Caliente escrita por shussan


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

vocês amam um momento NaruSaku, né? rs
and I wanna love like you make me feel, when we were eighteen



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– Comece outra vez – peço. – Mas dessa vez, tente não chorar.

– NÃO TEM COMO NÃO CHORAR! – ela responde, agitando os braços de um lado para o outro. – Eu quero saber qual é o meu problema, é isso que estou te perguntando.

– Problema em relação a quê?

– Todos os meus problemas se resumem a um único nome: Gaara – Ino fala, se levantando da cama e começando a caminhar de um lado para o outro.

Dessa vez ela não trouxe nem sorvete e nem brigadeiro, trouxe uma enorme mala vermelha completamente vazia. Chegou aqui dizendo que queria sair dessa casa o mais rápido possível, e que se eu não falasse com ela, ela colocaria suas coisas na mala e iria morar com o Papa, mas não continuaria nessa casa.

– O que ele fez dessa vez? – tento de novo. Ela para na frente do meu armário e começa a tirar roupas de lá, mexendo em tudo como se fosse dela. Acho melhor não contrariá-la ou dizer qualquer coisa que a deixe ainda mais nervosa.

– Ele é muito gostoso – ela responde, escondendo o rosto em uma blusa azul minha.

– Hm, acho que sobre isso eu não posso fazer nada, mas...

– Você acha o Gaara gostoso? – ela me interrompe.

– O que isso tem a ver com a conversa?

– Ah, é claro que acha. Não há como não achar o Gaara incrivelmente delicioso.

– Certo, mais uma vez: o que isso tem a ver com a conversa?

– Tudo! – ela joga minhas roupas para cima e pega alguma coisa que tinha embaixo, mas logo joga isso também no chão. – Ele é gostoso demais para eu gostar dele.

Ino fecha meu armário – agora vazio – e volta para perto de mim. Se senta ao meu lado e cruza as pernas, mexendo nos cabelos nervosamente.

– Então... Você está com medo do que está sentindo por ele? – deduzo.

– Eu? Sentindo alguma coisa por ele? Claro que não? É tudo físico! – ela responde, sua voz ainda mais aguda que o normal. Morde o lábio e pega meu travesseiro, escondendo o próprio rosto nele e bufando. Espero pacientemente que ela se recupere. Tenho todo o tempo do mundo. – A quem eu quero enganar? Eu estou realmente sentindo alguma coisa por ele...

– E, como eu disse antes, está com medo disso, não está? – me sinto uma psicóloga do primário conversando com uma aluna problemática.

– Você já olhou para ele? Ele é tão...

– Sim, ele é gostoso. Já entendi essa parte. – a corto, tentando diminuir um pouco essa parte. – Agora pode me dizer onde está o problema?

– Por que alguém como ele ficaria com alguém como eu? comigo?

Quase engasgo com o ar, percebendo que aquela pergunta se aplica a mim. Naruto é tão... Descomplicado e independente. Ele age pelo próprio impulso, pelo próprio desejo, só pelo que ele acha certo e pelo que sente. Por que se contentaria em ficar apenas comigo?

Balanço a cabeça, afastando esses pensamentos. Um problema de cada vez, Sakura.

– Ele ficaria apenas com você porque gosta apenas de você – respondo. Ela me olha.

– Como você pode saber que ele gosta de mim? – ela pergunta, os olhos úmidos. Penso alguns segundos antes de responder.

– Há quanto tempo vocês estão juntos?

– Não sei... Dois, dois meses e meio talvez.

– Você me disse que estava aqui há menos de duas semanas – me queixo, ofendida.

– Eu te disse muitas coisas – ela fala, e eu reviro os olhos. Suspiro comigo mesma.

– Certo. Dois meses e meio é muito tempo, se vocês estão mesmo juntos todo esse tempo, alguma coisa ele deve sentir por você.

– Você acha mesmo?

– Tenho certeza. – respondo, me levantando e juntando minhas roupas do chão.

– Como você pode saber? – ela caminha até a porta lentamente.

– Quem não gostaria de você?

– Hm, o Naruto.

– Isso porque ele está apaixonado por mim.

Ela ri e se abaixa ao meu lado, me ajudando a juntar as roupas que ela jogou no chão.

– Não pense que eu não percebi que você dormiu fora – ela diz sem me olhar, e tudo que eu faço é sorrir. – E não pense que eu não percebi quem dormiu fora também.

– Ah, eu não pensei nada – respondo.

– Então foi tão bom assim? – ela me olha, mas me limito a abrir o armário e colocar as roupas ali, um sorriso estampado no rosto. – Eu sabia que ele era bom de cama!

– Credo, Ino, você só pensa nisso? – pergunto, ainda rindo. – Nós só passamos uma boa noite juntos, uma boa noite como bons amigos.

– Sim, amigos, claro. – ela diz, pegando sua mala vermelha para sair. – Nunca pensei o contrário.

– Uma amizade colorida não faz mal a ninguém, não é? – ela ri, fechando a porta atrás de si.

Coloco a mão no meu pescoço, sentindo ali o colar dourado com a palavra Sunshine escrita em dourado. Me pergunto como alguém consegue sorrir tanto e não ficar com o rosto doendo.

