Elesis No Mundo De Magi escrita por Blood Roses


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Aqui esta o capitulo dois. Incrivelmente, eu consegui um tempinho para escreve-lo, espero que gostem.

Boa leitura.
Atenciosamente Blood Roses.



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Capitulo dois.

Nova dimensão

A ruiva acordou com o incomodo do sol sobre os seus olhos. Tentou mexer os braços e sentiu o corpo dolorido, fora o fato de estar deitada sobre algo ligeiramente macio, porem desconfortável.

A ruiva então levou o braço na altura dos olhos antes de abri-lo, sentando em seguida. Elesis ainda estava acostumando seus olhos com a claridade estrema, e quando sua visão finalmente se focou e a jovem se viu no meio de um deserto.

–Um....deserto.....? – se perguntou a ruiva.

Sem escolha, Elesis se levantou, sentindo um calor muito forte devido ao fato de estar usando uma armadura pesada de metal. A ruiva notou que estava com suas espadas, porém não havia nem sinal de vida nos próximos pelo menos três quilômetros.

Elesis levantou-se do chão e colocou-se a caminhar. A ruiva caminhou pelo que lhe pareceu umas 6 horas, o calor a fazia suar muito e a jovem já estava começando a perder as forças, porem mesmo naquele estado deplorável ela continuou caminhando.

A ruiva caminhou por mais duas horas antes que o calor e a desidratação fizessem suas pernas falharem levando-a ao chão. A ruiva caiu com o rosto na areia. Sentia o calor do chão em sua pele desnuda causando um grande incomodo, porem esse incomodo não durou muito pois sua consciência começou a abandona-la e Elesis acabou por desmaiar.

Não muito longe dali, uma pequena caravana estava passando quando viram a ruiva desmaiada, o condutor parou, empurrando um pouco o pano branco que o escondia do sol para ver melhor, ao seu lado, um jovem de longos cabelos azuis e pele clara observava atentamente o corpo caído.

–Uma pessoa? – falou ele virando-se para o condutor que olhava ligeiramente desconfiado.

–É o que parece – falou o jovem – Cuida da caravana, vou ver quem é.

Dito isto o jovem condutor desceu com agilidade do veiculo e andou com cuidado em direção a ruiva. Suas correntes e brincos balançavam conforme andava, assim como sua roupa bege com uma seda verde traspassada na altura do peito.

O jovem aproximou-se o suficiente para vê-la melhor, reparando na pesada armadura que a mesma estava usando, assim como nos misteriosos cabelos extremamente vermelhos, um vermelho muito parecido com sangue, que a mesma possuía.

O jovem abaixou-se notando que a ruiva respirava com dificuldade, seu rosto estava pálido e suas bochechas vermelhas devido a exposição extrema ao sol. Sob seus olhos , uma linha mais escura se fazia presente, resultado de horas sem a ingestão de agua.

–Aladdin! – gritou o jovem para o menino de cabelos azuis – Venha aqui me ajudar, vamos leva-la.

O azulado não hesitou em mandar a caravana para mais perto dos dois. Em seguida, o jovem foi para a parte de traz, ajeitando o melhor que podia os tecidos que traziam para que a ruiva fosse colocada sob eles.

O jovem pegou a garota com facilidade, apesar do peso da armadura, e levou-a para a parte de traz, vendo a cama improvisada que Aladdin havia feito. Sem demora, colocou-a nos tecidos, em seguida, medindo sua temperatura, vendo que a jovem estava um pouco mais quente que o normal. Em seguida voltou para frente, tomando as rédeas e retomando seu caminho, sentindo o sol tocar-lhe a pele clara, enquanto seguiam seu caminho.

O condutor andou pelo deserto o que pareceram horas, enquanto o azulado ficava de olho na ruiva que havia desmaiado, as vezes lhe dava um pouco da agua que haviam trazido e secava o suor que escorria por seu rosto.

Enquanto a caravana era conduzida, ao longe o condutor viu um conjunto de caravanas e sorriu consigo mesmo, havia achado o caminho. A verdade é que, em um pequeno descuido, havia se perdido da caravana original, e estavam a deriva no deserto, por sorte, o resto dos viajantes os havia esperado.

