O Diário de Uma Garota Perdida escrita por Lost Girl


Capítulo 11
Lentes


Notas iniciais do capítulo

Olá, perdidos! Eu estou muito feliz, porque eu consegui escrever esse capítulo antes de viajar. Sendo assim, resolvi surpreendê-los postando-o hoje! Não tenho muito o que falar. Como não vi qualquer atualização do capítulo passado, não posso agradecê-los. Portanto, eu irei ser diferente e agradecer o talvez, ou não, invisível. Hahhahaa Guarde essa palavra, você a verá aqui.
Estou ansiosa, leem e depois falem sua opinião.



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Eu não sentia nada. Pisquei, pisquei e pisquei tantas vezes que nem sequer notei que fechei os olhos. As cores estavam mais vivas. Sem distorções. O ar, até mesmo, parecia melhor. Era como se fosse outro mundo, desconhecido, que eu estava vendo pela primeira vez. Olhos. Narizes. Sorrisos. Nada estava como antes. Hoje, tudo está mais real.

Círculos. Triângulos. Retângulos. Parecia que os via há cinco centímetros e não há cinco metros. Hoje, a noite tem mais estrelas e a lua, mais beleza. Eu sei isso parece um poema. Mas, nunca me senti tão viva em um ambiente aparentemente tão morto. Minha vontade é pular e gritar até eu ficar sem voz. A alegria prevalece e eu nem lembro mais o porquê de me sentir assim.

Entramos e andamos. Tudo é rápido, mas eu o vejo lentamente. Um sorriso se abre. Ó doce ilusão... Pisco, pisco e pisco outras vezes e novamente, nem parece que um dia eu os fechei. Os buracos não são tampados. Fazem-nos saltar. Poderia incomodar-me , até mesmo, mas pareço nem ligar.

Uma explosão ressoa. O que é isso? Ah meu deus, são apenas fogos de artifícios. Outro buraco mal tampado. Nada que não faça nós rirmos de novo. A dúvida é inexistente. Os problemas rastejam que nem serpentes. Se continuar olhando seu novo mundo, novas estrelas e outras serpentes irão surgir. Algo como nos desenhos animados.

Ignorado o recado, começo a cantar. Como é bom viver sem nem se incomodar. As almas ganham formas e a beleza da natureza desmatada. Mas, outro buraco, tudo é muito feliz por aqui. Cabelos ao vento, filme de Hollywood, dou mais risadas e nem pareço atuar. Pisco, pisco e pisco tantas vezes só para ver se ninguém irá me enganar.

Mais um sorriso, o melhor mundo já está sendo conhecido. Luzes coloridas, buzinas entorpecidas, eu ainda não entendo porque a cura não curou tão rápido. Eu já poderia estar viva antes de fato. Mas, a pressa é inimiga da perfeição. Esse ditado nunca se aplicou tão bem. Paramos e saímos. O mundo continua belo e eu continuo sorrindo.

Não há mais buracos mal tampados ou quaisquer fogos de artifícios, a porta se abre, porém sem um bem vindo. Subo as escadas. Pareço um gigante. Acho engraçado, mas queria ser um elefante. Pisco, pisco e pisco outras vezes, não é um sonho. Sorrio mais e mais. Chega de problemas e pensamentos entorpecentes.

Abro a porta, estou em casa. Serpentes pelo chão, a escuridão pelas paredes. Cadê a beleza que antes eu deliciei? Pulo e corro, como se fosse um jogo, desvio as serpente e caio na cama. Mais que dura. Não mais dura do que acabo de ver. O reflexo de mim. Olhos vermelhos. Eu chorei? Chego mais perto. Dois buracos negros acabam de se fechar. Não é possível. Não é possível. Um veneno exala. Pisco, pisco e pisco outras vezes, caem gotas de verdade. O meu reflexo não condiz. Esfrego a mão nos meus olhos. O que tinha feito de tão errado? Caio ao lado das serpentes que riem. Elas já sabiam. Mas, eu olhei para o céu e só via as estrelas. Não grito. Não rio. Não pisco. Estou imersa em um sentimento, até então, desconhecido. Dor.