Passamos a madrugada na praia e vimos o sol nascer, até que estava tarde demais (ou seria cedo demais?) e estávamos cansados demais, então acabamos dormindo no carro. Quando eu acordei, estava novamente deitada na minha cama, como se tudo aquilo não tivesse passado de um sonho, mas o colar continuava lá, apenas para me provar que aquilo tinha realmente acontecido.

Não encontrei Naruto e nem Gaara desde quando acordei, e a única vez que vi Hinata, ela estava falando ao telefone na varanda e parecia muito nervosa, mas quando eu fui perguntar o que estava acontecendo, ela me disse que não era nada serio e que eu não precisava me preocupar. Achei estranho, mas as borboletas ainda estavam voando no meu estomago, então eu não dei a mínima importância.

Agora Hinata sumiu, Gaara sumiu e Naruto sumiu, e sendo assim ficamos apenas eu e Ino em casa às três da tarde de um sábado. Muito animador.

– AI MEU DEUS! SOCORRO! – Ino berra do andar de baixo, me tirando de meus devaneios. Corro o mais rápido que posso, a encontrando de costas para mim parecendo assustada. Nenhum ferimento, nenhum machucado, nada sério. – Sakura, me segura, por favor.

– O que aconte... – perco a fala no mesmo segundo. Ino se segura no meu braço e eu tenho medo de cair junto com ela. – ceu.

Esticados em cima do sofá estavam dois vestidos longos, um azul escuro e um vermelho. O azul tinha um decote profundo, enquanto o vermelho era ligeiramente mais comportado. Os dois tinham fendas profundas que chegavam mais ou menos na altura da coxa. As costas ficavam completamente à mostra, protegidas apenas por um tecido fino cor de pele.

Resumindo, eram simplesmente perfeitos.

Abaixo para pegar o envelope preto que está lacrado em cima do vestido azul.

– “Querida Ino” – começo a ler, Ino apertando ainda mais meu braço. – “eu achei que nossa relação estava ficando um pouco monótona e resolvi agitar um pouco as coisas. Fiz uma reserva para as nove da noite no Blank Space e comprei esse vestido para você. Espero que sirva. PS: o vermelho é uma lembrancinha do Naruto para a Sakura. Não se atrasem”.

Abaixo o papel, sem acreditar muito naquilo. Uma lembrancinha? Qual era o sentido da palavra lembrancinha para ele?

– Lembrancinha? – pergunto em voz alta.

– BLANK SPACE! – Ino berra, pegando o vestido azul nas próprias mãos e o medindo no corpo. – Eu não acredito, não acredito que isso está acontecendo...

– Blank Space?

– O melhor e mais caro restaurante de todo o estado – ela responde, indo até o espelho e se olhando. – Nada demais.

Nada demais. – repito com ironia.

Olho em volta, sentindo como se alguém estivesse nos observando. Pendurado na janela estava um vestido exatamente igual ao nosso, mas violeta. Cutuquei Ino e apontei o vestido.

– Mais um? – pergunto, caminhando até o vestido. – Hinata?

Hinata, estava escrito do lado de fora do envelope vermelho. Pensou que eu me esqueceria de você? Claro que não, esse vai ser um dia muito importante para mim, e eu quero que você esteja lá. PS: comprei esse especialmente para você. Ass: Naruto.

– Ah não, eu não deixava – Ino fala ao meu ouvido depois de ter lido a carta. – Eu iria lá só para ensinar a ele que ele não pode comprar presentes para outras mulheres.

– Hinata é só uma amiga – eu digo, fechando o envelope e pegando o vestido pelo cabide. Subo as escadas com Ino em meu encalço.

– Ele deixou um recado para Hinata e nenhum para você.

– Ino, cale a boca.

Bato duas vezes na porta de Hinata, mas ela não responde. Canso de esperar e abro a porta, a encontrando outra vez na varanda com o telefone no ouvido. Me aproximo lentamente.

– Não interessa, dê um jeito de vir – ela diz baixo, a voz rude. – Você sabe por quê... Oh, não me venha com essa! Eu só... Não, não tenho mais o que falar, venha e veja por si mesmo.

Ela desliga o telefone e bufa. Se vira para mim e parece assustada. Não sei se é assustada pela conversa no telefone ou assustada por me ver ali.

– S-sakura-chan? – ela diz, colocando a mão no peito, assustada. – O que faz aqui?

– Naruto deixou isso lá embaixo para você – respondo, estendendo o vestido e o envelope para ela.

Ela pega o envelope primeiro, e quando termina de ler está tão vermelha que eu tenho medo que ela possa explodir. Ela começa a gritar e pular e arranca o vestido das minhas mãos, o abraçando como se fosse um ursinho de pelúcia.

– Ah, obrigada por trazer aqui, Sakura-chan – ela diz, andando de um lado para o outro. – Finalmente o Naruto-kun percebeu a verdade! – ela me estende o envelope.

– Que verdade? – pego o envelope e o abro outra vez. Não poderia deixar óbvio que já tinha lido a carta.

– Ele me ama, Sakura-chan. Ele vai se declarar para mim! – ela me abraça, seu cheiro artificial me deixa enjoada outra vez. – Ah, com licença, mas eu vou ter que me arrumar para o Naruto-kun. Só faltam três horas e meia para o encontro da minha vida!


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Notas finais do capítulo

PS: o que vocês acham que vai acontecer?
coments?