Virgin Suicides escrita por Sachie


Capítulo 12
Capítulo XII


Notas iniciais do capítulo

OIAEUAQUI!! Bem, primeiramente desculpem a demora da postagem...Não, espera, primeiro quero agradecer à maravilhosa Kisshigo pela linda recomendação!! Eu adorei, não sabem o quanto eu fico feliz quando ganho recomendações *w*. E essa menina perfeita me incentivou a apressar a produção desse capítulo!! Dedico à você tá?
Espero que gostem, ja ne!



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– Ei, vocês, parados! – Rin Kagamine ordenou apontando a pistola para as duas pessoas à sua frente.

Um garoto e uma garota. Se Rin tivesse conseguido controlar suas emoções naquele momento, teria facilmente reconhecido o garoto mascarado com roupas vitorianas. Mas não foi isso que aconteceu.

– Rinma Leatherchest. – Len Kagamine pronunciou debochado enquanto se virava para encarar a detetive. – Quem diria que nos veríamos novamente.

– Você me conhece? – A garota indagou desconfiada. – Não, não é hora para isso. Abaixe sua arma!

Um sorriso brotou no rosto de Len. Ela não se lembrava. E embora isso fosse uma notícia maravilhosa, ele não pôde deixar de se sentir um pouco incomodado.

– Sinto muito policial, não posso atender se pedido. – O loiro retrucou recuando dois passos.

Len observou o marcador do elevador pelo canto do olho. O transporte ainda se encontrava no B3, não ia chegar a tempo e mesmo que chegasse, seria impossível distrair a garota irritada em sua frente. E ainda que todos seus instintos e sentidos se negassem, o Kagamine fez a coisa mais idiota de sua vida.

O garoto bateu brutalmente no botão vermelho-pulsante destinado à emergência que estava presente no painel de controle do elevador e quando o quase imperceptível “bip” soou, o assassino puxou Miki para próximo a si.

– Segure-se. – Len ordenou à Miki, sorrindo maliciosamente.

– Espere! - Gritou Rin na esperança de impedi-lo.

E antes que Miki pudesse entender alguma coisa, Len jogou-se no obscuro e profundo poço do elevador, levando-a junto.

– NÓS VAMOS MORRER! – A ruiva gritou desesperada enquanto esperava por sua morte. O que, para sua sorte, não veio.

Miki abriu os olhos ainda um pouco hesitante, ela envolvia o pescoço de Len com tanta força que não seria surpresa se ele tivesse sido estrangulado. Por algum motivo os dois flutuavam no ar e Miki lutava para não voltar seus olhos para o abismo abaixo de si. E acoplado à USP de Len, estava a única razão da sobrevivência dos dois, um lança-ganchos prateado. Miki não conteve o longo e aliviado suspiro.

– Por favor, me avise quando for fazer outra coisa insana e estúpida que poderia acarretar em nossa morte. – A ruiva alertou.

– Desculpe. – Len disse meio sem emoção apertando o gatilho do lança-ganchos para impulsioná-los para cima.

[...]

Luka Megurine ofegava interruptamente enquanto ouvia o ressoar de seus passos através do elegante chão de mármore que cobria a parte interna do que seria uma espécie de “bastidores”. A comandante deu-se a liberdade para uma pausa, já que Mew havia sumido minutos atrás. E enquanto recuperava o fôlego, se repreendia mentalmente por isso, perder Mew de vista iria custar-lhe caro. Isso era certo.

O lugar onde se encontrava estava deserto, todo público estava concentrado no teatro, de modo que não levaria muito tempo até que a comandante encontrasse Mew, mas aquele silêncio inoportuno e a sensação de solidão passavam um sentimento estranho em Luka. Como se estivesse sendo observada. De fato, estava, mas não saber quem estava lhe observando era o que mais lhe irritava. Mew já devia estar longe, ela não era do tipo que sentava e esperava, então Luka Megurine pôs-se descobrir o que diabos estava acontecendo ali.

A rosada caminhou por algum tempo pelo saguão, procurando esconderijos para um possível espião. Sem sucesso. Luka sabia que não iria encontrar nada, seria fácil demais se encontrasse. Ainda sim, não podia se livrar daquela terrível sensação, então, uma ideia passou-lhe pela cabeça.

– Iroha? Está me ouvindo? – A comandante indagou.

– Alto e claro comandante! – A hacker respondeu sem demora.

– Escuta, eu perdi Mew de vista, mas acho que tem alguém aqui. Espreitando, apenas aguardando o momento certo...

– No que está pensando comandante? – Iroha indagou enquanto remexia um macarrão instantâneo. Aquela noite estava sendo longa demais.

– Estou em uma área na parte central do teatro. – Luka disse observando a área em volta de si. – Piko contou-me que você o guiou através das plantas dos túneis.

