Sonhos de Uma Outra Vida 2 escrita por Luhni


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Ressurgindo das cinzas, tirando a poeira do lugar e fugindo de pedradas.... finalmente, FINALMENTE voltei!!! ^^
Olá gente! Espero que alguém ainda acompanhe a fic, sinto a demora, meses né? x.x Mas com o final de Naruto, depois o Gaiden lacrador (apesar de no início eu ter me irritado com algumas atitudes da Sarada) e alguns problemas da vida real eu me vi bloqueada para escrever essa fic. Mas eu voltei!
Muito obrigada a todas que comentaram, que me procuraram para saber da fic, esse capítulo é para vocês!
Boa leitura!



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Andava apressadamente por um dos corredores do colégio, fugia de Hana para não ter que ficar depois do colégio e participar do treino das líderes, de novo, tinha que aproveitar esse horário para conseguir conversar a sós com a mãe e resolver as coisas entre elas. Saori não aguentava mais aquele clima estranho desde que Sakura a viu com Hideo, sentiu as bochechas esquentarem com a lembrança e balançou a cabeça para afastar tais sentimentos. Devia se concentrar agora ou então...

– Te achei! – Hana gritou, assustando a morena que praguejou – Você prometeu, Saori!

– Eu já ajudei a achar outras meninas para a torcida – retrucou com um sorriso forçado, teria de novo essa conversa com ela.

– Elas nem sabem dançar direito ou fazer uma cambalhota! – reclamou, gesticulando e atraindo a atenção de alguns alunos, Saori revirou os olhos e voltou a andar.

– Eu também não.

– Mas você é minha amiga, deveríamos fazer isso juntas! – continuou a insistir e a seguiu até que entraram na sala de aula. Saori internamente agradeceu ao ver que Akane e Ichiro ainda estavam ali, quem sabe eles poderiam lhe ajudar?

– Akane, você fez o dever de matemática? – resolveu ignorar a Uzumaki que bufou ao seu lado. A pequena Hyuuga apenas olhou de uma para a outra e aquiesceu confusa. – Pode me emprestar? – e mais uma vez obteve uma resposta positiva da menina que foi em direção a sua carteira para pegar o caderno com a lição.

– Oe Saori! Não seja malvada, eu quero a sua companhia – Hana voltava a fazer aquela cara de cachorro sem dono – Somos amigas, não? – afinou a voz e a olhou como se estivesse prestes a chorar.

– Argh! Golpe baixo Hana! – reclamou Saori e ouviu Ichiro rir de si.

– Ora, porque não aceita de uma vez? É mais fácil e menos indolor. – opinou e Hana agradeceu de forma esfuziante ao ruivo.

– Isso! Me dê um bom motivo para não participar das líderes, Saori! – pediu Hana.

– Não combina comigo, não sei dançar, não quero usar aquela roupa, vou morrer de vergonha, esses são bons motivos, não? – falou de forma irônica e Ichiro voltou a se intrometer.

– Nada que não possa ser resolvido.

– Isso! Podemos dar um jeito nessas coisas, não me convenceu Saori. – exclamou Hana e Saori fuzilou o Sabaku com os olhos.

– Oe, você está de qual lado, ruivo?

– Apenas estou dando a minha opinião já que estão aqui – disse dando de ombros, antes de continuar – Além do mais, vocês são amigas, então não seja tão insensível à situação da Hana-chan – e sorriu de forma zombeteira, afinal sabia que se Saori participasse das líderes iria se divertir muito à custa dela. Tinha vontade de rir só de imaginá-la irritada.

– Ah é? – e Saori sorriu de forma prepotente – Então acho que vai gostar de saber, Cabeça de fósforo, que a Akane também vai participar das líderes para ajudar a Hana – não foi preciso dizer mais nada para ver o rapaz arregalar os olhos e se voltar para a namorada que estava pálida com o caderno em mãos.

– Isso é uma brincadeira, não é? – indagou para ninguém em especial, mas encarava a Hyuuga que engoliu a seco.

– Qual o problema Ichiro? Você não disse que não podíamos ser insensíveis a situação da Hana? A Akane quis ajudar também – e deu uma cotovelada da loira para que ela começasse a falar algo antes que o ruivo explodisse. A verdade era que não queria ter metido Akane no problema, mas Saori não aguentava mais a implicância dele e quando deu por si já havia aberto a boca.

– É... Eu mesma pedi para a Akane-chan e...

– Não! – o rapaz vociferou.

– O quê? – Hana indagou sem entender do que ele falava.

– A Akane não vai participar disso. – decretou cruzando os braços e Saori arqueou uma sobrancelha.

– Ah é? E por quê? – Saori questionou imitando a pose do ruivo.

– Porque ela é minha namorada e eu não vou deixar – “não vou deixá-la usar aquelas roupas na frente de outros caras!” completou a frase em pensamento.

