Caliente escrita por shussan


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hey hey :3



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Não sei se consigo descrever em palavras como era a casa para onde Ino me levou, desde a primeira vez que olhei para aquele lugar, a primeira coisa que pensei foi: “isso só pode ser o paraíso”.

Hm, para a Ino, é claro.

Era uma casa enorme, quase uma mansão. Poderia ser chamada de mansão por alguém que olhasse de fora, alguém que não percebesse os pequenos detalhes. Não, não era como uma mansão. Mansões são lugares grandes e refinados, que os ricos compram para tentar preencher o vazio que sentem em si, por serem pessoas frias e medíocres.

Não, aquele lugar no tinha nada de mansão.

Parecia ter dois andares ou mais, todos com varandas em todos os quartos, que estavam apinhados de gente. Eram duas da tarde e pessoas andavam de um lado para o outro com copos de bebida na mão, elas conversavam e riam e flertavam e... Se divertiam. Como se não houvesse amanhã, e com certeza como se não tivesse ninguém as esperando em casa.

A musica estava alta e a piscina estava cheia, a maioria das pessoas dentro da água estava de roupa.

Ino me empurrou pra dentro, e só então eu percebi que passei todo aquele tempo estática na porta. Minha amiga riu de mim e entrou, e eu só fiz segui-la. Estava completamente perdida.

– Quantas pessoas moram aqui? – perguntei a ela.

– Não precisa falar baixo, ninguém vai te achar estranha por estar conversando – ela respondeu, mais alto do que eu faria, e algumas pessoas ao redor riram.

– Por isso é claro que não, só porque eu tenho cabelo rosa, estou usando casaco num calor de trinta e cinco graus e porque estou andando com a pessoa mais estranha do país – respondi, quase apontando o enorme chapéu que ela usava.

– Seu cabelo é lindo, você veio de viagem (o que justifica seu casaco) e você está andando com a pessoa mais diva de todo o bairro, pergunte para qualquer um por aí – subimos as escadas, o tal Naruto vinha atrás carregando todas as minhas malas com a ajuda de um cara de cabelo vermelho e que parecia usar lápis de olho e não ter sobrancelhas.

– Tenho certeza que posso perguntar para todos os caras do bairro, mas será que as namoradas deles vão pensar a mesma coisa sobre você? – respondi. Ela riu e deu um tapa fraco em meu ombro, de brincadeira.

– É impressionante como você consegue ter fé em mim! – ela riu, olhando em volta. Estávamos num corredor comprido e espaçoso, com portas para todos os lados. – Olha, eu não sou mais como era, eu... amadureci.

Paramos em frente a uma das portas, que para mim, era completamente igual às outras. Ela a abriu e deixou os garotos passarem e deixarem as malas ali, e então eles foram embora e nós entramos. O lugar era enorme, mas nem assim deixava de ser confortável. Cada objeto parecia ter sido colocado no lugar certo para me fazer sentir em casa.

Não como quando eu estava com Sasuke, mas em casa. Feliz. Completa.

– Você Ino? Amadurecendo? Como assim não tá chovendo? – perguntei, me jogando na enorme cama fofa que tinha ali.

– Eu já tenho vinte e seis anos, uma hora tinha que acontecer! – ela riu, abrindo minha mala.

– Então não sai mais com quatro homens numa semana?

– Está brincando comigo? Claro que não! – ela levantou uma de minhas calcinhas – E nem você vai conseguir usando uma dessas...

– Quer parar de mexer nas minhas coisas?! – peguei o objeto da mão dela e a tirei de perto das minhas bolsas. Ela só fez rir. O volume da musica aumentou. – Quantas pessoas estão morando aqui? Tipo, morando mesmo?

– Quatro, com você cinco. Eu, Hinata (ela é um doce de pessoa, você vai amá-la), meu namorado e Naruto.

Não respondi durante alguns segundos. Eu iria morar na mesma casa que aquele loiro gostoso? Isso é sério produção? Tentei não parecer muito surpresa – nem feliz -, mas acho que não deu muito certo, porque ela começou a rir como se eu tivesse feito a melhor piada do mundo.

– Meu deus, você tá afim do Naruto! – ela falou.

– O quê? Não, não é nada disso. Só estou um pouco... Assustada. Desde quando você tem namorados? – ela parou de rir na mesma hora. Pelo menos consegui mudar o rumo da conversa.

– E desde quando você trai o seu marido? São novos tempos querida, novos tempos...

