Presos no Walmart escrita por Lua


Capítulo 2
A culpa é DELE!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso.
Stress.
Boa leitura.



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***

Definitivamente, eu deveria ter dormido até tarde hoje. Eu não saberia dessas notícias e não estaria preocupada quanto a minha vida. Se eu morresse, eu nem iria saber e ia ser tranquilo. Mas essa tensão toda me deixa com uma fome absurda. E ainda por cima, eu estou aqui no colo do Benson, abraçada a ele como se fosse a coisa mais normal do mundo, olhando pra boca dele como se fosse um bolo gordo me pedindo pra ser mordida.

–O que você faria se tivesse um Walmart só pra você e não estivesse numa situação tão caótica, senhorita Puckett? – Ele perguntou olhando ao redor, não tão animado quanto queria fazer parecer.

–Bem, eu viria até a sessão de artigos esportivos fazer um ganho e me divertir jogando beiseball. – Respondo me levantando e alcançando o bastão finalmente.

–Vai precisar de um lançador. – Freddie disse enquanto se encaminhava para uma prateleira e se equipava com um capacete de hóquei. – Mas eu não quero quebrar nada além da costela.

–Ok, mas vê se joga que nem homem. – Respondi sorrindo maléfica.

Me posicionei firmando bem meus pés no chão. Freddie colocou o capacete, pegou uma luva e abriu um pacote de bolas de baseball. Eu sorri e me posicionei no corredor mais largo q mostrava as prateleiras de patinação. Alguns metros a frente, o nerd se preparava p jogar a bola. Porém, Titanium começou a tocar no meu celular e eu o peguei para ver o que era. 'Ligar para o Gibby' era o que o visor mostrava.

Eu tinha que avisá-lo que ele precisava pegar a papelada no cartório, para que pudéssemos entrar com uma oferta de sociedade no restaurante onde trabalho.

–Sam? – Ouvi Freddie me chamando.

–Foi mal. Tava pensando no resto da galera. – Olhei pra ele meio desanimada. – O Gibby, o Spencer... Será que estão bem?

Ele tirou o próprio celular do bolso e provavelmente olhou as horas, já que logo o guardou. Tirou o capacete e toda a aparelhagem de defesa e se aproximou devagar.

–Sam, ainda que a gente fique preocupado, não vamos poder fazer nada presos aqui. A gente tem pouco tempo até os ataques começarem e você mesma disse que só se vive uma vez. A gente tem pouco tempo até os ataques começarem e você mesma disse que só se vive uma vez. – Ele tocou meu rosto sob os meus cachos e me olhou de forma terna fazendo meu cérebro alertar perigo, mas eu permaneci quieta. – Sam, tudo o que eu quero fazer há meses é te encontrar e refazer aquela pergunta que eu fiz no dia em que a Carly foi embora.

Foi veloz e intenso como um raio, eu repeli o carinho no meu rosto com uma mão e dei as costas pra ele caminhando pro departamento de gêneros alimentícios, lá havia uma padaria e talvez houvesse bolo gordo. Ignorei os chamados de Freddie e apressei o passo aproveitando os corredores numerosos para despistá-lo. Cheguei a padaria e me sentei atrás da vitrine onde podia ter acesso a todas aquelas guloseimas e comecei a atacar. Eu tentava não pensar nisso. Eu realmente procurava deixar o assunto ‘CarlybeijoqueiraFreddiemanezão’ bem longe dos meus pensamentos pra não me causar nenhum mal estar psicológico. É claro que algum grupo terrorista tinha que atacar justo quando ele estava saindo de férias da sua fabulosa universidade em Cambridge, pra que ele ficasse sabendo e desse uma de herói. Daí, como eu sou Samantha Puckett, fiz uma besteira que me deixou literalmente presa àquele idiota que tinha que ter seu momento de regressão e me deixar com vontade de usar...

–Minha meia de manteiga! – Falei alto com a boca cheia de uma torta de maracujá, na falta de bolo gordo, qualquer doce vale.

–Não vai poder usar se não estiver carregando sua mochila. Eu não sabia que ainda tinha seu estojo de roubo. – Freddie falou por cima do balcão.

–Bisbilhotou minha mochila? – Falei me levantando e limpando o rosto de algumas migalhas.

–E eu não sabia que ainda tinha essa foto do Icarly. Foi da primeira festa que demos juntos, pra comemorar o sucesso do programa. – Ele comentou calmo colocando a mochila no balcão. – Considere que minha falta de educação foi fruto da minha busca por uma resposta para o seu comportamento de alguns minutos atrás, Puckett.

–Achou alguma pista, Freddiota? – Joguei irônica.

–Não, mas é bom saber que ainda cria apelidos pra mim. – Ele sorriu e piscou pra mim, mas não devolvi o sorriso. Peguei a mochila e saí andando na frente.

–Sam, por que está fazendo isso? Estamos só nós dois aqui com grandes chances de morrer pelas próximas horas. Será que dá pra me aguentar? – Ele gritou frustrado. Eu sorri comigo mesma, girei nos calcanhares e olhei pra ele.

–A menos que queira me acompanhar até o toalete, Sr Benson, me dê licença. E sirva-se a vontade. – Indiquei a padaria ao seu redor e me encaminhei para o banheiro. Antes de sair do banheiro, verifiquei meu cabelo no espelho e fiquei me olhando por uns dois minutos. Conclui que banheiros são ótimos pra pensar, no chuveiro, no espelho, até... Enfim!! Conclui também que se esse fosse o último dia da minha vida realmente eu iria querer esclarecer algumas coisas. E foi pensando nisso que saí do banheiro feminino decidida a procurar o nerd e conversar com ele. Nem tive que procurar, ele estava de smoking me esperando na entrada do banheiro de bicicleta.