– Você não acha que está sendo um pouquinho... – Hana começou, mas foi interrompida por Saori.

– ...ridículo!

– Eu ia dizer autoritário, mas acho que isso serve também – murmurou a loira.

– Como é? – Ichiro questionou irritado.

– Ficou surdo também? Você está sendo ridículo, o que houve com o discurso sobre sermos amigas e tudo mais? Além do mais você nem sequer perguntou se ela quer participar ou não! – brigou Saori e o rapaz voltou a encarar a namorada que observava tudo calada e um pouco assustada.

– Eu sei que ela não quer – disse por fim, voltando sua atenção à Uchiha que revirou os olhos.

– Não sabia que tinha virado adivinho – zombou Saori.

A discussão entre os dois continuou e Hana se aproximou da prima, colocando uma mão no seu ombro como se pedisse desculpas pelo o que estava acontecendo e aquilo foi o suficiente para Akane despertar. Saori e Ichiro estavam discutindo por causa dela e ela nem ao menos conseguia se manifestar. Era ela quem devia ser ouvida, era com ela que Ichiro devia conversar sobre isso e não com Saori. Era ela quem devia se defender, não devia precisar da ajuda da amiga e pensando nisso, respirou fundo e fechou os olhos se irritando por continuar sendo tão patética ao lado das amigas e do próprio namorado.

– Parem! – elevou a voz, chamando a atenção de todos. Mesmo que não tivesse gritado, era novidade Akane se irritar a ponto de bradar algo.

– A-Akane-chan? – Ichiro olhou confuso para a namorada que franziu o cenho para si. “O que eu fiz?” pensou o ruivo.

– Pare de brigar com a Saori-chan, o problema é comigo, não é? E pare também de dizer o que quero ou não fazer. Eu posso fazer as minhas próprias escolhas! – brigou com o namorado que se encolheu ante as palavras.

– Ai! – Saori disse risonha com a bronca da amiga, mas Akane logo fez questão de acabar com a felicidade da amiga.

– Você também Saori-chan!

– O quê? O que eu fiz? – ficou surpresa por se ver alvo da raiva da Hyuuga.

– Eu não preciso que fique me defendendo o tempo todo, eu posso me cuidar muito bem. Além disso, como esperam que eu consiga fazer alguma coisa se vocês nunca me deixam tomar as minhas próprias decisões? – e olhou de Saori para Hana que observava tudo embasbacada.

Saori ficou envergonhada ao ver que a perolada tinha razão, mas não fazia por mal, Akane tinha aquele jeito doce e meigo que fazia com que as outras pessoas tivessem essa vontade de protegê-la de tudo, mas ao mesmo tempo ficou orgulhosa da amiga que parecia mais forte e decidida. Talvez fosse a hora de deixar os dois terem a sua primeira briga de casal.

– Tudo bem, você está certa, Akane – falou com um sorriso ao pegar o caderno das mãos da perolada e se virar para Hana que continuava muda com o jeito da prima – Vamos Hana, está na hora de Ichiro e Akane conversarem a sós – chamou.

– H-Hai – disse olhando da Uchiha para a prima que aquiesceu.

– Boa sorte, cabeça de fósforo. – Saori se despediu, puxando a loira para fora da sala.

– Oe, você acha que foi uma boa ideia deixar os dois sozinhos? – Hana indagou ao se verem sozinhas em um dos corredores da escola.

– Espero que sim – suspirou Saori e observou a Uzumaki de canto.

– O que foi? – Hana a olhou confusa – Você acha que não foi uma boa ideia? Será que devemos voltar? E se algo acontecer? – começou a disparar perguntas, nervosa e gesticulando exageradamente. Saori riu.

– Deixa disso, a Akane vai saber se virar.

– Então porque estava me olhando? – voltou a questionar a loira e Saori suspirou.

– Porque agora você não tem a Akane para treinar e, como a culpa foi minha, acho que dessa vez vou ter que treinar com voc...

– Obrigada! Obrigada,obrigada! Você não vai se arrepender! – Hana a interrompeu eufórica e Saori imediatamente se arrependeu de ter dito aquilo.

Uma hora depois Saori havia conseguido sair daquele treino dos infernos. Hana era uma verdadeira ditadora, sempre exigindo mais e mais perfeição. E o pior foi ter que aturar Mizuki e o séquito dela. A todo o momento ficavam se exibindo ou dizendo que estava fazendo algo errado, por um momento teve vontade de jogar um dos pompons na cara daquela cenoura, só não fez porque Hana pediu que tivesse paciência, afinal a ruiva era uma das únicas que já tinha experiência com as líderes. Mas agora estava livre e correu para ir para casa, ainda queria conversar com a mãe e resolver aquele mal entendido.

