Reparação escrita por Luhni


Capítulo 6
Ataque a Konoha


Notas iniciais do capítulo

Yoo! Como estão minna?
Não consegui postar o capítulo ontem, mas aqui está!
Espero que gostem e muito obrigada a todos que estão comentando!!

Boa leitura e nos vemos nas notas finais!



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– Finalmente chegou! – Sasuke exclamou assim que ela colocou os pés dentro de casa.

– Nani? – Sakura perguntou distraída, sua cabeça ainda estava na conversa que tivera há pouco com Tsunade – O que você está fazendo aqui, Sasuke-kun?

– Não acredito nisso! A sua sorte é que eu estou de bom humor hoje! – disse sorrindo de canto e Sakura percebeu que ele estava usando yukata e lembrou-se do jantar em comemoração ao noivado da irmã.

– Ahh por Kami, já começou? Gomen! Já vou me arrumar! Não demoro! – falou apressada, correndo em direção as escadas e torcendo para que sua mãe não a visse, mas parou no meio do caminho e virou-se para o Uchiha que já se retirava do cômodo – Está muito bonito assim, Sasuke-kun, nem parece você! Aposto que a Sayumi-nee também vai gostar! – e riu ao vê-lo corar.

– Baka! Ande logo antes que eu me aborreça! – disse emburrado com a menção da noiva.

A sorte de Sakura era que somente Sasuke havia chegado cedo, então não havia levado bronca da mãe, ele devia ter feito aquilo de propósito, somente para lhe irritar, ou então porque não queria que ela se atrasasse no jantar como às vezes acontecia quando treinava até tarde. Porém não demorou muito e o resto da família Uchiha havia chegado e seus pais os cumprimentavam enquanto ela e Sayumi desciam as escadas.

A primogênita dos Haruno’s estava radiante, ninguém poderia discordar disso, trajando um quimono totalmente ornamentado e com o cabelo preso em um penteado sofisticado, Sayumi esbanjava alegria, finalmente seu casamento se aproximava e ela sentia seu coração martelar no peito cada vez que via Sasuke. Sentou-se ao lado do noivo que não ousou desviar os olhos da pequena figura ao seu lado, sorriu pensando que deveria ter a noiva mais linda de todas.

– Está linda... – murmurou para a Haruno que sorriu para si com as bochechas coradas.

– Você também! – disse de volta, observando a vestimenta do Uchiha.

Todos na mesa apenas sorriram com a demonstração de afeto por parte dos dois, ambas as famílias já comemoravam aquela união e Fugaku se levantou a fim de iniciar os discursos e dar as bênçãos aos noivos:

– Hoje é uma data muito festiva, comemoramos não só a união de dois clãs, mas também a união de um casal apaixonado – disse e depois se voltou para Sasuke – Meu filho, nós sempre o ensinamos valores como a honra, o respeito e a disciplina. Você já é um homem e agora tem o dever de colocar em prática tudo que ensinamos, honre sua família, seu clã, e sua esposa, trate-a como ela merece, seja forte e a proteja! – pediu o genitor fazendo Sasuke aquiescer.

Em seguida Kizashi tomou a palavra e se levantou também:

– Sayumi... minha hime... – falou com um sorriso no rosto e a voz um pouco embargada, deixando Sayumi emocionada – Você e sua irmã são as melhores coisas da minha vida, eu sempre tentei dar o melhor para vocês duas... – parou de falar, tentando conter a emoção, enquanto Sayumi já demonstrava as lágrimas transbordando por seu rosto – ...não importa se você será uma Uchiha agora, porque você sempre será a minha filha! Tenho certeza que vocês serão muito felizes e que eu fiz a escolha certa ao dar a minha benção para esse casamento! – Kizashi disse antes de brindar aos noivos.

Sasuke aproveitando o momento também presenteou a noiva, como era o costume do clã Uchiha, com um colar que continha uma pedra ametista quase da cor dos olhos de Sayumi. Aquele presente era uma forma de firmar o compromisso com a noiva e ao mesmo tempo demonstrar seu afeto pela rosada que se emocionou ao ver presente tão belo. Tudo estava perfeito para ela e o clima entre os seus familiares não podia estar melhor.

– Agora só falta você arranjar um noivo, Sakura-chan! – brincou Mikoto, chamando a atenção de todos e fazendo a caçula se engasgar.

