O Sangue Black (REESCREVENDO / HIATUS) escrita por Bonin


Capítulo 23
Já é natal n'Os Potter, já é hora.


Notas iniciais do capítulo

OOI COISAS LINDJAS DA AUTORAAA!
Hj eu tô meio Guerra Fria: Toda bipolar. Uma hora feliz, outra triste. Aiai. Ei, sabem pq eu vim atualizar rápido (E modéstia a parte, com um cap lacrante)?? Eu recebi DUAS recomendações. DUAS! Gente, eu fiquei m.o.r.t.i.n.h.a. e enterrada. Sério. Por isso que estou aqui, em plena semana de provas ahaha Então sem comentários favoritos pq o cap vai inteiramente dedicado à essas duas maravilhas que fizeram o meu dia incrível: Daniele e Wallew. "É quase impossível colocar tanta perfeição em um pequeno resumo." gENTE!!111!!!! Haha Agora aproveitem e nos vemos lá em baixo!



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A plataforma estava cheia como sempre. Sendo arrastada por uma Lily, achamos Gina Potter em tempo record, enquanto Alvo se arrastava atrás de nós vagarosamente e James ficava para trás para cumprimentar qualquer ser vivo e especialmente os de gênero diferente.

Enfiamos-nos no carro trouxa esportivo da família com o banco traseiro enfeitiçado (assim como a mala). Dentro de meia hora e muuitas músicas do One Direction (cortesia da coisa pulante e ruiva) nós chegamos à Godric’s Hollow.

Se eu falasse que a casa deles é legal estaria cometendo um eufemismo exagerado. O lugar é uma mansão afrodisíaca! Tinha uma fachada estilo casa-suburbana, mas bem maior. James fez questão de me levar num tour assim que larguei meu malão no quarto Barbie-dos-sonhos da Lily, que ficou por lá pra descansar.

– Á nossa direita, podemos ver o escritório do meu pai, digo, do senhor Potter. – Ele falou cheio de gestos enquanto imitava voz de guia turístico. – Alguma pergunta?

Segurei a vontade de rir e neguei com a cabeça.

– Ceerto! Mantenha-se movendo, então. – Andamos mais um pouco e descemos a escada que tinha ali. – Á esquerda temos nossa biblioteca, mais conhecida como o um dos lugares favoritos da Rose e da tia Mione aqui. – Ele indicou com a cabeça. – Aqui na frente temos um dos meus lugares favoritos: a cozinha.

Espiei dentre a porta semiaberta e vi um elfo cozinhando algo que parecia um bolo.

– Panetone de frutas vermelhas! É a especialidade do Monstro. – Disse James, com um sorriso de rasgar a cara. Ele se fez de pensativo. – Na verdade, uma das únicas coisas que ele sabe cozinhar.

O Potter continuou andando, até parar em frente de uma porta dos fundos.

– A partir daqui vamos ver minha parte favorita!

– Seu quarto não fica lá em cima? – Ele negou com a cabeça. – Ah, então sai da frente!

Sai abrindo a porta, por que né, eu sou assim. Dei de cara com o jardim.

– Ah, fofo, Potter! Deixe-me adivinhar: sua parte favorita daqui é o canteiro de lírios? – Falei tirando uma com a cara dele, apesar da vista ser bonita mesmo.

– Olha direito, lerda. – James apontou para trás da árvore com um balanço cheio de frufrus.

AI MEU MERLIN E MORGANA E SANTO GOKU E TODOS OS DEUSES GRECO-ROMANOS!

– AQUILO É UM CAMPO DE QUADRIBOL?! – Eu gritei e acho que me ouviram até no Brasil. OK, também tem uma “área de quadribol” n’A Toca, mas aquilo que eu via era um campo semiprofissional!

– Yepe. Sabe como é, minha mãe foi jogadora profissional e meu pai ama o esporte...

– Cala a boca antes que eu roube sua família toda pra mim! – Eu disse pra ele e saí correndo para pegar a Tchuchuca.

~*~

Os dias lá eram muito divertidos. Quando Harry e Gina não precisavam ir para o ministério, ambos ficavam em casa curtindo o tempo em família e passando um bom tempo no campo, com todo mundo jogando de uma maneira descontraída. Nesse dia, havíamos jogado quadribol (até mesmo a Lily, que me surpreendeu na função de artilheira) e jantado uma comida deliciosa preparada pelo Harry (Nunca imaginei euzinha participando de um jantar onde O Escolhido prepararia). O mais surpreendente, no entanto, é que ele me trata como uma afilhada.

Depois de ter tomado banho devidamente e posto um pijama confortável pronta pra ir dormir, chega uma carta da Lizzie para mim. Nela estava escrito em detalhes o novo rumor de Hogwarts, que ela havia descoberto com todo seu poder de Monitora-Chefe.

Assim que terminei de ler, já estava P da vida. Mesmo.

– Lily? – Chamei ela da minha cama de montar, do outro lado quarto.