–*-

– Oka-san! – chamou ao entrar em casa meio esbaforida. Havia voltado a pé naquele dia por ter saído mais tarde do colégio. – Oka-san? – começou a procurar a mãe ou alguém na casa, mas somente Chiyo lhe respondeu:

– Sakura-san ainda não chegou, parece que ela vai fazer plantão hoje. Sasuke-san ainda está no trabalho e Daisuke foi resolver algo na faculdade. – e Saori suspirou se achando a mais azarada das pessoas.

Ficou o resto do dia ansiosa com o retorno da rosada, tentava descansar ou pensar em outra coisa, mas de nada adiantou. E em meio a esses pensamentos adormeceu no sofá da sala. Porém, não eram sonhos que a esperavam.

–*-

Corria em um corredor escuro. Havia portas distribuídas por todo o corredor, mas todas as vezes que tentava abrir alguma para sair do local, estava trancada. Todas estavam trancadas. Não sabia onde estava, mas estava com medo. Parecia que algo a perseguia e aquela sensação fazia um arrepio percorrer sua espinha. Mas ela continuava correndo e tentando abrir as portas. Em determinado momento uma das portas rangeu e viu uma pequena claridade que escapava de uma pequena abertura.

– Impossível – disse para si, afinal ela havia verificado aquela porta anteriormente. Balançou a cabeça, não era hora para pensar nisso, e correu em direção ao que parecia ser a saída.

Ao transpassar a porta a claridade lhe cegou momentaneamente, mas logo vozes conhecidas a fizeram abrir os olhos e procurar ao redor por eles.

– Oka-san? Otou-san? – chamou, mas não havia ninguém ali. Voltou a ouvir vozes, dessa vez de seu irmão – Daisuke? Onde estão? – gritou desorientada.

Sentiu um resfolegar atrás de si e trancou a respiração com medo. Virou-se rapidamente para ver quem estava ali, porém não encontrou ninguém. Mas aquela sensação de estar sendo perseguida não a abandonou e com medo voltou a correr, chamando pela família. Ela não entendia o que estava acontecendo, algumas vezes conseguia ouvir a mãe ou o pai e até Daisuke, mas ela não via ninguém. Estava sozinha cercada por uma luz que parecia esquentar e esquentar cada vez mais, até que se transformou em um mar de fogo.

Fechou os olhos assustada, ofegava como se estivesse com dificuldade de respirar enquanto o fogo crescia ao seu redor. Abaixou-se com medo, tentando se proteger das labaredas, estava tão quente. Ouviu passos atrás de si, mas não conseguia olhar quem era, não queria saber quem era, apenas pediu que não fizesse nada consigo e ao ouvir os passos se distanciarem de si, suspirou aliviada até ouvir outra pessoa gritar. Levantou o rosto em pânico e lágrimas brotaram ao ver que havia sido poupada, mas sua família não.

– Oka-san, Otou-san, Daisuke! – gritou ao ver os corpos deles estendidos no chão manchado de vermelho. O fogo os rodeava, queimando suas peles de forma lenta e tortuosa, mas eles não mais sentiam nada pois os olhos opacos denunciavam que já estavam mortos.

– Não, não, não! – gritou tentando se aproximar, porém o fogo aumentou, impedindo-a de chegar até eles, mas ela ainda conseguiu vislumbrar cabelos ruivos como a chama brilharem e uma risada ecoar. – Por favor, eles não! – chorava copiosamente.

Havia perdido tudo de novo e sem forças para mais nada apenas se deixou ser consumida pelo fogo.

– Saori! – chamou Sasuke, sacudindo a filha que abriu os olhos assustada, o coração retumbava dentro de si fortemente. – O que houve? – indagou preocupado com o estado da mais nova que apenas o abraçou, soluçando.

Ele havia a encontrado dormindo no sofá, mas ela parecia tão inquieta que não precisou muito para perceber que estava tendo um pesadelo. Tentou chamá-la, mas a menina não acordava e quando viu o pequeno rosto se contorcer de dor e lágrimas escorrerem passou a balançá-la em uma tentativa de acordá-la. Afagou a cabeça da mais nova que chorava em seu ombro, as mãos trêmulas agarravam sua camisa, como se tivesse medo dele sumir diante dos seus olhos e ela realmente estava com medo disso.

– Tudo bem... – murmurou, acalmando-a.

– D-Desculpe, e-eu já estou bem – Saori disse ao se separar do pai que a olhou desconfiado.

– Então, me diga o que houve – pediu.

– Foi apenas um pesadelo – desviou o olhar, dando de ombros, mas Sasuke não acreditou.

– Não pareceu ser apenas um pesadelo. Isso já aconteceu antes? – indagou à filha que continuava a não encará-lo. – Saori! – chamou a atenção da menor que suspirou.

