Meu Tormento escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oooi meninas! Dessa vez eu nem to demorando muito pra atualizar essa história, né? Que.. estranho O.O kkkkkkkkk Amo-te, férias! Queria oferecer esse cap as duas limdas que favoritaram , Julia e Lyla



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"O que está tomando conta de mim? Ciúmes.

Um borbulhar dentro de mim? É o ciúmes.

Controlando-me, está vindo atrás de mim

É tão fácil, quando você não pertence a mim" - Jealousy, Marina and The Diamonds.

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No outro dia, amanheci já em minha cama, e com um curativo maior na cabeça. Provavelmente fora minha mãe quem o tinha feito. Troquei de roupa, lavei o rosto e desci para tomar café da manhã.

– AI MEU DEUS! – gritei quando vi as horas. – EU ESTOU COMPLETAMENTE ATRASADA! – exclamei em pânico.

– Você não vai à escola hoje, querida. – Cida riu de minha cara.

– Por quê? – indaguei me sentando a mesa.

– Com esse galo imenso na testa? Todos ririam de você. – Debochou Cida. Doce como sempre. Havia mais ou menos quatro anos que ela trabalhava com a gente. – Brincadeira. Sua mãe ficou assustada e achou melhor te deixar dormindo. Se sentir tontura ou vontade de vomitar, me avise. – explicou, e assenti.

Passei o restante da manhã arrumando meu quarto. Graças ao meu tombo patético, não peguei os vestidos, mas Cida os separou para mim. Aproveitei para mandar mensagem para Dani.

“Ei, depois da escola passa aqui em casa para ver os vestidos. Acabei não indo na aula por causa deles...”

Pronto. Minutos depois sua resposta chegou:

“Fiquei sabendo, haha, Tomás me disse que caiu e fez um galo enorme! Passo sim!”

Respondeu. Tomás a disse? E desde quando os dois conversam?

Ignorei o sentimento de traição, afinal, ela era minha melhor amiga, e é um dever contar-me tudo sobre os garotos que gosta. Sem levar em conta que Tomás é tipo meu irmão de consideração! E nem ele me disse nada... Ai meu Deus, será que eles estão tendo um caso escondido de mim?!

A hora do almoço chegou, e como hoje era quinta-feira, é o único dia que almoçamos todos juntos. E é claro que o assunto do dia foi meu tombo e o chifre que estava nascendo em minha testa.

– Ai, chega! – reclamei emburrando. Papai e Tomás começaram a rir do “bico” que eu estava fazendo e mamãe apenas sorriu.

– Na próxima vez peça para Tomás pegar, filha. Você, estabanada no jeito que é, junto com altura e objetos de metais próximos, não combina. – Mamãe disse e piscou.

– Preguiçoso do jeito que é, ele vai me deixar na mão... – resmunguei baixinho, mas alto o bastante para ele ouvir.

Tomás lançou um olhar “cala boca”, e o devolvi com meu olhar “cala você, idiota”. Ainda não acredito que ele está tendo um rolo com Dani, e nenhum dos dois me contou!

– Ah, e não esquece de passar na costureira hoje! é terça-feira a festa, né? – Mamãe avisou. Apenas assenti, e levantei da mesa, indo para meu quarto, já satisfeita.

Depois de ter arrumado meu cabelo e escovado os dentes, a campainha tocou.

– Oi Madu! – Daniela entrou em casa e veio me cumprimentar. Sorri amarelo. Estava irritada com ela, mas não vou perguntá-la sobre Tomás. Se ela não quer me contar, o que eu posso fazer?!

– Oi... – respondi.

– Nossa, está realmente grande esse treco na sua cara...

– Ah, obrigada. Eu nem tinha reparado – disse sarcástica.

– Haha, engraçadinha. – falou fazendo cara de brava. – Onde estão os vestidos? – Indagou e fomos para meu quarto. Jurava que ela ia perguntar onde estava Tomás, e não os vestidos. Acho que estou ficando paranoica...

– Olha, tem esses três aqui... – indiquei os três que estavam sobre minha cama. Todos eram de quando eu era criança, mas ainda serviam perfeitamente. Bom, nela, não em mim. Se bem que eu também não cresci muito, então...

– Acho que vou ficar com esse preto. Ele é tão fofo! – falou. O que escolhera era preto com desenhos coloridos pequenos espalhados pelo tecido, e tinha um aventalzinho na frente branco, e laços na manga, e na barra da saia.

