Wrong Love escrita por Mera Mortal


Capítulo 6
Capítulo 6 - Verlac versus Wayland:


Notas iniciais do capítulo

Hey guys, estou chateada com uma coisa. 24 reviews e 850 visualizações? Sério? Agradeço aos leitores ''de carteirinha'' da fic, pessoal eu fico tremendamente feliz quando entro para atualizar e vejo que vocês comentam o que gostaram da fic, que estão ansiosos pelo próximo capítulo e tal. Pode não parecer muito para vocês mas pra mim é demais! Beijos
P.S.: ALGUMA ALMA DIVINA PARA RECOMENDAR A FIC?



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Capítulo 6 – Verlac versus Wayland:

Clarissa se arrumou para a festa. Colocou um vestido dourado, um brilho labial, soltou seus cabelos vermelhos e calçou um par de sandálias pretas.

Ela avisou sua mãe que para uma festa e saiu.

O táxi que Clary pediu parou em frente a uma mansão enorme. Era de dois andares e parecia uma construção grega com duas colunas gigantescas na fronte da casa. Luzes coloridas irradiavam das janelas e o som era ouvido do outro lado da rua. Ela pagou o taxista e atravessou em direção a casa. Um homem de terno abriu a porta para ela antes que ela batesse à porta. O homem alto se pronunciou com um tablet na mão.

— Nome?

­— Clarissa Fray.

Ele verificou o aparelho e deixou Clary passar.

O pé direito da casa era altíssimo, a sala estava repleta de pessoas assim como nas escadas. Tudo parecia tão refinado que lembrou a Clary uma mansão de seriado americano. Ela se espremeu por meio das pessoas, já tinha escutado a música que tocava mas não conseguindo identificá-la, desistiu. Olhou para os quadros, obras de arte que sua mãe conheceria. Os móveis estavam misturados ao mar de gente. O couro preto e objetos em aço predominavam na mansão. Janelas pareciam simples mas sofisticadas placas de vidro. Não tinham nenhuma abertura visível ou trincos. Deviam ser controladas automaticamente, Clary já tinha visto algo do tipo. Pessoas com cabelos coloridos, tatuagens e correntes de metal infestavam o lugar. Bebidas em tom neon eram servidas por garçons jovens. Era tudo moderno mas parecia um contraste com a casa. Ela estava rígida, sentindo que não conhecia ninguém na festa e perdida. Talvez esse não fosse o lugar dela, afinal.

Clary deu meia volta para ir embora e esbarrou com Sebastian.

— Querida Clary, que honra ter você em meus humildes aposentos. – Ele estendeu os braços para a casa. Ela sorriu timidamente.

— A sua casa é bem legal. – Oh Deus, tantos adjetivos melhores que ‘’legal’’ e eu fui dizer logo isto? – Pensou ela.

Sebastian deu de ombros e se aproximou de Clary.

— Eu não me importo. Ainda bem que você chegou. Pensei que não viria.

O hálito dele confirmou as suspeitas dela. Sebastian estava terrivelmente embriagado. Sua voz saiu formal escondendo o medo que sentia.

— Eu disse que vinha. Você pode me apresentar seus amigos?

— O que? Não, vamos dançar. Vem aqui.

Sebastian pôs os braços ao redor da cintura de Clary. Ela tentou se afastar.

— Não, não quero dançar com você. Me solta Sebastian.

— Clary, Claryzinha, vamos dançar.

— Eu não quero. – Ela socou seus ombros inutilmente.

Ele tentou puxá-la para mais perto e riu quando Clary se retesou.

Sebastian conseguiu selar seus lábios aos dela, a garota gemeu em protesto. Clary viu uma garrafa de cerveja próxima a eles enquanto Sebastian prensava sua boca na dela. Ela se esticou um pouco tendo que passar um de seus braços ao redor da cintura dele, seus dedos finos e compridos agarraram o vidro. Clary levantou a garrafa e a quebrou na cabeça de Sebastian. Ele imediatamente separou-se dela e ela correu, enquanto o escarlate do sangue se misturava ao amarelo pálido do cabelo dele.