– Algumas vezes... – disse acanhada e Sasuke estalou a língua, impaciente.

– Desde quando? – a menina abriu a boca para responder quando ouviu a porta bater e outra voz soar pela casa.

– Tadaima! – anunciou Sakura ao chegar e reparou no marido e na filha sentados no sofá da sala. Sasuke estava de costas para si, mas ela conseguia ver muito bem o rosto vermelho e o rastro de lágrimas na sua filha – O que aconteceu? – indagou preocupada ao andar até a caçula e sentar ao seu lado.

– Não foi nada – Saori respondeu rápido, enxugando o rosto.

– Como não? Você estava chorando Saori! – e se virou para o marido em busca de respostas – Sasuke?

O moreno olhou da esposa para a filha que parecia implorar para não contar o que havia acontecido e ele soube ali que aquele não era “apenas” um pesadelo como Saori tentara lhe convencer há pouco. Suspirou, bagunçando os cabelos, enquanto pensava o que fazer. Talvez Sakura pudesse ajudar de alguma forma, afinal era médica, mas Saori não costumava lhe pedir algo, então usaria isso a seu favor para, então, contar a esposa se fosse necessário, mas por enquanto não faria alarde disso.

– Estávamos vendo um filme na tv e quando vi a Saori começou a chorar – e deu de ombros com a desculpa – Parece que ela é tão manteiga derretida quanto você, Sakura, para essas coisas – e sorriu de canto.

– Você chorou por causa de um filme? – Sakura indagou à filha que confirmou com cabeça, sem encará-la.

A rosada crispou os lábios e olhou para Sasuke mais uma vez que parecia atento as reações da filha e ignorá-la completamente, eles queriam que ela realmente acreditasse nisso? Agora sua filha tinha segredos com Sasuke também? Por que ela estava se sentindo tão excluída da vida de Saori? Levantou-se abruptamente, magoada tanto com Sasuke quanto com Saori e marchou em direção as escadas sem dizer mais nada.

– Por que não quis contar a sua mãe sobre o pesadelo? – Sasuke questionou à filha quando ficaram sozinhos. Ele sabia que a esposa não acreditara na desculpa e, provavelmente, teria que enfrentá-la depois.

– Porque não é nada, já disse! – retrucou e Sasuke bufou, começava a se irritar com a teimosia da menina.

– Se não fosse nada, teria contado a ela – contrapôs e foi a vez de Saori bufar – Se não me contar a quanto tempo está tendo esses pesadelos, eu...

– Desde quando eu voltei para casa, tá bom! – interrompeu o pai que a encarava um pouco surpreso. Ele sabia que ela se referia ao fato de saber que pertencia a família Uchiha e por um momento ficou sem saber o que dizer.

– É por isso que você está sempre cansada? Todas as noites você tem tido pesadelos? – Saori se remexeu desconfortável no sofá, porque havia adormecido ali? – Saori, me responda! – exigiu Sasuke, chamando a atenção da menor que o encarou sem graça.

– Não todas as noites, mas na maioria – explicou.

– Por que não contou a ninguém?

– Porque eu pensei que fosse passar e...

– Já faz quase seis meses! Parece claro que isso não vai passar, você devia ter nos contado. – repreendeu o mais velho e Saori se encolheu.

– Não queria dar mais problemas... – sussurrou, mas o moreno conseguiu ouvir.

– Saori... – disse em um suspiro e voltou seu olhar para as escadas, Sakura merecia saber disso – Vou ter que contar a sua mãe e vamos levar você a um psicólogo. – afirmou para o desespero da mais nova.

– Não! Por favor, otou-san, não conte nada! Já está passando, os pesadelos não estão mais tão frequentes e...

– Saori, isso não é algo que simplesmente desaparece, você pode estar com algum tipo de trauma, não entende isso? – se exaltou com a mais nova que também se irritou.

– E o que um psicólogo pode fazer? Relembrar o que passei? Eu não quero passar por isso de novo! – vociferou para o pai que percebeu a gravidade da situação, Saori estava com medo. Tanto medo que se recusava a tratar do problema, não iria adiantar contestá-la, ela se recusaria até a morte. Precisava que entendesse que devia ir a um psicólogo e só havia uma pessoa capaz de conseguir tal façanha: Sakura.

– Façamos o seguinte: depois decidimos o que fazer, mas primeiro fale com sua mãe, diga a verdade, ela merece saber, não acha? – pediu a filha ao acariciar os fios negros e a mais nova aquiesceu indo em direção a escada.

Andava até o quarto da mãe em passos lentos, como se isso fosse lhe dar tempo o suficiente para pensar em algo. Sabia que o pai estava certo em dizer que tinha que contar a Sakura o que estava acontecendo consigo, mas ela não sabia como dizer. Ela passou dias só para planejar algo e conseguir explicar o que acontecera com Hideo e agora parecia que todo o seu esforço fora em vão. Suspirou se odiando por ter adormecido naquele sofá e ao se ver em frente a porta que dava para o cômodo dos pais, bateu antes de entrar.

