Minha Doce Maldição. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 24
Nos vemos quando eu voltar?


Notas iniciais do capítulo

Gente, vamos brincar de uma coisa? Tipo, eu finjo que não demorei uma vida para postar esse capítulo e vocês fingem que eu não demorei, que tal? Que tal? Okay? Okay!
OIIII MEUS AMOREEEEES < 33
MDS, QUE SAUDADE DE VOCÊS!
Caaara, não irei nem comentar a dificuldade de escrever esse capítulo. Escrevi, apaguei tudo, reescrevi. E no final (depois de muito tempo) saiu isso.
Sinto muito qualquer erro! Se virem algum, não exitem em me avisar, chuchus!
É bom estar aqui novamente (choranu rios de lágrimas de luz ;u;)
Boa leitura!



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PDV NATÁLIA.

Eu já estava tão acostumada em cair do teto de Éros, que nem me surpreendi quando me vi em mais um sonho, indo diretamente para o chão.

—Ai...-Murmurei em um gemido sufocado, quando me estabaquei no chão do templo do deus do amor.  Aquilo não doeu tanto, nem quebrou nenhum osso meu, mas cair em queda livre direto para o chão continuava a ser um saco... e dessa vez, Éros não me salvou. -Porcaria...- Reclamei. Me levantei, abanando a poeira das roupas, começando a me questionar onde estava o deus do amor, mas não precisei de muito tempo para descobrir a resposta. Levantei a cabeça quando uma sombra me cobriu. Éros voou para perto de mim, fechando as majestosas asas  assim que pousou no chão.

—Olha, está ficando bom nas entradas triunfais.-Falei, abrindo um sorriso. Éros encarou-me incrédulo.

—Natália?-Indagou.

—Quem mais seria?-Questionei, olhando em volta. O templo do deus do amor continuava o mesmo desde a primeira vez que vim aqui, tirando que eu não via as dezenas mulheres enfeitiçadas no encalço de Éros, oque, modestamente, era bem melhor. Senti a mão de Éros em meu braço, virando-me para o mesmo no momento em que o deus me sacudia, como se eu fosse uma boneca.

—Eeei!-Exclamei, encarando-o descrente.-Oque deu em você?!

—Você, por acaso, ficou louca?!-Indagou Éros.

—Eu?- Perguntei, olhando para as mãos fortes do deus que apertavam meus braços sem dó.-Está perguntando isso para mim?! É você que me chama do nada e me sacode e eu sou a louca?!

—Qual é a sua querendo se matar de novo?! Já não tínhamos conversado?! Você disse que não iria desistir...

—Éros!-Cortei.-Do que está falando? Eu não tentei me matar!-O cupido analisou-me com os olhos.

—Você não lembra...-Declarou.

—Não lembro do que?! Pelos deuses...

—Bom, eu irei te contar. Não se lembra de ter salvado, Nico? Você... estava nos estábulos quando te avisei que Nico estava em perigo; e então você se jogou na frente de uma pedra enorme por causa dele.-Contou Éros. Franzi o cenho, enquanto a sombra dessa lembrança começou a invadir minha mente. Toquei o topo de minha cabeça, arregalando os olhos.

—Nico... Eu me lembro! Éros, Nico está bem?!-Indaguei. O deus do amor gemeu em frustração, soltando meus braços.

—Sim, o filho de Hades está bem!-Resmungou.-Oque deu em você?

—Eu salvei o Nico, oras!- Protestei.

—E para salva-lo você precisou quase morrer?! Seus tipos de salvamento são bem falhos, se quer saber.

—Oque queria? Você que me avisou que ele estava em perigo...- Reclamei. Éros respirou fundo, tocando sua testa.

—Dai-me paciência...-Semicerrei os olhos para ele. -Natália, quando mandei você salvar o Nico eu estava falando em você empurra-lo ou avisa-lo, como toda pessoa normal faria, e não se jogar embaixo da pedra!

—Desculpe, Ok? Foi a primeira coisa que pensei em fazer...

—Olhe, da próxima vez, tente não morrer! Não estou trabalhando tanto para você botar tudo a perder.-Revirei os olhos.-E da próxima vez não me deixe esperando por tanto tempo! Está desafiando minha paciência divina, garota...

—Do que está falando agora?

—Estou tentando te chamar para um conversa a três dias, mas nada de você aparecer, filha de Poseidon desmiolada.-Resmungou Éros.

—Oque disse?!-Perguntei incrédula.

—Filha de Poseidon desmiolada.-Repetiu o deus.

—Não, antes disso.

