Percy Jackson e a Dimensão dos Assassinos escrita por The Plasma Alchemist, Fernanda Morgenstern


Capítulo 41
Manhãs Com Surpresas...


Notas iniciais do capítulo

Eagle: Oi gente!
Fê: OIe! Desculpem-nos por não ter postado por dois dias! :(
Eagle: É difícil escrever quando é época de viajem com a família...
Fê: Espero que gostem do cap! Até lá em baixo!



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POV Percy

Eu acordei e saí de meu chalé pra ir tomar café. Era uma manhã ensolarada, cheia de pássaros e uma brisa refrescante. Já estava tudo movimentado. Tomei um ótimo café e ao levantar da mesa fui conversar com Alpheu, que me visitara para um agradecimento na noite passada. Queria falar com ele e perguntar se seu pai havia lhe falado algo naquela noite.

– bom dia grandão! - Disse eu, chamando-lhe a atenção ao se levantar da mesa.

– Percy! Bom dia!

– Dormiu bem? Alguém... te visitou?

– Como sabe? - Disse ele com um sorriso divertido e descontraído no rosto.

– Palpite! Então, me conte!

– Meu pai apareceu em meu sonho e disse que me daria mais uma chance de ganhar as correntes. Teria de pegar um monstro que ele enviou. Quíron me disse que um novo monstro apareceu do nada atrás de um posto aqui perto. Estou indo lá agora!

– Sozinho?

– Bem, o monstro é enorme e então Ares deixou eu levar dois ajudantes. Queria você e Chris.

Fomos chamar Chris, que dormia como um porco dentro do chalé de Zeus. Alice era mais disciplinada e já havia limpado tudo nos arredores de sua cama e foi uma das primeiras pessoas a levantar de manhã. Alpheu chutou Chris para fora da cama. Que caiu de cara no chão. Gargalhei ao ver aquilo. Chris ficou tão assustado que pegou a espada em cima da cômoda e começou a golpear o ar, de olhos fechados e de pijama. Aquilo fez eu botar a mão no bolso para pegar o celular e gravar. Mas celulares não são permitidos no acampamento. Quando percebeu, Chris começou a ficar com as bochechas vermelhas e mandou-nos sair para ele trocar de roupa. Ele usava uma roupa normal do acampamento. Uma jaqueta de couro preta com a camisa laranja do acampamento. E calças jeans. Eu vestia o mesmo, mas ao invés da jaqueta de couro, eu usava um simples casaco azul marinho. Alpheu usava a roupa de assassino com ombreiras e seu machado nas costas.

Quíron viu que estávamos saindo para pegar o monstro no tal posto de gasolina. E deu um grito que passou despercebido pelo barulho dos campistas treinando.

– Boa sorte rapazes! O posto é para a esquerda!

Cruzamos a floresta calmamente e chegamos na rodovia. Caminhamos quase um quilometro até poder ver o posto mais adiante. Não sabíamos o que íamos enfrentar. Eu imaginava um javali gigante ou um lobo. O posto estava vazio e nem tinha sido aberto ainda. Mesmo que tinha uma placa de 24 horas. O que me intrigou. Tentamos entrar pelos fundos. Era uma porta de ferro. Alpheu conseguiu quebrá-la após o segundo chute com a sola da bota espinhuda.

A conveniência do posto estava toda destruída. Estantes de salgadinhos e geladeiras cheias de refrigerante caídos. Acendemos as luzes dali de dentro e vimos duas manchas de sangue humano pelo chão. Se olhássemos melhor a porta, dava pra ver que estava torta e arrombada.

– Ares não faria isso só para um teste! - Disse Alpheu, baixinho. - Tem algo de errado.

– Acho que o não era esse o monstro que seu pai enviou, Alpheu... - Dizia Chris, sombriamente... - Esse é um monstro de verdade!

Começamos a nos olhar. Até que escutamos barulhos vindos de uma porta atrás do caixa. Pareciam latas de molho de tomate e milho caindo no chão. E alguns chaveiros também. Começamos a caminhar até lá. Eu adimito que senti medo. Aquela era exatamente uma cena típica de filme de terror. E sempre, em filmes de terror, quando parece que está tudo limpo, aparece um bicho feio e sangrento que mata o que falou "tudo limpo". O que foi? Eu assitia filmes antes de saber que era meio-sangue também!

A porta estava só um pouquinho aberta. Eu não tinha acionado Contracorrente ainda, pois se fizesse isso, o risco de o que estivesse ali, escutar, era alto. Começamos a entrar na salinha. Havia um rastro de latas abertas e comida pelo chão até o fim da sala. Lá havia uma sombra no cantinho. Ao olhar para a sombra congelei e quase saí gritando como uma criancinha. Não era uma sombra. Era um búfalo de olhos vermelhos sedentos de sangue. Chifres do tamanho da lâmina de Contracorrente e sua pele escura era como uma lixa, além de servir de escudo natural. Ele bufava ali no canto olhando diretamente em meus olhos. Havia espuma de raiva saindo de sua boca. De repente começou a correr atravessando a sala para nos pegar.

