O Sangue Black (REESCREVENDO / HIATUS) escrita por Bonin


Capítulo 5
Ímã para bruxos.


Notas iniciais do capítulo

EAE LEITORES LINDOS QUE A TITIA AMA!
A PORCARIA DO NYAH SEMPRE CORTA MINHAS NOTAS! #xatiada
Enfim, tava escrito aqui alguma coisa sobre eu pirar e sair pulando pela casa pelos comentários.. É, isso mesmo. Comentários favoritos: Garota Albina, Escritoras Anônimas e Sorvete com Calda.
See ya'



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O Sangue Black – 4. Ímã para bruxos

– Eu estou com tééédio – Cantarolei enquanto dava voltas na cadeira giratória nova do escritório da nossa nova casa, prolongando o “é” pelas voltas que eu dava. Parei de girar, peguei uma enorme lufada de ar mas fui interrompida logo quando iria começar a cantar uma música aletória sobre pôneis, unicórnios e hipogrifos.

– Lynx, por que você não vai dar uma volta pelo bairro? – Minha mãe perguntou enquanto terminava de pintar uma parede mágicamente.

Considerei as opções, e se era entre essa ou ficar em casa mofando sem usar magia enquanto via seus pais arrumarem a casa nova eu preferia sair. Claro que eu gostaria de ajudar na arrumação da casa, mas nãão. Blá blá, você não pode usar magia, blá blá blá, vai acabar fazendo a casa parecer um circo. Afffe.

– Espera, melhor não. – Meu pai gritou da cozinha, ele estava encarregado de colocar os móveis no lugar e instarlar-los. Apesar de minha mãe ser a mestiça, sendo minha avó uma trouxa, meu pai sabia e agia melhor como trouxa. Ele apareceu na porta do escritório. – Vai que ela é sequestrada? Passa fome? Se perde? Pior... Conhece algum garoto!

Bufei realmente alto. Aqueles eram lá motivos sérios? Merlin, meu pai enlouqueceu de vez! Espera, eu também sou meio assim.. Acho que as vezes veio de brinde no DNA.

– Querido, convenhamos que é mais fácil ela ser presa por ter agredido alguém do que ser sequestrada. – Minha mãe falou e eu arqueei as sombrancelhas para ela, junto com meu pai. Ela ergueu as mãos. – Vocês sabem que é verdade.

É, eu realmente precisava admitir: ela estava certa. Dei de ombros e virei para o meu pai com uma cara de cachorrinho molhado que caiu do caminhão. Ah, um cachorrinho fofo, óbvio. Apesar de cachorros serem fofos, lindos, leais e legais naturalmente. Mil vezes eles à gatos.

– Que seja. – Meu pai bufou e saiu do escritório com passos pesados. – Ao menos leve dinheiro para comer! – Ele grita de onde quer que esteja e logo voltou com umas notas na mão e as colocou nas minhas e foi embora, segurando sua varinha com firmeza, pronto para voltar à reforma da casa.

Abri minhas mãos e sorri ao constatar. Ele havia me dado libras esterlinas. Moeda trouxa. Cinco notas de dez, cinquenta libras que pela minha conta mental equivaliam a cento e cinquenta reais. Uau. É, realmente, eu pareço não tem muita noção monetária ou parecida, mas devo confessar que é um hobby para mim. E estudo dos trouxas é uma das minhas matérias favoritas.

Sorri em direção à minha mãe e sai do escritório, indo direto para o meu quarto que ficava no segundo andar. Os móveis estavam empilhados em um canto do quarto, ainda desmontados na caixa. Perto da porta tinham duas grandes malas pretas, além das caixas espalhadas pelo cômodo. Peguei uma roupa quente qualquer na mala e uma mochila, colocando pergaminho, pena, um caderno normal, canetas, chave de casa, carteira e etc.

