O Diário de Uma Garota Perdida escrita por Lost Girl


Capítulo 9
Minha Alma


Notas iniciais do capítulo

Olá, perdidos! Eis que eu apareço, de um jeito assustador, imaginem, com um capítulo perturbador,diga-se de passagem. Eu o escrevi a um tempo, bastante tempo, mas minha internet sempre muito amiga resolve sumir e me deixar sozinha. Pois é. Sei, sim, que minha vida não os interessa, entretanto eu não ligo e irei, sim, contar o que eu fiz enquanto minha internet fugiu para Narnia. Eu li dois livros! Uma salva de palmas para mim. O nome deles são: " Os Três" e "Garota Exemplar". Quem já tiver lido-os, mandem um comentário. Adoro comentar sobre livros.
Voltando ao capítulo, ele não é tão grande quanto o anterior. E falando neste, agradeço aos comentários que ainda não foram respondidos ( Podem puxar minha orelha, eu mereço), MAS que serão assim que eu postar e eu não minto. Também, sei que tem uma alma ( Fazendo uma relação com o capítulo... Vai, foi legal. Não? Tudo bem, eu entendo que eu sou terrível com piadas) nova. Então, muito bem-vinda. Vamos ler? Eu estou com medo da reação de vocês... Só leiam até o final.



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Então, meu tímpano explodiu. Minhas mãos tremeram. Meus pés cederam. Respiro sangue. Minha alma se foi... E aquele sorriso continua sendo apenas uma ilusão. Uma superficialidade a mais. Uma loucura. E apesar de tudo que passou, eu erro de novo. Risadas. Estou surda. Mas, elas estão aqui. A graça na loucura... E a culpada disso tudo, continua sendo eu.

Eu soltei o balão e agora, ele está longe. A janela está aberta, eu estou presa. O vento bagunça meus cabelos, eu não consigo respirar. O sol ilumina meu quarto, eu continuo na mesma escuridão. As contradições só provam o que eu antes já sabia. Eu não pertenço a esse lugar. Tentar é inútil. Continuar é inútil. Desaparecer é a única solução. Porém, isso é impossível. E eles erraram de novo. Existem coisas que são impossíveis.

Eu errei de novo. Cai no mesmo buraco de novo. Não existe outra forma de sair. Posso gritar. Minha voz é silenciosa. Todos olham. Meus olhos devem implorar ajuda. É tarde demais para me salvar? Meus segredos já não são só meus. Os olhos estão me pressionando. Eles sabem de tudo. Eu errei de novo.

A explosão continua. Olho para baixo. O chão está verde. Ofuscando saúde e bem estar. Olho para frente. As pessoas sorriem. Elas não sentiram o mesmo que eu? Olho para meu o corpo. Está normal. Nenhuma perda, nenhum grão de areia a mais ou a menos. Sinto-me enjoada. Sinto que me olham. Quero me esconder. Outra explosão. Os mesmos sintomas. Eu perdi parte de mim mesma e ninguém percebeu.

Um estrondo alto ressoa agora. Seria em minha mente? Seria uma ilusão? Começo a correr. Corro para longe. A terceira explosão ocorre. Cadê o sangue? Cadê as mortes? Nada desmoronou. Apenas eu. Corro mais rápido. A chuva começa a cair. A água não é salgada. E, mesmo assim, ela nunca saciaria minha sede. Sede de verdade.

Acorda. Acorda. Explosão de número quatro. Quatro olhos caem em mim. Sinto uma facada. Paro repentinamente. Minhas mãos correm. Cadê a faca? A chuva só está mais forte. Não vejo sangue, mas sinto a dor. Surto. Começo a gritar mais alto. Começo a acompanhar a chuva. Meus ossos já estão prontos para serem enterrados.

Ninguém. Sento e abraço-me. Não buscando conforto. Busco calor. Tudo está tão frio... Olho para o mar. Porque eu estou na praia mesmo? Quero ir para casa. Vejo um barco no horizonte. Onde está o sol? Ele está resoando uma música. Não consigo ouvi-la. Eu estou surda. Ao longe, vejo uma ilha. Tem sol lá.

Começo a correr e entro no mar. A água está gelada. Quem se importa! Lá tem sol. Bato meus pés com força, mas eu não os sinto. Tento fazer mais força. Balanço as mãos para me ajudar. Ando alguns metros. Não vejo peixes, tubarões, baleias e nem mesmo a sujeira do mar. O mar é denso de qualquer forma. É de um azul tão escuro mais tão escuro que o compararia a uma poça de petróleo.

