apenas um pedaço.

Eu olhei para ele. Seu sorriso me dizia que não se importava se eu estourasse seus tímpanos. Suspirei rindo. - Depois não me cobre indenização se eu te deixar surdo.

Que as borboletas te elevem

Que o vento te faça mais leve

Que as estrelas te façam brilhar

Durma meu pequeno sol

E que os anjos te protejam e

 Te façam sonhar

Limpei a garganta, quando ele ficou me observando sem dizer nada. Eu tinha cantando pior do que tinha imaginado. Pensei em um desvio de assunto.

—Er... Aquele violão é seu? – Um bom tópico para uma conversa.

—Sim, interessada em um show particular?

Virei os olhos, bufando. Até que ele fizesse uma piada pervertida.

—Aí – miei.

Distrai-me tanto  com a insinuação dele que nem percebi que estava cortando meu indicador,ao invés da batata.Eu juro por Deus, sou metade distraída e a outra metade , eu devo ter derrubado e quebrado por acidente.

Liguei a torneira e lavei o corte.

— Me deixa ver – Gabriel pediu pegando minha mão,  me deixando atônica quando beijou meu machucado.

—Melhor? – perguntou me observando atentamente como se eu pudesse derramar lágrimas. Estava doendo, mas eu não ia chegar a tanto.

—Melhor - concordei. Meu coração martelando contra minha a caixa torácica.

Ergui a mão hesitante e toquei o rosto dele, ele exalou lentamente. Se aproximando ainda mais, ele fitou minha boca, e encontrou meus olhos, havia uma pergunta explicita nos dele, e concordei com a cabeça.

Quando os lábios dele tocaram os meus, fechei meus olhos me perdendo em seu gosto. Gabriel colocou as mãos na minha cintura e me ergueu em cima da pia. Ele me beijava lento e forte, envolvida no momento eu deslizei minhas mãos por dentro da camiseta dele, e tracei com os dedos em seu abdômen, ele soltou um gemido rouco, e escorregou a mão na parte baixa da minha coxa, prendendo minhas pernas ao redor dele.

Afastei-me em busca de ar. Uma linha de razão

— Não devíamos fazer isso- ofeguei. - A gente mal se suporta, lembra?

— Pare de pensar tanto – murmurou dando um beijo rápido nos meus lábios. Foi quase tão intimo quanto o anterior. Balancei minha cabeça.  - Nossos pais... Eles estão a meras paredes de distância.

Ele sorriu e plantou suaves beijos na minha bochecha, queixo, garganta e pescoço.

— Não temos tempo para culpa – sussurrou no meu ouvido e me beijou novamente.

A única coisa que impediu que eu virasse manteiga derretida em seus braços foi o barulho dos saltos da minha mãe ecoando pelo corredor.

Saltei para longe de seu aperto tão longe que até mesmo eu me surpreendi com a minha rapidez.

—Vim ver se vocês precisavam de... - explicou ela, mas se interrompeu antes de concluir a sentença. - Vocês dois parecem estranhos, o que andaram aprontando?

Roubei uma olhadela de Gabriel, e com uma satisfação percebi que ele parecia tão desconcertado quanto eu.

Alisei meu Cardigans com as mãos, meu rosto quente, minha respiração incerta.

—Não estávamos fazendo nada, só conversando Maria.

Mamãe ergueu a sobrancelha, e meu rosto ardeu ainda mais. Ela me conhecia tão bem.

—Eu juro mãe– eu soei tão histérica que nem mesmo uma freira acreditaria em mim.

—Você está mexendo no cabelo – ela salientou sorrindo.  - Acho que é melhor eu ficar por aqui, só para o caso de precisarem de ajuda.

Fechei os olhos por um segundo, pensando em qualquer coisa menos nos lábios de Gabriel nos meus. Não funcionou, era tudo em que eu pensava. Quando eu abri meus olhos ele estava olhando para mim. Eu sorri nervosamente.

— Eu... Quer dizer Suzanne sugeriu batata frita – Gabriel disse empurrando o cabelo para trás. – é algo rápido.

Deus se ele não tivesse falado tudo que eu teria feito seria olhar para ele e então para mim mãe. Como se estivesse em uma partida de tênis.

— Eu sei fazer isso, e é mais rápido.

— O que você sabe fazer? – perguntou ela.

