Apenas eu e você. escrita por Carina Everllark


Capítulo 12
Capítulo 11.


Notas iniciais do capítulo

Heey gente, a fic já está chegando ao fim. :( O próximo capítulo já é o epílogo, MAS eu vou postar um capítulo extra de destruir sentimentos para vocês! Espero que gostem do capítulo e não esqueçam de comentar, e recomendar se acharem que mereço. Beijos!
Leiam minha outra fanfic: http://fanfiction.com.br/historia/509400/I_hate_you_but_I_love_you/



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– PEETA! – corri para seu encontro. Ele estava jogado na calçada, sua barriga sangrava muito e dava para ver a bala dentro de seu organismo. Meu coração parou. Senti que ia desmaiar a qualquer momento. Meu Peet, meu Peeta, ali, caído no chão, com uma bala em sua barriga...

Era demais pra mim. O mundo começava a girar.

– KATNISS! ACORDE, POR FAVOR! – percebi que Peeta gritava e tentei prestar atenção em suas palavras. Parecia que só as risadas maléficas de Glimmer ecoavam em meus ouvidos. Seu revólver não estava mais apontado para nós, mas para ela mesma.

– Katniss, preciso te dizer uma coisa – Peeta fazia força para falar. – Eu... Eu amo você. Eu amo você mais que tudo nessa vida. Me desculpe por te ignorar por todo esse tempo, eu estava sendo pressionado, tinha medo dessa paixão por você, tinha medo de – ele gemeu alto – tudo. Glimmer estava me sacaneando desde quando fizemos 15 anos. Eu sinto muito. Me desculpe. Desculpe-me por ter te deixado sozinha por todo esse tempo. Sem minha companhia. Me perdoe – ele chorava.

Eu não conseguia sentir nada além de dor. Dor por ele, dor por mim. Eu sentia uma cachoeira caindo por meu rosto. O mundo continuava girando, mas pude ver que várias pessoas nos olhavam.

– POR FAVOR, ME AJUDEM! POR FAVOR! – eu gritava, e uma mulher começou a ligar para ambulância, outra para a polícia. Dois homens gigantes seguraram Glimmer, para impedi-la de fazer qualquer outro estrago.

– Peeta, você não pode me deixar – eu sussurrava com dificuldade. Nem percebi que estava abraçando-o. – Eu... amo... você... Não me deixe, por favor. Lute. Não desista de sua vida. Por favor... Por mim.

Parece que com essas palavras ele ganhou um pouco de força, pois tentou me abraçar também. Mas seu abraço era fraco, seus braços não tinham mais força nem para me abraçar.

Era como se eu tivesse levado o tiro. Bem no coração.

– Katniss, aconteça o que acontecer comigo, siga sua vida. Prometa-me que vai seguir em frente.

– Peeta – comecei.

– PROMETA-ME! – ele gemeu ao falar alto.

– O.k. Mas não vai te acontecer nada, eu prometo. Você não pode me deixar. Você é tudo pra mim, Peet. Você é minha vida.

De repente, várias pessoas chegaram e agarraram Peeta, levantando-o e amarrando-o em uma maca. Nem tinha percebido que a ambulância chegara.

Quando eu ia entrando na ambulância, uma mulher me parou:

– Senhorita, por favor, não podemos levar você. Somente o paciente.

– Não, mas eu...

– Desculpe. – ela colocou a maca dentro da ambulância.

– Eu...amo...você... – ouvi Peeta dizer dentro da ambulância.

– Também te amo, mais que tudo! – gritei para que ele pudesse ouvir.

E a ambulância foi embora, me deixando sozinha com minha dor no meio da rua.

*

Já faz quatro horas que estou na sala de espera. Peeta está a poucos metros de mim, e não posso vê-lo, não posso tocá-lo. Eu não sei o que pensar. Peeta me amava, estava sendo chantageado por Glimmer, ele levou um tiro... Ele pode morrer, pode estar morto, e eu não estou com ele.

No momento que ele mais precisa, não posso vê-lo.

Levantei-me e tentei entrar em seu quarto, mas uma enfermeira me deteve.

– Senhorita, por favor. Você não pode vê-lo ainda. Acalme-se.

Sentei de novo em meu assento. Tentei arrumar-me um pouco. Não consigo parar de chorar desde que ouvi o barulho do tiro. Meu rosto está todo borrado devido ao rímel, minhas roupas estão com um pouco de sangue de Peeta e meu cabelo está o mais desgrenhado possível.

De repente, um ser loiro de olhos azuis se ajoelhou a minha frente.

– Delly? – minha voz era fraquíssima.

– Oi, Katniss – ela alisava minhas pernas, como consolo. – Fiquei sabendo do acontecido e vim correndo para cá – ela parou. – Preciso te pedir perdão. Perdoe-me por te acusar pelo incêndio em sua casa, eu não tinha ideia que aquela mulher mentia. Mas tenho uma notícia boa. Ela foi presa, a pena dela é de vinte e cinco anos.

