Wrong Love escrita por Mera Mortal


Capítulo 5
Capítulo 5 - Amor Errado:


Notas iniciais do capítulo

YAY mais um capítulo de Wrong Love para quem gosta, enfim beijos.

P.S.: Eu adoraria uma recomendação :)



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Capítulo 5 – Amor errado:

Depois de horas tentando dormir, Clary levantou-se da cama de forma silenciosa e desceu as escadas.

O vento frio gelou a espinha dela ao passar pela porta dos fundos, o fino tecido do robe preto rendilhado não protegia Clary do frio, mas pelo menos a fazia sentir-se segura.

Ela caminhou até a piscina e sorriu ao ver uma figura sentada no chão movendo o dedo na água calma. A luz do luar refletia no cabelo loiro dele e o roupão azul-marinho combinava com o tom de pele dele. Pensou Clary.

A garota ajeitou o cabelo vermelho e tentou parecer apresentável.

Ela tentou controlar o nervosismo da voz e começou a falar.

— Jace.

Ele não se moveu, continuou agitando o dedo na água.

— Jace, eu queria conversar sobre...sobre hoje a tarde. Pode não ter sido importante pra você mas pra mim foi de qualquer forma.

Nada. Nenhum movimento, nem mesmo um virar ou um braço levantado, um olhar.

Encorajada por pensar que Jace estava prestando atenção, ela continuou.

— Eu não sei o que você sente mas cada pequeno toque seu parece causar uma tempestade dentro de mim e... – Um bater de mãos, em seguida vários estalos, uma série de palmas.

Clary ficou alarmada. Será que ela tinha sido ridícula a este ponto?

A figura levantou-se lentamente e virou-se.

Ela ficou pálida e tropeçou para trás, apoiando seu corpo em uma cadeira de praia.

— É extremamente assustadora a semelhança entre eu e Jonathan, não é?

Aturdida, Clary balançou a cabeça.

— Michael, eu...

— Realmente Clarissa, você não se enoja? Não se sente doente com o fato de estar fazendo libertinagens com seu irmão?

Clary balançou a cabeça.

— Não! Jace não é meu irmão! Ele...ele é apenas enteado de minha mãe, ele...

— Foi criado com você. Desde crianças. Este fato é aterrador. Você não se sente mal com isto? É pior do que eu pensava, Clarissa. O que sua mãe diria...

Clary andou para trás e tropeçou, caindo no chão.

— Você não tem o direito de dar uma estúpida lição de moral em mim, seu traidor!

Michael aproximou-se dela e pareceu realmente surpreso por um momento, depois sua face de preocupação desvaneceu-se em um sorriso.

Ele tocou o ombro de Clary que ainda estava caída. Ela se retesou para o lado.

— Do que você está falando?

— Eu sei do seu caso. Sei que você trai minha mãe com uma...uma tal de Amatis!

Ele pareceu não ligar para o argumento de Clary.

— Isso é algum tipo de intimidação? Você está me ameaçando?

— Olhe como quiser, na minha definição isso é ser justa.

Ele sacudiu os ombros, rindo.

— Ingênua. Pobre criança. Você acha verdadeiramente que a sua mãe vai acreditar em alguém insípido como você? Eu lhe considerava abominável há cinco minutos mas agora vejo que seu problema é a ignorância.

Ele moveu-se a passos confiantes para dentro de casa enquanto Clary ficou caída perto da piscina.

***

Clary encarou os olhos dourados de Jace, enquanto passava a manteiga no pão. Jocelyn estava sorridente durante o café da manhã e Michael lançava olhares acusadores para Clary. Um cílio adentrou em um de seus olhos esverdeados e causou tanto incômodo a ela que uma lágrima escorreu e desceu pela bochecha da garota.

Michael percebeu erroneamente como medo no rosto de Clary e deu um sorriso perverso.

A menina de cabelo avermelhado engoliu em seco e se levantou rapidamente.

Jace moveu-se com graciosidade e em instantes estava ao lado de Clary.

Ela ajeitou a alça da bolsa em seu ombro e caminhou até a garagem.

Clary entrou no carro e deu partida. Ou melhor, tentou dar partida. Jace não saiu com sua moto na frente de Clary como se tivesse pressentido que o carro dela iria falhar. Ele a olhou, ainda em cima de sua moto cobrando uma posição dela.

Ela tentou, inutilmente, girar a chave mas era hora de encarar os fatos: o carro havia morrido.

Clary escorou sua cabeça no volante, em seguida, sentiu um vento entrar do lado do passageiro.

Jace havia aberto a porta e respirava normalmente. Um sorriso sarcástico invadiu seu rosto.

— O que foi? O que eu fiz desta vez? – Esbravejou a garota.

— Aparentemente, você terá que ir comigo.

Clary olhou para Jace e saiu do veículo. Ela parou em frente a moto do garoto e balançou a cabeça.

— Nem pensar. Eu não vou subir nessa coisa.

Jace, que já estava em cima da moto, sorriu.

— Esse é um daqueles casos que você participa de um culto onde fanáticos fazem promessa de castidade?