– É mesmo? Ele contou? – Iroha soltou um risinho de satisfação.

– Quero que me forneça uma planta do salão. Todas as entradas e saídas, compartimentos de carga, dutos de ar... Tudo que possa servir de esconderijo, ou melhor, tudo que possa servir de entrada para uma possível sala de controle.

– Bem, eu concordo com a ideia da sala de controle. – Iroha falou com as bochechas cheias de macarrão sabor galinha. – Afinal, uma segurança desse nível precisa ter alguém para controlar, mas não acho que será tão fácil comandante. Tenho acesso aos mapas e posso dizer-lhe que não a nada relevante neles. Nada que dê acesso a tal sala.

– Entendo... – Luka suspirou desanimada.

– A menos que... – A hacker pensou alto.

– A menos que o quê?

– Existe uma parte nas plantas que está bloqueada. – A garota respondeu analisando as tais plantas. – Aqui diz que não é nada demais, somente um depósito de lixo ou algo parecido. Os corredores estão todos bloqueados, pode não ser nada...

– Ou pode ser tudo. – Megurine recobrou o ar confiante. – Bom trabalho Iroha, eu entro em contato se descobrir algo.

– Digo o mesmo comandante. – Iroha disse obediente sem se dar conta de que estava batendo continência.

[...]

Kaito Shion observava autoritário o vai e vem de caminhões de carga. De hora em hora, um longo e preguiçoso bocejo escapava de sua boca. Nunca pensou que poderia desejar tanto sua adorável cama em toda sua vida, claro que, ele parecia não demonstrar muito isso. E quando um dos soldados vinha informar-lhe sobre novidades ou alterações nos planos, ele logo mudava sua face preguiçosa, para a de um típico ditador.

– Espero que Len esteja se divertindo mais do que eu. – O azulado sussurrou cansado.

– O que acontece com aquele assassino não diz respeito a você Kaito. Devia focar sua atenção no trabalho, não em um psicopata. – Uma voz assustadoramente açucarada disse atrás do Shion.

– Mayu, pensei que não ia mais aparecer. – Kaito falou após outro longo bocejo.

– Estou apenas avaliando a situação. – A loira disse acariciando o coelho de pelúcia.

– Bom, até agora não há problemas. Quer dizer, uma parte da carga foi perdida por causa de um infeliz incidente, mas nada com que se preocupar. A menos que as metralhadoras giratórias fossem muito importantes.

– Não se preocupe. Desde que as SMGs estejam bem, não há nada muito alarmante. – A garota respondeu brincando com as pontas coloridas de seu longo cabelo loiro.

– Suas submachines estão em estado perfeito, prontas para descarregar. – O azulado disse sorrindo. – Agora, não que seja da minha conta, mas, porque uma garota como você precisa de tantas armas? É quase como se estivesse se preparando para uma guerra.

– Você está certo Kaito. Não é da sua conta. – A loira respondeu de forma rude.

– Ouch! Essa doeu! – Kaito riu. – Miki ao menos sabe disso?

– Miki não sabe de nada. E eu preferia que você mantivesse assim. – Mayu explicou.

– Não se preocupe. Se continuar com seu generoso pagamento, minha boca permanecerá um túmulo.

– Assim espero.

[...]

Após longas e torturantes horas com uma hacker cleptomaníaca mastigando em seu ouvido, Megurine Luka finalmente achara a sala de controle. Era um cômodo médio, com dezenas de telas de plasma exibindo todos os cantos possíveis que as câmeras de segurança cobriam. Espalhados por todos os lados havia diversos equipamentos de última geração escondidos em um enorme emaranhado de fios. A sala era digna de um prêmio Sci-fi. Entretanto estava vazia. Quem quer que fosse que estava observando a comandante já havia sumido há muito tempo. Luka Megurine estava definitivamente irritada.

Foi então que um curioso som de batidas ecoou através de seus ouvidos. A rosada seguiu a fonte de tal som, deparando-se com um pequeno compartimento quase que camuflado em meio ao ambiente. A policial retirou um conjunto de fios que se enroscavam espiralmente na maçaneta do compartimento e um pouco hesitante, abriu-o.

E lá de dentro, caiu um garoto, uma criança para ser mais precisa. Suas mãos e pés estavam amarrados com algemas de plástico improvisadas. Um trabalho rápido, inesperado. O pequeno murmurava coisas indecifráveis graças à mordaça em sua boca. Em seu olhar havia uma mistura de ódio e desespero.

E pela primeira vez em anos, Megurine Luka não soube o que fazer.


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Notas finais do capítulo

Eu gostei tanto da capa desse capítulo *w*, é a Luka e a Iroha, perceberam? até mais!!