Your Hunger Games - Fanfic Interativa escrita por Soo Na Rae


Capítulo 20
Daniel Valentine


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei, muito mais longo do que o habitual... Mas estou estasiada! DUAS RECOMENDAÇÕES!! :3 Quero agradecer às Jujubas Fizzy e Murilo que recomendaram ^^ Beijo para vocês. Enfim, boa leitura!



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Daniel Valentine

Tom Odell - I Know

Os braços caíram como um peso morto sobre o pobre acordeão, que emitiu um suspiro fadigado. Da janela conseguia ver todo o casebre vizinho e mais uma pilha de casebres idênticos, caindo aos pedaços, segurados apenas por estacas de madeira e com tecidos velhos servindo de paredes improvisadas. Desde a Grande Seca, quando o Distrito 10 parou de exportar carne para o Distrito 08 (por dívidas acumuladas), as pessoas começaram a passar fome como nunca tinha acontecido, e a falta de tributos vitoriosos para o Distrito apenas aumentava a fome. Em mais de cinquenta anos seguidos o Distrito 06 não tinha um vitorioso. Apenas uma vez houve, e ele era tão velho que ninguém mais olhava para ele. Tinha se trancado em casa, esperando a morte leva-lo, e seu dinheiro já tinha se esgotado. Como, ninguém sabia.

– Daniel – chamou a mãe – Venha aqui embaixo, seus amigos querem te ver.

Daniel gritou qualquer desculpa e voltou a olhar para a janela, sentindo a leve brisa tocar seus cabelos cacheados. Os óculos custaram tão caro, sua mãe teve de abrir mão de meses de salários que teriam ajudado na doença de papai... Talvez ele estivesse aqui, se não fosse esse maldito óculos... Mas Daniel não se atrevia jogar o objeto pela janela, além de lhe dar uma visão perfeita, tinha custado a vida de papai, e ele não podia jogar algo tão valioso para fora da janela...

Ouviu os passos de mamãe subindo as escadas. Abaixou a cabeça, apoiando o queixo no instrumento velho e empoeirado e tocou-o mais uma vez, mas nada mais do que um arroto gordo e sem sentido, que um dia tinha se combinado com outro arroto e um assobio, e nas mãos de papai a música fluía. Queria-o perto, queria andar com ele novamente... Daniel nem mesmo conseguia jogar beisebol com seus amigos, e o esporte era sua maior paixão. Quando vovô faleceu, foi difícil, mas nada foi como a morte de papai. Sabia que um dia isso aconteceria, mas foi tão cedo... Tinha apenas catorze. Quando a mulher de avental esfarrapado e mãos calejadas entrou no quarto de Daniel, ele sentiu peso. Eram a única família que ainda possuíam a casa completa, com paredes, persianas e portas. Tinham até um tapete na entrada de casa, e os dois andares da casa eram deles. Mamãe não tinha dívidas e nunca faltara pão em seu prato. Daniel sabia que tudo isso só acontecia graças a ela e a papai, que abriram mão de tudo para dar a ele o que podiam.

– Dani...

– Eu já sei. Eu vou falar com eles. Amanhã vou jogar, eu prometo. – soltou, indiferente, ainda encarando a janela.

– Não me faça promessas vazias, Daniel. – a mulher, ou melhor moça, se ajoelhou aos pés do menino, apoiando as suas mãos finas e delicadas nos joelhos ossudos e pontudos do garoto. – Eu vim para outra coisa. Não quero te forçar a sair se quiser ficar em casa. Mas por favor não passe o dia todo na frente desta janela, com... O acordeão no colo. Faz mal.

– E o que farei? – ele então a encarou, com peso. Sua mãe tinha olheiras profundas e um rosto doloroso de se encarar. Era bela, formosa e jovem, mas tinha tanta tristeza, luto e dor sobre suas costas que sua beleza era mascarada por uma camada de morte. – Não tenho mais vontade de jogar, nem mesmo quero falar com eles. Eu quero morrer, mãe.