—Que fiquei te esperando por três dias.-Respondeu Éros. Arregalei os olhos.- Ah, você não sabia... Natália, você está desacordada por três dias. Não acorda desde que levou a pedrada.

—Como é?! Céus... Éros...Como isso é possível?!

—Isso geralmente acontece quando pedras enormes atingem sua cabeça.-Falou o deus.- Pude sentir a agitação de minha mãe... Por favor, não de mais esperanças para ela.

—Éros!

—Se acalme! 

—Não, não posso! Perdi três dias, Éros... Três dias em que minha morte está mais perto, três dias que em que estou sem o Nico!-Olhei para as paredes do templo, em busca de uma saída.-Droga... Como faço para sair daqui?!

—Você precisa acordar.-Revelou Éros, -Vá, eu deixe você ir.

—Eu... Ah! Acordar, acordar, acordar!-Pedi, Éros me encarou divertido, enquanto eu fechava os olhos e minha visão se apagava.

(...)

Abri os olhos com certa dificuldade, aconchegando-me mais na cama onde eu estava. A luz do ambiente era baixa e não feriu meus olhos tanto quanto eu esperava. Reconheci o lugar pouco tempo depois; era a enfermaria do Acampamento, que incrivelmente estava vazia, a não ser por mim.

—Hm...-Resmunguei, sentindo uma leve dor na cabeça. Coloquei a mão na mesma sentindo uma faixa enrolada ali, ouvindo um barulho ao meu lado. Me virei devagar, sobressaltando-me logo depois. Nico estava cochilando ao meu lado, sentado em uma cadeira.

A sombra de um sorriso surgiu em meu rosto.

—Que alívio...-Murmurei em uma voz rouca.-Você está seguro...-Os olhos de Nico tremeram e se abriram. Meu sorriso se estendeu ainda mais, enquanto o filho de Hades me encarava casualmente, arregalando os olhos segundos depois.

—Você acordou.-Espantou-se.

—Oi...-Sussurrei.

—Natália...-Nico chegou mais perto de mim, tocando meu braço.-Você está bem? Pode me ver?-Assenti, reprimindo o riso.-Fale, qual é o meu nome?-O mesmo colocou dois dedos em minha frente.-Quantos dedos?

—Dois. Seu nome é... Nico Di Angelo. -Respondi. Nico suspirou aliviado.

—Graças aos deuses, você está bem...-Apoie-me nos cotovelos para me sentar, olhando-o logo depois.

—Estou.-Respondi. Nico avaliou-me com o olhar, e de repente, seus olhos se tornaram mais negros do que o costume.

—Oque caralhos deu em você?!-Indagou o filho de Hades, cerrando os punhos. Ri baixo.

—Sabe... é a segunda vez que me perguntam isso hoje.

—Eu não estou brincando, Filha de Poseidon... Oque deu em você?!!

—Como assim?

—Quero saber: Qual é o seu problema?! -Nico passou a mão pelo rosto, nervoso.-...como se eu não tivesse perguntado isso...

—Nico, não estou entendendo...-Murmurei. O mesmo socou o colchão da cama onde eu estava, fazendo-me estremecer.-Nico!

—Não entende?! Porque, Natália? Porque fez a burrice de se jogar na frente daquela pedra?-Questionou. Eu pisquei para o mesmo.

—Eu... eu não sei. Apenas vi Michael com a pedra e me assustei... Tentei te chamar mas não ia dar tempo... Não pensei direito.

—Você alguma vez pensou?!-Indagou o filho de Hades. Comprimi os lábios.

—Está bravo comigo por ter te salvado?-Questionei. Nico me encarou, os olhos queimando em chamas negras furiosas.

—Porque pergunta como se não soubesse a resposta?! Estou puto com você por me deixar em paz! Continua me seguindo para onde eu vou... Me cobrando algo que eu não tenho nada a ver! Qual é, garota? 

—Faço isso porque odeio te ver triste... Odeio te ver sozinho!-Protestei.-Nico... nós... somos amigos, não somos? É por isso que eu faço isso.-Justifiquei, sentindo uma onda de tristeza me atingir. Nico me encarou.

—Não. Não somos. Deixei de dormir em meu chalé e dividi turnos com aquele... seu irmão.-Nico cuspiu as palavras como se as mesmas fossem proibidas.-Mas, em nenhum momento nesses dias, ou em qualquer outro, eu falei que somos amigos. Ou falei que me importo com você.

—Então... porque ficou aqui? Porque se preocupou?-Indaguei.