– Bem merecido – sussurrei. Finnick me abraçou de um lado e Gale do outro. Me senti um pouco incomodada com a presença de Gale, devido ao que quase aconteceu em sua casa ontem.

– Me perdoe também, Katniss – Finnick disse no meu ouvido.

Gale me deu um beijo na testa e passeava a mão por minhas costas. Era bom que eles estivessem aqui me dando apoio. Meus amigos. Únicos amigos.

– Katniss? – uma voz me chamou no fim do corredor. Eu conhecia aquela voz. Eu conhecia, mas não sabia identificar, a ouvira a muito tempo atrás. Virei minha cabeça e avistei Annie, Madge e Clove vindo em minha direção.

Era isso mesmo que estava acontecendo? Minhas ex melhores amigas estavam vindo me dar apoio?

Annie veio correndo em minha direção de braços abertos:

– Oh, Katniss! – ela me agarrou. – Que saudade eu senti de você. Perdoe-nos, não sabíamos que tinha esse segredo.

Todos já sabiam de meu segredo. Peeta e eu iriamos para um orfanato. Os fatos caíram em minha cabeça como milhões de tijolos sendo jogados em seu crânio. Fiquei tonta só de pensar.

– Perdoe-nos, Kat. Nós sentimos muito a sua falta – Clove me abraçou e Madge também. Estávamos em um trio de abraço, até que Delly, Finnick e Gale também se juntaram a nós.

Do nada, Finnick deu um beijo na boca de Annie. Fiquei boquiaberta:

– Vocês estão namorando?!

– Faz uma semana... – Annie riu.

– E nem me contaram! – permiti-me rir. Era um momento doloroso, mas tentar animar um pouquinho que fosse não ia mal.

– Katniss Everdeen? – a enfermeira nos separou.

– Sim?! – já sentia meu coração acelerar.

– O paciente Peeta Mellark deseja vê-la – ela apontou para que eu entrasse no quarto em que Peeta estava.

Entrei e corri para os braços de Peeta. Nem me importei com os médicos, com os enfermeiros, e com as pessoas que estavam presentes. Ele me agarrou e me beijou.

Eu estava tão feliz. Eu me perdia em seus beijos, derretia em seus braços, chorava de felicidade.

– Eu amo você – ele sussurrou.

– Eu te amo mais – sussurrei de volta e ele me soltou para me olhar.

– Katniss, desculpe-me por perder tanto tempo. Desculpe-me por te ignorar por todo esse tempo, eu fui um panaca.

– Shhhhh, o que importa é o agora. Você está bem? – lembrei-me de sua barriga.

– Ele vai ficar bem. A bala não atingiu nenhum órgão vital ou importante, mas ele perdeu muito sangue. Mais alguns minutos sangrando e ele estaria morto.

Só a palavra me arrepiou. Assenti para o médico e voltei minha atenção para Peeta.

– Você me assustou, seu idiota. Nunca mais faça isso comigo – bati em seu ombro de leve e ele deu uma gemida. – Desculpe, não sabia que doía.

– Tudo bem, por você vale tudo.

Beijei-o novamente, me despedi e deixei que Delly, Finnick, Gale, Annie, Madge e Clove pudessem vê-lo. Só podia entrar de um em um no quarto.

*

– Peeta, vamos ter que fugir pra outra cidade – disse rapidamente.

– Ahn? Por que? – ele levantou-se de sua maca.

– Olha, é o seguinte: Glimmer foi presa, mas ela ferrou com a gente primeiro.

– Como assim? – ele estava confuso.

– Ela contou para os policiais que vivemos sozinhos e somos menores de idade. Logo eles virão atrás de nós e, se não fugirmos, vamos para o orfanato. Precisamos ir para outra cidade, arrumar outro “emprego” e casa.

Ele ficou me olhando confuso, tentando processar tudo o que eu disse.

– Quando vamos? – perguntou depois de um tempo.

– Assim que você levar alta, o que será hoje à noite segundo os médicos. Vou para casa e arrumarei nossas malas.

– O.k.

*

– Pronta? – Peeta perguntou. Assenti com a cabeça e entramos no ônibus que nos levaria para a nossa nova casa.

As malas já estavam arrumadas. Vamos para a cidade que Finnick e Delly moravam, eles disseram que tem uma casa abandonada perto do bairro que eles moravam, passaram endereço e tudo. Seria uma jornada nossa nova vida, mas eu estava disposta a enfrentar, por Peeta, por mim, por nós.

Fui obrigada a deixar Buttercup com Gale, que era o único que podia ficar com ele. Afinal, não poderíamos leva-lo no ônibus.

Eu e Peeta pegamos tudo que pudemos, roupas, comida, dinheiro, lâmpadas e tudo mais. Finnick nos disse que a casa provavelmente não teria nem um mísero tapete no chão.