– Oka-san... – chamou, fazendo Sakura, que andava de um lado para o outro, parar e estancar no lugar de costas para a filha.

– O que quer Saori? – indagou fria e a menina suspirou ao ver que as coisas não seriam fáceis.

– E-Eu... – o que diria agora? Falaria sobre Hideo e depois sobre o que aconteceu na sala? Ou ao contrário? Ouviu a mãe suspirar e ir em direção à cama, sem lhe encarar em nenhum momento.

– Se não for falar nada, por favor, saia. Estou cansada. – disse ao sentar na cama.

– A senhora não comeu nada ainda – Saori disse a primeira coisa que lhe veio a mente e Sakura franziu o cenho.

– Depois eu como algo – e deitou de costas, ignorando a presença da filha. Sakura não gostava de tratar a caçula dessa forma, mas estava magoada por não conseguir se aproximar de Saori. Que tipo de mãe não sabia nada da vida da filha? Antes ela sabia com precisão todos os gostos e gestos de Saori, mas agora... agora parecia não ter nada.

– Não é bom ficar tanto tempo sem comer – Saori disse sem graça. Não era isso que devia estar conversando com a mãe, mas estava preocupada e era uma forma de começar.

Sakura olhou por cima do ombro a filha que estava escorada na parede próxima a porta e parecia desconfortável. Ela era tão parecida com Sasuke, até mesmo na hora de pedir desculpas e puxar um assunto. Suspirou e sentou-se na cama.

– Eu pensei que fosse a única médica da casa – tentou brincar, mas sua voz pareceu amargurada.

– E é, mas eu sei o que é ter que passar muito tempo sem ter nada o que comer – falou naturalmente, mas foi o suficiente para que Sakura se recriminasse pelo o que falara. Ela não queria recordar essa época para a filha.

– Se é só isso eu já vou, não precisa se preocupar.

– Mas eu me preocupo, a senhora é minha oka-san e, mesmo que não fosse, eu continuaria me preocupando – afirmou e Sakura teve que se segurar para não deixar transparecer a felicidade que lhe invadiu ao ouvir aquelas palavras, sentiu-se aquecida por saber que tinha o carinho dela, mesmo que não confiasse em si.

– Eu também me preocupo, mas parece que o que eu sinto não importa muito – andou em direção à porta, mas foi impedida por Saori que segurou o seu braço – Saori, estou indo comer e...

– Me desculpe! – interrompeu a mãe com a voz embargada.

– Pelo o quê? – indagou surpresa com a reação da menor.

Saori não conseguia mais lidar com aquilo, gostava da mãe amorosa que tinha, gostava de saber que ela estava ao seu lado, sorrindo feliz para si e ver toda essa indiferença e mágoa durante dias era demais, principalmente depois do pesadelo que tivera onde a perdia. Não queria que aquilo se tornasse realidade, não queria perder a sua família de novo, por isso não ligava mais se chorava ou não, apenas desejava que tudo voltasse ao normal.

– Por tudo. Por não ser a filha que você gostaria que eu fosse.

– Do que está falando? – Sakura elevou a voz ao ouvir aquele absurdo e virou o rosto da filha para si, surpreendendo-se ao vê-la com os olhos lacrimejando.

– Eu acho que sempre vou trazer problemas para você, se eu não tivesse aparecido...

– Não ouse terminar essa frase Saori! – bradou Sakura irritada e a menina se encolheu – Do que diabos está falando? Eu a amo do jeito que é, sempre quis encontrar você, então não ouse supor que eu estaria melhor sem você!

– O problema é que eu não sou mais aquela garotinha que a senhora viu crescer! E eu não consigo ser! Mas toda vez que a senhora diz algo do passado eu sei que quer que eu volte a ser como eu era – desabafou porque era isso que sentia várias vezes ao ver a mãe falar de coisas como o fato dela gostar do natal ou algo que ela fazia.

– O que? – indagou Sakura surpresa e Saori mordeu os lábios, apreensiva, mas resolveu dizer tudo de uma vez:

– O otou-san não me cobra isso, nem Daisuke, talvez por sermos mais parecidos, mas a senhora quer uma garotinha de cinco anos de volta e eu não posso trazê-la, porque eu mudei, apesar de me lembrar de algumas coisas. Eu só quero que a senhora entenda isso!

– E-Eu... não... eu – não sabia o que responder.