– Sakura, tenha modos! – Mebuki a alertou ao ver a filha tossir no meio da mesa enquanto Kizashi somente ria da cena.

– Gomen! – desculpou-se e depois encarou Mikoto com um sorriso nervoso, sem saber o que responder. Ela não queria pensar em se casar agora.

– Minha Sakura-chan ainda não está pronta para casar, não é mesmo? – Kizashi interviu a seu favor e Sakura suspirou aliviada concordando com o pai.

– Mas Mikoto-san está certa, Sakura tem que começar a pensar em arrumar um bom marido e parar com essas invenções de ser ninja! – rebateu Mebuki, fazendo a filha mais nova revirar os olhos.

– Oka-san, mas eu tenho certeza que vai ser fácil a Sakura-chan encontrar um bom partido, a senhora devia ter visto o quanto ela é querida pelos moradores – Sayumi falou docemente na tentativa de ajudar a irmã e logo todos os mais velhos começaram a debater sobre o assunto.

– Quer dizer que a Sakura já tem pretendentes? – Itachi alfinetou e a caçula dos Haruno’s apenas se serviu de mais comida para não responder ao Uchiha. Como a conversa havia se voltado para sua vida amorosa?

– Duvido muito! – rebateu Sasuke, crispando os lábios e Sakura cerrou os olhos, mas antes que pudesse dizer algo, Sayumi se manifestou novamente:

– É verdade! Vocês deveriam ter visto como o Morino-sam...

– Sayumi-nee pode me servir um pouco mais? – Sakura indagou, cortando a mais velha e todos estranharam o comportamento da menina.

– Morino? – Sasuke questionou, mas Sayumi não ousou responder, havia percebido que não devia ter falado aquilo.

Enquanto isso Sakura continuou a comer e a ignorar o que estava sendo proferido, não queria casar e tão pouco sabia o que responder no momento, se dissesse qualquer coisa era bem provável de brigar com a progenitora e estragar o jantar de Sayumi, além de dar um motivo para arruinar com a sua chance de ir a uma missão fora da vila. Suspirou ao pensar novamente nisso, sem saber como abordar o assunto com os pais.

– Sakura-chan, tudo bem? – perguntou Sayumi ao perceber que a irmã nada falava e parecia desconfortável com a conversa.

– Hai! – respondeu rápido antes de colocar mais um pouco de comida na boca – Isso aqui está uma delícia! – disse de boca cheia e Mebuki revirou os olhos pela má educação da mais nova.

–Nós só estávamos brincando, Sakura – Hana se manifestou, pensando que poderiam ter ofendido a Haruno de alguma forma.

– Nani? Eu sei! Está tudo bem! – apaziguou Sakura, mas a irmã parecia não estar satisfeita com a resposta e insistiu.

– Não é nada... – disse mais uma vez e ao ver que sua irmã parecia persistir continuou a falar a primeira coisa que veio a sua mente – ...Eu só estava pensando que as coisas vão mudar depois que você se casar... – disse com um sorriso um pouco melancólico antes de se dar conta do silêncio que pairou na mesa devido ao seu comentário. – Gomen... E-Eu... eu vou pegar mais sakê para o senhor, otou-san! – disse rápido ao se levantar da mesa.

– Sakura... – murmurou Sayumi fazendo menção de se levantar, mas foi impedida por Sasuke.

–*-

“Droga!” se repreendia mentalmente por ter dito aquilo no meio do jantar. Ela estava tão preocupada com o fato de não falar sobre a missão que havia deixado escapar um pensamento que não devia. Ela sabia o que aconteceria se Sayumi ouvisse, ela faria a mesma cara tristonha que vira, choraria e diria que a amava não importava onde estivesse. Suspirou, não queria ver sua irmã chorar, não queria deixá-la preocupada consigo ou estragar o jantar falando uma coisa dessas.

Sakura nunca faria nada para magoá-la e preferia ter deixado o que sentia guardado para ela própria. E daí que ela sentiria falta da mais velha? E daí que as coisas iriam mudar, que ela não veria mais a irmã todos os dias? Ela estava começando uma nova vida com alguém que ela amava e isso devia ser o bastante para si. Mas e se ela não fosse feliz? E se Sasuke a fizesse chorar? Ela tinha que se mudar para o distrito Uchiha? Não podia ser um lugar mais perto de casa? Respirou fundo, tentando controlar o nó que se formava na garganta, não iria chorar! Estava sendo boba e egoísta...