Vendo a confusão no rosto de Clary, ele prosseguiu.

— Sabe, pode ser muito difícil resistir a um motoqueiro sexy mas é impossível você resistir a mim, ainda mais com esse bebezinho aqui no conjunto – Jace deu um tapa suave na moto.

Clary revirou os olhos. Subiu na moto, de forma hesitante.

— Onde eu seguro?

— Em mim.

— Esse é um dos casos em que você quer seduzir uma jovem para sacrificá-la invocando um demônio depois?

Clary entrelaçou seus braços no peito de Jace e sentiu o corpo dele estremecer sob uma risada.

— Isso aí, pequeno gafanhoto.

— Aprendo rápido.

***

Clary estava caminhando calmamente, em direção ao seu armário quando foi barrada por um garoto de cabelos loiros, pele branca e olhos negros.

— Desculpe, eu conheço você? – Ela continuou caminhando enquanto ele a seguia.

— Não, sou Sebastian Verlac. Mas eu sei quem você é. Clarissa Fray, não é?

— Pode me chamar de Clary. De onde me conhece?

— Seus desenhos são populares. Sei também que você os posta em um blog, estou errado?

— Admiravelmente correto. – Ela sorriu para ele. Ele devolveu o sorriso. – Você não estava aqui semestre passado, estava?

— Não, cheguei na cidade essa semana.

Sentindo que estava sendo observada, Clary olhou para frente e encontrou Jace com Alec, uma garota de cabelos negros e outras duas meninas.

Sebastian sorriu para Clary.

— Eu adoraria que você viesse na minha festa hoje a noite.

Não tirando o olhar do rosto de Jace, que os encarava, ela respondeu.

— Eu vou. Me passe seu telefone, mais tarde eu peço o endereço por mensagem.

Sebastian anotou uma sequência de números em um pequeno papel e entregou-o para Clary. Ela pegou e acenou para Sebastian, que se afastava.

Um braço segurou o pulso da garota que tentou se soltar mas não conseguiu.

— Jace, dá para me largar?

— O que aquele cara queria com você? – O olhar de Jace estava firme no rosto de Clary.

— Não te interessa, deixe-me em paz.

— O que ele queria com você, Clarissa? – A voz do loiro estava em um tom ameaçador.

— Jonathan, me solte. Você está me machucando!

Uma pessoa chegou por trás de Jace e tocou seu ombro.

— Jace, deixe a Clary ir.

Ele pareceu estar em transe e soltou o pulso dela. Clary esfregou a mão onde a marca vermelha dos dedos de Jace havia ficado.

Ela olhou acusadoramente para Jace mas depois viu o moreno de olhos azuis que já lhe era conhecido.

— Graças a Deus, Alec. Avise seu amigo que eu não devo satisfações a ele. Isto significa que eu saio com quem eu quiser, na hora que eu quiser.

E marchando com raiva ela saiu.

— Eu posso saber o que aquele imbecil queria com você? – Perguntou Jace, após fechar a porta de casa. Clary subiu as escadas e parou em frente ao próprio quarto.

— Oh meu Deus! Ele queria que eu fosse em uma festa, ok? Uma simples festa! Está satisfeito agora que teve a resposta? – Retrucou Clary ajeitando a bolsa em seu ombro. Jace a encarava, de braços cruzados.

— E o que você disse?

— Eu disse que eu vou. Agora, eu quero entrar no meu quarto para me trocar, eu posso senhor Wayland?

Jace se aproximou e colocou a mão na parede ao lado da cabeça dela.

— Você não sabe do que ele é capaz. Aquele troglodita...Clary. Ele é ruim, muito ruim e eu não quero que ele machuque você. – Seu tom era calmo mas frio de certo modo.

— O nome dele é Sebastian. Não troglodita, não imbecil. Sebastian. É fácil. E por que eu não poderia ir a festa? Eu não devo satisfações a você. Seja lá o que ele fez a você, Sebastian tem sido muito gentil comigo. Eu não tenho nada a ver com as brigas de vocês dois.

— Ele mudou-se de Londres só para me infernizar. Ele sabia que eu vinha pra cá, Clary. Você não entende. Ele fez a cabeça dela e colocou-a contra mim. Ela nem sabia o que estava fazendo. E agora ela está...

Clary tampou seus ouvidos.

­— Chega. Eu não quero ouvir. Então é isso, não é? Sua ex te trocou por Sebastian e você ficou magoado. Bem, eu tenho uma observação: Eu não sou sua namorada!

Ele a olhou por um momento e sua postura enrijeceu.

Sua voz saiu baixa.

— Eu não sei porque pensei que me ouviria.

Ele saiu andando firmemente até o quarto e fechou a porta sem se virar.

Clary gritou de frustração e trancou a porta do quarto.

Ela abriu uma gaveta, retirou o que queria e sentou-se na colcha macia. Pegou seu caderno de desenhos e começou a esboçar. Uma gota molhou a página branca e pasma, Clary tocou seu rosto molhado com lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Reviews, recomendações e gente favoritando são aceitos. Beijos, Miss Herondale



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