— Beijar – eu arregalei os olhos. – Fritar – me corrigi e sacudi a cabeça dando uma risadinha frenética. - Eu sei fazer isso na cozinha então eu posso ajudar.

Minha mãe ergueu a sobrancelha para mim. Um sorriso brilhando em seus olhos.

Virei para Gabriel e baixei a cabeça para que nenhum dos dois pudesse ler meus olhos.

— Frigideira – eu pedi meu rosto tão quente que eu poderia muito bem fritar as batatas em minhas bochechas.

Deus que diabos ele tinha feito com a minha mente, em um beijo?

O resto do almoço foi tão estranho quanto bom. Eu esperava a parte da estranheza, mas não que ele pudesse ter sido agradável. Claro alguns momentos foram constrangedores. Tão constrangedores que eu quis enfiar a cabeça em um buraco e permanecer ali por algum tempo.

Eu evitei Gabriel nos 25 minutos seguintes, o que felizmente foi possível já que ele ficou ocupado terminando o almoço.

Meu pai vai trabalhar em uma construção em outra cidade, Phil voltou a trabalhar como engenheiro, depois de anos, minha mãe vai fazer um seminário em outra cidade para uma nova vaga no hotel daqui a duas semanas – e o resto da conversa se perde, já que tudo que eu conseguia pensar era no que Gabriel havia me dito. Deixei meus pensamentos de lado, quando percebi qual era o prato principal.

— Eu não como camarão – falei fazendo careta.

—Ela é alérgica – meu pai murmurou parando o garfo a meio caminho da boca.

— Eu esqueci e avisar isso, Sukes – minha mãe se desculpou.

Gabriel se levantou parecendo aliviado por se afastar da mesa, (longe dos olhares curiosos da minha mãe e Phil). Sim, eles são quase pior que a minha avó.

— Eu preparo algo rápido para você, Formiguinha.

— Formiguinha?- meu pai indagou com o maxilar tenso. Ele era protetor quando o assunto era garotos e suas filhas. Aparentemente seu sensor apitava até mesmo com um apelido.

Urgh! Por que diabos ele tinha que usar o apelido?

— É uma coisa que Gabriel criou pai, - eu disse – pelo fato de eu gostar tanto de doces. – Pelo menos, eu acho, nem eu estou certa do porque do apelido.

— Isso é meigo – mamãe opinou.

Rolei os olhos. Claro que ela achava isso.

— Vocês querem que esperemos vocês para continuar com o almoço?-Phil falou.

— Eu acho que não – retorqui olhando para Gabriel. -E você?

— Podem continuar.

— Quer que eu cozinhe algo em especial? – perguntou enquanto eu fitava a cozinha

Sacudi a cabeça.

— Não. Faça o que quiser, eu ajudo você.

Ele sorriu como se divertisse com alguma piada particular. Eu não abri a boca para perguntar qual era.

—Que tal batata fritas? – sugeri.

***

Mesmo de costas para ele, eu podia sentir os olhos dele em mim.

— Por que está me olhando desse jeito?-finalmente perguntei.

— Por nada.

— E você está sorrindo por nada?

Gabriel franziu os lábios rindo.

— Você está cantando.

— Não estava - resmunguei mesmo tendo absoluta certeza que eu estava.

— Estava. Mas eu não reconheço a música.

Era Kiss me do Ed sheeran.

Beije-me.

— Se chama Kiss me é uma das minhas favoritas, mas eu estava misturando com uma antiga canção de ninar que kat e minha mãe cantavam para mim.

— Cante um pedaço.

Eu ri. - Com essa minha voz de taquara rachada?

E isso era um jeito gentil de dizer que se me escutar cantando é bem provável que vá confundir com um animal morrendo em agonia.

— Apenas um pedaço.

Eu olhei para ele. Seu sorriso me dizia que não se importava se eu estourasse seus tímpanos. Suspirei rindo. - Depois não me cobre indenização se eu te deixar surdo.

Que as borboletas te elevem

Que o vento te faça mais leve

Que as estrelas te façam brilhar

Durma meu pequeno sol

E que os anjos te protejam e

 Te façam sonhar

Limpei a garganta, quando ele ficou me observando sem dizer nada. Eu tinha cantando pior do que tinha imaginado. Pensei em um desvio de assunto.

—Er... Aquele violão é seu? – Um bom tópico para uma conversa.

—Sim, interessada em um show particular?

Virei os olhos, bufando. Até que ele fizesse uma piada pervertida.

—Aí – miei.