Ela estava fazendo isso com a filha? Não era sua intenção pressioná-la, mas compreendeu a razão por trás de tudo. Inconscientemente, ela desejava ver Saori do jeito que era, ela queria recuperar o tempo perdido e por isso sempre comentava sobre o que ela gostava na tentativa de ajudar a sua memória voltar, mas aquilo acabava deixando a filha desconfortável com um peso de ser alguém que não era mais, o que a afastava já que ela não conseguia suprir essa necessidade.

– Eu não vim falar com a senhora sobre o Hideo porque não sabia o que dizer, quando começamos a namorar tanta coisa aconteceu que não tive cabeça para pensar nisso, mas sei que a senhora ficou magoada. Mas eu não tive intenção. E depois quando a senhora viu o que aconteceu alguns dias a atrás eu fiquei com vergonha. Não sabia como falar sobre o assunto, então preferi ficar calada, mas a senhora se magoou novamente. – Saori estava tão desesperada de se fazer entendida que não conseguiu parar de falar:

“Sei que pensou que o problema fosse eu não confiar na senhora, eu via nos seus olhos, mas eu confio. Confio a minha vida, mas eu não sou a mesma garotinha que corre pros braços da mãe a qualquer momento, eu não consigo falar dos meus problemas tão abertamente porque eu não cresci tendo o apoio de vocês. Não quero que se sinta mal com isso, mas é a verdade. Eu tive que aprender a não confiar em ninguém, que os meus problemas são meus e de mais ninguém, e por mais que saiba que tenho vocês agora, ainda é difícil eu me abrir. Por isso eu também escondi o fato de que ando tendo pesadelos, pelo menos até agora quando o otou-san descobriu, porque eu...”

Foi interrompida pela mãe que a abraçou de forma sufocante enquanto soluçava.

– Querida... eu não tive intenção... eu apenas me culpo tanto pelo o que aconteceu, por não ter te visto crescer que acho que deixei esse sentimento me cegar. Eu só quero ser uma boa mãe para você. – falou acariciando o cabelo negro da filha.

– Eu perdi tanta coisa, eu não sei quando você começou a pensar em garotos, ou quando deu seu primeiro beijo, nem ao menos se já teve alguma intimidade com alguém e, mesmo tendo você aqui, eu continuava no escuro. Eu pensei que estivesse me excluindo de tudo, e eu só tinha as recordações de quando você era pequena. Eu não queria que se sentisse pressionada a ser alguém diferente... eu a amo do jeito que é. – e fitou o rosto da filha que também chorava – Uma garota teimosa, que não gosta de shopping ou compras, que é tímida e fechada, mas gentil, preocupada, amiga e corajosa, tão corajosa que enfrentou muita coisa até voltar para nós.

A menina corou com a descrição feita pela mãe e Sakura sorriu a abraçando mais uma vez antes de voltar a falar:

– Saori, vamos tentar mais uma vez... eu prometo não te pressionar mais, confie em mim para me contar o que quiser, está bem? Como quando você deixou eu te trazer para cá, mesmo sem saber da verdade – pediu Sakura enxugando o rosto da filha que aquiesceu. – Você quer conversar sobre esses pesadelos? – tentou iniciar a conversa e só a menção fez Saori congelar.

– Eu não quero ir em um psicólogo. – afirmou, virando o rosto para o lado.

– Ninguém falou em psicólogo e...

– O otou-san falou! – acusou o pai – Mas eu não vou! – negou veementemente e Sakura suspirou, Sasuke só lhe dera mais trabalho.

– Como são esses pesadelos? – indagou pacientemente e viu a filha se encolher – São sobre... Karin e o que aconteceu? – tentou adivinhar e ao ver a menina fechar os punhos soube que estava certa. – Querida, não faz bem guardar tudo para si, você tem que contar o que sente para alguém... já conversou com Hideo?

– Eu mal sei o que fazer com relação a ele, contar isso não está nos meus planos no momento – disse em um suspiro e Sakura sorriu de forma gentil. Sua menina parecia tão perdida, precisando tanto de um aconchego.

– Você disse que não quer ir a um psicólogo, então quer conversar comigo? – propôs e Saori refletiu sobre aquilo, ela preferiria conversar com a mãe, que não a forçaria a nada, do que com um estranho, que a estressaria.

– Hai - disse baixinho e Sakura levou a filha para sentarem-se na cama.

Sakura sabia que não seria fácil fazer Saori se abrir consigo, principalmente a respeito dos sonhos, ela estava com medo de encarar aquilo, mas não podia culpá-la, ela era só uma menina e já tinha visto tanta maldade que qualquer um se sentiria acuado da mesma forma. Não iria forçá-la a ver um especialista no momento, não iria adiantar quando Saori estava determinada a recusar a ajuda de estranhos, então mesmo não sendo a sua área, Sakura tentaria transpor a barreira que sua filha construiu para ela mesma descobrir o que estava acontecendo. Segurou a mão da filha e com um sorriso resolveu iniciar com uma conversa mais tranquila, até porque era algo que estava a matando de curiosidade.

