Meu Tormento escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente ^--^ Mais um cap pra vocês!
Obrigada a todos os reviews!
Boa leitura!



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“Você que nem me ouve até o fim, injustamente julga por prazer, cuidado quando for falar de mim, e não desonre o meu nome. Será que eu já posso enlouquecer ou devo apenas sorrir? Não sei mais o que eu tenho que fazer, pra você admitir... Que você me adora.”- Me Adora, Pitty.

A noite chegou, e minha fome também. Aproveitei que hoje minha mãe não teria plantão e a pedi para fazer o jantar.

Dani tinha me mandado mensagem perguntando se eu estava bem. Provavelmente conversou com Tomás e os dois ficaram falando mal de mim em conjunto. Acabei sendo grossa com ela, e ela disse que ia sair e que depois nós conversávamos.

Estou pouco me lixando.

Quando a janta já estava quase pronta, sentei-me na mesa e comecei a conversar com mamãe. Tomás apareceu na sala de banho tomado, cabelo semi-molhado e vestido de uma forma casual.

– Vou sair. – avisou dando um breve aceno para mim e minha mãe, para depois desaparecer pela porta.

– Traidores... – resmunguei.

Daniela tinha saído. Tomás, que fazia anos-luz que só ficava em casa, saiu. Coincidência?! Acho que não!

– Quê? – Mamãe indagou confusa.

– Ah, nada não. – respondi sentindo uma pontada de vergonha. Não era para ter escutado eu reclamar. Todas as vezes que tento conversar com ela sobre esses tipos de assunto, dá errado.

– Vai filha, me conta. – pediu com um brilho de ansiedade nos olhos. Vai reclamar em voz alta, Maria Eduarda! Bem feito.

– É que... Você acha que se a Daniela e o Tomás tivessem algo, eles não me contariam? – indaguei. Ela me olhou meio espantada.

– Claro que contariam! – disse, e foi pegar os pratos para por na mesa. – Ah não ser que você tenha uma queda por Tomás, e eles estejam escondendo isso pra não te fazer mal. – concluiu. E comecei a rir. Rir sarcástica. Apesar de quê, pude sentir uma ponta de nervosismo. Porque as pessoas insistem em imaginar que eu gosto dele?

– De onde você tirou isso, mãe?! Eu nunca vou gostar do Tomás... – neguei cética.

– Nunca diga nunca. Vai que no final é isso mesmo que esteja acontecendo? Você gosta dele, e como sua amiga te conhece bem, percebeu. Mas como ela também gosta, e Tomás dá mais bola pra ela, decidiram manter tudo às escondidas.

Er... Voltei. A farmácia aqui do lado estava fechada, acabei não comprando crédito. – uma voz meio surpresa disse atrás de nós. Não tive coragem para olhar como estava sua expressão.

– Tudo bem, querido. Daqui a pouco o jantar saí, e te chamo. – Mamãe agiu naturalmente e ainda sorriu. Logo que Tomás saiu dali e foi para seu quarto, ela explodiu em risadas.

– Mãe! – bradei.

– Seu rosto está pegando fogo filha! – disse em meio às risadas. Sabe aqueles momentos em que nos bate uma vontade gigantesca de nos matar? – Agora não adianta ficar com vergonha, ele já ouviu mesmo a gente conversando.

Revirei meus olhos escondendo o quanto estava inquieta. Não sei por que ainda insisto conversar com a minha mãe! Sempre, sempre, sempre dá errado!

– Olhe pelo lado bom, se ele realmente tiver um caso com a Dani, ele vai saber que você os desmascarou.

– Lado bom, mãe?! Se o que você falou for verdade, eu vou matar a Daniela! Porque pra mim é bem obvio que Tomás é apenas meu quase-irmão! Será que só eu vejo isso?! – exclamei irritada e fui para meu quarto, sem antes deixar de ouvir minha mãe murmurando: “Quem tanto nega esconde algo...”

Que droga, isso era pra ser uma história qualquer, não um documento investigativo para descobrir se estou apaixonada por alguém ou não.

Alguns minutos depois ouvi minha mãe nos chamando para jantar. Apesar da vergonha, a fome era maior.

Sentei-me na mesa sem levantar o olhar para ninguém. Peguei comida em silêncio e fiquei a fora das conversas que se desenrolavam. Senti o olhar de Tomás em mim, mas não me dignei a olhá-lo. Afinal, ele ainda não tinha negado nada, o que significava que ele era um traidor, e ainda por cima achava que eu gostava dele. Me poupe, vai.