– Não, não, não... – ela segurou o rosto de Daniel, enquanto o forçava a encarar seus olhos verdes, que ele tanto invejara. – Não diga tais palavras... Dani, eu o amo tanto... Quando meu pai morreu, foi como se parte de mim morresse, ele me ensinou tudo o que sei, e ainda me ensinava, tanta sabedoria transbordava dele... E eu queria que ele tivesse tempo de ter te ensinado também, mas já era velho. Quando meu esposo, seu pai, morreu, outra parte de mim morreu. Meu coração se fechou, eu o amava como nunca amara outra pessoa, tanto que por alguns minutos imaginei que te trocaria para tê-lo novamente. E então percebi o quanto estava louca. Daniel, você é o último homem que resta em minha vida, e a você dou todo o amor que ainda tenho para dar. E é mais do que amava seu pai, mais do que amava seu avô. Você é fruto de meu ventre, nasceu de mim. Eu o amamentei, meu leite te deu vida! Sempre foi um bebê forte... Seu pai dizia que eu é que tinha um leite mais doce que as outras mulheres – ela soltou um riso fraco, enquanto as lágrimas começavam a transbordar de seus olhos. – Mas... O que quero dizer... Digo, o que quero que você saiba é...Daniel, eu sei que você tem uma vida difícil pela frente. Perdi minha mãe ainda jovem, um ano mais velha do que você, e foi difícil, mas cá estou. Por favor... Não deseje morrer. Sabe o quão valioso você é? – então seu sorriso mais bonito iluminou o rosto jovem que tinha e por um momento a mascara de morte se foi – Você nasceu no Dia da Tormenta, o dia em que o frio matou mais do que em qualquer ano. Foram sete adultos mortos, alguns doentes, um ataque de febre tomou o Distrito e todos os bebês que nasceram neste período morreram. Mas você continuou comigo... Quente, borbulhando calor em meus braços. Seu sangue sempre foi caloroso, seus sorriso sempre me iluminaram como o Sol... Você é meu Sol e meu Fogo, Dani. Por favor, você é o pilar para minha sanidade.

– Não se preocupe, não vou mais dizer isso – ele tentou se afastar dela, enquanto a moça enxugava as lágrimas. – Me desculpe.

– Não, não precisa. Eu fui... Sentimental demais. – e então a mascara de morte voltou – Trarei seu jantar daqui alguns minutos.

– Obrigado – Daniel murmurou, vendo-a partir pela porta.

Mas antes dela sair, virou a cabeça por cima dos ombros e sorriu.

– Eu sei o que você deve fazer para matar o tempo aqui em casa.

E com isso, o deixou. Mais tarde, ela voltou com o jantar e mais uma pilha de três livros grossos e empoeirados. São livros de aventura, ela disse, para você viver essas aventuras, e mais tarde as suas.

º º º

Daniel estava guardando a louça no armário quando escutou a batida da porta da frente. Colocou o prato que segurava no balcão e tirou o avental de mamãe, que tinha suado para não se molhar enquanto lavava a louça. Ela estava trabalhando hoje, numa fábrica longe.

– Pode, por favor, me servir um pouco de água. Eu posso beber com as mãos – disse a criatura encardida parada em frente a porta. Daniel emitiu um som agudo do fundo da garganta e então deu espaço para ele entrar. – Obrigado. – murmurou a criatura, entrando e invadindo a cozinha, como se soubesse o lugar onde encontrar a água.

Ele se inclinou na pia e abriu a torneira, colocando as mãos sujas de terra no fio de água que escorria e depois passando no rosto. Daniel observou, enquanto a coisa se transformava em um desenho de lama. Ele suspirou e abriu a torneira no máximo, deixando a água correr livremente. A coisa se virou para ele, estupefata.

– Está doido! – e fechou a torneira. – Estamos quase sem abastecimento! Não podemos desperdiçar água assim.