Deu um pequeno pulo ao sentir alguém colocar a mão no seu ombro e rapidamente se virou, pensando ser Sayumi que viera falar consigo.

– Sayumi-nee eu estou... Sasuke-kun? – indagou surpresa ao ver o Uchiha ali – O que está fazendo aqui?

– Eu quero conversar com você – disse ao encostar-se à mesa da cozinha, de frente para a rosada, que acabou por desviar o olhar para o chão.

– Se foi pelo o que eu disse na sala, eu não tive a intenção de estragar o jantar ou fazer a Sayumi-nee chorar e...

– Vai ficar falando até quando? – interrompeu Sasuke um pouco exasperado – Não foi para isso que eu vim conversar com você e Sayumi não está chorando!

– Não está? – perguntou a rosada surpresa, encarando-o – Então, o que?

Sasuke apenas suspirou. Falar isso certamente não estava nos seus planos, mas ele era o único ali que compreendia o que a mais nova das Haruno’s estava sentindo, afinal sentira algo parecido quando Itachi também havia saído de casa, era o mesmo vazio e sentimento de perda, mesmo que não fosse realmente isso que aconteceria.

– Eu só quero que saiba que vou cuidar muito bem da Sayumi. Vou dar a minha vida para fazê-la feliz! – disse sério e Sakura arregalou os olhos, sem saber o que responder.

– É claro que vai ou o otou-san vai matar você! – brincou, mas o Uchiha não sorriu.

– Estou falando sério!

– Eu também! – retrucou, ficando irritada por não entender o que Sasuke queria – O otou-san vai... – mas se interrompeu ao sentir o moreno afagar seus cabelos.

– Sei o que está sentindo e não precisa se preocupar com nada! Apesar das coisas mudarem, você também sempre será bem-vinda na nossa casa! – disse ao sorrir de canto para a menor que apenas o encarava surpresa, mas isso não durou muito tempo, pois logo havia se lançado nos braços do Uchiha enquanto chorava, deixando o moreno sem saber como reagir com o gesto.

– A-Arigatou Sasuke-kun! – falou em meio as lágrimas. De alguma forma ouvir aquilo havia lhe tirado um peso das costas, pois tinha medo que fosse proibida de ver a irmã, sem poder ajudá-la de alguma forma.

– Está tudo bem! – respondeu um pouco desconfortável antes passar de forma hesitante a mão no cabelo curto da rosada para acalmá-la.

Enquanto isso, Sayumi apenas observava a cena escondida perto da porta e respirava aliviada ao ver que tudo estava bem com sua irmã. Ela queria ter ido conversar com a caçula, mas no fundo achou que fez a coisa certa ao deixar o noivo ir em seu lugar e por ver que os dois pareciam estar se dando melhor.

–*-

Ao final tudo correu bem no jantar e Sakura somente comentou com os pais sobre a missão no dia seguinte, mas mesmo contando da melhor forma possível as coisas não foram favoráveis a ela e aquela discussão permaneceu nos dois dias seguintes e, agora, ela só tinha mais um dia para conseguir fazê-los mudar de ideia.

– Otou-san, por favor! – pediu Sakura. Era a sua terceira tentativa de conversar com o pai que somente a ignorava.

– Já conversamos sobre isso Sakura! Você não vai nessa missão! – e era a terceira vez que ele lhe negava.

– Mas por qual motivo? – queixara-se mais uma vez e Kizashi massageou as têmporas, lidar com a caçula era, por vezes, cansativo.

– O casamento da sua irmã está próximo e você quer sair por ai brincando de ninja Sakura? – indagou a mãe a fim de dissuadi-la.

– Não estou brincando de ninja, oka-san! – rebateu irritada por sua mãe não a entender – Isso é sério para mim!

– E a sua irmã? Não liga para o casamento dela? – inquiriu Mebuki mais uma vez.

– É claro que sim! A missão já está em andamento, não demoraria tanto e eu estaria de volta a tempo do casamento! – contrapôs.

– Sakura essa missão é muito perigosa para uma gennin! Entenda! – Kizashi disse suspirando.