Clary passou pela porta de forma rápida, aparentemente o segurança não se importava com quem saía.

Ela atravessou a rua e chamou um táxi. Sua mão ardia.

Quando o táxi estacionou, Clary nem esperou ele devolver o troco, só apressou-se para dentro de casa e arfou quando a porta se fechou atrás dela.

Ela escutou um barulho e se encolheu quando Jace apareceu, claramente ele voltava da piscina. Seus cabelos loiros estavam molhados.

Ele olhou para o seu rosto e franziu a testa.

­— Clary, o que...

Tardiamente, ela percebeu que estava chorando. Clary correu para os braços de Jace. Ele a abraçou, afagando seus cabelos. Os braços dele eram quentes e confortáveis. Jace inteiro parecia ser quente e confortável. Sua respiração estava entrecortada, Clary tentou controlar-se melhor mas percebeu que os batimentos de Jace também estavam descompassados.

Ela dedilhou as omoplatas dele, por cima de sua camisa. Seu corpo pequeno parecia se encaixar perfeitamente ao corpo com músculos definidos de Jace.

Sua voz saiu abafada pelo cabelo de Clary. A proximidade deles causava arrepios na nuca dela.

— Você está bem?

Ela balançou a cabeça, ainda agarrada a ele.

— Sebastian...

Jace se afastou um pouco dela. A distância causou dor em Clary.

— Ele fez algo a você?

— Ele me beijou. – Ela declarou com a voz baixa.

Jace pareceu surpreso.

— E o que você fez?

Clary falou culpada.

— Eu quebrei uma garrafa na cabeça dele.

Ele sorriu para ela mas em seguida olhou para baixo e Clary seguiu seu olhar. Grande parte de seu vestido estava ensanguentado.

Jace se aproximou mais de Clary e verificou seus pulsos. A mão esquerda dela tinha um grande rasgo vermelho contrastando com a pele branca.

— Vem, este machucado precisará de pontos.

Ele puxou Clary pela mão direita até o seu quarto.

— Jace, você sabe dar pontos?

— Aprendi muita coisa em Londres.

Ela riu baixinho e entrou no quarto dele. Clary buscou fôlego. Não imaginava um quarto tão organizado quanto esse. O tom de grafite das paredes, os lençóis e cobertores brancos, os livros arrumados na estante de mogno. Os livros?

Clary arqueou a sobrancelha e apontou para os volumes. Jace deu de ombros. Ele procurava algo dentro do guarda-roupa.

— Já imaginou que nem todos se vangloriam pelo conhecimento que possuem?

Clary sentou-se na cama.

— Ai.

Ele riu e voltou com uma caixa preta nas mãos.

— Você tem que lavar o corte primeiro, para não infeccionar.

Clary assentiu. Ela foi ao banheiro de Jace e lavou a mão, de forma dolorosa.

Ela voltou ao quarto e encontrou Jace com um joelho no chão e flexionando a outra perna, na clássica posição de pedido de casamento. Clary saiu de seus devaneios e sentou-se de frente para ele. O forte brilho da lua, se infiltrava na janela do quarto. Jace segurou sua mão delicadamente e passou um spray anticéptico. Clary fez uma careta mas não exprimiu nenhum som.

Ele pegou uma linha e começou a dar pontos em sua mão. Ela contou três até que ele com a voz no tom habitual de brincadeira quebrou o silêncio.

— Eu idealizava você na minha cama, mas não desse jeito.

Sangue subiu às bochechas de Clary. Ela abriu a boca para falar algo mas Jace falou antes, como um profissional explicando a um amador.

— Terminei. Você é canhota, não é? Vai ter que arranjar alguém para fazer seus deveres. E terá que ficar um tempo sem desenhar também. É uma coisa provisória então sugiro dar uma passada em um hospital para um enfermeiro analisar, assim que possível.

