Meu Tormento escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Demorei mais que o comum pra essa fic, mas pensem que tem outras que eu não atualizo faz meses... (tipo todas as outras fics hihi). Eu não gostei muito desse cap, mas é que tinha que colocar um personagem a mais... hehe. bem, chega de spoilers. Bem-vindos novos leitores! Espero que gostem!
BOA LEITURA!



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“Depois você me vê vermelha, e acha graça, mas eu não ficaria bem na sua estante” – Na sua estante, Pitty.

O dia seguinte chegou e levantei com cara de zumbi da cama. Não queria ir para a escola. Mas ainda era sexta-feira e teria aula até terça, para depois entrar nas férias de junho/julho.

– Bom dia! – Cida me cumprimentou enquanto me sentava à mesa.

– Bom dia... – murmurei em resposta.

– Filha já está pronta? Tenho que correr para o hospital. – mamãe avisou aparecendo na cozinha. Arregalei os olhos. Pronta? Eu ainda estava de pijama!

– Me dá um minutinho. – pedi. Saí correndo até meu quarto, me vesti, escovei os dentes, peguei minha bolsa, e os tênis eu colocava dentro do carro.

Depois de dez minutos, eu cheguei à escola. Antes de descer do carro, minha mãe foi se despedir, e começou a rir.

– Que foi? –indaguei.

– Você esqueceu de pentear o cabelo, filha. E colocou a blusa do avesso. – avisou.

– Arg! Deixa, eu vou pro banheiro e me arrumo. – falei balançando a mão. – Tchau, bom trabalho!

– Tchau, boa aula!

Saí em disparada, com pressa para ir ao banheiro. Não que eu ligue para minha aparência, mas o estado era crítico de mais. Como eu pude esquecer-me de pentear a minha juba?!

– Cuidado! – uma voz irritante pertencente a uma garota mais irritante ainda reclamou quando trombei nela sem querer.

– Desculpe. – pedi, e me enfiei no banheiro.

Você pode achar que eu estou exagerando, mas a verdade é que eu realmente me assustei quando me olhei no espelho. Meu cabelo, cheio de nós e armado. Meu rosto amassado, e com um galo roxo imenso no meio da testa. Minha roupa toda trocada e até o tênis eu tinha amarrado errado.

– Hoje não é meu dia... – resmunguei pegando um elástico para prender meu cabelo. Logo depois quando eu estava a ponto de terminar de me arrumar, o sinal tocou.

Primeira aula e já era educação física. Maravilha. Consigo ser pior que uma lesma morta nessa aula.

– Pessoal, vocês já definiram seus pares? Porque vamos ensaiar agora. – A professora entrou na sala avisando. Dei um suspiro de alívio enquanto alguns garotos reclamavam.

– Ei, Madu. – alguém chamou-me e virei para ver quem era. Tratava-se de Otávio. Depois conto mais sobre ele.

– Oi. – respondi confusa. O que ele queria? Nunca fala comigo.

– Você já tem par? É que eu queria saber se você não pode dançar comigo... – falou um tanto sem jeito.

PARA TUDO QUE EU QUERO DESCER.

Otávio falando sem jeito comigo? Nesse momento amaldiçoei Bernardo por querer minha ajuda.

– Er... Então, já tenho sim. – falei. Os alunos começaram a sair e ir para quadra, onde iríamos ensaiar, e levantei também.

– Ah, que pena. – Otávio disse me acompanhando. – É que como esse é o último ano que a gente estuda junto, achei que poderíamos dançar juntos... – comentou, e saiu para ir perto dos amigos.

Não preciso nem me olhar no espelho para saber que minhas bochechas estão coradas. Otávio e eu estudamos desde pequenos juntos, e digamos que quando éramos crianças ele foi meu “primeiro amor”. Aí crescemos, e ele continuou lindo, mas eu não era tão tonta a ponto de continuar gostando dele, já que ele virou um galinha de primeira.

– Professora! Desculpe o atraso! – Daniela entrou correndo na quadra ainda com a bolsa. – Posso ensaiar mesmo assim? – pediu. A professora olhou no pulso as horas e deu um breve aceno indicando que sim.

– Bom dia! – me cumprimentou. – Tá melhor hoje? – indagou.

– Bom dia. – respondi. Lembrei-me da vergonha que passei conversando com Tomás e apenas assenti.

– Andem, andem! Cadê os pares em fila? – a professora indagou. Olhei em volta a procura de Bernardo.

– Ei, preciso falar com você. – fui até ele.

– Diga? É alguma coisa da Dani?

– Não. Que tal se eu e você trocássemos de par? – sorri amarelo.

– Por quê?