Assim que Peeta levou alta, voltamos para sua casa e pegamos as malas já prontas. Ele me entregou um envelope que continha uma carta dentro, mas pediu que eu só lesse quando ele não estivesse presente. Minha curiosidade estava do tamanho do céu, mas teria de esperar Peeta dormir pelo menos.

Demoraria oito horas para chegarmos à cidade de nossos amigos. Nossa despedida foi uma das piores, me doeu ter que me separar de Delly. Passei um dos anos mais legais com ela e com Finnick. Mas juramos que aquele não era o fim, iriamos nos ver de novo, com certeza. Eu acreditava nisso.

*

Assim que Peeta adormeceu no banco do ônibus, comecei a ler a tal carta que ele me dera:

“ Querida Katniss, não sei quando vou ter coragem de lhe entregar essa carta, mas preciso escrevê-la. Hoje, temos dezesseis anos e eu me lembro de você pequenininha como se fosse ontem. É o seguinte: sou apaixonado por você desde os nossos 12 anos, desde que demos nosso primeiro beijo. Você me encantou, Kat.

Me lembro de quando nos conhecemos, você entrando no meu quarto e brincando comigo, eu era tão feliz... Lembro de nós no balanço, na casa da árvore, no parque... Sempre fui só eu e você. E essa promessa ainda permanece, sempre permaneceu e sempre permanecerá. Foi sempre você que me fez feliz, foi sempre você que me fazia sorrir, desde que te conheci.

Eu senti um pedaço do meu coração sorrir quando você chegou em minha vida. E o outro pedaço sorriu quando nos beijamos. Eu senti isso sempre que estava com você. Queria te agradecer por todos os momentos que passamos juntos. Sem exceção de nenhum. Você é minha vida, Katniss.

Sei que fiquei te ignorando por tanto tempo, mas me perdoe por favor. Glimmer, a tia que colocou fogo na sua casa, me chantageou, tive que desviar o dinheiro que eu ganhava para a conta bancária dela. Ela ameaçou te matar se eu não fizesse isso, ela tinha sacado meus sentimentos por você. Sabia que podia usar você para que eu fizesse qualquer coisa. Sinto muito. Não podia deixar que ela te ferisse. E meu sentimento por você me amedrontava, eu te via e ficava louco por dentro, queria te abraçar e te beijar a todo momento. Mas não podia nem falar com você, por causa desse medo. Eu sentia medo do meu sentimento, muito medo.

Eu percebi que você tinha ficado triste sem minha presença em sua vida, mas não podia fazer nada. Perdoe-me, eu fui muito tolo.

Hoje, eu sonho com nosso futuro, filhos, uma casa só nossa, casamento, um emprego, uma vida de verdade. Não viver se escondendo como vivemos, não sofrer na escola por ver todos com suas famílias e nós tendo apenas um ao outro. Mas eu gosto de ter você, gosto de saber que sou o único que você ama agora. Sei que você me ama, tenho fé nisso. E no nosso futuro.

Espero que consiga me entender e que sinta o mesmo que eu. Amo você, minha Katniss.”

Quando acabei a carta já estava inundando o banco do ônibus com minhas lágrimas.

– Que aconteceu, Katniss? – Peeta acordou. Ele olhou para a carta em minhas mãos e virou o olhar para o chão. Ele foi corando devagarinho. Ele ficava tão fofo corado que eu quase não aguentei a vontade de apertar as bochechas dele.

Abracei-o de lado e disse:

– Peeta, meu amor, também quero um futuro com você, também sou apaixonada por você desde os doze anos, também – dei um selinho em sua boca – quero – outro selinho – você – outro selinho.

Fomos até a outra cidade nos acariciando e beijando. Simplesmente um dia maravilhoso. Finalmente poderia ter a felicidade que desejei a tanto tempo.

Assim que chegamos à casa, tivemos que arrombar a porta, o que não foi difícil pois ela já estava frouxa. A sala era enorme, mas estava toda desarrumada, vidros jogados por todo canto, comida, cobertores e tudo mais.

A casa era um sobrado de três andares. A cozinha era o único cômoda que já tinha móveis. Havia cinco quartos na casa, um que seria meu e de Peeta e os outros... Bom, o futuro dirá de quem será.

Peeta sentou na cadeira da cozinha e eu sentei em seu colo.

– Pronta para nossa vida realmente começar?

– Mais do que nunca – beijei sua bochecha.

– Amo você, desculpe por demorar tanto tempo para admitir – ele sussurrou.

– Também te amo, e não importa. O que importa e o agora. E eu amo você – sussurrei de volta. – Nosso futuro será maravilhoso, eu lhe garanto.


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Notas finais do capítulo

NÃO ME MATEM, EU TINHA QUE FAZER ISSO COM A HISTÓRIA, SE NÃO ELES NUNCA FICARIAM JUNTOS. Ninguém me entende, eu sei, mas não me matem. Beijoooooooos!



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