Ele se levantou e pegou na outra mão dela, de modo suave e a guiou até a porta. Jace não encarou os olhos esverdeados aturdidos de Clary. O rapaz abriu a porta e ficou parado perto da parede.

— Boa noite Clary.

Ela virou-se para ele, pousando a mão em seu peito, tentando pará-lo.

­— Espera, Jace.

Ele olhou para seus olhos e franziu a testa.

— O que foi?

— Eu...você ficou bravo comigo porque eu fui a festa de Sebastian. Desculpe, eu não te escutei. Eu sinto muito, muito mesmo. E apesar disso você cuidou de mim. Entendo perfeitamente se começar a me odiar agora. – Ela abaixou a cabeça não podendo olhar para a raiva estampada no rosto de Jace.

O garoto ergueu o queixo de Clary. Seus olhos estavam firmes no rosto dela.

— Odiar você? Clary, é impossível odiar você. Mesmo fazendo coisas estúpidas como ir para Sebastian, mesmo isso...não percebe? É impossível para eu odiar você.

Eles estavam muito próximos. Suas respirações se misturavam. Jace olhava para a boca de Clary intensamente. Ela firmou a mão que já estava no peito dele, deslizando para seu ombro largo. Ele tocou levemente o rosto dela. Clary inclinou a cabeça para sentir o toque delicado de Jace. Ele segurou o rosto dela, agora com as duas mãos. Os dois fecharam os olhos e Jace pressionou seus lábios nos dela. O beijo era deliciosamente lento, Jace deslizou seus braços fortes para a cintura de Clary.

Quando este apertou a cintura pequena dela, a garota sorriu em meio ao beijo, segurando o queixo de Jace.

O beijo não era mais lento, era uma explosão de sentimentos. Choque de línguas e dentes, Clary empurrou seu corpo contra o de Jace as costas dele encontraram a parede, os dois continuaram se beijando calorosamente.

Ela mordiscou o lábio inferior dele que sorriu e apertou sua cintura.

Jace deu um beijo demorado no pescoço dela e depois distribuiu dois selinhos em sua boca.

Ela se afastou dele e andou até a porta reconhecida facilmente, segurou na madeira antes de fechar.

— Boa noite Jace.

Clary olhou bem para ele para guardar a memória de Jace antes de dormir.

O loiro estava com as mãos nos bolsos da bermuda branca. Seu sorriso era visível de longe. Os olhos, parecendo ouro líquido, encararam ela.

— Boa noite Clary.

***

Ela fora no médico, havia retirado os pontos, mas Clary não conversou francamente com Jace depois do beijo. Uma semana havia se passado e Jace nem sequer pediu para ficar a sós com ela. Ao contrário, ele parecia evitá-la sempre.

Clary estava caminhando para fora da sala de aula quando alguém segurou seu ombro. Jace. Ela pensou instintivamente. Mas não era. Sebastian Verlac se encontrava parado em sua frente.

Ela retirou a mão forte dele de seu ombro e não fez questão de parecer gentil.

— O que você quer?

— Eu sei que já passou uma semana desde o acontecido. Sei que eu não deveria ter feito aquilo. Peço desculpas por minha indelicadeza com você...

— Olha, não é porque a pessoa fica bêbada que perde totalmente o controle, e se isto acontece com você sugiro ficar longe do álcool.

— Eu sei. Sinto muitíssimo Clary. Tal ato inescrupuloso não se repetirá. Amigos?

Clary foi apertar a mão dele mas Sebastian a surpreendeu com um demorado abraço. Ele posicionou seu queixo no ombro dela.

Abraçar Sebastian era estranho. Seu corpo inteiro irradiava um frio indescritível e seus braços aparentavam ser de trevas, parecia de alguma forma...errado. Clary empurrou não tão delicadamente seus ombros. Sebastian a soltou alguns instantes depois. Uma voz suave e familiar ecoou nos corredores.

— Afaste-se dela agora.