– Pronta pra ficar acordada até tarde? – Ela respondeu animada. – Já separei uns filmes de terror trouxa que podemos ver!

– Na verdade eu vou ir lá beber uma água... Se quiser pode começar sem mim, logo eu estou de volta. – Ela assentiu e eu levantei debaixo das cobertas, pegando um moletom quentinho do meu malão.

Andei pelo corredor quase marchando e assim que cheguei em frente da porta de madeira com o dizer “JAMES” em uma letra infantil e verde já sai entrando.

– Precisamos conversar. – Eu disse, mas me arrependo no mesmo momento por ter entrado assim. O garoto estava completamente pelado procurando alguma coisa em uma cômoda. – EITA PORRA! – Gritei, em português.

James virou e quando me viu deu um sorriso malicioso.

– Se queria me ver em toda glória que vim ao mundo era só pedir. – E deu uma piscadinha.

– Ah, por favor, já passamos dessa fase. – Eu disse rindo. – Vai por ao menos uma cueca, vou te esperar na cozinha.

Desci as escadas e sentei numa bancada que tinha ali, enquanto bebia água. Depois de alguns minutos encarando a parede, James apareceu. Ele foi à hora pro fogão, colocando uma chaleira para esquentar.

– Então, qual é o grande drama? – Perguntou se fazendo uma xícara de chá. Me ofereceu uma, mas eu recusei. Blé, chá! Só britânicos pra gostar dessa espécime de água suja, por Merlin.

– Aparentemente, você vai ser pai. – Assim que falei, ele cuspiu a água quente em mim. – Morgana, James! Você me molhou toda.

Ele só ria.

– Quem eu engravidei? – O garoto perguntou ainda rindo, secando a bancada com um pano bordado.

– Pelo visto fui eu. – Eu disse séria e o Potter paralisou.

– Hm, espera. Quer dizer nem fizemos a parte divertida e você engravidou de mim? – Ele perguntou incrédulo.

– Aaah, não! Pelo que dizem nos corredores de Hogwarts nós tivemos várias partes divertidas. – Eu falei, após limpar a garganta.

Ele finalmente pareceu entender e eu achei que era hora de falar sério. SÉRIO. Ahá, falei! OK, não de verdade, eu só pensei, mas... FOCO!

– Lizzie acabou de me mandar uma carta só confirmando o que eu ouvi enquanto saia do trem. Estamos tendo um caso desde o começo do ano escondido de todo mundo, mas só foi ficar sério no meu aniversário, por isso estamos afastados, pro colégio não descobrir. Então nesse natal vamos anunciar para a sua família, aonde você vai me pedir em casamento para enfim assumir o bebê. – Soltei de uma vez só.

James me encarou sério por meio segundo antes de cair na gargalhada. Depois de pensar o quão improvável seria, ri com ele.

– Eu devo te comprar um anel de presente de natal para colocar fogo nas fofocas ou? – Ele perguntou.

– Estava pensando em uma coisa mais simples como falar pra todo mundo que não temos um caso, mas claro, isso deve super funcionar. – Falei a última parte ironicamente. – Só vamos agir como nós mesmos, mas se ficar demais podemos cortar isso.

Ele sorriu.

– Concordo.

James me abraçou e eu me senti confortável ali, era quase como abraçar meu pai. Considero-me uma pessoa sortuda por ter laços tão fortes quanto os sanguíneos. James é mais próximo que um irmão para mim, com certeza muito mais que um melhor amigo. Como diria Rose, um “parabatai”, segundo sua saga favorita.

– Ei. – Ele me chamou.

– Que foi, Pontas Jr? – Eu perguntei.

– Se um dia você ficar grávida, pode saber que vai ter seu almejado filho ruivo. – Ele brincou. – E eu vou ser o padrinho.

– Quem disse que eu vou querer você “apadrinhando” um filho meu?

– Se você não deixar, eu suborno Fred com tickets de quadribol, não tem escolha. Você acha que não reparei que ainda usa a camisa dele?

Automaticamente olhei para o meu tronco coberto por uma camisa vermelha e o casaco de moletom aberto. Na camisa, era possível ver o número do uniforme de quadribol (05) com o nome dele em cima. Bufei e me soltei de James, indo direto para o quarto onde estou hospedada. Já estava com uma boa desculpa para dar à Lily pela demora quando avistei ela dormindo profundamente na sua cama, a TV ligada no filme “Poltergaist”. Sacodi a cabeça e desliguei a mesma, fazendo um carinho na cabeça da pimentinha e indo dormir na minha cama.

~*~

– Mas o natal vai ser aqui ou n’A Toca, afinal? - Perguntei confusa.

– Hoje, dia 24, teremos uma festa típica com muita gente aqui na Mansão Potter. Tradição de família. – Me respondeu Rose, que havia chegado há pouco tempo. – De manhã iremos para A Toca. Vai ter troca de presentes, café especial e um almoço muito bom.