– Otou-san eu não ficaria exposta a perigo nenhum, apenas prestaria ajuda médica! Não tem com o que se preocupar! Eu treinei para isso!

– Lie Sakura! Quantas vezes vou ter que repetir? – esbravejou o progenitor, dando um fim naquela discussão – Você não vai! Já me certifiquei de avisar Tsunade de não permitir a sua ida, então se conforme!

– O quê? – Sakura indagou surpresa, mas logo franziu o cenho com raiva pelo o que seu pai fez – Como pôde? O senhor não tem o direito de fazer isso!

– É claro que tenho! Sou seu pai e líder do clã e eu decido se você vai ou não a uma missão! – gritou irritado e Sakura se encolheu perante as palavras coléricas do mais velho. Ele nunca havia falado consigo antes daquela forma. Até Mebuki ficou aturdida com o comportamento do marido.

– Não é justo! Eu treinei tanto esses anos para mostrar que eu posso ser uma kunoichi e o senhor não... – se interrompeu ao se dar conta de algo – Vai ser sempre assim? Eu nunca vou poder ir a uma missão de verdade? – fechou os olhos e cerrou os punhos com força.

– A vida de um shinobi não é justa, aprenda isso! E um shinobi deve saber respeitar ordens! – Kizashi disse firme e saiu da sala, sem responder as outras perguntas da menor, deixando Mebuki e Sakura a sós.

A genitora se virou para a filha e observou o semblante da menor repleto de dor ao mesmo tempo em que esta lutava para não chorar na sua frente. Sakura sempre tentava se mostrar forte, suspirou pesadamente, já sabia que isso aconteceria e Kami era testemunha do quanto ela tentou evitar todo esse sofrimento da filha.

– Ele faz isso para o bem de todos Sakura... tente entender... – Mebuki falou de modo mais ameno, mas Sakura não deu atenção e saiu dali correndo, passando pela irmã, quase a derrubando.

– Sakura-chan! – chamou Sayumi, mas a caçula a ignorara – Oka-san, o que houve? – indagou para a mãe que parecia abalada. Elas haviam brigado de novo?

– Sente-se, eu vou lhe contar tudo... – após ouvir as palavras da mãe, Sayumi arregalou os olhos e se levantou correndo em direção à porta – Sayumi, aonde vai? – indagou a progenitora.

– E-Eu tenho que ver a Sakura, ela vai precisar de mim! – disse com os orbes rosa marejados. Sua irmã devia estar arrasada e queria estar ao lado – Além disso, estou com um mau pressentimento... – murmurou antes de sair porta a fora a procura da caçula.

– SAYUMI! – tentou chamar mais uma vez Mebuki, mas a filha a ignorara – Sakura, não faça nenhuma besteira... – pediu ao olhar em direção do céu.

–*-

Corria como se sua vida dependesse disso, estava sem fôlego até que parou e notou estar no campo de treinamento que sempre frequentava. Seus pés inconscientemente haviam a trazido para aquele local que já vivenciara todos os seus esforços... todos os seus esforços que haviam sido em vão! Desabou no chão e permitiu que todas as lágrimas que estavam presas caíssem livremente por seu rosto. Finalmente ela havia entendido! Seu pai a permitira treinar e participar de missões pequenas apenas com o propósito de fazê-la se contentar com aquilo e parar de perturbá-lo.

Abraçou as pernas com força e enterrou o rosto enquanto ouvia os próprios soluços. Seu pai realmente achava que ela se contentaria com tão pouco? Que seu sonho era tão frágil e ela era tão boba a ponto de não perceber? Mas no fundo ela realmente se achava uma boba, pois realmente acreditou que teria uma chance de ser uma kunoichi e ir de encontro com a tradição arcaica do clã. Pelo jeito aquele era o máximo que poderia chegar. Nem o fato de ser talentosa como Tsunade dissera havia contribuído para mudar a opinião de seu pai. Tsunade! A lembrança da mentora a fez se recordar da missão.