Nós três voltamos para a zona de conveniência e corremos para trás de prateleiras de salgadinhos e chocolates para nos esconder. Pudemos escutar o monstro fazer a curva e passar da sala para a zona de conveniência, onde estávamos. Olhei para Chris que estava atrás da prateleira à minha esquerda. Ele pegou um saco gigante de Doritos e outro de Ruffles, e jogou para o outro lado da loja. O monstro olhou para lá, pensando que era alguém. Então eu entendi o plano de Chris. Com o barulho dos passos do monstro, pude acionar Contracorrente sem ele notar. Quando ele chegou no lugar onde os saquinhos caíram ficou mais furioso. Ele investiu contra uma prateleira. Vi que era Alpheu que estava atrás dela. O monstro não sabia que ele estava ali. Foi um golpe de sorte, dos dois! Alpheu conseguiu pular para o lado na última hora. Correu para o banheiro feminino que estava atrás dele, antes que o búfalo levantasse a cabeça e visse-o.

Chris levantou e mirou no monstro. Lancei uma onda na mesma hora, e o resultado fora incrível! O raio pôde aumentar a zona de impacto por ter sido conduzido pela água. Ou seja, a água no monstro conduziu a eletricidade causando dano em vários lugares diferentes. O monstro voou e acertou a parede mais atrás.

Seus olhos ficaram ainda mais vermelhos e mais espuma saía de sua boca. Ele acelerou em nossa direção e saltou como no hipismo para acertar em cheio nossas cabeças, passando por cima das prateleiras. Nos abaixamos e pulamos cada um para uma direção: Eu para a porta e ele para o centro da lojinha. O monstro passou por cima de nós e atravessou a parede logo atrás deixando um enorme buraco. Fiquei com os olhos arregalados ao ver que era o banheiro feminino. Me levantei e olhei pelo buraco da parede, do tamanho de uma piscina inflável. Vi que Alpheu segurava os chifres do monstro, para impedi-lo de atacar e avançar. As mãos de Alpheu estavam literalmente fervendo como lava. Elas começaram a derreter os chifres do búfalo que tentava sacudir a cabeça para se livrar da dor. Ele conseguiu se soltar e sacudindo a cabeça acertou levemente Alpheu. Que para minha surpresa, voou para o fim da sala. Pulei o buraco e com Contracorrente e tentei ferir a testa do monstro. Ele desviou, andando para trás. Ele estava prestes a me atacar, quando senti um vento entre minha orelha e meu ombro. O machado de Alpheu foi arremessado e acertou em cheio na testa do búfalo. Olhei para trás e o sorriso estava em meu rosto e em Alpheu também. Ele pegou o monstro.

Quando fui cumprimentá-lo o sorriso desapareceu. Olhei mais para baixo e um corte super profundo e sangrento estava na barriga de Alpheu. Ao olhar para baixo, começou a sentir uma dor horrível. A adrenalina tinha cegado a dor como se estivesse enganando o cérebro. Mas ao olhar o ferimento, tudo veio à tona. Ele caiu de costas, mas Chris conseguiu correr até nós e segurá-lo. Encostamos ele na parede e fiquei em choque ao ver algum órgão dele pelo buraco. Quase vomitei. Era meu amigo que estava ali e eu não podia demonstrar nojo, medo nem mesmo tristeza naquela hora. Quando fui me levantar para procurar um kit de primeiros-socorros, Alpheu segurou meu braço, me impedindo. Olhei para ele incrédulo. Ele sacudiu negativamente a cabeça, bem devagar. Ele sorria calmamente e seus olhos diziam para mim e para Chris que ele estava feliz de que aquilo aconteceu ao nosso lado. Pude ver que ele se esforçava para dizer algo. Suas palavras se tornavam assustadoras em meio àquele silêncio no banheiro.

– Estou feliz de cair ao lado de vocês, amigos... Eu queria estar na batalha de minha vida, tanto quanto vocês... mas um monstro tirou isso de mim... Provem para meu pai que ele estava errado... não em relação a mim, mas sim a nós meios sangues... Eu lhes desejo toda a sorte, felicidade e paz do mundo... Irmãos!

Uma lágrima desceu de meu olho direito e sorrimos para ele. De repente uma luz celestial apareceu atrás de nós. Alpheu a observava e começou a chorar ao ver o que era. Seu machado começou a flutuar no ar e uma corrente dourada surgiu nele. Vimos que aquela foi sua conquista final. Então ele fechou os olhos, e nos deixou com um tímido sorriso.


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Notas finais do capítulo

Eagle: Voltamos!
Fê:Gostaram? Bota um comentário aqui em baixo, por favor!
Eagle: Hehe, até amanhã gente!
Fê: Tchau!

Alguém quer ambrosia com néctar calypso?



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