Distrai-me tanto  com a insinuação dele que nem percebi que estava cortando meu indicador,ao invés da batata.Eu juro por Deus, sou metade distraída e a outra metade , eu devo ter derrubado e quebrado por acidente.

Liguei a torneira e lavei o corte.

— Me deixa ver – Gabriel pediu pegando minha mão,  me deixando atônica quando beijou meu machucado.

—Melhor? – perguntou me observando atentamente como se eu pudesse derramar lágrimas. Estava doendo, mas eu não ia chegar a tanto.

—Melhor - concordei. Meu coração martelando contra minha a caixa torácica.

Ergui a mão hesitante e toquei o rosto dele, ele exalou lentamente. Se aproximando ainda mais, ele fitou minha boca, e encontrou meus olhos, havia uma pergunta explicita nos dele, e concordei com a cabeça.

Quando os lábios dele tocaram os meus, fechei meus olhos me perdendo em seu gosto. Gabriel colocou as mãos na minha cintura e me ergueu em cima da pia. Ele me beijava lento e forte, envolvida no momento eu deslizei minhas mãos por dentro da camiseta dele, e tracei com os dedos em seu abdômen, ele soltou um gemido rouco, e escorregou a mão na parte baixa da minha coxa, prendendo minhas pernas ao redor dele.

Afastei-me em busca de ar. Uma linha de razão

— Não devíamos fazer isso- ofeguei. - A gente mal se suporta, lembra?

— Pare de pensar tanto – murmurou dando um beijo rápido nos meus lábios. Foi quase tão intimo quanto o anterior. Balancei minha cabeça.  - Nossos pais... Eles estão a meras paredes de distância.

Ele sorriu e plantou suaves beijos na minha bochecha, queixo, garganta e pescoço.

— Não temos tempo para culpa – sussurrou no meu ouvido e me beijou novamente.

A única coisa que impediu que eu virasse manteiga derretida em seus braços foi o barulho dos saltos da minha mãe ecoando pelo corredor.

Saltei para longe de seu aperto tão longe que até mesmo eu me surpreendi com a minha rapidez.

—Vim ver se vocês precisavam de... - explicou ela, mas se interrompeu antes de concluir a sentença. - Vocês dois parecem estranhos, o que andaram aprontando?

Roubei uma olhadela de Gabriel, e com uma satisfação percebi que ele parecia tão desconcertado quanto eu.

Alisei meu Cardigans com as mãos, meu rosto quente, minha respiração incerta.

—Não estávamos fazendo nada, só conversando Maria.

Mamãe ergueu a sobrancelha, e meu rosto ardeu ainda mais. Ela me conhecia tão bem.

—Eu juro mãe– eu soei tão histérica que nem mesmo uma freira acreditaria em mim.

—Você está mexendo no cabelo – ela salientou sorrindo.  - Acho que é melhor eu ficar por aqui, só para o caso de precisarem de ajuda.

Fechei os olhos por um segundo, pensando em qualquer coisa menos nos lábios de Gabriel nos meus. Não funcionou, era tudo em que eu pensava. Quando eu abri meus olhos ele estava olhando para mim. Eu sorri nervosamente.

— Eu... Quer dizer Suzanne sugeriu batata frita – Gabriel disse empurrando o cabelo para trás. – é algo rápido.

Deus se ele não tivesse falado tudo que eu teria feito seria olhar para ele e então para mim mãe. Como se estivesse em uma partida de tênis.

— Eu sei fazer isso, e é mais rápido.

— O que você sabe fazer? – perguntou ela.

— Beijar – eu arregalei os olhos. – Fritar – me corrigi e sacudi a cabeça dando uma risadinha frenética. - Eu sei fazer isso na cozinha então eu posso ajudar.

Minha mãe ergueu a sobrancelha para mim. Um sorriso brilhando em seus olhos.

Virei para Gabriel e baixei a cabeça para que nenhum dos dois pudesse ler meus olhos.

— Frigideira – eu pedi meu rosto tão quente que eu poderia muito bem fritar as batatas em minhas bochechas.

Deus que diabos ele tinha feito com a minha mente, em um beijo?

O resto do almoço foi tão estranho quanto bom. Eu esperava a parte da estranheza, mas não que ele pudesse ter sido agradável. Claro alguns momentos foram constrangedores. Tão constrangedores que eu quis enfiar a cabeça em um buraco e permanecer ali por algum tempo.


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