Wrong Love escrita por Mera Mortal


Capítulo 1
Capítulo 1 - Enganos Triviais:


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como puderam perceber a fic está sem capa. Conto com a ajuda de vocês para fazê-la. Quem quiser fazer a capa desta fic e atualizar a capa de ''Garota Irresístivel'' envie uma mensagem privada. Isto é, só é preciso capa se a fic tiver a aceitação de vocês. P.S.: Não sei quantos de vocês leram a série, eu decidi deixar o Wayland como pai de Jace apesar de...não posso dar spoiler então quem leu já sabe o que eu quis dizer. Vejo vocês nas notas finais, beijos



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Capítulo 1 – Enganos triviais:

— Você não está entendendo! Cinco anos da minha vida foram arruinados, terrivelmente destruídos por aquela peste chamada Jonathan Christopher Wayland! Eu não posso morar com ele novamente.

Os cabelos vermelhos que lembravam a Jocelyn uma espécie de chama balançavam com a indignação de sua dona. Ela suspirou e dobrou sua perna sob a almofada do sofá.

— Filha, ele foi para um internato com sete anos, você não acha que tanto tempo depois... – A tentativa de apaziguar tudo foi interrompida pela garota.

— Mãe! Não me importa que ele tenha dezessete anos agora. Que passe dez, vinte, trinta anos. Ele continuará o mesmo idiota! – A voz dela demonstrava sua decisão.

— Tudo isso é por causa de Aquiles?

— Não, não é por causa do Aquiles. Ele queimou minhas bonecas, colocou fezes de gato na roupa do Simon e colou chiclete no meu cabelo enquanto eu dormia! Eu o odeio!

— Ele era só uma criança, tinha sete anos! – Tentou a mãe.

— Ele era um demônio!

Uma risada masculina foi ouvida. Jocelyn bateu a mão na própria testa.

Michael Wayland desceu as escadas e Clary suspirou.

— O que ela quis dizer foi...

— Desculpe Mike, mas foi isso mesmo. Seu filho era inegavelmente a encarnação das trevas quando tinha sete anos.

— Clary! – A mulher mais velha repreendeu a filha. Sempre igualaram sua aparência com a de sua mãe.

Clary respirou fundo e olhou para o coque de Jocelyn. Apesar de as duas terem o cabelo avermelhado, Clary não percebia a semelhança que todos diziam ver.

O homem grisalho sorriu suavemente e falou em uma voz calma.

— Clary, eu sei que meu filho foi terrivelmente cruel com você quando criança. A morte de Aquiles foi dolorosa, um erro de Jonathan que não pode ser corrigido. Sei que nada trará seu cachorro de volta e lamento por isso. Depois da morte da mãe, ele se tornou outra pessoa e garanto a você que se a presença dele a incomodar nesta casa, eu mesmo lhe darei um apartamento. – Clary o encarou de olhos arregalados e com um sorriso no rosto.

— Michael isso é...

— Incrivelmente generoso de sua parte. E Clary se esforçará para manter o clima harmonioso nesta casa portanto, se torna desnecessária tal proposta.

— É verda...o que? – Clary parou confusa no meio da sentença.

Michael e Jocelyn riram enquanto Clary revirava os olhos.

A menina pegou a bolsa no sofá e mandou um beijo no ar para o casal.

— Vou me encontrar com o Simon! Volto às oito. Amo vocês.

Clary bateu a porta antes que sua mãe pudesse dizer algo e uma pequena névoa saiu de sua boca devido ao frio. Era novembro, início do inverno mas Clary já podia sentir suas pernas tremerem pelo vento frio.

Buscou a chave do carro na sua bolsa e entrou em seu Jeepe.

Dirigiu até a casa de Simon e passou um gloss ao parar o carro.

Ajeitou os cachos nas extremidades de seu cabelo e bateu na porta.

Os olhos gentis da mãe de Simon estavam surpresos ao ver Clary. Claramente sua presença não era aguardada.

— Hum oi, eu posso falar com o...

— Claro querida, Simon está lá em cima. Entre.