– Sim, vai ficar bonito... – concordei.

– Sabe quem perguntou de você hoje? – ela questionou formando um sorriso malicioso. Vixe, lá vem.

– Quem? – perguntei só por perguntar. Tinha uma idéia de quem andara me procurando. E sabia exatamente o motivo.

– O Bernardo! – exclamou eufórica.

– Imaginei que tinha sido ele. – dei de ombros.

– Por quê? Ele está dando em cima de você, e não me contou?! – bradou. Segurei minha língua para não falar que a traidora ali era ela.

– Claro que não! – discordei. – É que ele ficou como meu par pra dança... E me pediu ajuda com uma garota. – não era para eu contar, afinal, a garota que ele pediu ajuda era justamente Daniela, mas de que adianta? Agora ela já está comprometida mesmo.

– Sério?! Quem? – indagou surpresa.

– Er... A... Am... – embolei-me. Não queria contar, eu estaria traindo a confiança dele.

– Sua mentirosa! Ele pediu pra ficar com você, não pediu?! – quase gritou com um sorriso malicioso. Quis matá-la! Meus pais deviam estar na sala há essa hora, e com toda certeza ouviram.

– Ei, pirralha, já está pronta? – Tomás apareceu na batente da minha porta. Meu rosto se avermelhou. Ele tinha ouvido, disso eu não tinha dúvidas. – Ah, oi Daniela!

– Oi Tomás!

Porque vocês não assumem logo?

Claro que eu não falei em voz alta, mas vontade não me faltou.

– Pronta pra quê? – indaguei.

– Ir à costureira. Sua mãe mandou eu te levar.

– Vocês vão lá da Roberta né? Vou junto, deixei umas calças lá e aproveito para ver se estão prontas... – Dani disse. Nem reparei que isso foi uma desculpinha para ficar mais tempo perto de Tomás.

Apenas assenti um pouco irritada.

A casa de Roberta não ficava muito longe, portanto fomos a pé. Se eu te falar que os dois foram conversando algum assunto “empolgante” sem mim você acredita? Pois é, eles foram. Quando eles pediram minha opinião, eu já estava bufando de raiva e nem fazia ideia do que falavam.

– Está nas nuvens de novo, Madu? – Dani riu. Dei um sorrisinho cínico. O que provavelmente denunciou que eu estava irritada. – Que foi? – questionou com cara de interrogação.

– Nada. – respondi seca. – Olha, chegamos! – comemorei. Entramos na casa de Roberta, Dani pegou suas calças e foi embora. Deu para ver na cara de Tomás que ele ficou triste por isso. Assim que ela foi, ele já emburrou e sentou com cara de tédio olhando para mim enquanto eu explicava o jeito que queria o vestido.

Depois de muito tempo, saímos de lá. Continuei calada e irritada. Até quando eles pretendem esconder de mim?!

– Que foi unicórnio?

– Que foi o quê?

– Porque está emburradinha?

– Não te interessa.

– Bom, isso é verdade. Perguntei só por perguntar mesmo, se não quer responder problema é seu.

...

– Fala logo criatura.

– Não quero.

– Ah, então vai ficar com essa cara o dia todo?

– Vou.

...

– É impressão ou você está com ciúmes?

– Ciúmes de quê?

– Eu é que vou saber? A Ciumenta aqui é você...

– Ah, vai se ferrar!

– Vai você!

E assim foi o nosso diálogo até que chegamos em casa e cada um foi para o seu quarto.

Ciúmes?! De onde ele tirou que eu estou com ciúmes? Me sinto traída, isso é fato, mas não é ciúmes. Porque eu teria ciúmes logo dos dois? Tomás endoidou.

Daniela já teve vários "namorados", eu não teria ciúmes por falta de atenção ou até mesmo inveja. E de Tomás, porque, raios, eu teria ciúmes dele? Ele é só meu... Quase-irmão, meio-irmão, sei lá. Eu nunca nutriria um sentimento por ele, até porque seria difícil me apaixonar por alguém que só me maltrata.

Eu não seria patética ao ponto de me apaixonar por ele.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? O que acham, a Madu ta pirando com esse negocio dos dois, ou a Dani e o Tomás realmente tem algo? Hehe, deem sua opinião nos reviews :)
Beijocas!



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