Your Hunger Games - Fanfic Interativa escrita por Soo Na Rae


Capítulo 13
Heitor Pierre Silva


Notas iniciais do capítulo

Estou recebendo muito poucos reviws e isso porque os leitores pulam os capítulos e comentam apenas no último. Por favor, certo, se eu tive de me esforçar para fazer os capítulos, deem um pouco de valor e comentem pelo menos uma linha. E sei que é preguiça, falta de tempo é desculpa pois se tiveram tempo de comentar no último reviw utilizando menos de 40 segundos de suas vidas, podem comentar nos outros. Obrigada. :3 Agora, ao capítulo!



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Heitor Pierre Silva

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Correu até a fonte de água, onde pôde beber. Estava com sede, uma sede desgraçada, e assim que afundou a cabeça no rio, a água se tornou sangue e ele engasgou. Afogando em sangue, Pierre jogou a cabeça para fora do rio, onde seu corpo foi estraçalhado pela matilha de lobos que o seguia. Ele acordou quando o braço direito tinha sido tirado do corpo. Notou que estava suando e ofegante. Deixou-se cair novamente na cama, enquanto rolava os olhos pelo quarto. Notou que havia uma roupa descansando na cadeira de seu quarto e se perguntou que horas já eram. Esticou o braço para pegar o relógio da mesa de cabeceira. Seis da manhã. Era cedo ainda? Não sabia, mas agora não conseguiria mais dormir. Levantou da cama e caminhou lentamente até o banheiro, lavando o rosto e urinando. Depois observou a roupa e concluiu que era para vesti-la.

Havia o número três nas mangas e o tecido era elástico. Preto e com decorações em azul celeste. Pierre passou as mãos pelos cabelos ruivos, percebendo o quanto estavam molhados pelo suor. Voltou ao banheiro e molhou-os na pia, enxugando com uma toalha de rosto que estava por perto. Zhandya provavelmente repreenderia sua ação, mas ela não estava lá no momento. Provavelmente estaria arrumando seu cabelo, ou escolhendo que sapato usar. Mas antes mesmo de chegar ao corredor, quando Pierre abriu a porta, teve de dar um passo para trás para não atropelar uma figura pequena e frágil, de cabelos castanhos e grandes olhos escuros. Não era Sarah. Ela estava carregando algo que parecia ser uma caixa de sapatos, e quando encontrou os olhos de Pierre, estendeu a caixa e fugiu, assustada. Uma Avox, ele pensou. Abriu a caixa e encontrou os sapatos pretos de solado antiderrapante que deveria servir para os treinos. Os calçou.

Quando chegou na Copa do Apartamento, observou o ambiente. Luzes acesas, e do lado de fora das janelas um céu escuro, onde um Sol bem ao longe brotava de trás dos outros prédios. Paredes azul celeste e brancas, com sofás negros e de couro. Tapetes brancos e marrons, mesas de vidro, cadeiras de vidro, candelabros, embora as luzes do teto não tornasse necessário eles, o que os faziam ser apenas enfeites. E Avox, todas de cabeça abaixada, braços cruzados sobre o peito, como múmias, e em estátua. Uma em cada canto, encostadas nas paredes. Algumas circulavam pelo centro do ambiente, onde serviam a mesa do café da manhã. Quando Pierre notou que estava cedo demais para fazer qualquer coisa, encontrou seu mentor, sentado em um dos divãs negros, folheando uma revista, com seus óculos próximo das narinas e a pele escura brilhando com a manhã, parecia cansado e mil vezes mais disposto e forte do que Pierre.

– Pensei que estaria dormindo até, pelo menos, as oito horas da manhã – ele disse, sem erguer os olhos. O tinha percebido antes mesmo dele o perceber. Se isso fosse uma Arena, já estaria morto. Este pensamento fez com que Pierre começasse a estremecer. Pensar em suas vantagens de Jogo, em suas estratégias, alianças ou em suas possibilidades era algo muito bom e ao mesmo tempo doentio. Ele não queria entrar naquele mundo, onde se pensa apenas em matar e não morrer.

– Tive um pesadelo, não consegui mais dormir. – se desculpou.

