O Diário de Uma Garota Perdida escrita por Lost Girl


Capítulo 20
Maldita aula de artes!


Notas iniciais do capítulo

Hey, perdidos. Voltei. Bem, não recebi comentários o capítulo passado e provavelmente, não receberei neste aqui também. Bom, de qualquer forma, ganhamos dois leitores (ou leitoras) novos. Sejam bem vindos. Este capítulo está sem graça e dramático. Mas, eu estou no meio de uma semana de provas, o que complica minha criatividade. Apesar disto, espero que gostem.



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O sinal tinha acabado de tocar. As pessoas estavam falando. Gritando. Enquanto eu estava focando o nada. Eu permaneci imóvel por um tempo. Minha cabeça estava doendo e mil coisas passavam pela minha mente. Mil coisas ruins. Uma mão tocou em meu ombro e uma voz estridente assusta-me ao perguntar qual era a próxima aula.

– Aula de artes. - resmunguei a uma CNTS. - Duas aulas ainda por cima... Ninguém merece.

Nunca gostei das aulas de artes. É um espaço onde eu deveria me expressar; deixar que meus sentimentos aflorassem. Mas, não. Nós somos julgados por qualquer coisa oriunda de nós que colocamos em um papel. ”Isso não é arte”. Aquela vadia sempre diz isso. Então, você cansa. Você simplesmente para de tentar. Um ponto em uma tela vale muito no mundo, já para as aulas de artes... Não valem nada. Isso não é arte.

O dia amanheceu frio. O sol não apareceu e eu não fiquei incomodada por isso. Era incomum, uma vez que estamos enfrentando altas temperaturas nesses dias e isso deveria despertar alguma reação em mim. É só que o tempo já não me importa mais. Estou andando agora. Rumo a maldita aula de artes. As CNTS conversam animadamente sobre alguma festa. Sinto uma mão no meu ombro.

–Mandando mensagem ao namorado?- comentou Anne, enquanto entravamos na sala. Não era uma piada. Não era engraçado. Mas, eu sorri. Estamos nos falando às vezes. Nenhum assunto sério, entretanto.

– Não – respondi ainda sorrindo - Não tenho vida social, lembra?

– Como eu poderia esquecer- e deu uma risada. Seu jeito me irritava na maioria das vezes. Ela falava sobre suas amigas e sobre o que aconteceu em seu dia. Porém, ela era o mais próximo de amiga que eu tinha.

A aula de artes continuou. Eu pensava em muitas coisas. E nenhuma delas estava voltada no nosso “Trabalho de Fim de Curso” ou TFC. Era algo que nós tínhamos que fazer estudar e apresentar para sala. Eu acho uma ideia ridícula. Já Anne parecia estar muito concentrada nesse assunto. Como se tal valesse sua vida.

– Então, para hoje, todos devem entregar um planejamento sobre o que irão fazer. - terminou a explicação. Mas, mesmo antes disso, a maioria estava conversando. Eu continuava quieta. Praticamente dormindo.

–Ei - chamou Anne - Vamos fazer juntas?

– Claro!- e dito isso, ela começou a falar sobre sua ideia e escrever o planejamento que deveria ser entregue, colocando nossos nomes primeiramente. Era algo sobre a distância e a tecnologia. Era um tema legal, só que em minha opinião, clichê.

– Bom, agora eu só tenho que falar com a Roberta para saber se podemos fazer em dupla. Tudo bem?- Assenti com a cabeça, enquanto ela levantava a mão chamando nossa professora que em poucos minutos – sim, ela demorava séculos de mesa em mesa. Suspeito até que ela nos evitava- pôs-se de frente a nós.

– Então, Roberta, eu tinha pensado em fazer uma maquete representando a maneira como nós estamos conectados uns aos outros pela tecnologia e ao mesmo tempo, distantes pelo esse motivo. Algo equivalente à referência de perto e longe, só que ocasionada pelo meio tecnológico. - explicou.

– Nossa! Essa é uma ideia muito interessante, Anne. - respondeu, admirada.

– Obrigada... Eu e a Wendy podemos fazer juntas?- perguntou, sorrindo devido ao elogio. Eu olhava para o chão. Não gostava da Roberta. Nem um pouco.

– Anne, a ideia não é sua?- ela assentiu. - Então, eu acho melhor você devia fazer sozinha. – ela assentiu novamente e as duas continuaram a conversar sobre o projeto. Eu sabia que tinha uma possibilidade de estar fora do trabalho. Mas, eu achei que a Anne ainda queria fazer comigo. Afinal, era um trabalho idiota de artes. Eu tinha esperança disso. Quando a Roberta foi atender outra pessoa, Anne riscou meu nome.

– Desculpa... Mas, você ouviu. Ela disse que eu tinha que fazer sozinha. - ela sorria de maneira desconfortável.

– Ela disse que acha melhor você fazer sozinha. - eu estava irritada. Meu nome foi riscado. E a minha esperança acabou da mesma maneira que uma erva daninha é arrancada de um jardim. Era uma coisa boba, eu sei disso. Porém doeu. Doeu bem mais do que deveria.Eu não demorei muito para acrescentar. – Mas, faça sozinha. Não tem problema.

– Eu estou me sentindo mal agora- ela sorriu e deu risadinha. Eu tentei acompanhá-la, sorrindo.

– Relaxa, eu estou bem. - era falso. Estava na cara que eu não estava.

– Tem certeza que você não quer fazer comigo?- perguntou.

– Tenho certeza, Anne.

As pessoas continuavam falando. E eu ainda estava focando o nada. Meu nome foi riscado. Eu fechava os olhos devagar. Aparentemente, normal. Mas, eu me esforçava para não derramar lágrimas; para não me derramar. Eu estou me sentindo mal agora. Eu não quis encarar o relógio. Eu sabia que faltava muito tempo para ir para casa. Relaxa. Eu estou bem. Eu sentia algo muito, muito ruim. E eu queria que acabasse. Tem certeza que você não quer fazer comigo? Só que não acabou. Eu ainda continuava parada, focando o nada. As pessoas continuavam falando. E ela me perguntando. Seus olhos... Eu não via nada neles. Tenho certeza, Anne.


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Notas finais do capítulo

E então, muito cobre né? Fiquei um pouco chateada pela falta de comentários, mas reconheço que não ando merecendo-os. Eu meio que alterei a data de postagem para terça. Vocês preferem domingo? Desculpem-me por esse capítulo. Vejo vocês na semana que vem. Mil beijos.



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