A Senju havia confiado a si uma missão importante e agora iria desapontar sua mestra. Suspirou e se forçou a parar de chorar, aquilo não adiantaria de nada agora! Limpou os vestígios das lágrimas e ergueu a cabeça determinada a fazer seu pai mudar de ideia e seria por meio dessa missão. Sim! Iria para a missão mesmo contra a vontade do pai, seria bem sucedida e quando voltasse arcaria com as consequências, mas mostraria que ela era uma kunoichi independente da vontade do clã. Ouviu um farfalhar atrás de si e se levantou abruptamente para encarar quem quer que fosse, mas se surpreendeu ao ver a irmã ofegante e chorosa.

– Sayumi-nee, o que faz aqui? – indagou ao se aproximar da mais velha que a abraçou forte e Sakura entendeu que ela já sabia de tudo o que havia acontecido – A oka-san te contou?

– Hai! Gomen, Sakura-chan... mas você vai ver que vai ser melhor assim, afinal uma hora você teria que parar com isso! – explicou Sayumi ao se desvencilhar.

– Você já sabia dos planos do otou-san, não é? – Sakura inquiriu pesarosa, até Sayumi já havia percebido o que o pai faria, mas não lhe falou nada.

– Onegai, não fique triste! – disse acariciando a face da caçula que rebateu a mão para longe de si.

– Não estou triste... estou com raiva! – bradou Sakura ao dar meia volta, ficando de costas para a irmã – E eu vou nessa missão!

– Nani? – questionou Sayumi, surpresa – Mas o otou-san...

– O otou-san nunca me deu uma escolha, então não vou dar essa escolha a ele também! – cortou Sakura.

– Não faça isso! – pediu segurando no braço da menor – Você vai jogar tudo para o alto? Você vai me odiar e aos nossos pais agora? – estava desesperada e o aperto em seu peito somente aumentava, não podia deixar Sakura ir naquela missão!

– Sayumi-nee...nunca seria capaz de te odiar ou aos nossos pais... – sussurrou para a irmã – Eu prometo voltar para o seu casamento e também aceitar as consequências, mas agora eu tenho que ir!

– Lie, SAKURA! – gritou, mas a irmã a ignorou se soltando do agarre e começando a correr para longe – Não... não vou permitir! – disse para si, antes de seguir o mesmo caminho.

–*-

– Então Tsunade, já enviou o esquadrão médico que pedi? – indagou o Hokage para a mulher sentada a sua frente.

– Hai! Eu estava somente esperando a confirmação de Sakura, mas como o Haruno veio falar comigo e a impediu...tsc! – resmungou um pouco irritada e Minato suspirou.

– Sei que ela é sua aprendiz, mas nem você sendo uma sannin pode ir de encontro com a decisão do chefe do clã – explicou para a loira que bateu com força na mesa do hokage, fazendo uma pequena rachadura.

– Essas leis idiotas! A menina tem muito talento e o clã a proíbe, você devia mudar isso! – bradou e Minato ergueu as duas mãos para acalmar a Senju, já bastava ter que lidar com uma mulher de gênio difícil em casa.

– Sabe que mesmo sendo hokage eu não posso fazer isso, as leis decididas entre os clãs pertencem somente a eles, apenas em caso de desacordo ou que represente um perigo para vila é que eu posso agir! – Minato era uma pessoa muito diplomática e por mais que quisesse não iria de encontro com as regras a fim de evitar que uma guerra civil fosse instaurada na vila.

– Eu sei! – suspirou derrotada e se sentou – Gomen pela mesa! – falou um pouco emburrada.

– Tudo bem, já me acostumei a trocar! – disse sorridente fazendo referência às outras vezes que a Senju fizera a mesma coisa – Mas mudando de assunto, teve notícias do Jiraya-sensei?

– Lie! Aquele velho pervertido estava ajudando na missão também não é mesmo? – indagou séria e Minato aquiesceu – O que está realmente acontecendo que o preocupa tanto Minato? – ela sabia que ele lhe escondia algo, conhecia muito bem aquele garoto, afinal era o aprendiz de um de seus melhores amigos.

– Há algumas semanas um esquadrão anbu foi atacado enquanto voltava de uma missão, não houve nenhum indício de roubo e somente um shinobi retornou... – disse ao relembrar o incidente.

– Eu me lembro disso, eu mesma cuidei dele! Um veneno poderoso e letal corria dentro do seu organismo, por pouco não o perdemos, mas o shinobi continua desacordado...