–Mas o quê? – Perguntei rindo enquanto ele dava seu sorriso estilo vampiro, me enchendo de lembranças boas de quando eu era um cowboy.

–Sobe aí, Sam. Nós vamos dar um passeio no departamento de roupas. – Disse ele dando um tapinha na garupa da bike.

–Eu subo se você me explicar como trocou de roupa tão depressa. – Sorri e cheguei mais perto para endireitar a gravata borboleta.

–Simples. – Ele sorriu de canto e eu tive vontade de morder aquela boca perfeitamente tentadora. – O departamento de roupas é mais perto da padaria do que o banheiro, além disso eu sou homem e você demorou no banheiro.

–Só a primeira alternativa é válida, Nerd. – Subi na garupa colocando minha mochila entre nós dois.

–Quer testar a segunda, Sammy? – Ele me olhou por cima dando um sorriso pervertido.

–Eu já testei e você não passou. – Virei o rosto pro lado e me segurei. Ele pareceu confuso, mas partimos junto ao paraíso das roupas. Eu odeio fazer compras, mas já que o local está fechado para nós dois e não vai haver vendedoras mentindo pra mim, ou a Carly, ou minha mãe ou a Mellany pra me fazer escolher algo que eu não gosto, sem problemas. Andamos pelos corredores e passando por uma prateleira cheia de vassouras eu estendi a mão e peguei uma delas.

–Sam, o que você está fazendo? – Perguntou Freddie com um tom preocupado.

–Bagunça, Freddie. O que eu sempre quis fazer.

Dizendo isto, coloquei o cabo da vassoura como um remo e o arrastei pelo chão até chegarmos à sessão dos enlatados. E foi então que eu brinquei de hóquei com todas as prateleiras possíveis. Foi um strike barulhento e divertido.

Quando chegamos, ele pediu que eu escolhesse algo que combinasse com o smoking dele. Dei de ombros e fui para as araras disponíveis. Vi vestidos lindos, bem elaborados, mas nenhum tinha o meu estilo. Acabei escolhendo um vestido no meio da coxa, de tecido gelado e confortável. Era tomara que caia e tinha um tom forte de roxo nos busto, e conforme ia descendo, a cor transformava-se em azul escuro e depois um azul claro. Me lembrou o espaço e ficou lindo em mim. Prendendo com o próprio cabelo, fiz um coque deixando alguns fios soltos e passei a única maquiagem que sempre carrego a mão. Um lápis de olho. Porque a Carly me disse uma vez que se eu ressaltasse os meus olhos, o resto do rosto seria iluminado por eles sem precisar de maquiagem.

Sorri pensando naquela morena doida e meu sorriso murchou ao lembrar que precisava levar um papinho com o Sr EstouSeduzindoVocê. Quando abri a porta do provador, encontrei várias caixas de sapato espalhadas pelos estofados disponibilizados para homens, provavelmente. As mulheres só ocupam os provadores. Abri várias delas, descartei vários e achei outros lindos, mas optei por uma rasteirinha de amarrar na perna prateada. Sem olhar uma última vez no espelho, guardei minhas coisas na mochila e peguei meu celular, por instinto para ligar pro Nerd. Fiz um muxoxo e olhei ao redor tentando achá-lo, mas sem sucesso. Bom, havia um jeito prático de fazê-lo vir até mim. Aumentei o volume do celular e coloquei Back in Black da ACDC pra tocar. No meio da música senti sua respiração na minha nuca e me arrepiei reprimindo o instinto de socá-lo pelo susto da proximidade e parei a música.

–Você está... Perfeita, Sam. – Ele sussurrou no meu ouvido, deixando sua pele roçar de leve na minha. – Permita-me. – Pediu ele deslizando a mão suavemente do meu ombro até a mão entrelaçando nossos dedos e me virando de frente pra ele. – Uau, eu... Acho que nunca vi seus olhos tão azuis. Tão...

–Freddie, chega, tá me deixando sem graça. – Pedi virando o rosto ruborizada. Olhei sua mão a tempo de vê-lo ligando um aparelho de som.

‘The Only Exception' começou a tocar as primeiras notas no violino eu me arrepiei de leve. Era uma versão lírica da música que me lembrava ELE. Ele largou o controle do som e se aproximou de mim enlaçando minha cintura e eu o abracei pela nuca olhando-o desconfiada.

–Você quebra o clima assim, Sammy. – Ele disse sem jeito me fazendo rir.

–Porque aqui dentro tá esfriando? – Mudei de assunto e me aproximando mais dele, contrariando todo o meu bom senso.

–Enquanto você se arrumava eu achei a caixa de força e dei um jeito de ligar os refrigeradores. Temos energia agora.

–Você é mesmo incrível, Freddie. – Falei sem querer e ele abriu um sorriso todo bobo.

–Sam... – Senti a hesitação subindo pelo seu peito num estremecimento suave. – Eu amo você.


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Notas finais do capítulo

Obrigado pelos comentários, amei gente. Eu realmente pensei que não fosse dar certo essa ideia... Mt thanks. ;3
Axo que vai dar mais uns dois capítulos ou só mais um gente. Então até o próximo cap.
Ah, boas notícias, fico de férias sexta-feira então mais tempo p escrever, menos intervalo nas postagens. Xero p td mundo.



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