–Alibaba! – gritou uma jovem de cabelos bordos, enquanto corria na direção da pequena carroça.

–Olá Morgana – falou o condutor, descendo despreocupadamente.

–Aonde vocês estavam?! – falou a jovem, aproximando-se – Todos estavam extremamente preocupados.

–Eu sei, desculpe... – falou Alibaba coçando a cabeça, sorrindo. Logo todos da caravana se juntaram a eles.

–Aconteceu algo? – perguntou um dos viajantes – Não vejo o Aladdin.

–Bem, na verdade... – começou o jovem a falar – Encontramos alguém no deserto, ela estava a beira da morte por desidratação. Aladdin esta cuidando dela.

Enquanto falava, Alibaba guiou os viajantes que estavam reunidos a sua volta para a parte de traz da sua carroça, em seguida erguendo o pano que tampava a traseira. Todos ficaram maravilhados com a jovem, que ainda jazia desacordada.

–Eu nunca vi tal armadura – comentou um dos viajantes – Ela, com certeza esta bem longe de casa.

–Sim, por isso vamos leva-la a Balbadd, lá, decidirei o que fazer com ela – pronunciou Alibaba, extremamente serio.

A caravana formada por 23 carroças seguiu seu caminho em direção ao norte, novamente. Após um dia de viajem, a caravana finalmente viu o seu destino, a bela cidade portuária de Balbadd.

Balbadd era, de modo simples, uma cidade calma portuária, retirava seu sustento econômico do mar, frutas, tingimento de tecidos e turismo. Porem, as coisas nem sempre foram daquela maneira, e Alibaba sabia bem disto.

Após uma das maiores guerras conhecidas, Balbadd foi libertada de uma terrível tirania, e um acordo de paz foi assinado entre todos os países, trazendo assim um tempo de paz e harmonia. Apesar da guerra não ter sido entre os países, mais isto é outra historia.

A grande caravana desceu em direção a cidade, que se preparava para o começo de mais um dia, afinal, ainda não eram nem sete horas da manha.

Não demorou muito para chegarem a cidade, aonde foram recebidos com alegria. Os comerciantes, que eram a maioria, foram para o local onde fica localizada a feira, algumas caravanas eram de viajantes que seguiram rumo ao seu destino como Alibaba, Aladim e Morgana.

Não demoraram muito para chegar em seu destino, que era o enorme castelo da antiga família real Saluja. A caravana aproximou-se lentamente dos portões e rapidamente foram cerado por guardas. Alibaba calmamente ergueu o lençol que o protegia do sol.

–Rei Alibaba – comprimento os soltados, ajoelhando-se em seguida – Seja bem vindo.

–Eu já disse que... – começou o jovem, porem ao olhar nos olhos dos guardas desistiu, pois sabia que todos o viam como rei, e isso não poderia mais ser discutido.

Após a guerra e o tratado e paz, Balbadd que antes era uma monarquia, havia decidido tornar-se uma republica, porem, as pessoas que ali viviam e haviam aceitado tal ideia voltaram a traz e nomearam Alibaba Saluja como rei. Porem, apesar de possuir o sangue real, não era o legitimo herdeiro, e não queria que Balbadd volta-se aos tempos de sofrimento por causa de uma coisa tão banal como a monarquia. Mais por insistência do povo acabou aceitando tal cargo, jurando a si mesmo que jamais deixaria Balbadd voltar aos tempos de escuridão.

Os portões abriram-se com um rangido, liberando o caminho para eles. Guiando a caravana com habilidade, o jovem adentrou os portões e seguiu até a entrada. Enquanto ia em direção a entrada, percebeu alguns de seus assessores e nobre o esperavam.

–Rei Alibaba – falaram eles, curvando-se, enquanto o jovem se aproximava.

–Não se curvem – falou Alibaba. Em seguida o jovem virou-se para um dos empregados do castelo – Preciso que chame as empregadas, encontramos alguém no deserto que precisa de ajuda.

–Sim, vossa alteza – falou o serviçal, saindo rapidamente para fazer o que lhe foi mandado.

