Meu Tormento escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oooooi leitoras lindas! -falo leitorAs pq nenhum homem nunca se manifestou. Quero agradecer imensamente a quem comentou no cap passado, seus limdos! E dar um Oi aos novos leitores! Esse cap ainda não é o que a maioria quer ler, eu acho, mas já vou começar a dar umas enrolações porque sabe... A história está na sua reta final.
Queria oferecer esse cap as fofas que comentaram e a Zabelita que favoritou



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“Estou tentando não contar pra você, mas eu quero. Estou com medo do que irá dizer então escondo o que estou sentindo. Mas estou cansada de segurar isso dentro da minha cabeça.” Fallin for you, Colbie caillat.

Pude enxergar a surpresa no olhar de Dani enquanto ela se aproximava, junto com Otávio. Também, pudera. Tomás havia me abraçado, e agora estava com os braços envoltos de meu pescoço lançando um olhar nada amigável.

Céus, o que eu fiz para merecer isso?!

– Oi Tomás! Não sabia que você vinha! – Daniela sorriu amarelo.

– É, nem eu sabia que o Otávio vinha. – Tomás respondeu e mesmo sem enxergar seu rosto, sabia que ele sorria irônico. Que vontade de matar esse garoto!

– Ah, eu... Eu não vinha. Encontrei a Dani agora a pouco e ela me chamou para vir. – Otávio falou parecendo incomodado. Dei uma cotovelada em Tomás, mas mesmo assim ele não me soltou.

– É, esse aqui já veio de intrometido. – Disse eu, dando outra cotovelada. Dessa vez mesmo que contrariado Tomás me soltou, mas ficou com uma das mãos em meu ombro.

Dani e Otávio riram, mas uma risadinha nervosa. Tomás apenas deu um tapa na minha cabeça.

– Porque vocês não vão comprando as entradas? Quero dar uma passadinha no banheiro. Vem comigo, Dani? – Forcei um tão simpático. Antes mesmo deles concordarem, tratei de dar um fora dali e puxar Daniela junto.

Já dentro do banheiro do cinema, me virei indignada.

– Porque trouxe o Otávio?! – Indaguei.

– Porque trouxe o Tomás? – Retrucou.

Revirei os olhos. Eu não queria ter trazido Tomás. Ele veio porque quis. E agora eu terei que cumprir aquela aposta idiota. Droga, Daniela.

– Você não estava planejando me deixar aqui sozinha com ele, não é? – Perguntei cruzando os braços. Dani ficou vermelhinha.

– N-não... Foi pura coincidência tê-lo encontrado. – Falou mexendo em uma mecha de seu cabelo. Sustentei meu olhar sobre ela não acreditando em nenhuma palavra do que tinha dito. – Tá... É que ele comentou comigo que queria ficar com você e ficou enchendo a minha paciência. Aí eu inventei esse cinema. Era para eu já ter ido embora com alguma desculpa agora. – Declarou. Fiquei chocada. Não tanto pelo que ela planejou, mas sim por Tomás ter desconfiado de tudo desde o início. Cara, ainda não acredito que perdi aquela aposta...

Olhei-me no espelho e eu não estava muito diferente que minha blusa vermelha. Saber que alguém gosta de mim não é lá a coisa mais comum.

– O Tomás... Ele ficou me enchendo a paciência também. Ficou falando que estava muito estranha essa história de vir pro cinema, e aí veio junto só para mostrar que estava certo. Ai que raiva!! Eu apostei com ele que era lógico que você não tinha arranjado isso, e perdi! – Exclamei.

– Er... Desculpa. – Dani sorriu amarelo, rindo. – Mas, pensa assim: agora que ele também veio, nós podemos fazer uma espécie de encontro duplo! – Sugeriu com uma piscadela. Senti minha boca se escancarar.

– Você... Gosta do Tomás? – Diz não. Diz não. Diz não. Por favor, diz não. Eu vou ter um treco.

– Ah... Não. Mas ele é bonito. – Desconversou. Odiei essa resposta. Odeie de verdade. Já não sou muito boa em conversar sobre meus sentimentos, e agora que estava decidida a falar, ela me diz isso? – Sei que você não vai muito com a cara dele, e que vocês vivem brigando, mas isso não apaga a beleza dele. Vira e mexe ele é todo atencioso, e às vezes até gentil com você. Não sei como você ainda não caiu nos encantos dele...

– Ele... Ele faz isso com qualquer uma. – dei de ombros com a respiração meio falha.

– Ah... É que eu esqueço que se apaixonar por garotos como ele é como um suicídio. – Disse rindo. Ri nervosa.

– Como assim?