– Então não deveria ter se sujado assim – Daniel o cortou. – Minha mãe usa água do poço da nossa casa. Pode usar, tem muito no reservatório.

Poço... – ela arregalou os olhos – Você é rico! Aposto que tem copos de vidro e... – ele se calou, enquanto seus olhos começavam a brilhar – Isso é um prato de porcelana... – e então tocou o prato que Daniel tinha colocado no balcão.

– Sim. – ele concordou. – E tome isto. – se ergueu nas pontas dos pés e tirou do armário um copo.

– É vidro. – a coisa disse, descrente.

– Sim.

– Meu Deus, você deve comer pão todos os dias...

– Sim, eu como. – Daniel começou a se irritar. – Eu vivo sozinho com minha mãe, ela trabalha numa empresa de tecidos, mais propriamente numa boutique no Distrito 04. A empresa é do Distrito 09, mas montou uma montadora aqui no 08 e contrata moças bonitas para trabalhar. E ela é uma moça bonita. Afinal, qual é seu nome?

A criatura suja se lavou na pia e bebeu sua água preciosa, logo se virando para Daniel, com um sorriso de dentes um pouco separados na frente.

– Sou Lilian Coole. Mas pode me chamar de Lily. – ela jogou os cabelos curtos para cima, com água escorrendo nas mãos e então mostrou seus olhos de um azul borbulhante e escuro, como o céu do crepúsculo.

– U-Uma menina! – ele exclamou – Você é uma menina!

– Sim, sim. Lilian é um nome feminino, até onde sei, e não tenho um pinto entre as pernas.

Daniel piscou. Que vocabulário era este? Mesmo para uma garota suja como ela...

– Seus pais sabem que está rolando na lama deste jeito?

– Minha mãe é prostituta – ela contou – E meu pai morreu quando eu completei treze anos. Ano passado, no meu aniversário.

– Eu sinto muito pelo seu pai. – Daniel sabia como deveria ser a dor nela, ainda mais por ser mulher, e mulheres são mais sentimentais, mas ela apenas riu com força.

– Sente muito? Aquele idiota deveria ter morrido faz tempo! Um aproveitador, um... Vagabundo. Ele me vendia para seus amigos de trabalho por uma cerveja depois do expediente... – ela cuspiu no chão, demonstrando sua ira. Então corou – Ah, céus. Não conte isso a ninguém! – e então lhe deu um tapa violento na bochecha branca – Você não sabe de nada!

– Você quer comer alguma coisa? – ele balbuciou, ainda espantado com a atitude dela. Mas a carranca se foi, trazendo um sorriso imenso para o rosto da garota.

– Estou faminta!

º º º

Tom Odell - Grow Old With You

Coole jogou as trancinhas para o ombro, tentando fazer o laço de seu vestido, em vão. Ela murmurou qualquer praga e então chutou uma pedra pelo caminho. Lilian, como sempre, muito feminina... Daniel apenas sorriu e fez o laço para ela. Mamãe tinha comprado o vestido especialmente para Coole, e por isso a menina órfã não rejeitou o presente, mas simplesmente o detestava.

– Nunca me dei bem como menina! – ela soltou.

– Sério? Nunca percebi isso.

– Parte de ser irônico comigo, Daniel Valentine! Aliás, desde quando um homem sabe fazer laços?

Daniel sabia que aquele era um ponto fraco. Ele sempre agia de forma sensível e delicada na frente de Coole, e ela simplesmente usava isso para se defender das acusações de ser masculina demais. Enfim, talvez tivessem nascido nos corpo errados, mas Daniel não podia negar que sentia atração por moças bonitas, como mamãe um dia fora. Agora ela era uma mulher bonita, não mais moça. E Coole, embora sempre suja e estabanada, quando se arrumava ficava tão bela quanto qualquer garota do Distrito 08.

– Minha gravata – ele apontou para o laço em seu pescoço, e então viu com o canto do olho enquanto Coole avançava sobre ele e arrancava a fita de sua camisa.

– Isso é feminino demais.