Os olhos de Sebastian se escureceram.

— Jonathan Christopher Wayland. Ora, ora. Quanto tempo.

Jace estava com os punhos cerrados, do lado do próprio corpo. O tom de seu olhar, dourado como a luz do sol quando estava sereno, agora parecia ouro líquido.

Ele se aproximou de Clary e se pôs na frente dela.

— Fique longe dela.

— Jace não. Não precisa. Ele só quis se desculpar.

— Eu não entendo, só quis ser gentil...

— Obviamente, se Clary não soubesse se defender, poderia Deus sabe o que acontecer então eu estou te dizendo Verlac, fique longe dela.

Sebastian riu.

— Isso é uma ameaça? Clary não parece se preocupar com minhas supostas más intenções como você está dizendo.

— É um aviso. Mas se for preciso eu encontrarei uma maneira de afastá-la de você.

Sebastian olhou com total frieza para Jace. A única coisa que impedia Jace de voar em cima do outro era Clary. Ela puxou seu braço.

— Jace não ligue. Apenas, vamos.

Jace se virou relutantemente. Eles começaram a caminhar quando Sebastian perguntou.

— O que aconteceu com sua ex-namorada, Wayland?

O loiro de olhos dourados ficou vermelho de ira. Clary teve a impressão de escutar um ‘’já chega’’.

Jace soltou seu braço do aperto de Clary.

Ele socou o rosto de Sebastian e não parou de esmurrar contra o menino. A garota de cabelos avermelhados não teria força o suficiente para tirá-lo de cima do outro. Desesperada, Clary começou a correr pela escola em busca de ajuda.

Ela corria por um extenso corredor quando se deparou com um garoto, facilmente reconhecido por Clary, beijando alguém de terno.

— Alec!

Ela chamou. Alec estava com uma mochila e suas roupas habituais da escola. Ele ficou pálido e em ao lado dele se encontrava seu professor de francês: Magnus Bane.

Magnus ajeitou seu paletó e passou sua mão sobre o cabelo com glitter aplicado. Ele não parecia se preocupar com ter sido apanhado beijando outro garoto pelo menos dez anos mais jovem.

Alec tentou falar algo mas sua voz saiu rouca.

— Eu...

— Sinto muito, não queria atrapalhar vocês dois. Preciso ser objetiva. Jace. Sebastian. Briga. Ajuda. Evitar morte.

A risada melódica de Magnus interrompeu Clary.

— Clarissa querida, achei que quisesse ser explícita e não complexa.

— Eu sei, desculpe Magnus. É que eu preciso de garotos fortes e um cérebro. Pelo menos Alec é alguém que Jace ouvirá.

Alec olhou para Magnus culposamente.

— Ela disse ‘’ouvir’’ não obedecer – O homem de sorriso estonteante liberou o namorado.

Não que tivesse passado muito tempo pensando nisso mas a aparência de Magnus lembrava à Clary alguém do Oriente. Com olhos verdes parecidos com os de um gato e o sorriso brincalhão Clary sempre se sentiu confortável com Magnus. Além de professor ele era um amigo e conselheiro incrível.

Alec e Clary correram e conseguiram ajuda de dois garotos da escola até que voltaram para onde a luta estava acontecendo.

Jace tinha um filete de sangue escorrendo de um corte perto da sobrancelha. Sebastian tinha sido mais afetado pela luta. Havia sangue em boa parte de seu rosto e sua camisa estava cheia de rasgos.

Alec tirou Jace de cima de Sebastian e sussurrou algo em seu ouvido. O loiro saiu, com a expressão fechada e passou por Clary como se ela fosse invisível. Sebastian era ajudado por outro garoto forte a se levantar.

Antes de seguir Jace, Clary virou-se para olhar e viu Sebastian sorrir sinistramente.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS? RECOMENDAÇÕES? PEÇO DESCULPA POR NÃO PODER RESPONDER OS REVIEWS MAS EU AMO VOCÊS GENTE, BEIJOS



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