– “Pode ser um menino magro e estabanado, mas é inteligente e sempre foi o que mais ajudou em casa. Quando nossas dívidas apertavam, Pierre sempre sabia como circular o problema. Ele até mesmo criou um sistema de chuveiro aquecido a peso. Quanto mais pesado for a carga que está na balança fora de casa, mais quente a água fica. Eu mesma não entendo como ele fez isso! Na escola sempre foi o mais esperto da turma. Eu acredito que ele conseguirá! Todos nós acreditamos nele e esperamos que volte para casa, para outro abraço em família, mas desta vez um onde choremos de alegria”. – Niccol ergueu os olhos da revista – Sua mãe.

– Minha mãe? – ele se juntou ao mentor, no divã ao lado – Na revista?

– Sim, uma entrevista breve com os familiares de todos os tributos deste ano. Eu tinha escrito um roteiro para ela dizer, pois se você não for esperto a Capital pega qualquer falha de sua família e joga contra você. Ela fez tudo certo, apenas essa última frase que não tinha mencionado no roteiro: Todos nós acreditamos nele... Todos seriam sua família?

– Sim, eu acho.

– Você tem quantos irmãos?

– Três. Um natimorto.

– Entendo. – Niccol tocou a barba – Acho que seria interessante aprofundar esta parte de família, algo como “Já perdemos um filho, outro não poderíamos suportar!”. Sabe, mexer com o sentimental das pessoas, os Patrocinadores adoram um menino de família humilde e amorosa. Aqui na Capital não existe muito as palavras amor fraternal. É praticamente amor material...

– Explorar minha família? Fazê-los se lembrar de um filho morto antes mesmo de conhece-lo, fazê-los chorar por mim e implorar para que me ajudem? Isso não é legal.

– Não é questão de ser legal, Pierre, você e mais vinte e três tributos estarão disputando uma única saída da Arena e qualquer coisa é legal neste momento. Sua mãe entendeu isso e por isso seguiu o roteiro. Os Comentaristas dos Jogos o apelidaram de Raposa, pois vem do Distrito 03 e é ruivo. Todos os tributos deste Distrito que sejam ruivos são conhecidos como raposas que sempre têm algo em mente. Até agora 100% dos Raposas conseguiram sobreviver e hoje moram na Aldeia dos Vitoriosos no nosso Distrito, por isso você é um dos preferidos.

– Mas eu sou... Eu não fiz nada.

– Você fez – Niccol sorriu – Já fazem trinta anos que o Distrito 03 não tem um vitorioso. Essa pode ser nossa esperança. Mas Sarah é uma criatura muito inteligente também, e pelo que vi ela já tem uma estratégia e a está colocando em andamento agora mesmo, enquanto conversamos. Ontem a noite Juper ficou no quarto dela até às três da manhã, e eu estou desconfiado de que ele não vá me contar o que fizeram. Sarah não o vê como um aliado vantajoso, Pierre, isso quer dizer que dificilmente ela á aceita-lo numa Aliança.

– E...?

– Você precisa de uma. Sarah ficará sozinha até que ache estar em desvantagens, autoconfiança é bom até um certo ponto, e por sorte ela tem autoconfiança demais. Isso pode ser sua arma. Jogá-la contra si mesma.

– Ela é uma criança, do meu Distrito, você está insinuando que eu devo mata-la?

– Você terá de mata-la, ela terá de morrer. Só assim você vence os Jogos. Admiro seu senso de gentileza e bondade, mas nos Jogos você não deverá ter dó de ninguém, seja um menininho de doze anos ou uma Carreirista de dezoito. Ninguém é um coitadinho lá, todos vão tentar te usar. Oportunidades, a vida é feita delas, e na Arena você não deve desperdiçá-las.

– O que eu faço, então?

– Junte-se a uma Aliança forte, descubra seus pontos fracos e os mate assim. Alie-se aos Carreiristas.


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem, a Fanfic está apenas no começo e algumas vagas ainda faltam, e quando mais reviws mais "valorizada" ela fica, assim como favoritações e acompanhamentos, os outros irão se interessar se muitos leem. Obrigada ^.^ Como ainda não deu 100 reviws, vou fazer uma promoção:
Os próximos três leitores que comentarem o 98º, 99º e 100º reviw irão ter uma surpresa! Beijos :3 Talvez hoje tenha mais, se eu conseguir escrever. Amo todos vocês, Jujubas.