– Como se você tivesse moral para falar de mim... – e então sorriram.

Alguns metros a frente se depararam com mais alguns jovens arrumados e perfumados.

– Me sinto desconfortável neste vestido... – ela sussurrou, o que não era segredo.

– Não pense que vou trocar com você – ele devolveu o sussurro, mas com um sorriso travesso, e Coole apenas revirou os olhos.

Chamava Lilian Coole pelo sobrenome pois era mais apropriado. Coole parecia-se com Cole, um nome comum de homens, e Lilian era muito feminino para a garota. Quando chegaram na Colheita, Júlia se agarrou ao braço de Daniel. A menina tinha doze anos e era sua primeira colheita. Ela não conhecia muitas pessoas, nem mesmo saía muito de casa. Tanto por influência de Daniel, que vivia trancado no quarto, escrevendo suas aventuras e dando-as para Coole ler, como por seu autismo.

Júlia não era próxima de ninguém além dele e de mamãe.

– Jú... Agora você de ficar perto de Lily, certo? – ele se ajoelhou para falar com a menina, que não o olhava, mas sim os sapatos que estava usando. Uma das características da doença: Júlia não olhava nos olhos de quem quer que falasse com ela, e às vezes não respondia.

– Venha, Júlia, eu vou segurar sua mão. – Coole a chamou, com sua voz mais amigável, mas a menina apenas se grudou mais a Daniel.

– Escute, Jú, hoje você tem de ficar com a Lily pois as meninas ficam de um lado e os meninos de outro. – e então sorriu. – Eu prometo ir te buscar depois da Colheita, ok? Mas você tem de prometer ficar perto de Lily, aconteça o que acontecer, ouviu?

Júlia assentiu com a cabeça e se soltou aos poucos do irmão, se aproximando da meia-irmã por consideração. Coole tinha se tornado muito próxima da família desde que arrombara a cozinha de Daniel em busca de água. Depois deste episódio, mamãe a adotou como sua protegida e, embora não dormisse lá, comia junto deles nas três refeições e até ajudava a cuidar de Júlia, nos banhos e para trocar suas roupas, já que eram meninas.

Daniel se sentiu aliviado, afinal sabia que, se Júlia ficasse com Lilian Coole, nada de mal lhe aconteceria. Ninguém se atrevia a encarar a Coole, nem mesmo para conversar com ela. Sua fama de assassina de Pacificadores era forte entre os becos do Distrito 08, e alguns pobres famintos acreditavam nela como sua vingadora, e Daniel ficava feliz por terem uma esperança. Talvez, quem sabe, a esperança deles movesse barreiras, e algo acontecesse.

º º º

Daniel observou enquanto a lança escorria pelo ar, cortando as correntes invisíveis e fincando no alvo de espuma que estava pendurado. O Carreirista se virou olhando por cima do ombro, para os outros tributos e então pegou outra lança, enquanto sua companheira se juntava a ele e atiravam juntos as lanças. A primeira fincou no peito do alvo e a segunda em sua cabeça. Eles riram. Daniel olhou para a lança em sua mão. Mordeu o lábio inferior, deixando a arma de lado e descendo do campo de tiro com lanças. Ele nunca conseguiria fazer aquilo... Enquanto vagueava sem rumo, acabou por parar no campo de espadas. Pegou uma delas e avaliou. Não parecia pesada e escolheu-a para treinar. O instrutor lhe disse algumas coisas bases e ele notou que era como jogar beisebol, porém tinha de acertas uma pessoas, não uma bola.

Seu oponente era um garoto não muito mais velho, mas com certa intimidade com a arma. Daniel temia se aproximar da lâmina. Depois que perdeu parte de seu dedo mindinho por causa de uma faca de cozinha... O garoto era do Distrito 10. Distrito 10... Pecuária... Gado. Abatedouro. Daniel cerrou os olhos. Aquele menino tinha muito mais intimidade com uma espada do que ele. Mas o beisebol foi o seu jogo.