– Suicídio porque nunca deixará de ser um amor platônico. Entende? – Questionou. Assenti rapidamente.

Eu não queria ter entendido. Não mesmo. Saber que o que sinto por ele é algo completamente impossível de ser concretizado é uma coisa; te falarem isso, é outra.

– Mas... Eu não quero nada com o Otávio, está bem? E o Tomás está dando uma de “super protetor”, então nem rola esse “encontro duplo”. – Tentei esclarecer.

– Tudo bem, eu só estava brincando... – Dani sorriu. – Agora vamos antes que o filme comece.

Saímos do banheiro e já os encontramos perto de uma sala. Disseram que não havia muitos filmes bons passando, então acabaram comprando o ingresso de um filme de ação com romance.

Otávio comentou que os atores eram muito bons e que eu deveria acabar gostando, mas Tomás o cortou dizendo que eu não gosto desse tipo de filme. Eu até iria esclarecer essa dúvida deles, mas percebi que se abrisse a boca, apenas iria dar início a uma briga entre os dois.

Passados dez minutos já estávamos na sala de cinema, sentados nas poltronas. Para resolvermos como nos sentaríamos foi uma bagunça. Acabou que me sentei na ponta, depois Tomás ao meu lado, Dani e por último Otávio.

Não que eu estivesse ligando para toda essa discussão. Sei que deveria ser ao menos atenciosa com eles, mas não consegui. O que Dani tinha me falado no banheiro ainda não tinha saído da minha cabeça. Acho que desde que assumi para mim mesma que gosto de Tomás, e apesar de saber que é um sentimento totalmente platônico, eu ainda tinha aquela pequena esperança de um dia mudar. De ele gostar de mim também. Sem contar que o comportamento dele vive alterando a todo instante. Às vezes parece que ele gosta (ou pelo menos suporta) de mim. Um exemplo é ele vir aqui “impedir que eu me apaixone por um idiota”.

Droga. Já estou apaixonada por um idiota.

– E aí, por que está com essa cara? Queria ter ficado do lado do Tavinho? – Sua ironia nem me surpreende mais.

– Não. Estou bem. – Respondi olhando para qualquer lugar, menos para ele. O filme estava para começar.

– Mentindo? Que coisa feia... – sínico ao extremo. – Foi a Daniela?

– Já disse que estou bem.

– Ah, entendi. Está se preparando mentalmente para fazer tudo que eu mandar... Afinal, você é de palavra não é?

Não agüentei. Tive que me virar para ele. Eu estava completamente irritada, e se ele continuasse a falar, eu era capaz de começar a chorar. Mas, assim que o vi, me desarmei por inteira. Seus olhos nunca me pareceram tão bonitos como naquele momento. Não só os olhos, mas ele por inteiro. E estar tudo escuro, apenas com a claridade do telão, não ajudava a me recompor. Sem contar que nossos rostos não estavam assim tão longe um do outro.

Então eu... Chorei. Antes que impedisse, uma lágrima escorreu por meu rosto, e me virei novamente, tentando fugir de seu olhar.

Odeio o fato de que toda vez que estou nervosa, choro com facilidade. Isso não é nada legal. E estragou totalmente o “clima”.

– Que foi?

– Nada, vamos ver o filme. Já começou.

– Se você continuar reprimindo o que sente só vai te machucar mais. – Disse em um tom superior. Suas palavras me surpreenderam.

– O que está querendo dizer? – Indaguei.

– Eu? Nada. Você que está chorando sem nenhum motivo aparente...

Tomás e sua incrível capacidade de me fazer me perder em minhas palavras e ações. Não consegui respondê-lo. Ele tinha razão. Eu só estava afogando esse sentimento dentro de mim. Estava prestes a por para fora e contar para Daniela, mas suas palavras me impediram, e a desesperança preencheu-me.

Mas eu quero por para fora. Quero ao menos mostrar o que sinto para Tomás.

Por mais complicado que possa ser, ou até mesmo “suicídio”, quero tentar.

Quem sabe eu não conquisto esse meu tormento?


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Notas finais do capítulo

Pois é, acho que foi um pouco diferente do que vcs esperavam.. Eu não coloquei muito do Otávio pq ele só atrapalha. A Dani é uma boa pessoa, só não mede suas palavras.. E o Tomás, bem, ele é o Tormento da Madu mesmo. Quero ver ela sair dessa agora.. kkk
Antes de dizer tchau, queria indicar uma fic super legal para vcs lerem:
http://fanfiction.com.br/historia/555330/A_Graduation_of_Nightmares/
A escrita é boa, e o enredo contagiante. Sem contar que a autora é um amor de pessoa



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