Saí finalmente de casa, gritando um “até logo” para os meus pais da porta. Saltitava pela rua pensando em algum lugar para ir que não fosse tão longe de casa e não me fizesse me perder. Como eu realmente não conhecia nada de Londres, continuei andando reto.

Londres tem uma paisagem realmente maravilhosa, mas as roupas trouxas são um tanto estranhas. Mesmo. Tinha uma jovem praticamente da minha idade com um short mostrando a polpa da bunda, apesar de estar com meia-calça escura por baixo é uma coisa extremamente vulgar, até pra mim que vivi no Brasil. Digo, no Brasil é comum usar pouco pano, mas por aqui?

Depois de quase descer uma rua inteira, avistei uma construção bem antiga com extensos jardims verdinhos. Não fazia ideia do que era aquele lugar, mas logo uma menina de cabelos longos e de um loiro meio mel chegou perto de mim.

– Bonita vista, não? – A menina sorriu para mim e pude ver suas covinhas. Olhei para ela com as sombrancelhas arqueadas. Ela riu. – Eu trabalho aqui.

– O que exatamente é aqui? – Perguntei meio confusa. Bom, ao menos não era um garoto e não se vestida com uma roupa vulgar. Digo, com uma bem comportada até: Jeans e uma camisa polo branca.

– Museu Natural de Londres. E o jardim possui uma vista extraordinária. – Ela sorri orgulhosa e aperta mais os livros que segurava na altura do colo contra si. Eu faço uma careta, não gosto da ideia de ficar presa em um lugar cheio de coisas velhas.

– Você não é nova demais pra esse emprego? – Perguntei analisando seus livros. Eles não pareciam livros trouxas... Internamente, sorri marota.

– Emprego de verão só esse ano, como guia.

– Ah, entendo... Está na sua hora de almoço? – Perguntei para ela apontando para a bolsa dela que pendia no ombro. A menina assentiu. – Seria muito incômodo se eu lhe acompanhasse? É que eu me mudei faz pouco tempo pra cá, e não de nada daqui.

A garota olhou o entorno apreensiva, soltou o ar que prendia e assentiu. Começamos a andar para longe do museu. Bye bye Barney! Digo, não só por que não gosto de museus não significa que eu não saiba que na maioria das vezes o que mais chama atenção neles são esqueletos de dinossauro.

– Elizabeth. – Ela falou enquanto eu caminhava ao seu lado.

– Ahn? – Franzi o cenho confusa.

– Meu nome. Mas me chame de Liza, Liz, Lizze, Eliz, qualquer coisa menos Elizabeth. – Ela falou rápido com um sotaque tão acentuado que tive que forçar o máximo para entender, colocando em prática totalmente meu inglês.

Sacudi a cabeça como se tivesse entendido e sorri amarelo.

– Lynx. – Me virei para ela. – Esses livros parecem pesados. Não quer ajuda?

– Ah, não obrigada. – Ela se agarrou ainda mais aos livros.

– Hm, certo.

Pássavamos por lugares muito bonitos no caminho e por um momento que ela afroxou o aperto com os livros pude ver um pedaço do título de um. “Os Contos de Beedle, O Bardo.” Sorri abertamente.

– Sabe, eu sei que você não é trouxa. Não sou também. – Falei baixo para ela ouvir, que abruptamente parou na calçada.

– O QUE?! – Ela exclamou e vi pavor nos seus olhos. Vishe, deve estar pensando mal de mim.

– Ops, desculpa de lhe assustei. Você estuda em Hogwarts? – Perguntei enérgica, como se tivesse virado uns sete copos de café. Uma coisa meio difícil já que por aqui só se encontra chá.

– Aham, e eu nunca te vi por lá. – Ela falou meio confusa.

– É, eu estou me mudando para o mundo inglês esse ano. – Soltei uma risada nasalada e dei de ombros.

– Ih, você falou que tinha se mudado pra cá a pouco tempo mesmo, desculpa, eu havia esquecido. –Ela se desculpou educamente.