Tem sol lá. Eu preciso continuar. Estou fraca, entretanto. Seria bom ter um barco... Olho ao redor. Ele não deveria estar aqui? Tomo fôlego e recomeço a gritar. Não consigo ouvir minha própria voz. Mas, minha garganta dói tanto... Imagino que eu esteja gritando muito. Eles passam na minha frente. Não consigo não sorrir. Não é tarde para me salvar. Eles estão vindo.

Eles olham para mim e riem. Deve ser engraçado uma garota gritar por ajuda, não é mesmo? Mas, rio junto. Eles irão me salvar. Ainda é cedo, afinal. Eles continuam a navegar por aí. Rindo. Poderia chorar. Gritar. Xingá-los. Mas, vejo a ilha na minha frente. O sol está iluminando-a de tal forma que eu continuo rindo.

Continuo a movimentar-me na água. E quanto mais perto da ilha, mais densa ela se torna. A água também está cada vez mais gelada. Mas, continuo a aproximar-me da ilha. Minha cabeça lateja. Parece que ela ia explodir e, nesse momento, a explosão de número 5 surge assustando-me. Passo a mão rapidamente na minha cabeça. Ela ainda está e eu ainda estou inteira.

Entretanto, sinto-me parar. Balanço cada vez mais meus pés e minhas mãos. Não consigo me mover. Eu estava literalmente parada. Depois me sinto mais pesada. Tão pesada quanto a água. A chuva, que até então tinha dado trégua, volta com uma força tremenda. Sentia- cubos de gelo caindo em cima de mim. Eles sabem o que eu sou. Eles me machucam.

Novamente, sem nenhuma marca. Nenhuma vermelhidão. Mas, eu sei que eles me machucam. Eu sinto isso. Meu corpo se solta e eu começo a afundar. Grito desesperada. Choro desesperada. Tento me movimentar. Tento continuar. Tentar é inútil. Continuar é inútil. Sentia raiva, ódio, pena, felicidade... Uma confusão de sentimentos que foram afundando junto comigo.

Agora, eu estava submersa. Meus ossos estão prontos para serem enterrados. Sinto-me vazia. Fecho os olhos e ainda sim, antes de qualquer coisa, eu escuto a explosão número 6. Abro os olhos. Eu estou de volta ao nosso planeta. Mas, eu ainda me sinto vazia.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Estranho... Eu concordo. Mas, nesse dia, era jogo do Brasil. E eu odeio a copa. Tipo, odeio mesmo. Tinham uns fogos artifícios atrapalhando e eu quis, também, mostrar como seria o lado interno da Wendy. Porque ela se sentiria tão vazia... Vocês também podem reparar que esse afogamento de sentimentos já foi anteriormente citado no capítulo 6:

" O dia está nublado. Sinto cheiro de dilúvio. Estou com medo de que sentimentos serão afogados hoje."

Enfim, quis trazer um pouco dessa ideia a tona. Mas, esse mar ( Outra relação, desta vez, com essa ideia de afogar, nadar... Essa ideia do mar mesmo. Essa foi legal, vai? Não de novo? Caramba... Eu me conformo então.) de confusões, medos, inseguranças... Essa jornada com a alma dela é a imagem que eu queria passar.
Para aumentar as notas ainda mais, eu gostaria de falar sobre os próximos capítulos. Ah não, agora todos tem que comentar para você postar? NÃO! Ah não, então eles vão demorar três anos? NÃO! Então, o que? Eu irei viajar e não terei contato com a internet. (Chupa, agora eu estou fugindo de você!!) Mas, você falou que não iria demorar três anos para postar... Eu sei, calma. Eu já tenho um capítulo pronto e ele será agendado para daqui uma semana exata, isto é, para quinta. O próximo capitulo depois desse demorará um pouco mais. Tipo sexta-feira da semana que vem que vem. (Lá para o dia 18). Eu juro que tentarei fazer esse capítulo para postá-lo com rapidez, mas não prometo.
Viu, eu falei que ela iria demorar três anos... Silêncio. hahahaha Desculpa de verdade por isso. Logo, então, os comentários ( que eu aguardarei sim. Hahahaha) não serão respondidos de imediato ( Grifem, circulem, destaquem, DE IMEDIATO). Eu certamente irei respondê-los. Do dia 18 para frente, eu estou de volta!
Falei muito, eu sei, mas queria deixar isso claro. Se vocês não entenderam, por favor, comentem, mandem MP, qualquer coisa. Eu irei respondê-los igualmente. Só isso!
Mil beijos :))