– E a festa é em traje de galaa! – Cantarolou Lily. – Precisamos nos arrumar!

– Nós somos bruxas! Estaremos prontas e perfeitas em no máximo duas horas! – Eu protestei.

A menina deu de ombros.

– Vou descer pra ir falar com o Hugo então.

Quando ela saiu, me virei para Rose.

– Na boa, qual é a da Lily com seu irmão? – Perguntei meio maliciosa.

– Só Morgana sabe. – Rose se rendeu, rindo. – Seus deveres do feriado já estão em dia?

– Graças que não, estou sem biblioteca por uma semana! Obrigaaaada! – Fiz um drama, me jogando no chão com as mãos juntas. – Vamos descer? Meu estômago tá roncando mais que hipogrifo sem escapamento!

Tentamos nos manter alheias àquilo tudo, era muita gente indo e vindo do jardim, que deve estar ficando bem artístico. Haviam montado uma tenda no espaço do campo de quadribol protegida contra a neve e hoje apenas a decoravam e davam um molde para o caminho do jardim da frente até lá. Rose estava bem distraída, trocando muitas cartinhas que chegavam a cada meia hora. Devia ser Scorpius. Lily estava mais empolgada que o normal (se isso é possível) e Hugo não via a hora de comer o banquete preparado.

A festa começaria as oito, então só por precaução começamos a nos arrumar cinco e meia. Coloquei um vestido verde que me caia muito bem, mas me deixava igual uma sonserina. Blé! Faltava um tempo ainda pro horário quando fiquei pronta, então fui passar o tempo no jardim incrível dos Potter.

O sol já havia se posto faz tempo e como as poucas pessoas que já estavam por lá ficaram pela tenda mesmo, eu me via sozinha na frente do canteiro de lírios. Então, me perguntei por que lírios, já que eles eram o único tipo de flor por ali.

Já estava sentindo um frio incomum ali causado pela neve que caia graciosamente em mim, deixando meu cabelo com vários pontinhos brilhantes e estragando o penteado que eu havia feito.

– Lynx! – Lily chegou me gritando.

Como ela me achou? Eu sei lá! Mas não deve ser boa coisa...

– Oi? – Perguntei com dificuldade, já que estava meio tremendo.

– Você ‘tá bem? Me parece meio pálida... Digo, mais que o comum. – Ela disse.

– Estou sim.

– Ah. Ok. Vem logo, a Rose tá desesperada pela sua ajuda!

Ela fez sua especialidade: Me puxou. Fui arrastada até dentro da casa-mansão deles e ela logo me indicou que a Weasley me esperava na biblioteca e que ela iria terminar de se arrumar. Dei de ombros e fui seguindo até lá, entrando calmamente. Meus passos eram bem demorados por causa do frio acumulado e da roupa molhada.

Assim que estava dentro, percebi um click na porta que eu havia fechado e no que eu vi que Rose não estava à vista, a ficha caiu: Lily havia tramado para mim. Fechei o olho fortemente e tentei me abraçar para me aquecer.

Ouvi um barulho na parte escondida das estantes, e logo vi James. Fui até ele.

– Te trancaram aqui também? – Ele perguntou e eu assenti com a cabeça. – O que houve?

– Frio. – Falei entre gaguejos.

O Potter me analisou de cabeça aos pés.

– Estava no jardim, não é? – E antes que eu pudesse falar alto, ele se responde. – A grama no sapato. Levando em conta que é Dezembro, está nevando, você é acostumada ao calor e ainda fica fora de casa nesses trajes... Eu chutaria hipotermia.

Tentei não parecer impressionada, mas não foi difícil já que a cara de dor ocupou o lugar. Ele pega a varinha e me leva pra um canto onde tem uma lareira, acendendo-a. Nos sentamos no chão e eu me encolho num abraço dele, procurando um pouco de calor humano.

Ouço o barulho da porta e James vira a cabeça para ver quem é e se finalmente podemos sair, mas tudo que tenho em resposta é o barulho de aplausos.

– Ótimo! Que ótima brincadeira de mau gosto, Rox! Adorei! – Ouço a voz que eu costumava conhecer tanto gritar.

Virei-me na hora.

– Fr-ed? – Gaguejei, sem saber direito como reagir.


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Notas finais do capítulo

T R E T A IS COMING (or nah).
Ahá, eu sou muito troll por parar ai. Mdds, eu me amo! Hahaha Amanhã é prova de português, fácil, mas sexta é de Ciências e vou dizer pra vocês: QUÍMICA N É DO BEM! Anyway. Quero agradecer pelos reviews de vocês e tbm dar as boas vindas aos leitores novos, que eu vi que temos bastante! Aliás, se quiserem fazer perguntas ao #OSBResponde, é só fazer junto com o review mesmo que assim que tiver perguntas suficientes e conseguir escrever, né. Pergunta: me digam oq vcs entendem do clipe de "Heros (We Could Be)". Okay, é isso, vejo vocês em breve!
BEIJOOOOOOOS!