– Hum... É que o Otávio está sem par e perguntou se eu não podia ir com ele. – expliquei um pouco sem jeito. Bernardo fechou a expressão.

– Ah, nem inventa Maria Eduarda! Você ainda não me ajudou. Sem contar que ele só foi até você porque sabia que você ia me largar e ir correndo pra ele. – exclamou irritadinho.

– Eu ainda não “larguei” você! E quem disse que eu vou ir correndo pra ele?! – bradei.

– Todo mundo sabe que você gosta dele, agora para de ser chata e vamos pra fila. – encerrou o assunto.

Que droga! Mania chata das pessoas acharem que sabem tudo sobre mim!

Passei o restante da aula de cara fechada. Não agüentava mais isso. Pelo visto preciso achar um namorado pra ver se pelo menos assim os outros param de falar que eu gosto de todo mundo!

Quando a aula acabou, acabei indo falar com Otávio.

– Ei, desculpa, mas eu vou com o Bernardo mesmo... – disse.

– Ah, tudo bem. Eu falei com umas meninas do segundo ano e vou com uma delas. – respondeu. – Apesar de ter esperança que você ainda ia me dizer um sim... – comentou. Dei um sorriso amarelo, e saí de lá apressada.

Que beleza! Ele realmente acha que gosto dele e ia sair correndo até ele!

Incrível como o ego dos garotos é grande, não?! O raça que não presta.

Em casa comi rapidamente e me enfiei no quarto para estudar. Sentei na minha cama, com os livros espalhados pela cama e comecei a fazer anotações e leituras.

Uma hora depois eu não havia nem terminado de ver história, e ainda tinha física, geografia e biologia. Minha concentração não estava a das melhores, ainda estava indignada com o fato de todo mundo querer decidir sobre minha vida amorosa.

Depois de ficar cinco minutos tentando ler um único parágrafo, taquei meu livro na parede, irritada. Resultado: meu painel de fotos, que estava do lado, caiu fazendo o maior barulho.

– Ai meu Jesus Cristo! – Cida e Tomás entraram correndo no meu quarto, assustados. Olhei para eles confusa.

– Menina! Que quê você fez agora? Machucou? – Cida indagou enquanto os dois entravam no meu quarto.

– Er... Não. Meu painel de fotos caiu. – respondi indicando com a cabeça a bagunça de fotos no chão. Cida fez cara de brava.

– Assustou a gente! Depois daquele seu tombo. Tem que tomar mais cuidado, viu Maria Eduarda?! – exclamou irritada. Tomás deu um sorriso se segurando para não rir. Cida brava era engraçado, não faz o perfil dela. – Eu vou terminar de arrumar a cozinha e vocês dois peguem já essas fotos! – mandou e saiu do quarto.

– Você faz a bagunça e eu tenho que pegar as fotos? Cadê a justiça? – reclamou rindo.

– Para de reclamar. – retruquei de cara fechada. Comecei a fazer um montinho com as fotos que tinham caído e Tomás pegou o painel para por de volta na parede.

– Que isso? – indagou pegando uma foto escondida atrás do painel.

Ai. Meu. Deus. Que não seja a foto que estou pensando que é! Por favor!

– Quem é “Tavinho”? – perguntou caindo na risada. Droga!

– Ninguém! Me dá essa foto Tomás! – mandei tentando pegar de sua mão. O que não deu muito certo já que ele é bem maior que eu.

“Eu e meu lindo tavinho”?! Sério isso Maria? Não parece com você... – debochou gargalhando.

– Para! – pedi com o rosto pegando fogo. Meu coração estava acelerado, e me sentia um tanto desesperada. – Eu tinha nove anos! Dá um desconto! – reclamei. Tomás continuou rindo, mas me devolveu a foto.

Ai que vergonha. Eu tinha colocado atrás do painel porque não queria que ninguém achasse aquela foto, mas é claro que o Tomás tinha que achá-la.

– Mas quem é esse “Tavinho”? – Tomás indagou novamente colocando o painel na parede.

– Um menino da minha sala. – respondi olhando o chão. Só me faltava agora Tomás também achar que gosto dele!

– Você gosta dele? – questionou. Aí, não disse?

– Não. – respondi sendo curta e grossa. Levantei do chão, e coloquei as fotos em cima do meu criado-mudo.

– Hum. – Tomás respondeu e saiu do quarto.

Pelo visto ele não acreditou em mim. Ninguém acredita. Isso já está me cansando.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam do Otávio? Hihihihi... Sei que a música de inicio não teve muito a ver, mas eu não tinha ideia do que por, e tava ouvindo essa música, ai coloquei .-.
Espero que tenham gostado.. Beijos!!



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