– Espera aí, eu nunca traí meu marido – olhei para a aliança prateada em minha mão, com um fio de arrependimento. Não, arrependimento não era a palavra, a palavra era dor, por tudo que eu fiz a ele e que ele não retribuiu. – Nem uma única vez.

– Ei, para com isso agora! – ela levantou meu rosto. – Para de se lamentar, para de pensar que você é vitima disso, para com tudo! Olha, você está num lugar diferente, numa casa cheia de homens deliciosos só esperando pra colocar a mão em você! Aproveita!

– Cadê a Ino amadurecida? – ela riu e se levantou, andando até o armário e pegando algumas roupas.

– Foi lá pra baixo colocar uns chifres no namorado sumido dela – ela me jogou alguns panos, que depois de separados se mostraram um biquíni rosa minúsculo e um short laranja ainda menor.

– Namorado sumido? Há quanto tempo ele está fora?

– Hm... Não o vejo desde ontem – ela riu e apontou uma porta ao lado da cama que eu não tinha percebido. – Vai lá, se troca, e nos encontramos lá embaixo tá? Tá.

E dizendo isso ela saiu do quarto. Pelo menos continua inteligente como antes.

Se tivesse continuado no quarto, seria obrigada a me dar outra roupa para vestir, e não... Isso. O biquíni era minúsculo, talvez um ou dois números menor do que o meu, e o short não cobria nada que deveria cobrir, era menos que as minhas calcinhas!

Sendo assim, peguei meu próprio biquíni, um modelo mais comportado e menos oferecido, e principalmente, do meu tamanho. Coloquei um short jeans e uma blusa transparente. E então, depois de colocar um chinelo e um óculos escuro, desci as escadas.

Eu não sabia dizer se era esse negócio de “sangue latino” ou coisa assim, mas TODOS os caras aqui são lindos. Não é como no Japão, lá quando você encontra uma pessoa bonita agradece a deus de joelhos e reza todo dia pra ela querer você também. Mas aqui...

Parece que eles nascem nas árvores, sabe? Porque são tantos... Acho que estou tonta...

– Não pudemos ser apresentados direito – o loiro gostoso, digo, Naruto apareceu na minha frente. Estava sem camisa e com o sorriso moleque de sempre estampado no rosto. – Olá, eu sou Naruto Uzumaki, e você?

– Hm... Sakura – estendi uma mão e ele, como uma pessoa normal, apenas a apertou. Sorriu.

– Sakura de quê? – não tive coragem de dizer o sobrenome de casada. Uchiha. Aquele nome me perseguia até quando eu estava fugindo dele.

– Só Sakura.

– Então “Só Sakura”, de onde você veio? – começamos a caminhar um ao lado do outro em volta da casa. As pessoas me olhavam de uma forma estranha, principalmente as garotas. Como se eu não devesse estar ali.

– Japão. Uzumaki é um nome mexicano?

– Na verdade não, é japonês. Está vendo como combinamos? Até viemos dos mesmos lugares!

Eu ri.

– Mal nos conhecemos e você já está dando em cima de mim?

– Só um idiota conseguiria ficar mais de cinco minutos perto de você e não querer passar o resto da vida ao seu lado.

Senti minhas bochechas esquentarem e não consegui não rir.

– Desculpa, eu não estou muito acostumada com isso... – eu disse, olhando para qualquer lugar, menos para ele. Naruto riu.

– Sério? Eu vi o anel que você usa... – ele falou como se fosse a coisa mais normal do mundo.

– E mesmo assim deu em cima de mim? – ele riu e colocou os braços atrás da cabeça despreocupadamente. Parecia bem mais novo.

– Não sou um cara ciumento – ele riu com a própria fala. – Você não parece.

– O quê? – ele demorou um pouco a responder. Olhei em volta. Tínhamos deixado as pessoas para trás e eu não fazia a menor ideia de onde estávamos. Mas não fazia diferença. O lugar era lindo, e de algum jeito eu estava me sentido diferente com Naruto. Mais segura.

– Você não parece com o estereótipo de mulher casada que eu conheço – eu ri. – Mas é verdade! Vamos ver, há quanto tempo você é casada?

Pensei um pouco, fazendo as contas.

– Quase oito anos – respondi, por fim.

– Está vendo? Quantas mulheres casadas há oito anos e que não tem filhos você conhece? Ou que continuam lindas? – o sorriso dele deu lugar a uma expressão de espanto. – Peraí, você é casada há oito anos? Quantos anos você tem?

– Não é educado perguntar a idade de uma dama.

– Você não é uma dama, é minha amiga.

Eu ri alto.

– Sua amiga, gostei.

Por enquanto.


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Notas finais do capítulo

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