Logo três mulheres e dois homens apareceram, um dos homens guiou os animais para o estábulo, para dar de comer e beber aos camelos, o outro levou a carroça para o outro lado, aonde iriam retirar tal convidada. Morgana e Aladdin os seguiram, já Alibaba entrava no castelo enquanto os assessores e nobres o atualizavam sobre tudo que havia acontecido em sua ausência.

Aladdin e Morgana foram para a entrada lateral junto com os empregados. Lá, um dos homens pegou a jovem ruiva no colo e levou-a para dentro, enquanto as empregadas somente olhavam. O homem a levou para um dos muitos aposentos que havia ali e colocou-a na cama.

–Eu nunca vi essas escritas antes – comentou Aladdin, que olhava com muita atenção a armadura e as bainhas das espadas, cuja qual possuía varias escritas, porem, o que chamava sua atenção eram as espadas. Duas espadas gêmeas com um cristal escarlate próximo ao cabo.

Para qualquer pessoa, aqueles cristais não passavam de rubis extremamente grandes, mais para ele não, pois os cristais emanavam magia, mais não a magia cuja qual ele estava acostumado, um tipo diferente de magia, porem igualmente fascinante.

–Será melhor se alguém ficar aqui para vigia-la – pronunciou-se o homem – Para quando ela acordar.

–Sim – concordou Aladdin.

–Eu fico – falou uma das empregadas.

–Obrigada. Avise-nos assim que ela acordar – falou Aladdin, a empregada assentiu positivamente.

Aladdin e Morgana saíram do quarto, afinal, tinham coisas a fazer, o homem que a havia carregado saiu rapidamente após a partida deles. As outras empregadas começaram a ajeitar o quarto, colocando bandejas com frutas e agua frescas.

Elesis acordou sentido seu corpo sob algo extremamente macio e confortável, sentia um grande calor, era como se seu corpo estivesse cozinhando aos poucos. Abriu os olhos, de inicio, sua visão ficou extremamente desfocada, porem, após alguns segundos sua visão já estava normal. A ruiva então percebeu que estava em algum tipo de quarto deitada em uma cama.

O quarto era de coloração clara, haviam tecidos coloridos pendurados ao redor da cama, nas paredes haviam tapetes e quadros. A sua frente havia uma mesa de madeira escura com duas cadeiras, na mesa havia dois cestos prateados com frutas e duas jarras, uma prata e uma dourada acompanhadas de copos.

Mexeu a cabeça tentando se levantar, porem tudo a sua volta rodou, irritada a ruiva fechou os olhos e rolou, ficando de barriga para cima. Ao reabrir os olhos, viu diante de si uma garota.

A garota possuía pele morena, os cabelos pretos estavam soltos e caiam sob seus ombros, usava uma roupa branca com tecidos coloridos solta com uma alça lateral que Elesis nunca havia visto, porem era muito bonita. No pescoço haviam correntes douradas, assim como as pulseiras em seus braços, seus olhos eram de uma bela coloração dourada.

–O-O-Olá.... – falou a jovem, observando-a com cuidado.

Elesis queria poder responder, porem sua boca e garganta estavam extremamente secas, que somente o ato de respirar doía. Porem, antes que a ruiva pudesse ter algum tipo de reação a garota morena saiu correndo como se tivesse visto um fantasma.

A ruiva não era capas de entender o que a garota estava falando, porem ouviu muitos barulhos após a saída dela, em geral, barulho de passos. Após alguns minutos a jovem retornou e junto com sigo trouxe uma outra mulher, extremamente parecida.

–Você deve estar com sede – disse a mulher com um sorriso gentil. – Eu me chamo Ambre, e esta é minha filha Iris.

Ambre aproximou-se da mesa e pegou o jarro de coloração prateada junto com um dos copos igualmente de metal prata e aproximou-se de ruiva deitada. Com cuidado, Ambre a colocou sentada, enquanto Iris colocava a jarra e o copo sobre uma mesa que havia ao lado da cama.

Ambre serviu um copo de agua e aproximou-o dos lábios da ruiva que o bebeu com voracidade, Iris tornou a enchê-lo e Elesis o esvaziou novamente e novamente. Após isso, a ruiva sentou-se melhor, agora sem a ajuda da mulher e passou a observa-la, enquanto ela andava até a cesta de frutas.

