O Diário de Uma Garota Perdida escrita por Lost Girl


Capítulo 23
Dor


Notas iniciais do capítulo

Hey, perdidos. Finalmente, depois de uma semana, eu estou de volta com um capítulo "decente". Ele será um pouco depressivo, acho que o título representa um pouco disso. Mas, enfim, leiam e me contem - ênfase no me contem, por favor. Vamos falar de comentários- sim, tivemos comentários, graças a deus. Muito obrigada a Mrs. CarinA e a Skye Miller. De verdade, foi muito importante. Além disso, estava tão chateada por ninguém ter comentado antes que não notei no número de favoritos. Desculpem-me. Agradeço a todos que favoritaram durante esse período. É isso. Depois nós conversamos ( Pareço os pais de vocês hahahha).



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Estou deitada em minha cama há alguns minutos. Parada: quase sem piscar e esperando que minha respiração cesse, pondo fim a tudo isso. Faz alguns dias, talvez semanas ou meses que eu não escrevo. Como se as palavras tivessem saído de mim. Mas, eu sei que havia saído mais coisas do que simples palavras. É claro que eu sei. O tempo está petrificado e eu não consigo mais notá-lo passar. Então em vez de horas, minutos e segundo eu calculo o tempo conforme minha dor.

Quando há uma dor enorme, algo totalmente errado que só me faz querer dormir uma eternidade, eu calculo tal como segundos. Quando eu sinto um vazio, chegando a suspeitar da minha existência, minutos são completados. E finalmente as horas aparecem como os momentos felizes. Estes me incomodam. Como uma voz sussurrando a meia noite que meu tempo está acabando. Eu sinto uma angústia, uma raiva, um medo e chama essa mistura de felicidade.

Um silêncio incômodo permanece em casa. Meus pensamentos conturbados se alienaram e uma vigésima terceira guerra mental ousa a começar. Não há muita coisa em jogo, porém. Uma metralhadora de perguntas lança-se de repente e eu fico apenas paralisada. Eu não sei as respostas. E nem quero tentar. Porque depois de um tempo, eu me acostumei com o silêncio em casa e com o barulho dentro de mim. Um contraste perturbador que me machuca e me conforma ao mesmo tempo.

E foi assim por um longo período. Aqueles dias, talvez semanas ou meses se passaram dessa forma... Mas, mesmo assim, cada dor parece nova. Cada palavra retoma as mesmas cicatrizes e por mais que eu não gosto de relembrá-las, eu as vivo. Todo dia. Quando eu abro os olhos e sinto que um novo dia começa é quase como se a dor começasse também. E dói. Dói demais acordar sem querer, dói levantar da cama quando você sabe que isso é errado, dói escovar os dentes sabendo que tudo aquilo terá que ocorrer amanhã de novo, dói colocar o uniforme sem querer de verdade ir a escola.

E acaba que ao entrar no carro, pronta para sair de casa, a dor se materializa e fica ao meu lado, fazendo-me companhia. Talvez por isso quando ela vá embora eu me sinta estranha. Eu não gosto de desapegar-me das coisas! Foi então que resolvi utilizar a internet ao meu favor. (Pareço uma velha falando assim.) Entrei em um site idiota de psicologia e vi algumas dicas para melhorar o meu humor, manter-me na terra por mais tempo. De fato era um site idiota. A ideia era fazer uma carta vinda do futuro, falando sobre como eu iria viver. Tentar pensar positivo.

Eu falhei. Não imagino meu futuro de maneira positiva. Eu só me via sozinha, deprimida e trabalhando/estudando feita uma otária. Tentei e tentei muitas vezes. Entretanto, não consegui mudar isso em minha mente. Eu falhei. Eu não fiquei assustada. Nem triste ou decepcionada. Só senti que as coisas mudaram demais a um ponto que será difícil mudar de novo. Não ficou claro, não é mesmo? Mas, eu não acho que é um problema viver no escuro.

Estou terrivelmente cansada agora. Em todos os sentidos e quase sempre. Também sinto-me enjoada pelo drama... Eles nunca sabem de nada e falam de mais. Desculpa; desculpa de verdade. Eu sinto tantas coisas ao mesmo tempo. Tantas coisas que eu não entendo, que eu não sei explicar. Um furacão que me destrói. E eu já estou destruída demais! Tenho que dormir ou fumar. Só simplesmente ir embora. Ser um nada. Talvez eu esteja condenada a isso. Condenada a nadar em um mar vazio de pensamentos que me fazem ser um nada. Um “x” cuja equação não foi encontrada e cujo mistério já foi deixado para trás. Mas, em vez de poeira, eu senti uma dor.

Agora eu tenho que ir de verdade. Porque já está tarde. Novamente, em todos os sentidos.


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Notas finais do capítulo

E então, cobre ou não? Gostaria de falar duas coisas: o livro do qual eu tirei a ideia da carta chama-se "Perdão, Leonard Peacock." de Matthew Quick. O final, a última frase, ficou meio vazia sim. Mas, era a intenção. Bom, não tenha nada mais a falar. Espero ver vocês NOS COMENTÁRIOS. hahahhah Ou não. Também quero vê-los nos próximos capítulos, certo? Mil Beijos :))



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