– Que tal conversarmos primeiro sobre Hideo? – e Saori corou, mas afirmou com a cabeça. Era melhor falar sobre isso do que dos pesadelos.

– Eu... bom, nós... er... – ficou sem saber o que falar e Sakura riu da filha a deixando mais envergonhada.

– Deixa eu tentar te ajudar... – Sakura disse e em seguida indagou – Vocês já transaram?

– Oka-san! – repreendeu a mais nova com o rosto mais vermelho por conta da forma direta da mãe falar e esta voltou a rir de si.

– Já sei que não. Mas naquele dia vocês pareciam...hum... bem a vontade – disse tentando ser mais sutil.

– Aquela foi a primeira vez... – disse baixinho - ... eu não imaginava que fossemos tão longe, eu só queria...

– Queria? – incentivou a filha a continuar.

– Queria saber se ele gostava de mim e acabou daquele jeito – explicou e Sakura ficou confusa.

– Como assim? – questionou e Saori contou o que as amigas falaram e sobre a fama de Hideo e como ela havia ficado insegura com o fato de ainda não terem avançado na relação. Sakura ouvia tudo com atenção e em silêncio, respeitando o tempo da filha até ela terminar de falar – Saori, me diga uma coisa, Hideo é o seu primeiro namorado? É a primeira vez que você se relaciona com alguém?

– Hai – disse colocando uma mecha do cabelo para trás da orelha – Eu nunca tinha ficado com ninguém antes dele, eu não gostava dos caras que eu conhecia no orfanato e nem nas ruas, pelo menos não para ter algo a mais... – e lembrou-se de alguns conhecidos que haviam tentado ficar com ela.

Sakura sorriu feliz e aliviada por saber que, mesmo vivendo em um lugar difícil, Saori não havia sido vítima de violência sexual, isso era algo que sempre a atormentava desde quando soube o que aqueles meninos do Gaiken haviam tentado fazer com ela. Se Saori tivesse sido estuprada com certeza ela teria muito mais problemas para se relacionar com Hideo, mas agora Sakura percebia que sua filha era apenas inexperiente nesse assunto e, por isso, não sabia como agir.

– Sabe, você poderia ter vindo falar comigo sobre Hideo antes, eu teria dito que só um cego não vê que ele é apaixonado por você – disse e Saori corou.

– A senhora acha?

– Eu tenho certeza! – afirmou confiante – Eu vi aquele menino crescer e nunca havia o visto olhar para alguém como olha para você, filha. Mas agora que sabe o que ele sente, o que você vai fazer?

– Esse é o problema... eu não sei como encarar o Hideo depois do que aconteceu na sala, por sorte ele está um pouco ocupado com a universidade – e suspirou, cruzando os braços.

– Você quer tran... quero dizer, dormir com ele? – reformulou ao ver o rosto de Saori se avermelhar.

– Eu... não sei – foi sincera e em seguida encarou a mãe – Como a gente sabe que está na hora de dar esse passo? – indagou e Sakura refletiu sobre o que diria.

– Saori, isso quem tem que decidir é você.

– A senhora não está ajudando – reclamou a mais nova – a senhora poderia dizer “espere completar um ano”, “daqui a dois meses”, isso seria mais útil. – disse e Sakura riu.

– Se fizer essa pergunta ao seu pai ele vai dar um tempo próximo de nunca – brincou, fazendo Saori sorrir – Mas estou falando sério, eu não posso dizer um dia exato, isso depende de você. Você quer fazer isso? Se sente preparada? Acho que a primeira vez de uma mulher é algo importante e eu a guardei para seu pai, pois o amava, ainda o amo, e não me arrependo disso. Então você deve ter certeza do que fazer antes de qualquer coisa e não deixe que ninguém te force ou te influencie. Tempo não significa ter mais ou menos sentimento.

Saori absorveu todas as palavras ditas pela mãe. E concordava com o que fora dito. Ela queria que sua primeira vez fosse especial e com alguém que amasse. Assim que pensou nisso a imagem do rosto de Hideo lhe veio a mente. Ela o amava mesmo e admitir aquilo parecia ter tirado um peso de si. Encarou a mãe com um sorriso no rosto, agradecida por ter ido falar com ela.

– Eu quero que seja com ele – sussurrou como um segredo à rosada que sorriu feliz, bem ali estava sua filha crescendo diante de si – Mas acho que ainda tenho que esperar um pouco.

– Quando acontecer tenha certeza que vai ser maravilhoso e tudo vai ficar bem – Sakura disse até que algo lhe veio à mente – Mas, Saori, lembre-se de usar camisinha. Você sabe de onde vem os bebês, não é? Se quiser eu posso te explicar e...