Elizabeth, Liza, Liz, Lizzie, ou o que quer que seja era tão polidamente educada com cada frase que falava e o vocabulário mais formal que eu pensava sériamente que se eu falasse normal ela iria me jogar numa fogueira ou que eu iria queimar nas chamas primordiais do inferno.

– Pra onde estamos indo? – Eu perguntei, já haviamos andado bastante.

– Caldeirão Furado, eles tem umas comidas boas. – Ela sorriu mostrando as covinhas de novo. Acho que depois de eu revelar ser bruxa também ela relaxou um pouco e se deu mais comigo. – Então, você veio de onde?

E começamos uma conversa super legal sobre países, escolas e lugares em londres que valem a pena visitar. Aos poucos fui lugares em londres que valem a pena visitar. Aos poucos fui soltando meu jeito meio maroto de falar e ela apesar dela continuar com o jeito polidamente educado, não deu nenhuma objeção. Andamos por volta de 20 minutos, e logo entramos em uma rua meio movimentada.

– Estamos em Charing Cross. E ali – Ela apontou para um barzinho meio caído, bem pobre e acabado. Franzi o nariz. – é o Caldeirão Furado.

A maioria das pessoas que passavam por ali passavam direto do bar, como se nem houvesse o visto. Olhei inquisitora para Lizzie.

– Essa é realmente uma boa ideia? – Perguntei para ela com cara temerosa e ela riu.

– Eu almoço ai quase sempre. – Ela falou segura dando umas risadinhas a mim e entrou, por ímpeto logo a segui.

Por dentro o bar era outra coisa. Limpo, cheio de gente, espaçoso. Na verdade, parecia uma coisa meio taverna medieval. Me senti dentro dos filmes do Senhor dos Anéis. Havia assistido o filme numa aula de estudo dos trouxas, e apesar da história ser meio sonolenta, é interessante.

Liz se sentou em uma mesa redonda em um canto do bar e colocou suas coisas em uma cadeira, se sentando em uma outra e olhando para mim.

– Precisa de ajuda no que vai pedir? – Ela perguntou.

Me sentei em uma cadeira a sua frente e assenti.

– Bom, tem o típico fish and fries, peixe frito e batata frita. Eu vou pedir uma torta de frango e cogumelos, mas também tem de carne e fígado, com carne de porco processada ou a de carne e cerveja.

Fiz uma cara de not bad para a ultima. Mas logo balancei a cabeça e pensei no que eu poderia comer realmente.

– O mais seguro para mim é o peixe com batata... – Comentei fazendo uma careta. É, eu realmente sou a primeira a engolir toda a carne do churrasco pelo Brasil, mas a coisa lá era estranha. Até para padrões bruxos.

Um anão engraçado logo chegou para nos atender e anotou o pedido em um bloquinho. Pedimos duas cervejas amanteigadas para acompanhar e quando ela ia puxar o dinheiro para pagar o seu, tirei meu saquinho preto de moeda bruxa e paguei por nós duas.

Continuamos conversando e não demorou para a comida chegar. O que eu pedi era bom, eu até que gostei. Preciso parar com meu preconceito e provar mais comidas típicas, é. De repente, ouço uma voz gritar meu nome. Logo me viro e vejo James, caminhando em um modo meio que “soberano” até a mesa.

– James! O que você faz aqui? – Falei supresa olhando para ele enquanto uma batata pendia da minha boca.

– Lembra que comentamos do Frank? – Assenti com a cabeça, colocando a comida para dentro. – A mãe dele é dona daqui. Até uns anos atrás era do Tom, mas acho que com essa mudança o lugar ficou realmente melhor. – Ele falou e senti a sincerade na voz. – Eles voltam daqui a pouco, então estou esperando.

Percebi seu olhar cair sobre minha comida, mas felizmente ele viu meu olhar assasino quanto a não tocar nas minhas batatas ou as comeria mergulhada em seu sangue. Minha comida é um lance meio sagrado-místico, não a toque.