O que eu tenho de fazer? Clamei por ajuda. As estrelas deram as costas, a luz foi sumindo. Confiei no errado. Queria estar dormindo.

Abra o coração

Para uma nova lição

Tire da escuridão

O invisível.

Estou cansada de poemas. E novamente, nesse dilema, continuo a chorar gotas de verdade. E elas doem. Meu coração estivera aberto. Todos o fecharam. Já cansei de piscar. Infelizmente, eu sei que estou acordada. Olho no reflexo. Uma alma perdida. Eu diria ferida. Mas, não há vitórias sem perdas. Assim como, não há lutas sem dores. As serpentes se amontoam. Estão loucas para sair. Eu continuo querendo dormir.

A mensagem não está clara. Onde estás? Alguém falou comigo. Meus olhos ardem. Talvez, eu nunca aprenda essa lição. Meu coração se fechou e eu o perdi para a ilusão. Quero algo impossível. Já ouvirá isso antes. Provavelmente, de mim mesma. Não quero mais belezas. Quero a verdade. Nada mais dói do que a enganação.

A resposta não está clara. O enigma ainda sem solução. As estrelas viram de costas e a lua deixa-me na solidão. Esses versos, que não o são, incomodam a minha mente. Não quero rimas em ordem crescente. As lágrimas saem. Estas, porém, não invisíveis. Eu as vejo, eu as sinto. Nunca me senti tão feliz em meio à dor.

Toquei meus olhos abertos. Irritou, mas eu precisava saber se aquilo era a fonte da minha dor. Eu descobri mais. A capa invisível. A chave do desconhecido. Eu achei na escuridão o invisível. Refaço cada passo. Um sorriso, não feliz, mas cansado do dito real. Sem as capas, sem as chaves. Estou no meu mundo de volta. Sem beleza, sem clareza, apenas um mar de sentimentos que me derrubam ao sono.

Acordo, confusa, eis que tudo está distante. Levanto e olho ao chão, finalmente, não há serpentes criando ainda mais confusão. Corro ao banheiro, porém sem exagero. A pressa é inimiga da perfeição. Porém, não quero ser perfeita. Só tenho a preguiça, o pecado a qual eu estou sujeita. A água me desperta, mas eu ainda estou imersa no que ontem aconteceu. Olho o reflexo. Meus olhos estão abertos. Não como buracos negros. Como já disse, sem exagero. Escovo os dentes sem desejo. Qual é o problema ter mais problemas?

Então, eu as vi. A chave dos dois mundos. O real e o meu. O primeiro, eu nunca, jamais quero visitar de novo. Prefiro estar cega a vê-lo. Continuo com a espuma. Perdi as rimas, que loucura! A porta bate e eu quase caio no caos de novo. É o meu pai. Não disse palavras, só me lançou olhares as quais foram ignorados. Estava com meu óculos.

Usar lentes de contato ontem foi a pior coisa que eu deveria ter feito.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Calma, galera, eu irei explicar algumas coisas.Esse troço de lente, é uma experiência minha. Eu me senti exatamente assim. Ta, mais o óculos e a lente não são a mesma coisa? Mais ou menos. A lente, pelo menos a mim, parece mais torturante, porque é como se você enxergasse tudo e mais um pouco. É assustador. Já o óculos, no meu caso, tem um grau menor, porque eu o fiz e aumentei o grau depois, então comprei a lente. Uma confusão. mas, mesmo assim, você pode tira-lo sem problemas. Resumo: eu o prefiro.
Eu sei que esse capítulo não tem a ver com muita coisa, mas eu não queria deixá-lo em vão. Então, eu o postei. Novamente, qualquer dúvida, comentem ou mandem MP. E o próximo capítulo, demorará um pouco a sair. Dia 17 ou 18 é um palpite, mas sem certeza concreta.
Só isso. Ignorem minha estranheza entre óculos e lente. Quem usa, sente isso também? Ou eu estou louca? Sim, eu estou louca. Okay. hahahaha
Mil beijos :))