– Oka-san! – exclamou com vergonha do que estava sendo dito. Será que todas as conversas sobre sexo com mães eram constrangedoras assim, ou só com a sua? – Eu sei de onde os bebês vêm!

– Só queria ter certeza – brincou com a filha – Quer me contar mais alguma coisa? Sobre Hideo ou outro assunto? – tentou voltar à problemática dos pesadelos e Saori suspirou.

– Acho que não vou conseguir falar sobre os pesadelos agora – foi sincera e Sakura aquiesceu, compreendendo, ainda era cedo, mas então teve uma ideia.

– Você não precisa falar – e ao ver a confusão estampada no rosto da filha, explicou – Porque não desenha o seu sonho? Talvez seja uma forma de extravasar o que viu, você pode me mostrar também se quiser.

– Acho que posso fazer isso – concordou a Sakura ficou radiante.

– Então quer falar de algo mais? Ou quer ir comer? Fiquei realmente com fome depois dessa conversa – e riu, sendo acompanhada pela filha.

– Na verdade tem algo que eu quero contar... – e Sakura a encarou curiosa, pensou que Saori não iria querer continuar a falar.

– O que é filha? – questionou e Saori crispou os lábios, havia muita coisa a dizer a mãe ainda, muitos segredos que ela queria contar.

“Eu conheci Uchiha Itachi e ele quer que eu e Daisuke conheçamos os pais do otou-san!”

“Alguém me devolveu o meu cordão e...”

“... acho que tem alguém me seguindo!”

Mas ela não podia falar nada sobre o tio que conhecera, pelo menos ainda não, havia prometido a Daisuke. E quanto aos outros dois temia o que aconteceria se os pais soubessem, provavelmente se desesperariam e talvez não fosse nada de mais. Sua mãe ficaria ainda mais preocupada e contaria ao seu pai que surtaria e a proibiria de sair de casa desacompanhada e Saori não iria aceitar isso. Não estava acostumada a ter sua liberdade restringida e enquanto não se certificasse de que era algo que realmente precisasse da intervenção dos pais, continuaria em silêncio. Afinal, poderia ser paranoia sua por causa dos pesadelos.

– Então, querida, o que foi? – Sakura tirou Saori dos seus devaneios – O que quer me contar?

– Eu quero dizer que... eu... – pensou no que diria por um momento e suspirou. Iria se arrepender dessa ideia, tinha certeza – Eu entrei para as líderes de torcida! – e em seguida andou quase correndo porta a fora, deixando uma Sakura ainda em choque dentro do quarto.

– O quê? – gritou a rosada, sem acreditar no que a filha tinha dito. Essa era realmente uma surpresa.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Eu ia colocar mais algumas coisas nesse capítulo, mas iria ficar enorme e já estava demorando muito, então não quis me atrasar mais. Finalmente a Sakura e o Sasuke estão sabendo do problema da Saori!! Pena que ela não teve coragem para contar o resto XD Essa menina não aprende! Também quis colocar esse problema entre a Sakura e a Saori porque casos de amnésias são difíceis e a recuperação pode nunca vir a ocorrer e muitas pessoas acabam passando por esse problema de frustração de não conseguir ser quem as outras pessoas querem e isso foi uma forma de fazer as duas se acertarem também. Então gostaram?
Para quem quiser saber mais a respeito da atualização de SUOV 2, ou outras fics de minha autoria, vou deixar a minha página no face, assim temos mais uma forma de nos comunicar, não é?
https://www.facebook.com/LuHimeFanfiction?ref=bookmarks

E para deixar um gostinho de quero mais...
Cenas do próximo capítulo:
Olhou do rapaz desacordado no chão a sua frente para a figura de capuz que estava contra a luz da lua. Não conseguia ver seu rosto, apenas sabia que ele havia a salvado.
— Quem é você? – indagou para o estranho que já se virava para ir embora, mas ela não podia deixá-lo ir sem ao menos saber quem era – Itachi? – arriscou e a pessoa parou no lugar antes de virar o rosto para olhá-la por cima do ombro.
Ele abriu a boca para responder e Saori prendeu a respiração, mas antes que uma resposta fosse verbalizada ouviu seu nome ser gritado e automaticamente virou a cabeça para o lado contrário para ver seus pais, seu irmão, seu namorado, a diretora e metade do colégio correndo em sua direção. Quem diria que Mizuki iria tentar socorrê-la? Mas ignorou a todos e voltou a sua atenção para aquele a sua frente, porém ele não se encontrava mais ali. “Ótimo!” Pensou irritada agora ela não saberia quem era e ainda teria que explicar o que acontecera ali sozinha. Olhou mais uma vez para o rapaz desmaiado que tinha o nariz jorrando sangue no chão. Suspirou cansada, por que ela sempre se metia em encrenca?


Beijos e até a próxima!



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