Dando de ombros, o entreguei meu copo de cerveija amanteigada para ele. Gostava, mas preferia whisky de fogo. Oh, lícor dos deuses. Liz pigarreia.

– Você conhece ele? – Ela me pergunta.

– Oh sim, o conheci a pouco tempo. – Falei para ela e percebi que ela olhava para James com desgosto.

– Mas já a considero minha irmãzinha marota – Ele me segurou pelos ombros e me sacodiu. Olhou direito para Lizzie e sua cara pareceu meio surpresa. – EI! Você não é aquela Woodley, não? A monitora da Corvinal?

– Sou. – Ela aparece meio amarga, e deu seu último gole na cerveja.

– Uau, recebi só umas sessenta detenções com você ano passado. – Ele falou e não pude não perceber que estava boiando completamente no assunto.

– Lynx, eu preciso ir.. – Ela fala já se levantando e pegando suas bolsas.

– Você pode ficar aqui comigo, Lynx. – James fala e eu assento.

Levanto, me despeço da Liz e ela logo vai embora. Certo que eu não conheço muito a menina, mas ela não parece ser tão ranzinza como foi com James. Havia algo como ódio no ar. Deixei aquilo para lá e fui dar uma volta com James pelo Beco Diagonal, que tinha uma entrada pelo bar. Ele me pagou um sorvete muito bom de pistache, um sorvete verde. Comida colorida é legal. Ainda mais comida colorida e saborosa.

– As listas de materiais chegam quando? – Perguntei para ele enquanto saboreava meu sorvete.

– Sua carta não chegou ainda? – Ele perguntou.

– Nope.

– Hoje, então.

Fiz uma cara meio “Ah, ta”, dei de ombros e continuamos a andar. Até acharmos a loja de quadribol.

– EU-PRECISO-DESSA-VASSOURA! – Gritei correndo a vitrine, empurrando alguns garotinhos que estavam lá apoiados. – Ai meu Merlin, ARROW 307! Vou chorar.

Me virei para James e me apoiei nele, o abraçando. Ele parecia confuso.

– Você gosta de quadribol? – Ele perguntou com os olhos arregalhados.

Tá de brinqueixom uiti mi, cara? – Falei em português, por força do hábito. – Digo, quadribol é minha vida!

James olha para mim com a boca aberta e se ajoelha a minha frente.

– Case comigo. – Ele falou brincando.

– Só se eu tiver filhos ruivos. – Brinquei para ele que piscou.

– Poxa, eu quero morenos. – Eu fiz uma cara triste.

– Tudo bem, a gente pode ser amante.

E então ele me acompanhou de volta até a porta do Caldeirão Furado, seu amigo já estava lá. Mas como eu não queria demorar a voltar para casa, não o conheci. Evitando de me perder, cheguei na rua e chamei um taxi, dando o endereço da rua Memel, número 6.

Cheguei em casa e paguei cerca de cinco libras no taxi e entrei na minha casa já arrumada. Meus pais haviam arrumado também meu quarto, lindos. Passei pelo meu pai, que nem pediu o troco do que eu havia gastado e então sorri, indo tomar um banho.

Já com uma roupa para ficar em casa, segui o cheiro que vinha da cozinha que só indicava uma coisa: meu pai estava cosinhando. O jantar seria absurdamente bom.


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Notas finais do capítulo

Quick Question: Shippam Lynx com quem? Já me falaram por ai que shippam ela com James (até é fofinho), Alvo (interessante) e daqui a pouco vão estar shippando com o Filch ou com a Lily, pq né hauiuhaiuha enfim, respondam cause i wanna know.
Ah, alguém aqui gosta de Ed Sheeran? Eu sou sheerio :3 e tô louca atrás de uma fic boa dele para ler. Já falei pra vocês que eu tenho uma fic do 1D no animespirit? Se quiserem eu passo link ^~
Mereço reviews? Não ligo se me matarem de coração, no mundo inferior tem wifi!
Beijos sabor Orion Black :*