– Boa noite. – despedi de todo mundo da mesa, e corri para meu quarto. Tranquei a porta e coloquei meu pijama de frio. Agora era só dormir e esquecer todo esse rolo!

Toc, toc toc.

– Maria Eduarda?

Mas é claro que não. Tomás tinha que vir até meu quarto. Com que cara olho pra ele agora?!

– Oi? – destranquei a porta e abri uma fresta. Decidi manter a postura de chata que estava durante a tarde. Era mais fácil de lidar com ele.

– Posso conversar com você? – indagou. Pensei em dizer “não” e fechar a porta em sua cara. Mas seria grosseiro de mais, até pra mim. Então, apenas assenti e terminei de abrir a porta.

Ele entrou e sentou na cadeira do meu computador, e eu me sentei na minha cama, com as pernas cruzadas tipo indinho. Senti o nervosismo me abater e minhas mãos ficaram levemente tremulas. Absolutamente odeio quando as pessoas duvidam de mim e depois ainda vem tirar satisfações.

– Que história era aquela que ouvi você conversando com a sua mãe? – indagou sendo direto. Seu semblante era sério, mas pude perceber por seu olhar que ele estava se divertindo com isso. Ai que ódio desse menino!

– Escutar a conversa dos outros é feio, traidor. – respondi na lata.

– Não quando a gente faz parte dessa conversa. Falar pelas costas que é feio, pirralha. – retrucou. Não entendo porque ele ainda tem essa mania chata de me chamar de pirralha. Ele é só um ano mais velho que eu.

– Eu só estava comentando com a minha mãe o quanto você e Daniela são traíras. – desabafei bufando. Ele me olhou com a testa franzida, para depois explodir em risada.

– Então... Então era por isso... Que você estava mais insuportável que o normal. – disse. Senti o sangue subir a minha cabeça e respirei fundo para me acalmar. Além de não me contar sobre Dani e ele, ainda acha graça quando eu descubro?!

– Arg! Porque você não volta logo pro seu quarto?! – mandei levantando-me e indicando a porta. Seu sorriso se alargou mais.

– Calma, Maria. – pediu tentando parar de rir. – Eu não tenho nada com a sua amiguinha não, de onde tirou isso? – falou. Como? Agora ele ia negar?

– Claro que tem! Ou pelo menos vão começar a ter! Nem vem! – protestei quando ele levantou também da cadeira em um gesto de que ia me interromper. – Ela já sabia que eu tinha me machucado antes de eu contá-la, porque já tinha falado com você. Você sempre fica meio bobinho perto dela. Aí ela vem aqui hoje e dá desculpa que precisa pegar as benditas calças lá na Roberta só pra ter mais tempo para conversar com você, e em prova disso, vocês foram o caminho inteiro conversando e me deixando de lado!

O nó do meu pescoço começou a diminuir. Gritar faz bem a minha saúde. Tudo bem que senti umas lágrimas querendo escapulir, mas não deixei. Apesar de estar nervosa, tenho que me controlar. Tomás ficou com uma expressão incrédula e eu suspirei sentando de novo na minha cama.

– Só não entendo porque vocês não me contaram... – reclamei cruzando os braços.

Tomás ficou por mais um tempo me encarando, apoiado na cadeira. Parecia tentar entender o porque eu estava tão revoltada.

– Maria Eduarda, tudo isso que você falou é coisa da sua cabecinha oca. Seu apelido agora vai ser “paranóica”. – debochou com um meio sorriso e eu endureci mais minha expressão. - Eu não tenho nada com sua amiga. Ela já sabia que você tinha se machucado porque sua mãe me pediu para avisá-la. E meu Deus, estou vendo que se eu realmente fosse ter algo com ela, você seria uma pedra no sapato. Larga de ser ciumenta e vai pedir desculpas pra sua amiga. – mandou. Bufei. Ele caminhou até mim, deu um tapa na minha cabeça, e antes de sair do meu quarto, murmurou um “Boa noite”.

Enfiei minha cara no meu travesseiro. Queria dar um grito de frustração, mas tinha perigo de alguém ouvir e eu passar mais vergonha ainda (se é que isso fosse possível.)

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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? pois é, eles não tinham nada mesmo... (será?).
Pessoas lindas, me digam uma coisa, capítulos com esse tanto de palavras (1000 e poucas), é grande de mais? Porque eu ia aumentar, só que não quero q fique muito grande e uma leitura chata.. Por favor, me digam nos reviews qual tamanho é bom para vocês!
Obrigada por ler!
Beijos com queijos!



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