– Hai! Depois disso eu comecei a investigar o que ocorrera, afinal era estranho, atacar um Anbu sem nenhum motivo aparente é burrice, já que eles são considerados a elite dentre os shinobis, e conseguir matá-los é um feito para poucos, então cheguei a uma conclusão... – e encarou os orbes avelãs seriamente – ...os nossos Anbu’s devem ter visto algo que não deveriam e foram eliminados!

– Faz sentido, mas você não conseguiu encontrar nada nesse meio tempo, não é mesmo? – ponderou Tsunade e Minato suspirou pesaroso.

– Lie! De alguma forma é como se eles soubessem exatamente como agiremos e o pior foi que na semana passada o meu escritório foi invadido.

– Invadido? – Tsunade ficou surpresa pela notícia – Mas e as armadilhas? – afinal era de conhecimento geral que aquele local era um dos mais protegidos por conter informações sigilosas.

– Aí é que está, todas estavam intactas, nenhuma foi disparada! – Minato refletiu – A pessoa que está fazendo isso ou é um estrategista formidável para estudar seu oponente ou é alguém que tem conhecimento de como Konoha funciona.

– Você está desconfiando de que alguém daqui está repassando as informações? – sussurrou Tsunade pasma com essa ideia e Minato apenas a encarou, o semblante fechado e indicou com os olhos a janela atrás de si.

– É claro que não! Só estou comentando que a pessoa deve ser um gênio, tenho que dar esse crédito a ela, não é mesmo? – falou sorridente e Tsunade entendeu que era melhor dar aquele assunto por encerrado por enquanto. Minato realmente devia estar preocupado para ser tão cauteloso dessa forma.

A verdade era que ele havia mandado reforçar a guarda nos últimos tempos na entrada da vila, pensava que aquilo poderia ser uma missão de espionagem, mas também poderia ser uma invasão inimiga, afinal era difícil entrar em acordo com as outras vilas, por mais que ele quisesse. Além disso, havia o fato de que Konoha tinha em mãos um jinchuuriki, o hospedeiro do demônio da raposa de nove caudas, seu filho Naruto, e Minato faria tudo para protegê-lo do que quer que fosse.

– Hokage-sama! – um shinobi interrompera seus pensamentos ao entrar na sala de forma abrupta – Hokage-sama!

– O que aconteceu? – indagou ao ver as vestes do ninja rasgadas e este coberto de ferimentos.

– E-Eles apareceram do nada! – justificou-se, tentando retomar o fôlego – Estão em grande número!

– O quê? – levantou exasperado e se virou em direção da janela a tempo de ver uma explosão ao norte da vila e sentiu sua sala tremer. – Droga! – exclamou ao ver a figura de uma cobra gigante de duas cabeças surgir – Tsunade, vá para o hospital e ajude os feridos!

– Hai! – falou a loira saindo da sala, tinha que alertar Shizune também, precisaria da ajuda da morena já que teriam menos iryou-nin devido o envio de shinobis médicos para a missão que o hokage designara.

– Enquanto a você... – falou se voltando para o shinobi a sua frente – ...dê o alarme na cidade e ajude a evacuar todos os civis para um lugar seguro! Essa é a nossa prioridade máxima no momento, entendeu?

– Hai, hokage-sama! – fez uma breve reverência antes de se retirar.

Respirou fundo ao se ver sozinho e colocou a capa com os dizeres “Yondaime” escrito nas costas, a qual estava pendurada da poltrona. Ele não iria ficar assistindo sua vila sucumbir sem fazer nada, não conseguiu evitar o ataque, então ele mesmo se encarregaria de parar quem quer que fosse e fazê-lo pagar por tentar destruir Konoha. Cerrou os punhos e agarrou firmemente a sua kunai que continha o selo do Hiraishin no Jutsu.

–*-

A cidade estava um caos. As pessoas corriam tentando escapar dos ataques desferidos pelos invasores enquanto os shinobis da vila os enfrentavam em uma tentativa de contê-los e ajudar os civis. Sasuke e Itachi lutavam arduamente contra vinte ninjas, mas o Uchiha mais novo não conseguia parar de pensar se Sayumi estava a salvo. Ele estava no distrito Uchiha quando tudo aconteceu, havia ido até a casa do irmão por um pedido da mãe antes de ir visitar Sayumi, porém se ele soubesse que isso ocorreria, teria ignorado o pedido da progenitora e ido diretamente ver a noiva. Droga, esperava que ela estivesse bem, pensou antes de desviar de uma kunai.