—Passei dias na enfermaria, esperando você acordar, apenas para não ter que carregar o fardo de sua morte em meu ombro.-Respondeu ríspido. O encarei, abaixando os olhos. Quando ele disse essas palavras senti vontade de me jogar em um trilho de um trem. Então é isso? Tudo que sou para Nico é um fardo? Deuses, como posso ser tão burra?! Porque me submeter a isso? Porque tentar se Nico me odeia?! Porque...

—Foi só uma pedrada... eu não iria morrer de qualquer jeito.-Respondi.

—Uma pedrada que você levou por minha causa e...

—Ah...-Soltei o ar de meus pulmões  devagar, sentindo cada vértebra de meu corpo doer como se Jigsaw estivesse serrando cada pequeno lugar. Minha maldição não deixava... Apenas o pensamento de deixar Nico me fazia sofrer mais que emocionalmente. Eu estava presa... estava presa com esse garoto.

—...Natália? Você está bem?-Questionou Nico. Virei-me para ele, assentindo.

—Eu, sim. Não precisa se preocupar.-Murmurei. Não... eu não posso desistir dele.

—Mas que droga... Desculpe. Eu acho que falei demais.

—Não, tudo bem. Eu realmente passei dos limites não foi?-Questionei, forçando um sorriso.

—Olhe, eu acho melhor avisar os outros que você está bem.-Falou, desconfortável, enfiando as mãos nos bolsos da jaqueta.-Irei chamar o Jackson... fique aqui.-O observei enquanto Nico bufava, virando-se, pronto para sair da enfermaria. Neguei com a cabeça, saltando da maca, agarrando seu braço antes que o mesmo pudesse se afastar demais.

—Nico eu...-O puxei para frente, oque não se sucedeu bem como eu esperava. Nico tropeçou nos próprios pés, praticamente caindo em cima de mim. Se não fosse pela maca atrás de mim nós dois teríamos caído... oque não seria tão bom quanto oque aconteceu a seguir.

Senti minhas costas bater contra a lateral da cama, e meu peito bater contra Nico, que se segurou em mim para não cair. Estávamos tão próximos que eu pude sentir o halito do filho de Hades contra a pele de meu pescoço. Arregalei os olhos, quando borboletas involuntárias surgiram em meu estômago, e uma ligeira tensão surgir nos ombros de Nico. O mesmo se afastou, apenas o suficiente para que eu pudesse olhar em seu olhos, tão perto, mas tão perto, que a ponta de nossos narizes estavam quase se tocando. Seus olhos negros eram tão bonitos...

—Eu...-Nico piscou, desviando seus olhos dos meus.- Eu tropecei.-Murmurou Nico, respirando fundo, e afastando-se completamente de mim. Senti algo como a completa frustração me atingir, agradecendo pela maca atrás de mim estar me sustentando.

—Desculpe... eu, Nico.-Eu estava tão sem rumo que por um momento achei que tinha desaprendido a falar.- É tudo minha culpa. Eu só queria me desculpar... Juro que não queria parecer tão inconveniente... Não queria invadir seu espaço.-Nico olhou-me.

—Certo. Apenas... fique em seu canto e eu fico no meu.-Respondeu.-Não se meta mais, nem que Michael esteja me ameaçando com uma bomba atômica. Eu vou chamar seu irmão.-Nico se virou, saindo, enfim, da enfermaria. Apoiei-me na maca, sentindo minhas pernas tremerem. 

—Pelos deuses!-Coloquei a mão em minha testa certificando-me que minha temperatura era a mesma que eu sentia percorrer por meu corpo. Deuses... Eu acho que irei morrer.

~Dias depois.~

É... eu definitivamente irei morrer.

—Não esqueça de pegar uma blusa... Talvez faça frio.-Aconselhou-me Percy, mas eu nem dei atenção. 

Alguns dias haviam se passado desde que eu sai da enfermaria e desde então eu não via Nico. Na verdade ele estava me evitando. Por um momento cheguei a pensar que o filho do deus dos mortos me desculparia, principalmente depois do nosso "quase beijo imaginários criado por uma trouxa, que por acaso se chama eu", mas não. Nico não me perdoou. Éros me aconselhou a correr atrás do mesmo, mas nada que eu faia parecia adiantar. Nico se escondia de mim e de todos dentro de seu chalé, e quando estávamos finalmente juntos ele me tratava com irritantes meias palavras. 

—Está me ouvindo, Natália?-Indagou Percy, jogando sua mochila azul sobre os ombros. Suspirei pesadamente, fechando minha bolsa, assentindo.-Oque foi? Pensei que estaria mais ansiosa para visitar sua mãe.-Observou meu irmão. Nico também não cumprirá a promessa que tinha a feito para mim. Ele não estava me levando para reencontrar minha mãe, e não havia nem tocado no assunto, mesmo sendo ele quem me incentivou nisso tudo.