Clary subiu as escadas ansiosa para compartilhar as notícias com seu namorado mas ficou estática na porta do quarto dele. Simon estava beijando uma garota morena. Seus braços não estavam ao redor dela, como ele fazia quando beijava Clary mas seus lábios estavam prensados aos da garota. Ela o agarrava de uma forma impressionante. Clary engoliu o nó na garganta e segurou as lágrimas. Escorou-se no batente da porta e aplaudiu a cena.

Eles se separaram imediatamente.

— Uau! Espetáculo inigualável. Lindo. Amei. Quando é o próximo show?

Simon ficou pálido e seus olhos se tornaram negros, talvez pela culpa que teria que carregar – Pensou Clary.

— Clary, esta é Maia. Ela veio aqui e me disse...

— Não importa o que ela disse! Importa o que eu vi. E eu vi vocês dois se agarrando sem nenhum pudor! – Clary gritou, agora com lágrimas nos olhos.

Uma voz fina irrompeu no silêncio instantâneo que se formou no recinto.

— Quem é... – A garota de cabelo vermelho não suportou o cinismo da morena e interrompeu.

— ‘’Quem é ela’’? No exato momento sou ex-namorada desse babaca! – Clary se virou e marchou para a saída.

Ela tropeçou nos degraus da escada enquanto fugia das tolas explicações de Simon.

Seus dedos pálidos se prenderam na maçaneta dourada da porta da frente, mas ela foi impedida por outra mão.

Simon ficou de frente pra ela.

— Clary, me escuta. Maia veio aqui e me disse...

— Ah deixa eu adivinhar! Ela veio aqui, disse coisas bonitas, declarou seu amor pra você e você, encantado com tamanha fofura, a beijou? – Clary disse num tom áspero.

— Não, eu não a beijei. Juro por...

— Não jure por Deus, Simon. Eu quero sair.

Derrotado, o rapaz tirou a mão da maçaneta para que Clary saísse.

A garota abriu a porta e entrou em seu Jeepe, deixando a casa de Simon para trás.

Clary chorou o caminho inteiro. Ela não podia ir para casa agora, sua mãe faria um monte de perguntas que ela não tinha certeza se conseguiria responder.

Foi ao único lugar que lhe veio a mente.

O cheiro da cerveja misturado a outras bebidas infestava o local. As máquinas de refrigerantes e salgadinhos eram bem posicionadas, os monitores para exibir jogos de Rúgbi, Basquete e Futebol estavam em ótimas condições. A madeira e o couro predominavam lembrando a Clary um recinto de filmes do Oeste. Chegou ao balcão rapidamente, ansiosa para conversar com o proprietário do bar/lanchonete. Se sentou em uma banqueta metálica.

Uma mulher de cabelos loiros veio atendê-la e quando reconheceu Clary, a saudou com um genuíno sorriso.

— O que a magrela veio fazer aqui?

— Vim conversar com Luke e espairecer.

— Sinto que não está tudo ok, vou chamar o Luke mas duvido que ele te deixe beber já que é de menor.

Clary olhou para o lado. Alguém, mais exatamente a 3 banquetas de distância, lhe chamou a atenção.

Ele tinha cabelos loiros, sua aparência parecia angelical. A jaqueta preta e de couro dava um toque de realeza e o típico garoto mau que ela sempre evitou. Ele sentiu que estava sendo observado e virou o rosto para sua direção. Clary praticamente arfou. Os olhos dourados davam a impressão de um animal indomável e majestoso se escondendo dentro do rapaz. Um leão. Decidiu Clary.

Ele levantou o copo e sorriu para Clary. Um sorriso sarcástico e lindo. Clary não sorriu, apenas continuou encarando e depois olhou para a Coca-cola apresentada a sua frente. A garota com o cabelo avermelhado olhou para frente e encontrou o homem de gentis olhos azuis com pequenas rugas no rosto.

— Luke. – Sua voz saiu estrangulada pelo sofrimento.

— Clary. Vamos, vou te levar para uma sorveteria e lá conversamos melhor.

— Infelizmente meus problemas não podem ser resolvidos com um sundae mas em compensação um uísque...

— Não vendo bebida para menores. Sabe disso. A oferta do sorvete ainda está de pé.

Clary suspirou.

— Vamos lá pequena, eu compro um de chocolate pra você.

Ela riu e saiu para o ar gelado com Luke.


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Notas finais do capítulo

Como me saí? Mereço reviews? Beijos