–Então, qual o seu nome? – perguntou Iris com os olhos cheios de expectativa.

–Elesis... – falou a ruiva, porem sua voz não passou de um sussurro um pouco alto.

–Elesis...é um nome diferente – falou Ambre sorrindo – Esta com fome?

A ruiva assentiu positivamente, Ambre colocou a cesta de frutas ao seu lado, Elesis escolheu um cacho de uvas extremamente grandes e roxas. Iris ia lhe perguntar mais alguma coisa quando uma leve batida na porta pode ser ouvida. Ambre e Iris foram para o outro lado da cama e ficaram eretas com as mãos juntas sobre o abdome.

Logo a porta foi aberta e um menino e uma garota entraram no quarto. O menino era baixo e possuía longos cabelos azuis presos em uma trança, na cabeça usava um turbante branco, seus olhos eram igualmente azuis como o cabelo, suas roupas eram mais comuns compostas de um colete azulado e uma calça branca justa nos tornozelos, no peito possuía uma faixa e nos pés sapatilhas. Trazia nas mãos um cajado de madeira.

A menina possuía cabelos vermelhos, porem um vermelho mais escuro, os olhos eram castanhos, de roupa usava um vestido bege, não utilizava sapatos, nas pernas apenas um conjunto de cordas entrelaçadas formando uma rede, nos punhos utilizava braceletes prateados ornamentados com correntes.

–Olá! – falou o menino animado – Eu me chamo Aladdin e esta daqui é a Morgana! E você?

–Elesis – respondeu a ruiva, seria –Como me encontraram? Onde eu estou?

Aladdin e Morgana trocaram olhares.

–Eu e Alibaba encontramos você desmaiada no meio do deserto – respondeu o menino sorrindo – Elesis, você veio de onde?

–De Arquimidia – respondeu a ruiva. Logo o quarto encheu-se de sussurros.

–E essa Arquimidia fica aonde? – perguntou Morgana. Elesis, naquele momento percebeu duas coisas. Primeiro: que estava bem longe de casa, segunda: não fazia ideia de como voltar.

–Afinal, onde estou? – perguntou a ruiva.

–Vamos te responder, junto com a pessoa que te encontrou primeiro – falou Morgana – Por hora, coma e beba o quanto quiser.

Assim que disse isso, Morgana e Aladdin saíram do quarto, deixando uma curiosa Elesis para traz. A ruiva observou a saída de ambos, voltando-se quase que imediatamente para Ambre e Iris que continuavam ali.

–Eu vou pedir para trazerem seu almoço – falou Ambre, saindo do quarto logo em seguida.

–Iris, não é? – falou a ruiva com firmeza – A onde eu estou?

–E-Eu acho melhor você ouvir isso do próprio rei... – falou a jovem, nervosa. A ruiva suspirou derrotada – Não acha melhor retirar essa roupa? Você deve estar cozinhando ai.

A ruiva negou com a cabeça e voltou a comer as uvas, não permitiria a si mesma ficar sem sua armadura, ou pior, desarmada em um local estranho. Não demorou muito para Ambre aparecer trazendo seu almoço, junto com mais duas empregadas. Rapidamente um banquete foi feito a sua volta.

A ruiva preferiria não comer, porem, seu corpo precisava disso e o cheiro a estava enfeitiçando, atiçando sua fome, sem escolha, comeu um pouco de tudo, a maioria dos pratos era de frutos do mar e estavam incrivelmente bem preparados.

Após comer, Morgana retornou ao seu quarto e disse que ia leva-la até Alibaba, aonde ele lhe explicaria o que estava acontecendo. A ruiva levantou-se da cama renovada, seu rosto ardia um pouco por causa do sol, porem, retirando isso não tinha nada de mais. Morgana saiu do quarto enquanto Elesis a seguida.


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Notas finais do capítulo

É isso pessoal, espero que tenham gostado. Não esqueçam os comentários para eu saber se estão gostando ou não.

Até o próximo.

Atenciosamente Blood Roses.



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