Quando atacou o garoto não esperava que ele desviasse, mas assim o fez. Daniel pensou que ele iria aparar o golpe e revidar. Então sentiu como se o vento fosse cortado ao lado de seu ouvido e logo recuou. Aquele rapaz não tinha medo da lâmina, mas não possuía precisão. Daniel sabia o quão importante era saber manejar um taco para saber o momento e a altura de rebater uma bola. Não era diferente com a espada. Ela era boa para ferir, mas a curtas distâncias. Se fosse jogada ao ar para desferir um golpe, tinha de ter força, equilíbrio e mira para acertar o golpe com perfeição. E isso ele tinha, por causa do jogo. Mas seu adversário não. Animou-se. Agora que entendia o garoto, era muito mais fácil lutar contra ele. Quando veio com a espada erguida para acertar a cabeça de Daniel, ele apenas ergueu sua lâmina por baixo e encostou a ponta na garganta do rapaz, que parou no ato. Mais um passo e morria.

Se sentiu entusiasmado, e então nauseado. Largou a espada e fugiu daquele lugar, se escondendo entre a ala de camuflagem. O que era isso? Estava feliz por conseguir manejar uma espada? Por ter ganho um combate? Por conseguir matar se estivesse na Arena? Não matar, não isso! Sentiu quando algo o tocou no joelho e ergueu os olhos, para uma figura tão minúscula e simpática que o fez lembrar de Júlia. Os óculos que ela carregava na ponta do nariz mostrava que tinha o mesmo problema que ele.

– O que aconteceu? – ela perguntou, suave e deixando seu joelho em paz.

– Nada. – e então sorriu. – Apenas me assustei com o pensamento de... Matar pessoas.

– Ah, sim, eu também me assusto às vezes. – e então se sentou sobre as pernas. – Você usava óculos na Colheita, mas agora está sem eles.

– Minha equipe de preparação me deu lentes de contato. – ele disse. – A sua não?

– Disseram que sou mais bonita e inocente com óculos. Então fico com eles. E é uma lembrança de casa – ela sorriu. – Você tem saudades de casa?

Daniel se lembrou de Júlia, de mamãe e então de Coole. Como amava cada uma delas... Mamãe, como sua mentora, como quem lhe ensinou tudo o que sabia, Júlia, como sua pequena e frágil irmãzinha que tinha de cuidar. E Lily, como sua eterna melhor amiga masculina. E talvez o único amor de sua vida.

– Tenho – ele respondeu, lembrando como era falar com Júlia e tentando soar igual. – Mas não se preocupe, tudo dará certo.

Ela devolveu o sorriso, tristonha e então ele notou que não era preciso confortá-la, ela já sabia que iria morrer.

– Você... Tem aliança?

Ela piscou os olhos, incrivelmente surpresa pela pergunta dele. Daniel sentia por ela uma ligação tão forte... Por Júlia. Aquela menina era apenas uma garotinha assustada... Ele tinha que defende-la.

– Tenho – respondeu por fim. – E creio que não haja lugar para você. Todos os cargos foram devidamente ocupados – e então ela piscou novamente – Mas por que quer uma aliança? Comigo? Eu só te encontrei encolhido aqui, sou um peso morto, não sei manusear espadas, nem lançar flechas. A única coisa que tenho são minhas...

Memórias. – Daniel completou, sorrindo. – Você se lembrou que eu usava óculos na minha Colheita, mas eu nem me recordo de você.

– Sarah Ah-Dom. – ela disse, com os olhos marejados. E então se levantou – Eu te odeio, Daniel Valentine. – e o deixou.

Daniel Valentine


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Notas finais do capítulo

Foto de Dani e Coole: http://24.media.tumblr.com/c53afb431f37dad734997b207458725b/tumblr_mznwe8xVxQ1r2kbigo1_500.jpg (eu selecionei as imagens, por isso me perdoe o autor da ficha se não era o que ele imaginava.. Mas este é o meu Daniel ideal )
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