– Sasuke, preste atenção! – ouviu Itachi lhe dizer e ele apenas meneou a cabeça em concordância, mesmo que isso fosse praticamente impossível – Sei que está preocupado com a Sayumi, mas temos que nos livrar desses caras primeiro! – bradou o mais velho dos Uchiha’s.

Itachi entendia o irmão, afinal mesmo Hana tendo sido treinada como uma kunoichi por um breve tempo e tendo aqueles dois cães imensos, criados pelo clã Inuzuka ao seu lado, estava preocupado, mas havia o fato de que era necessário descobrir o que estava acontecendo em Konoha e impedir que esses shinobis ferissem inocentes. Desviou de um golpe do inimigo a sua frente e em seguida o prendeu em um genjutsu, fazendo-o desfalecer aos seus pés, precisava terminar com isso o mais rápido possível, deixar Hana em um lugar seguro e em seguida ir em direção à entrada da vila onde podia se ver uma enorme cobra atacando seus companheiros.

– Itachi, vamos acabar logo com isso! – bradou Sasuke irritado, retirando sua espada do corpo do shinobi ao chão – Preciso saber como a Sayumi está!

– Não precisa dizer duas vezes! – retrucou com um sorriso de canto antes de atacar mais uma vez o inimigo.

– Querem uma ajudinha? – indagou Naruto ao se aproximar correndo com um rasengan em mãos na direção dos últimos quatro shinobis que restavam, derrubando-os – STRIKE! – gritou sorridente.

– Dobe! Pare de brincar! – reclamou Sasuke. Só o loiro para fazer piada naquele momento.

– Ora teme foi engraçado, admita! – resmungou emburrado, seu amigo não tinha senso de humor.

– Parem os dois! Não é hora de brigarem entre si! – Itachi os interrompeu, indo para perto do loiro e do irmão – Naruto, como estão as coisas pela vila? – ao ouvir isso o Uzumaki adotou uma postura mais séria e respondeu:

– Toda Konoha está sendo invadida, não sabemos de onde eles surgiram, a população está em pânico, estamos tentando levar todos para um esconderijo, onde seja mais seguro!

– Naruto, você viu a Sayumi? – indagou Sasuke impassível e o loiro apenas meneou a cabeça, negando – Droga! – cerrou os punhos com força e Itachi suspirou ao sentir a presença de mais inimigos se aproximando.

– Naruto, precisamos que você use o seu kage bushin no jutsu para distraí-los – disse para o Uzumaki, apontando na direção onde mais alguns shinobis já despontavam – Enquanto Sasuke vai procurar Sayumi e eu vou verificar se nossa mãe e Hana estão a salvo! Quando resolvermos isso, vão em direção a entrada para tentarmos controlarmos essa confusão! – explicou o Uchiha.

– Certo! - ambos concordaram antes de seguirem por caminhos separados, deixando apenas Naruto para enfrentar mais dos inimigos.

– Yoshi, vamos ver do que vocês são capazes, ‘ttebayo! – gritou Naruto ao formar os selos – Kage bushin no jutsu!


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Notas finais do capítulo

Então? A missão nem chegou a acontecer para a Sakura, mas falta vermos como ela está junto com Sayumi, não é? Gostaram do jantar de noivado da Sayumi? hehe sempre sobra pra Sakura, até da vida amorosa dela querem se meter! XD Aviso aos leitores que cenas fortes aguardam o próximo capítulo, então, estejam avisados! ^^

Ahh para aqueles que leem Sonhos de uma Outra Vida 2 um recadinho: Essa semana eu atualizo a fic! Como eu disse eu não tenho muito capítulos prontos da fic, ao contrário de Reparação porque é um projeto mais antigo meu (eu iniciei a escrita ano passado ainda! XD), por isso a atualização de SUOV 2 deva demorar mais do que essa!^^ Bom, isso irá acontecer até durarem os estoques de capítulos de Reparação, né? hehe Mas com o tempo eu vou me organizando e aviso se houver alguma mudança sobre a data da postagem dos capítulos de ambas as fic's!
É isso! Então me digam o que acharam, ok?
beijos e até a próxima!



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