Percy estava indo visitar sua mãe, Sally, então aproveitei a oportunidade para pedir para o mesmo me acompanhar. É claro que eu preferiria Nico, apesar de adorar meu irmão mas duvidava que o Filho de Hades me levaria. 

Nico era o único que sabia de meu passado; seria bem  mais fácil com ele. Tive que contar a Percy uma história inventada sobre minha vida.  Eu não contei a ele que nunca havia saído de casa, e que era aprisionada por minha mãe; ao invés disso falei que ela era rígida demais, e que em um desentendimento acabei fugindo de casa e me metendo em encrencas. Não era verdade, mas era tudo oque ele precisava saber.

—Eu estou nervosa, é por isso.- Falei. Percy sorriu, bagunçando meus cabelos. 

—Relaxe, maninha. É sua mãe, não um monstro.-Respondeu. Dei de ombros.-Tudo bem, irei dizer a Quíron que estamos indo. 

—Okay. Irei te esperar na entrada do Acampamento.-Percy assentiu, saindo junto comigo do chalé. Parti para um lado, enquanto meu irmão ia pelo oposto. Enfiei a mão nos bolsos do casaco que usava, caminhando devagar pelo Acampamento.

—Ei, Natália!-Clarisse começou a acompanhar meus passos, secando o suor que descia por sua testa.

—Oi, filha de Ares.-Cumprimentei. 

—Já estão indo?-Assenti.-E voltam quando?

—Hoje a noite. Quíron não achou prudente dois filhos de Poseidon dormirem forem do Acampamento... Não é uma missão, então não devemos arriscar.

—Tudo bem. Nos vemos a noite então. Temos que treinar juntas, não esqueça que quero minha revanche.-Clarisse sorriu, se afastando, enquanto eu acenava. Continuei caminhando, até chegar no fim dos chalés. O de Nico era um dos últimos da ala masculina; estava escuro como sempre estava, então eu não sabia se o filho de Hades estava ali ou não.

—Oque está fazendo?-Assustei-me, virando para trás.

—Nico!-Surpreendi-me, vendo o mesmo encarar-me com uma sobrancelha arqueada.-Eu... Só vim ver se estava em casa.

—Para oque exatamente?-Questionou o filho de Hades.

—Eu estou indo com Percy visitar nossas mãe. Só... achei que deveria saber. Vim me despedir.-Falei. Nico piscou.

—Hm... Bom. -Nico remexeu-se desconfortavelmente.-Está bem. Tchau.

—Tchau...-Suspirei. O filho de Hades me contornou, indo na direção de seu chalé.-Ah, Nico!-Chamei. O mesmo se virou para mim. 

—Oque?

—Te vejo quando voltar?-Questionei, vacilante. Nico bufou, passando a mão pelos cabelos.

—Porque é tão importante para você? Nada que falo tem valor para você?

—Nico eu... Sinto tanto. Sabe, as vezes faço as coisas sem pensar mas... Tirando Clarisse, meu irmão e você... eu não tenho mais ninguém. Sabe, para você eu posso não ser uma amiga, mas estava considerando você como um. Então, eu pensei que, talvez, pudéssemos recomeçar.-Sugeri. Nico não respondeu de imediato. Comprimi os lábios, esperando mais um sermão do Filho de Hades, acusando-me de invadir seu espaço e sua vida sem autorização. 

—Certo. Nos vemos quando você voltar.-Respondeu cansado. Sorri.-Vai me deixar ir agora ou deseja mais alguma coisa?!

—Ah, okay. Tchau!-Falei. Nico revirou os olhos, entrando em seu chalé. Ri sozinha, começando a correr.  Percy já estava lá quando eu cheguei.

—Porque demorou?

—Estava dizendo tchau a algumas pessoas.-Respondi. 

—Não seja dramática, voltaremos hoje a noite.-Falou meu irmão. Olhei para trás.

—É, nós vamos.-Concordei, antes de descer a colina com meu irmão.


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Notas finais do capítulo

Baaaabys, eai? Gostaram? Prometo, TENTAR, não demorar muito pra escrever o próximo, Okay? Estamos na retinha final da fic (que já tem mais de um ano) tipo já ultrapassando a linha de chegada então vamos ter força ( e rezar para minha imaginação, né, pq a coisa aqui ta dificil) BEEEM, é isso chuchus, deixem seus reviews e até o proximo !



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